quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Os caminhos e descaminos das decisões

A necessidade de tomar decisões, pelo medo ou coragem, é um dos traços marcantes que nos diferencia das outras raças. Talvez pela força energética que essa palavra possua, tenha ela uma semelhança com "desistir" ou "existir". Sim, decidir é avançar em rumo, é exisitr em uma possibilidade. Assim como o é negar outra, desistir de um certo caminho. O que está em jogo nisso, sempre, é um determinado destino. Mudamos o rumo de nossas vidas a partir de uma decisão. Na política, como temos acompanhado, existe, além da expectativa pública sobre uma decisão dos candidatos, as estruturas mediadoras. Estas tem um poder fortíssimo de influenciar no "que" e no "como" algo é apresentado. Nesse caso, para além de uma decisão, entra na arena a forma com que o conteúdo dessa é apresentado, como está sendo no caso das pressões dos evangélicos e a reação dos candidatos a presidência na questão do aborto. Em nossa vida individual há pesos também nesse sentido. A palavra, no caso, é o meio entre o caminho da mente e nosso receptor. Entra aí tom de voz, gestos, olhares e outros recursos de comunicação, que definem o real efeito da expressão de uma decisão, o modo como esse conteúdo vai ser interpretado. Assim, observar o que é expressado nos meios de comunicação pode ser facilitado e melhor esclarecido com a observação dos efeitos das nossas palavras sobre os que nos circulam. Incluindo aí todos os enganos e acertos que elas implicam.

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