Os conceitos de “soberania alimentar” e de “segurança alimentar”, capazes de dar sustentação a direitos fundamentais de todo o povo, garantindo-lhe presidir o que plantar, colher, criar e abater, sem correr o risco da fome, pela falta de acesso à terra, devem inverter os sentidos das lições ditadas pelo presidente da Farsul e pelo ministro da Agricultura. O primeiro “tem de aceitar” e o segundo não pode “encerrar assunto” que envolva direitos como os que as suas opiniões desconsideram.
"Se existem mais brasileiros saciados, hoje, não devem isso ao mercado. Felizmente, há uma outra economia em curso, familiar, solidária, cooperativa, diferente dessa que acumula na mão de poucos o que falta na mesa de muitos. É por isso que a reforma agrária, esses assentamentos e essas políticas públicas recebem críticas tão ácidas das lideranças latifundiárias e daquelas que, no exercício do Poder Público, lhes são fiéis. “Paternalismos oficiais”, “favelas rurais” costumam aparecer sustentando essas críticas. É que o ídolo ao pé do qual elas se ajoelham, rezam e acendem velas diárias de adoração, não aceita outra forma de produção, distribuição e partilha dos bens indispensáveis à vida das pessoas que não passe pelo seu poder de exclusão, medido de acordo com a capacidade de pagar que cada uma dessas tenha alcançado."
O artigo é de Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin.
"Se existem mais brasileiros saciados, hoje, não devem isso ao mercado. Felizmente, há uma outra economia em curso, familiar, solidária, cooperativa, diferente dessa que acumula na mão de poucos o que falta na mesa de muitos. É por isso que a reforma agrária, esses assentamentos e essas políticas públicas recebem críticas tão ácidas das lideranças latifundiárias e daquelas que, no exercício do Poder Público, lhes são fiéis. “Paternalismos oficiais”, “favelas rurais” costumam aparecer sustentando essas críticas. É que o ídolo ao pé do qual elas se ajoelham, rezam e acendem velas diárias de adoração, não aceita outra forma de produção, distribuição e partilha dos bens indispensáveis à vida das pessoas que não passe pelo seu poder de exclusão, medido de acordo com a capacidade de pagar que cada uma dessas tenha alcançado."
O artigo é de Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin.
Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin
Matéria na íntegra na Carta Maior.
Matéria na íntegra na Carta Maior.
"Também nós temos no problema da terra o tema do modelo do agronegócio, que ele é insustentável a longo prazo, porque o agronegócio ele só consegue produzir com mecanização intensiva e isso expulsa a mão de obra. Há dez anos havia 6 milhões de assalariados agrícolas no Brasil. Hoje, se reduziram a 1,6 milhão. E com o uso intensivo de agrotóxicos. E o veneno, por ser de origem química, não é biodegradável. Ele acaba com o solo, contamina a água ou, pior ainda, fica nos alimentos e vai se transformar em câncer."
João Pedro Stédile, da Coordenação Nacional do MST, em agosto de 2010, no Viomundo.
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