terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Ungaretti e sua luta diária pela democracia real, para além da livre expressão de corporações de mídia

"Em princípio, numa rápida passada de olhos, não localizei nada que não pudesse comentar na edição de hoje (13.12.2010) de Zerolândia (jornal Zero Hora/RS), em função de uma determinação da Justiça, com multa diária de 150 reais em caso de descumprimento da medida. Nunca é demais lembramos que estamos sujeitos a esta punição em função de ações movidas por um funcionário com 35 aos de firma. O cara nunca foi  testado em qualquer outro emprego. Sendo que na ação criminal, em primeira instância, ficou estabelecido que não cometi nenhum crime e que não posso ser responsabilizado por um apelido que não foi por mim criado. Não existe meia censura. Ao não poder comentar algumas matérias adotei a posição de não comentar porra nenhuma. Além disso, o monitoramento das sacanagens de Zerolândia é uma coisa repetitiva. Não é mais o centro de nosso trabalho. Continuo apontando e dizendo o que eu acho em sala de aula. Também, em princípio, este é um espaço de absoluta soberania que resta a um professor. Todo o material censurado era usado no ensino de jornalismo na UFRGS. Aos que freqüentam diariamente o blog peço desculpas pela repetição destas notas. Está fazendo dois anos que a pendenga começou e eu continuo com o conteúdo de sete anos do meu trabalho fora da rede. Sou do tempo que jornalista não processava colega. Jornalista pedia direito de resposta. Estabelecia-se uma polêmica e, ao final de um período, uma das partes reconhecia ter errado ou formava-se um novo consenso. É bem verdade que nesse tempo as redações eram formadas, em sua imensa maioria, por intelectuais  de esquerda. Militantes, ex-militantes ou no mínimo simpatizantes. Era uma coisa de mais alto nível. Boy era boy  (contínuo) e não assistente de redação. Não precisava, para distribuir jornais e brindes, cursar quatro anos de uma faculdade de comunicologia. Digo ainda que jovens que se submetem a esta condição estão no caminho errado. Serão no máximo showrnalistas. Não vamos nem assinalar outras gritantes diferenças. E para pior."

Reproduzido do pontodevista

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