Retornando ao nosso espaço cosmológico, com breve atraso, quero me reportar, mais uma vez ao tempo, associando-lhe, agora à ilusão e a vida real, como possibilidades de sedução, por meio da tecnologia. Nesse caso, me refiro, como exemplo potencialíssimo, a televisão, vista por dentro - a garganta desse monstro. De fora, uma pequena tela pode seduzir milhões por artifícios de som e imagem, muito bem produzidos. Mas, ao avesso, uma equipe, comumente pequena, atua orquestradamente, para garantir a a boa qualidade da veiculação. A perfeição da imagem e som na tela se traduz, no avesso, em energia total, humana e maquínica. Câmeras de porte, fios desordenados, luzes intensas, olhares fixos e muito stress são a tônica no pequeno espaço de um estúdio de TV. Ali, se cria, magistralmente, e cada vez mais, teatralmente, o alimento simbólico, progressiamente básico, da raça humana. Tudo é rápido e exato. A falha de um segundo pode fazer diferença no produto. O improviso, porém, em nossos tempos, se converteu em parte do próprio produto. A metaliguagem é um recurso forte e predominante nas mãos dos apresentadores hábeis, o que não quer dizer, talentosos. Voltaremos ao tema futuramente.
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