sábado, 30 de julho de 2011

Naqueles tempos do Castro - e da Blitz

Acorda, pega a pasta e te manda.. Anda... de bamba, conga ou kichute... Lute... pela linha na Americana... Cana.... na quadrilha que li no Correio... Creio... em poesia no grito do Américo... Histérico... orientando a confusão no sereno... Breno... a paciência no exercício... Suplício... da matemática sem coração... Tesão... sente a menina e se toca... Coca... é tri com pastelina.. Sina... do Sarnei, Lula e Brizola.. Bola... passa o Magrão ao retardado.. Tarado... pela marcinha nos corredores... Dores.. na saída, quando é não a resposta... Mostra... o poema para a amiga dela... Bela... que na noite vai ser opção... União..., Plhiper, Star ou Bailão... Não... até sábado é tormento... Vento... entre a 48 e outras ilhas... Milhas ... passeia um navio sem mastro... Castro.. na trajetória de quem se ausenta... Oitenta... a memória de uma Geração.

O poema acima, que fiz há alguns anos, teve a ver com a nostalgia em relação à década de 80, que marcou forte a minha juventude, mais precisamente pelos 12 aos 18 anos. Também veiculei o texto em uma comunidade que criei no Orkut, posteriormente apropriada por um de seus membros.Se refere à escola Castro Alves, onde estudei por esse período. Vários dos termos utilizados só são compreensíveis a quem conhece a cidade de Alvorada, ou viveu "Nqueles tempos do Castro". Pois bem, naquela década, entre outras baladas, a Blitz expressava um certo sinônimo de rebeldia. Lembrei disso hoje, ao ouvir no rádio que esse conjunto anda fazendo shows pela Capital. Os anos 80 marcaram por vários motivos. Era uma década em que a demcocracia brasileira começava a dar os primeiros sinais de vida, após vários anos de censura - os demais avanços até hoje vão se construindo. Mas essa banda também expressava, ao nível da cultura, um modo despojado de viver e amar. Tudo mudou e diversificou bastante de lá para cá. Mas a criatividade e a performance nas letras e shows daquele grupo marcaram um estilo próprio, que vale a pena recordar.

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