Zezinho com seis anos. Queria brincar de boneca, mas sua mãe proibia. Zé, com 16, gostava de meninas, mas também sonhava em ser um bailarino, mas todos à sua volta negavam essa possibilidade e estimulavan-lhe para o futebol. José, aos 26. Tinha uma namorada, com qual ia às vezes no cinema; queria que ela pagasse sua entrada, mas ela dizia que isso não era atitude de cavalheiro; Zeca, aos 36. Casado, com o primeiro filho, gostava a cozinhar. Mas a esposa não deixava ele entrar na cozinha, pois não sabia fazer nada direito ali; Aos 46, Zecão divorciado via futebol e só conversava com homens nas festas de domingo; Aos 56, Seu José transava com uma prostituta da Capital para lembrar que ainda era homem; Com 66, Vô Zé, quando tinha saudades do neto, comprava balas para dar às crianças; era conhecido como o velho tarado do bairro. Nos 76, em um retrato empoeirado na parede do quarto de seu bisneto, lembrado pelos familiares como um homem de princípios, Zezinho enfeitava a parede.
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