quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Confrontos Usp - Unb: proíbe o tóxico, libera os agrotóxicos


O conservadorismo dogmático se espalhou endemicamente sobre a racionalidade da ciência e do discurso midiático hegemônico para qualificar, ensinar e legitimar quais as drogas que merecem ser consumidas pelos humanos. E para os mais duvidantes, a solidez do cacetete complementa o serviço.

Enquanto isso, doenças como câncer, diabetes e obesidade são apresentados como meros acidentes de celebridades, jamais fenômenos crescentemente progressivos de uma sociedade que cultua a descartabilidade como filosofia, o consumismo como religião e o Mercado como Deus.

Nesse final de primavera marcaram o País duas sintomáticas e simbólicas manifestações estudantis, na Usp e na Unb, que por várias razões trazem relações entre si. De regiões distintas, os estudantes mais uma vez ergueram sua voz. Mas ela só pode ecoar na métrica legal, moral e política que circunscreve os
o que temos por democracia. E tais limites são muito bem vigiados. Ordem e Segurança, nesse caso, se confundem com controle e repressão, seja onde for.

No primeiro caso, o que acendeu a ação da Polícia Militar, para deter um estudantes parece ter sido a chama de um embrulhadinho de uma planta, qualificada como droga ilícita e  não autorizada a circular no mercado, como outras. No caso em questão, impropriamente consumida por um universitário. Logo, a academia foi, em nome dos bons costumes e da “segurança interna” tomada por forças militares, que em nada combinam com a livre realização do aprendizado e expressão do saber.

A desregulamentação e afrouxamento da fiscalização ambiental brasileira é muito bem vinda a governadores do norte ao sul e leste a oeste, que se beneficiam, por condição ou ideologia, dessa desqualificação da União para legislar sobre florestas, lavouras e outros espaços de importância vital para a sociedade.

Vale sempre lembrar por onde anda as drogas mais perigosas. E o que o Novo Código Florestal tem a ver com isso? Nada, além da relação que tem com o fortalecimento de um modelo de produção, que proporciona uma lucratividade tão imensurável quanto os danos ambientais e sanitários que gera. E, infelizmente, estamos falando nisso no ano de 2011 !!!!

Continuaremos na questão...

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