Foi pedagógica e inspiradora a visita que fiz ontem a Caxias do Sul , acompanhando a Comissão de Resíduos Sólidos na visita ao CODECA - referência no País em coleta automatizada. O que mais me despertou a atenção é a dinâmica e as estratégias utilizadas pelos gestores daquela empresa para conscientizar a população e obter o apoio desta na separação do lixo.
O Troca Solidária, por exemplo, que envolve a entrega de alimentos por lixo seco separado, contempla um ciclo, e combina educação ambiental, inclusão social, descentralização e desenvolvimento local. A parceria e organização dos cadadores, por outro lado, já vem sendo ponderada em Canoas. Resta agora, a partir de análises e adaptações lúcidas, que a comissão e os gestores municipais competentes avaliem o quanto dessa experiência pode ser absorvido em uma cidade de periferia urbana, e que tem um crescimento acelerado e difuso.
A questão do lixo, como a do transporte e da segurança, já de algum tempo atravessa limites de cidades, apontando a necessidade do debate e proposição de soluções conjuntas entre os municípios. A recente criação do Conselho Deliberativo Metropolitano pelo governador Tarso Genro ilustra essa visão. O fato é que a questão exige uma colaboração de todos segmentos sociais (cidadãos, governantes, mídia, etc.). Uma boa demonstração que qualquer área pode, sim, colaborar, está no premiado documentário Lixo Extraordinário, sobre a experiência do artista plástico Vik Muniz. Com sensibilidade e talento, ele soube ver arte onde tudo parecia descartável: um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro (Trailler abaixo).
No que e refere aos resíduos sólidos - seja no ar, na água ou na superfície terrestre - foi bem observado pelos presentes na reunião do CODECA: O que ocorre em Caxias do Sul pode refletir em Canoas, e vice-versa, pois “Somos um só Planeta”.
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