O caso da violência na Unifesp de Guarulhos me deixa realmente perplexo. Pelo que vi e li sobre o assunto, a partir de depoimentos de estudantes, professores e alunos, há equívocos de lados diferentes. Por um lado, já é notória a cultura dos governos tucanos (notoriamente o de SP) de tratar questões sociais por meio da repressão, diante da incompetência para o diálogo. E, no caso, como em outras vezes, levar a Polícia Militar ao Campus é uma ação, não somente equivocada na essência, como estúpida do ponto de vista institucional; demonstra a falência de autoridade de uma reitoria e sua impotência para ouvir e negociar. A universidade é um espaço da construção do conhecimento crítico, e não combina com a violência, seja de onde parta. Sou dos que crêem que uma polícia civil, adequadamente preparada para essa finalidade deveria ser pensada. Por outro lado, penso que essa prática repressiva policial se estende no País especialmente a segmentos sociais segregados ou excluídos - o caso do MST, dos residentes da Cracolândia, dos sem-teto, dos presidiários, e de outras minorias, ilustram isso. E a universidade não é, ou não pode ser, uma ilha, não está, ou não deveria estar, alienada ou privilegida com relaçao ao que ocorre no cenário político nacional, com outros segmentos. Não fico, portanto, à vontade em resumir o problema da repressão aos universitários. Uma outra questão é que também discordo em absoluto da danificação do patrimônio público. Acho imaturidade política esse tipo de ato, o que demonstra o quanto o movimento estudantil tem se distanciado de seu eixo responsavelmente transformador. Há, por último, um outro aspecto a considerar - frequentemente ignorado por um certo esquerdismo egoísta - que diz respeito a situação do trabalhador policial militar, que é preparado para situações de guerra, mas constantemente inserido em situações de conflito eminentemente social ou civil, no qual é provocado, humilhado e, também agredido fisicamente. Portanto a esfera política da questão precisa ser amadurecidamente focada, em todos os seus aspectos, e para muito além de imagens e emoções.
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E no Paraguay, nem se fala...
Repudiamos desalojos de campesinos en Curuguaty. Comunicado de ULTERA
Desde la Unión Latinoamericana de Técnicos Rurales y Agrarios (ULTERA Argentina) repudiamos el accionar del Gobierno de Paraguay desalojando a campesinos que ocupaban tierras en Curuguaty, que llevó a un enfrentamiento en el cual perdieron la vida 17 personas y hay casi un centenar de heridos, entre ellos una niña de 2 años.
Hacemos responsable de estas muertes al gobierno que encabeza Fernando Lugo y a la complicidad del poder judicial y poder legislativo de Paraguay con el empresariado de los agronegocios.
Desde ya nos solidarizamos con los familiares de las víctimas y con los campesinos que sufrieron brutal represión.
Hacemos nuestras las palabras del comunicado emitido por MCNOC, en el que mencionan que esta situación se da por no existir una política de Reforma Agraria Integral por mala distribución y la ofensiva del agronegocio en detrimento total sobre la realidad de la población del campo.
"Lamentablemente la violencia la impone el modelo del agronegocio. Los muertos, los heridos, son los pobres policías y campesinos en este caso. El Estado genera las condiciones favorables para que el poder del dinero imponga su lógica de destrucción y de muerte".
Por ultimo mencionamos que la situación del los campesinos y el acceso a la tierra, al igual que en Paraguay, se da a lo largo y a lo ancho de nuestro continente.
NO AL SAQUEO DE NUESTROS RECURSOS NATURALES.
BASTA DE DESALOJOS.
BASTA DE MUERTE.
Reproduzido de: Biodiversidadla
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Quando questões sociais são confundidas com questões de guerra, nenhum segmento escapa da miopia política; e frequentemente os profissionais que precisam revelar as origens de um cenário deteriorado pela incompetência ou alienação dos gestores públicos, são suas maiores vítimas. Especialmente onde o problema social se cruza com o narcotráfico. ..
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Quando questões sociais são confundidas com questões de guerra, nenhum segmento escapa da miopia política; e frequentemente os profissionais que precisam revelar as origens de um cenário deteriorado pela incompetência ou alienação dos gestores públicos, são suas maiores vítimas. Especialmente onde o problema social se cruza com o narcotráfico. ..
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