Acidentes acontecem. E existem tragédias, fatos terríveis
como esse, que provocam dor imensa, incomensurável, comoção, e perguntas: como
deixaram isso acontecer? Onde mais isso pode vir a acontecer? E como isso não
aconteceu antes?
Alguém ai em casa tem dúvida de como NÃO É fFEITA a
fiscalização em milhares de casas noturnas Brasil afora? Quem frequenta a noite
em São Paulo, por exemplo, não sabe que a maioria das casas de balada -com ou
sem alvará- têm as mesmas características da "Kiss" de Santa Maria?
Boates com o mesmo tipo de segurança; capaz de barrar quem
tenta escapar, com medo de que não paguem a conta. Casas com uma única entrada,
e sem saída alternativa. Baladas que costumam aceitar muito mais público do que
o previsto pela lei.
Quem, em São Paulo ou Brasil afora, não sabe que filhos
frequentam grandes festas de estudantes que não têm autorização legal para
acontecer? Festas que levam o nome de uma escola ou de uma universidade que
nada têm a ver com as festas, ou que por elas se responsabilizem.
Baladas para menores acontecem sem que o juizado tenha sido
ao menos comunicado. Qualquer um que tenha filhos adolescentes, com condições
financeiras para frequentar tais baladas, sabe que é assim.
Presença de bombeiro, de funcionário treinado para acidentes
em festas com mais de 300, de 500 ou de mil pessoas? Esqueçam. Isso só acontece
no papel e nos discursos. E na conversa que os filhos aplicam nos pais e mães.
Como esperar fiscalização de festas numa cidade, como São
Paulo, onde um funcionário, o tal Saab, autorizava alvarás ilegais para
construção de prédios inteiros?
O cidadão fez fortuna de R$ 50 milhões, tinha mais de 100
apartamentos e o prefeito disse que não sabia de nada. Alguém, num lodaçal
desses, vai fiscalizar, pra valer, casa noturna?
Na véspera do Ano Novo, máquinas derrubaram matas, aterraram
mangues na avenida Paralela, no coração de Salvador. Ao que se sabe,
autorizados por alguém da prefeitura, alguém que deixava que deixava o poder
numa prefeitura "Craudiada".
O que aconteceu na cidade vítima de enorme estupro
imobiliário nos últimos anos? Nada.
Na mesma Salvador a camatoragem de carnaval invade espaços
públicos desde o dia seguinte ao Natal. Como? Em conluio com quem tem poderes
para impedir. Por todo o Brasil a sociedade aceita cenários como esse. Por
inércia, medo ou desinteresse. Até que venha a próxima tragédia.
Uma blitz em qualquer cidade encontraria poucas casas desse
gênero em plenas condições de funcionamento.
Agora veremos um surto de anúncios de medidas preventivas. O
que se espera é que, ao menos em nome, em razão de seus filhos, a sociedade
cobre.
Cobre para que medidas sejam efetivamente implantadas. Cobre
para que uma fiscalização real evite tragédias como a de Santa Maria.
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Aberto as oficinas TEATRO LIVRO 2013, em Porto Alegre.
Confira:
Aberta Oficina de Teatro Livre 2013
A Oficina de Teatro Livre tem a proposta de iniciação
teatral a partir de jogos dramáticos, expressão corporal e improvisações. Se
desenvolve durante todo o ano sem interrupções, visando estimular o interesse
pelo teatro e a busca da descolonização corporal do artista/cidadão.
A oficina é aberta e gratuita a todos os interessados a
partir dos 15 anos.
Local: Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)
Dia: Todos os sábados
Horário: das 14h às 17h
Oficineira: Marta Haas
Informações: 3286 57 20 ou 989 31319
A partir da experiência desenvolvida há mais de vinte e
cinco anos com Oficinas Populares de Teatro, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui
Traveiz, acredita na importância da função social do artista, e pretende que
essa formação favoreça a emergência do artista competente não apenas no
desempenho de seu ofício, mas também preocupado com o seu desempenho como
cidadão.
A escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo dentro
dentro da sua proposta de trabalho, realiza anualmente seminários, ciclos de
debates e oficinas de iniciação teatral, pesquisa de linguagem e treinamento do
ator.
O teatro
é o estado,
o lugar,
o ponto,
onde se aprende a anatomia humana,
através dela se cura e se rege a vida.
(Antonin Artaud)
Foto: Pedro Isaias Lucas
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