A instabilidade só surge para quem nunca chegou a estar realmente seguro de sí. É bem verdade que estar seguro nesses tempos de transformações de meios e comportamentos, é uma questão de adaptação profunda. Mas quem disse que na vida podemos descartar a necessidade intrínseca dessa habilidade? Desde que nascemos, o próprio ato de vir ao mundo é um processo de adaptação. Nem sempre prazeroso, mas necessário.
E, a propósito, por que deixamos de fazer o necessário, em troca sempre do prazeroso? Talvez porque descartemos, provisoriamente, a consciência de que o necessário, invariavelmente, é parte central do prazeroso - aquela parte que diz respeito a tranquilidade pelo cumprimento da missão básica para a existência.
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