A célebre entrevista com Mujica. Uma aula de democracia e de América Latina.
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Por Luiz Eduardo Soares (Perfil Face):
"Vejam a relação íntima entre dois fenômenos aparentemente distantes: (1) varrer os crimes da ditadura para debaixo do tapete; (2) a forma como é conduzida a segurança pública no Brasil. Vou dar apenas o exemplo do Rio. O governador Marcelo Alencar, do PSDB, em 1995, sentiu-se à vontade para fazer do general Newton Cerqueira -responsável pela morte de Lamarca- seu secretário de segurança. Sob seu comando, criou-se a gratificação faroeste e o Bope deixou de aceitar rendição. Além da explosão dos autos de resistência e de levar o tráfico a investir pesado em armas, claro que a política alucinada do confronto precipitou uma trágica espiral de violência. O que mais nos legou o general? Um setor de "inteligência" na secretaria, entregue ao coronel do exército que comandava o DOI na época do atentado ao Riocentro. Quem quiser saber o que eu e meus companheiros fizemos para combater essa aliança perversa, em 1999, dê uma espiada em meu livro, "Meu Casaco de General". Estou vivo porque sou teimoso. Nunca me intimidei e não pretendo me calar. Enquanto tiver forças, vou levar adiante a luta contra a ditadura, porque ela foi derrotada apenas parcialmente. Deixou seu veneno infiltrado na jugular da segurança pública, corroendo a democracia e promovendo o genocídio de jovens negros e pobres. A luta não terminou. Levantemos juntos dos policiais, cujos direitos são violados dentro de suas instituições, a bandeira da PEC-51. Desmilitarização, já! Ciclo completo. Carreira Única."
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DE COLOMBO A PAPA DOC; DE S. BOLÍVAR A PADRE ARISTIDE; DA MINUSTAH À SOMBRA DO CAOS. O HAITI É UM SIMBOLO DE AGRESSÃO À DEMOCRACIA E DA FORÇA DA SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL. RESTA SABER O QUE TERÁ MAIS ÊXITO.
"A situação em Brasileia, no Acre, piora e atinge novos auges a cada dia. Segundo Damião Borges, administrador do abrigo na cidade, o total de migrantes é estimado em quase 2.500 – sendo 2.000 deles vivendo no abrigo, que comportaria no máximo 400 pessoas."
Imigrantes haitianos no Acre: à beira do caos
Foto e citação reproduzidos de Outras Palavras, onde está o texto na íntegra.
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