A escola tradicional parou tempo, definitivamente. Vejo isso
cada vez que vou em alguma. O agravante atual é que, nestas últimas décadas, a
didática cartilhesca, que ainda campeia pelos cursos de Pedagogia, está muito
mais estranha aos anseios e problemas que cercam os jovens. O professor é um
sujeito estratégico, mas jamais deve ser responsabilizado isoladamente pelo
resquício autoritário dessa cultura bancária de ensino, das inadequações no
aprendizado e das novas vulnerabilidades que envolvem precocemente essa
geração, e que a famílias - em todas suas variações - insistem em repassar
adiante, equivocadamente. Mas há também ideias e ferramentas brilhantes nesse
meio, felizmente. E quando Comunidade Escolar, Estado e Sociedade Civil dão as
mãos, os efeitos positivos podem ser gigantes. Há, ainda, obviamente, a
responsabilidade do aluno nesse processo. Esse é outro debate fundamental. Esse
indivíduo, que é a base para onde tudo se foca, tem hoje outras sensibilidades
e direitos. E isso deve, proporcionalmente e necessariamente, incorporar a
noção que, com isso, passa a deter também outras habilidades e
responsabilidades.
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