quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Gabriel García Márquez entrevista a Pablo Neruda






Gabriel García Márquez
Famoso e importante escritor, jornalista, editor e militante político colombiano, apelidado carinhosamente de Gabito, nasceu em Aracataca, no departamento de Magdalena, na Colômbia, no dia 6 de março de 1927. Seus pais, Eligio García e Luiza Santiaga Márquez Iguaran, tiveram onze filhos, e para sustentar a família mantinham uma pequena farmácia especializada em Homeopatia.
Gabriel Garcia Márquez. Foto: via Wikimedia Commons
Gabriel Garcia Márquez. Foto: via Wikimedia Commons
Ele passou sua infância na casa de seus avós maternos, fundamentais para o futuro escritor, que se inspiraria nestas figuras – o avô, Nicolás Márquez, veterano da Guerra dos Mil Dias, travada entre liberais e conservadores colombianos; a avó, Tranquilina Iguarán – para criar seus personagens, principalmente os que povoam as páginas de seu clássico Cem Anos de Solidão. Aos oito anos ele perde o avô, em 1936. Sua famíla então parte de Aracataca, por motivos econômicos, e Gabriel conclui seus primeiros estudos na cidade de Barranquilla e depois no Liceu Nacional de Zipaquirá.

O escritor cresce apaixonado pelos livros, principalmente pelas histórias das Mil e Uma Noites e pelo irrealismo de Kafka em A Metamorfose, obra na qual Gabriel mergulha sua imaginação e percebe que ela não tem limites. Em 1947 ele se transfere para Bogotá, ingressa nos cursos de Direito e de Ciências Políticas na Universidade Nacional da Colômbia, mas não chega a se graduar, entrando logo em seguida pelo caminho do Jornalismo, quando se muda para Cartagena das Índias.

Ele atua na esfera da imprensa no jornal El Universal, seu primeiro trabalho; no períódico El Heraldo, no ano de 1949, em Barranquilha – nesta mesma época ele integra um grupo de escritores que tinha como objetivo incentivar a literatura; em 1954 ele inicia sua trajetória no El Espectador como repórter e crítico, circulando pelo continente europeu como correspondente deste veículo. Voltando para Barranquilha, contrai matrimônio com Mercedes Barcha, com quem tem dois filhos, o futuro diretor de cinema Rodrigo García e Gonzalo.

Logo depois ele exerce seu ofício na cidade de Caracas, na Venezuela, seguindo em 1961 para Nova York, novamente como correspondente internacional, administrando aí a agência de notícias Prensa Latina, mas suas posições a favor de Fidel Castro o levam a ser assediado pela CIA, provocando sua mudança para o México. Neste país ele inicia a carreira literária, escrevendo a princípio roteiros cinematográficos. Sua primeira obra ficcional é La Hojarasca, lançada em 1955; depois é publicada a ficção Ninguém Escreve ao Coronel, de 1961, seguida pelo seu livro mais célebre, Cem Anos de Solidão, publicado em 1967.

Sua criação Relato de um náufrago, embora anterior aos livros já citados, foi publicada inicialmente no jornal El Espectador, sendo editada na forma de livro bem depois, sem o conhecimento do próprio autor. Outras de suas publicações são Crônica de Uma Morte Anunciada e O Amor nos Tempos do Cólera, entre várias obras de ficção e de não ficção. Seu clássico literário, Cem Anos de Solidão, é respeitado pela crítica como um marco da literatura da América Latina, pioneiro em um estilo que seria conhecido como Realismo Fantástico. Em 1982 ele conquista o Prêmio Nobel pelo conjunto de sua obra.

O escritor viveu na Espanha até 1975, retornando para a Colômbia em 1981, mas em sua terra natal é acusado pelo Estado de ser colaboracionista da guerrilha. Neste momento ele decide voltar para o México. A partir de 1999 ele retoma o jornalismo, assumindo a direção da revista Cambio. Em 2002, Gabriel García Márquez lança Viver para Contar, autobiografia na qual ele envereda após descobrir que está com um câncer linfático, o qual vem tratando na Ilha de Cuba.

Por Ana Lucia Santana - Fontes: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_678.html,
Via Infoescola

* Gabriel García Márquez morreu aos 87 anos, em 17 de abril de 2014. O escritor estava em casa e lutava contra um câncer linfático desde 1999.

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Pablo Neruda 
Um dos maiores poetas latino-americanos do século XX, Pablo Neruda  nasceu no dia 12 de julho de 1904, na cidade de Parral, no Chile, batizado como Neftalí Ricardo Reyes Basoalto. Ele era filho do operário ferroviário Jose Del Carmen Reyes Morales e da professora primária Rosa Basoalto Opazo, morta durante o parto. Seu pseudônimo - oficializado como nome verdadeiro após entrar com uma ação legal - foi inspirado por seus poetas preferidos, o tcheco Jan Neruda e o francês Paul Verlaine.
Sua família partiu para Temuco em 1906. Aí seu pai contrai novo matrimônio, desta vez com Trinidade Candia Marverde, a quem o poeta se dirige como Mamadre em trechos de seus livros Confesso que vivi e Memorial de Ilha Negra. Neruda ingressa no Liceu de Homens, nesta mesma cidade, quando tinha mais ou menos sete anos. Nesta instituição ele escreve seus primeiros poemas, publicando-os no veículo La Manãna. Seu primeiro reconhecimento literário é conquistado em 1919, quando ele alcança o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule, inscrito com o poema Noturno Ideal.

Em 1920 o poeta passa a colaborar com o periódico literário Selva Austral, já assinando seus poemas com o nome artístico por ele concebido. Ao ingressar no curso de pedagogia em francês do Instituto Pedagógico da Universidade do Chile, em 1921, ele se fixa em Santiago, e aí conquista seu primeiro prêmio, na Festa da Primavera, com o trabalho A Canção de Festa, impresso depois na revista Juventude. Em 1923 vem a público o livro Crepusculário, consagrado por artistas do porte de Alone, Raúl Silva Castro e Pedro Prado

Um ano depois ele publica seu famosoVinte poemas de amor e uma canção desesperada, apresentando ainda em sua poética sinais do movimento modernista. Futuramente ele adotará metas e transformações defendidas pela vanguarda literária em três volumes curtos, lançados em 1936 - O habitante e sua esperança; Anéis, no qual colabora com Tomás Lagos; e Tentativa do homem infinito.

Em 1927 ele é nomeado cônsul em Rangum, na Birmânia, dando início à sua trajetória diplomática. Nesta profissão ele passa pelo Sri Lanca, por Java Singapura, Buenos Aires, Barcelona e Madrid, mantendo contato nestas travessias com artistas e integrantes famosos do universo cultural, entre eles o poeta Federico Garcia Lorca, em Buenos Aires, e Rafael Alberti, em Barcelona. Em 1930 ele contrai matrimônio com María Antonieta Hagenaar, obtendo o divórcio em 1936. Posteriormente ele passa a viver com Delia de Carril, casando-se depois em 1946, até novamente se divorciar, em 1955. O poeta se casa de novo em 1966, desta vez com Matilde Urrutia.

O poeta recebe, em 1935, a administração da revista Cavalo verde para a poesia, onde trabalha ao lado dos poetas que integram a geração de 27. Neste mesmo ano é lançada em Madri uma edição de sua obra Residência na Terra. Um ano depois tem início a Guerra Civil Espanhola e Neruda, inconformado com a morte de seu companheiro Garcia Lorca, adere ao Movimento Republicano. Inspirado por estes momentos difíceis, ele cria Espanha no Coração, na França, em 1937, voltando neste mesmo ano para sua terra natal. Suas obras são nesta época permeadas pelas mesmas inquietações político-sociais.

Ele é indicado, em 1939, para assumir o cargo de cônsul para a imigração espanhola em Paris, e logo depois vai para o México como Cônsul Geral. Aí ele dá vida a uma de suas principais obras, Canto Geral do Chile, um poema de teor épico, que descreve a bela natureza e a história social da América continental. É escolhido como senador da República, em 1943, mas logo depois passa a ser reprimido pelo Estado, por suas duras críticas ao governo, e é obrigado a buscar asilo político na Europa.

Ele obtém, em 1953, o prêmio Stalin da Paz, conquistando em 1965 o título honoris causa da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Em outubro de 1971, no auge da fama, ele ganha uma das premiações mais importantes do universo literário, o Prêmio Nobel de Literatura. Sob o comando do socialista Salvador Allende, o poeta é nomeado embaixador na França. Nesta época ele adoece e volta, em 1972, para o Chile. No dia 23 de setembro de 1973 ele morre, vítima de câncer na próstata, na Clínica Santa Maria de Santiago, no Chile.

Por Ana Lucia Santana  - Fontes: http://biografias.netsaber.com.br/ver_biografia_c_1472.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pablo_Neruda

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