quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Provocações do Tião - Ebola, uma ponta do iceberg

Por Sebastião Pinheiro*

No início a situação era dramática pelo Ebola (EVD) na Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria, mas rapidamente a grande produtora de “petróleo light” saiu dos noticiários por haver resolvido seu problema.  

Serra Leoa ficou famosa pelos diamantes usados tanto pelo narcotráfico quanto terrorismo internacional e junto à Guiné e Libéria são conhecidas no mundo como a terra do bom cacau. A Libéria parece ter sido um sonho de um império temporão. Um pedaço de terra tomado como possessão (aproveitando a crise pós-Napoleão) em 1817 pelo governo norte-americano através da Sociedade de Colonização Americana, cuja função (futura) era repatriar escravos que assim desejassem principalmente a partir da 13ª Emenda constitucional. Sua capital tem o sugestivo nome homenagem, Monróvia, e depois do Panamá é a segunda maior marinha mercante.  

Antigamente se aprendia na escola que os EUA não têm marinha mercante por usar as bandeiras neutras (de conveniência) dos países citados, mas era época da Guerra Fria.

Quanto ao Ebola (EVD) é de imaginar, se duas enfermeiras uma do padrão europeu e outra do norte-americano se contaminaram em suas condições de trabalho (invejáveis), o que não se esperar nos países africanos pobres e de instalações de saúde precárias, aliás, parecidas às nacionais ou latino americanas. Se aqui temos pelo menos duas dúzias de acidentes fatais pela falta ou má formação nos profissionais de saúde, o que esperar lá com o Ebola que mata enfermeiras de alto padrão em biossegurança, pois ultrapassa a barreira até de roupa de astronauta.

O drama está em que a violência é outra. Uma das maiores preocupações dos países ricos sempre foi a taxa de reprodução dos pobres e miseráveis na “superpopulação do planeta”, mas o Malthusianismo não é coisa do passado ou reduzida a gueto de minorias desqualificadas. É um dos temas mais recorrentes nos ambientes de poder estratégico, seja industrial, financeiro ou econômico inclusive nos organismos multilaterais, muito além do neo-Malthusianismo, pois esconde interesses de Eugenia no formato pensado por Wallace, Spencer, Haeckel, barão Otto von Verscheur e Hitler.

Um jovem agrônomo recém formado foi para os EUA buscar a sorte e lá ficou por quase três anos. Em suas estripulias esteve em Fort Detrick, em Maryland, o maior instituto de armas biológicas e bioquímicas desse planeta externou que os estagiários que lá conheceu afirmavam que a AIDS era uma criação dos laboratórios deles.


 “Yo no creo en brujas”.., mas sou brasileiro. Pesquisando encontrei o livro “Emerging Viruses AIDS & Ebola Nature, Accident or Intentional? Escrito pelo médico Leonard. G. Horowitz, nada mais que com os seguntes títulos: D.M.D., M.D., Ph.D. O livro é prefaciado pelo médico, também Ph.D, W. John Martin. Sua leitura é asfixiante.


Por formação não temo leituras catastróficas, apocalípticas e sou vacinado sobre as “teorias da conspiração” e artifícios de desinformação do poder, aliás, meu deleite é analisar e separar o joio do trigo e me excita “buscar a quinta pata do gato”.

O livro do Dr. Leo Horowitz é vital para se entender o surgimento dos príons causadores do “Mal da Vaca Louca” e sua versão em humanos como Doença de Kreutzfeld-Jakob e a Doença da Caqueixa Crônica, (CWD, Chronicle Wasting Disease), que ataca alces, cervos, veados. No governo Bush mais 30.000 cervos, alces e veados foram sacrificados (metralhados por helicópteros y bombas) na América do Norte por contaminação com príones (Encefalites Espongiforme Transmissíveis). Ninguém fala mais sobre o Mal da Vaca Louca?  Por quê?

Na Guerra Fria foram realizadas excursões científicas para caçar (lentivírus) príones em Papua Nova Guiné com equipes de renomados cientistas das melhores universidades com finalidades militares. Gaydusek, laureado com o Premio Nobel foi autorizado a levar quarenta e oito crianças das tribos “Kuru” de hábitos antropófagos, por razões militares- humanitárias para os EUA. Posteriormente aquele cientista foi condenado como pedófilo, depois de uma sentença de 19 meses refugiou-se no seu país de origem e finalmente morreu na Noruega. Seria a leniência razões de Estado?

O livro relaciona o surto e proliferação da AIDS entre a comunidade gay e a campanha de vacinação contra a hepatite tipo B nos EUA e Canadá.  Em Vancouver há o memorial com mais de vinte metros (foto) com o nome das vítimas da epidemia. 


Entretanto o livro não relaciona a alta incidência da AIDS na parte sul da África em função das Guerras de Liberação de Angola, Namíbia e África do Sul. Uma das primeiras vítimas famosa da AIDS no Brasil foi o badalado costureiro Markito dos programas televisivos (1983).

A AIDS (SIDA) se transformou em segmento de pesquisa e depois em jogo de patentes industriais. Lembram que a diplomacia brasileira interveio energicamente para a quebra das patentes dos medicamentos para que os países pobres pudessem realizar políticas públicas de tratamento contrariando os interesses das empresas dos países industriais no final dos anos oitenta.  

O sarcástico é que George W. Bush contrario à medida, a adotou imediatamente com respeito aos remédios para tratar o Antrax, também arma de guerra produzida em larga escala na Guerra Irã-Iraque (foto) e que causou medo e terror nos EUA após o atentado às Torres Gêmeas do Rockefeller World Center.


 Ao ser postado no dia 10 de Outubro por um amigo jornalista É sombria, mas considerável na atual conjuntura internacional, a possibilidade de essa doença tornar-se a nova forma disfarçada de preconceito, xenofobia, e até mesmo, de extermínios...”  Imediatamente pedi que o livro em do Dr. Leo Horowitz, em pdf, fosse colocado à disposição no Blog Cosmonicar, pois estava viajando.  Embora o livro esteja em inglês sua leitura é imprescindível.

Informado sobre os meandros da Guerra de Angola e Namíbia (África do Sul) fica a interrogação: Há informações transversais de militares sul-africanos adequando vírus mortais à células humanas negra denunciada até mesmo com nomes e patentes militares do Apartheid.

Na série da TV “Walking Dead” é perceptível, em primeiro momento uma citação de Thomas Hobbs: “El miedo es la pasión mas efectiva”. No seriado “ficção” é explícito que a arma escapou dos Laboratórios de Atlanta (sede do Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão central yankee para as questões de saúde), por isso simultaneamente pedimos que o livro “Império”, de M. Hardt & Antonio Negri, em espanhol e em pdf., fosse colocado no mesmo blog junto ao anterior.



A leitura de “Império” permite conjeturar: A primeira epidemia Ebola (cujo primeiro surto ocorreu em 1976 na região próxima a Angola em Shaba (ex-Katanga) no Congo durante a “Operação Carlota” dos cubanos, será casualidade?

Voltemos à aterrorizante série de TV. Os “mortos-vivos” na verdade é uma metáfora para a perda de decisão do cidadão do Estado Nacional e sua formal submissão à vontade de grandes corporações na instalação da soberania global, onde a vida e a morte passarão a ser uma questão de interesse e manejo igual que nas duas Guerras do Iraque e Afeganistão, sem imagens, sem medo, sem comoções ou aspectos negativos, da mesma forma como foi a pandemia de “Influenza”, com estatísticas manipuladas durante a Primeira Guerra Mundial.

A questão emerge: - Interesses econômicos das grandes corporações do império podem “provocar” epidemias por interesses econômicos? Por exemplo, fazer a reestruturação da produção, mineral e/ou agrícola (algodão, cacau) combinando objetivos econômicos & eugenia? Usar as ferramentas da biotecnologia, políticas multilaterais e mídia para criar rentáveis segmentos econômicos com amparo da ciência?

Quem disse, adeus às violências do imperialismo?
Bem Vindos súditos do Império, estudem todos a 14ª Emenda.  “Ave, Caesar, morituri te salutant”.

Quem tiver interesse em copiar o livro “Silent Poison”, de E. G Vallianatos (294 págs., em inglês e não digitalizado) contate. O livro traz a história secreta como o poder norte-americano amordaçou a Agencia de Proteção Ambiental (EPA).  Triste, quem faz aquilo com seu povo, o que não fará com estranhos, de outras raças e crenças...
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*Engenheiro Agrônomo e Florestal, especialista em agro-química, escritor e ambientalista


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