sábado, 8 de novembro de 2014

Provocações do Tião - A fome oculta e a rocha da questão

(Texto enviado para publicação em 05 de novembro, mas que, por motivos de viagem, atrasamos a edição)

Sebastião Pinheiro*

Nos últimos tempos surgiu uma nova discussão induzida: A Fome Oculta (Hidden Hunger) e suas recomendações mercadológicas são os complementos minerais do tipo Centrun de A a Z....

A desmoralização acelerada da falecida agricultura moderna pela qualidade de seus alimentos e as alternativas em poder dos agricultores propiciou o espaço, agora disputado pelas grandes corporações, com o respaldo das omissas universidades especializadas, onde o tema agora é: Pesquisar a má qualidade mineral e de componentes do metabolismo secundário nos alimentos, cujas primeiras denuncias são anteriores há 100 anos, com Julius Hensel.

Não é estranho que, nas faculdades se discutam as carências minerais nos alimentos. É apenas o “fim dos tempos” e preparação para o “início de novos”.

Os alimentos mais contaminados são os hortifrutigrangeiros, e a onda agora é o governo que não controla os agrotóxicos, promover as denúncias, mas omite sobre a desmineralização (Foto).


 Como não sirvo de Maria-vai-com-as-outras (Monkey see, monkey do) passo a procurar a “quinta pata do gato”, como colaboração à médicos, nutricionistas, bioquímicos, professor@s, pois é importante impedir essa moda e construir cidadania e comportamento crítico sobre o tema.

Nos últimos 30 anos usamos na agricultura “rochas moídas” como fertilizantes naturais, visando o rejuvenescimento e revitalização do microcosmo e solo; mas isso é milenar na África, Ásia, América Latina e há mais de 200 anos na Europa.

A vantagem da “farinha de rocha” é que, além de acessíveis e baratas, estão em formas químicas e físicas estáveis, nas concentrações naturais, e não na concentração da indústria, tão elogiada nas escolas e faculdades da agricultura moderna já em R.I.P...

As campanhas promocionais escondem que, todo e qualquer adubo químico comercializado na agricultura têm sua origem em rochas.  A indústria processa para aumentar a solubilidade e concentração para maior competitividade comercial.  Por exemplo, às rochas de Apatita/Fosforita é feito o tratamento com ácido sulfúrico na produção do Super Fosfato Simples, que tem 18% de P, mas com perda de Cálcio, Magnésio e outros minerais, principalmente oligoelementos.  

Posteriormente, este Super Fosfato Simples é usado como matéria prima e tratado com ácido fosfórico para a produção do Super Fosfato Triplo e há a total eliminação de outros minerais e sua concentração final fica próxima a 45% e a situação fica mais grave com os derivados MAP e DAP.  

Essa concentração é a principal causa da Fome Oculta, que preocupam médicos, nutricionistas e professor@s. É um empobrecimento mineral generalizado de raízes eugenistas, pela alteração do metabolismo dos micróbios, plantas, animais e humanos.

Isso é sabido cientificamente desde antes da Segunda Guerra Mundial.  Em 1941, na Alemanha, foram feitos os estudos da importância mineral no desenvolvimento da cognição, também repetido na Itália e na Grã Bretanha. Recentes estudos mostram a preocupação na Escola de Esporte de Köln sobre a importância da riqueza mineral do cérebro para a obtenção de recordes e vitórias.

A tabela (Foto) mostra a importância funcional de alguns Elementos Minerais, em especial os Elementos Terras Raras, que deveriam preocupar a indústria de fertilizantes. Contudo, a venda de oligoelementos é um dos mais rentáveis negócios na agricultura, e já provocou escândalos em vários cantos do mundo.
O mais famoso foi o da batatinha com Mercúrio, em São Paulo, à época do governo Covas, onde se usou “ferro-velho” inglês importado contaminado para a produção de micronutrientes, que é um grande negócio na agricultura paulista.


 A onda oficial, agora é propagandear sobre os riscos dos alimentos da agricultura industrial; As “bondades” e superioridade dos adubos biotecnológicos e alimentos orgânicos para as elites, casualmente mais caros e inacessíveis para os humildes.  A emenda fica pior que o soneto.  

Há empresas na União Européia (Foto), onde as pessoas são mais bem informadas, e também amestradas, que estão vendendo farinha de rocha para a alimentação humana e animal a 200 reais o quilograma e na agricultura Yankee a tonelada de pó de pedra para a agricultura custa 5.600 dólares, mais caro que a tonelada de adubo químico para controlar a mudança e evitar um cataclismo na estrutura do poder do Agribusiness.



Para restabelecer uma agricultura saudável para todos, devemos enfocar que além das farinhas de rochas; o importante é fortalecer o microcosmo no solo, pois os micróbios somente podem comer o Carbono fixado pelo Sol através das infinitas fermentações que o dispõe na forma de Matéria Orgânica.  Entretanto, o uso de herbicidas dessecantes está privando os micróbios do solo de alimento e levando à sua lenta e inexorável extinção.

Os ácidos húmicos da Matéria Orgânica do solo são um poderoso agente quelatizador natural de minerais, que impede sua lixiviação ou arraste, vital para os microrganismos, economia de água e fixação dos gases do Efeito Estufa.

Os alemães afirmam que seu solo agrícola é capaz de fixar 27 anos de emissão das indústrias alemãs e já aplicam discretas políticas nesse setor, além da obtenção de alimentos nutracêuticos, pois sabem que os suplementos minerais só tem eficácia no comércio.


Logo teremos aqui a compra de serviços de Fixação de Gases do Efeito Estufa de grandes corporações, financiados por bancos internacionais, afinal o novo Rockefeller Trade Center em NY é chamado de “One World” TC, Antonio Negri tem razão.

Nenhum comentário: