quarta-feira, 18 de abril de 2018

Dos momentos


Imagem: http://crocomila.blogspot.com.br/

Pouco a dizer nesses tempos sombrio de Golpe que se vive nesse Brasil; mas, a vida continua e o sol nos pede, diariamente, a necessidade de viver e sonhar – assim mesmo, junto. Ontem, ao no deslocamento infortuno para uma aula que não teve, ganhei a noite no encontro com um amigo, desde o restaurante universitário, em uma conversa que foi da Arte à Política; da Sobrevivência ao Amor, da Academia à Rua. Curiosamente, esse meu colega não tem usado ônibus, por razões financeiras e filosóficas, faz um longo deslocamento diário entre a residência e o Centro, onde estuda um percurso de bicicleta. Daí, isso permitiu um tempo, que não costumo me dar, para várias coisas: contemplar a paisagem urbana, refletir sobre o momento atual brasileiro e o meu momento e sobre as perspectivas na universidade e fora dela. É interessante sempre percebermos o quanto podemos perder ou ganhar em meio a uma caminhada, e aqui me refiro a caminhada longa, aquela dos objetivos. Às vezes, parar e perder alguma coisa é ganhar muito, em termos de tempo. Assim, acordamos, comemos, viajamos, estudamos, pagamos, sempre na pressa, e a vida e seus detalhes vai se perdendo. E nessas partículas de momentos há muita coisa rica, que é preciso valorizar. A arte pode ajudar nisso, mas há também uma margem de opção nossa, individual, que precisa ser manifestada. Dela pode depender uma vida mais intensa, no sentido espiritual.