domingo, 24 de junho de 2018

Histórias do Araguaia e a luta na construção do biopoder caipira

Sebastião Pinheiro*

Estou desde que estive com os apurinãs na terra caititu extractivistas de borracha e castanhas do Rio Juruá desenvolvendo a técnica camponesa (embasada na cromatografia de pfeiffer) para detecção de huminas que sucuestran gases do efeito de estufa e os aprisionam no solo.

Agno3 + Co (nh2) 2 → Agocn + nh4no3; esta é a sua equação e consegui-la na noite na margem do Rio Araguaya em viagem recente, depois de estar na aldeia eteweewaue, xavante pelo que resolvi reescrever-lo. Postado no facebook, pois é possível que agora fique mais clara a sua leitura.

Não há civilização sem muita água. Por exemplo, quem seria nezahualcoltl sem os lagos perto texcoco, hoje cdmx. Em seguida, um rio pode subir em busca do futuro, felicidade, ou descer em busca da esperança ou salvação. Na minha juventude atingiu ler o autor uruguaio-Missionário Horacio Quiroga, no conto "la yarará". Na subida, por outro motivo, tenho procurado a minha identidade, que não é o número em meus documentos e suas descrições policiais.

Sim, estou cada vez mais perto do meu nascente, quando muitos estão vegging na Foz à espera da passagem inexorável. Por agora estou no araguaya, onde muitos jovens foram enterrados clandestinamente por se opor ao regime da ditadura imposta pela guerra fria. Eles foram mortos, mas os seus sonhos nunca serão destruídos, pois são o motor da história. O lugar é berço de sonhos e memória ainda desfocada na história.

No evento de sementes perguntei a orame, um jovem nativo do xingu nascido nos últimos anos do século xx com cerca de 22 anos, sobre diacuí, uma Índia do "povo kalapalo" que tornose nacionalmente conhecida como a Cinderela dos trópicos em 1952, quando eu tinha somente 5 anos de idade, meio século antes do nascimento de orame. A minha pergunta procurava testar o poder da oralidade. Sem muitos detalhes, ele conhecia a história de diacuí. Voltei para casa e comecei a estudá-la.



Ela foi levada para o rio de Janeiro, por Ayres Câmara Cunha, um "Sertanista" (antropólogo que trabalhava na Fundação Brasil central e desejavam tirar os nativos do barbaridade, contrariando os cientistas do serviço de pretección aos nativos, contrários à ignorância de ignorância. Os europeus e as suas caricaturas não ambientados ao Brasil).


Com a imprensa, sempre a imprensa, a diacuí foi transformada numa figura. Há ruas em Porto Alegre com o seu nome; bairros residenciais em Goiânia, hortas e vagas por todo o Brasil... eles casaram a igreja da Candelária onde casam os plutocratas nacionais com a apresencia e patrocínio de ministro de estado, que era uma democracia Recente atendendo à ordem da guerra. Na sua casamento não estavam nenhum parente, nem membro do seu povo kalapalo...

No Brasil é assim, os "Newcomers" São canibais e a gente produtos de consumo. Ela morreu no parto, mas sua filha tem quase a minha idade e foi conhecer o povo de sua mãe, recentemente, sob o patrocínio da tv globo... não devo dizer mais nada. Pobre Cinderela. Eu também não posso dizer, mas um blog suges que o sertanista, não pretendia "Civilizar" ou remover do barbaridade indígenas, mas conquistar um grande território.


Como Desenhos Animados, continuava o que a coroa inglesa determinou John Rolf para casar com a Pocahontas, para poder capturar a produção de tabaco na Virgínia e compartilhar com espanhóis e portugues no mercado do narcótico.

Sim, somos caricaturas, mas o rio culuene continua o mesmo correndo para o xingu, pois a vida não pode parar. A oralidade carijós é superior à escola estrangeira como eu queria demonstrar... posso retornar ao Rio Araguaya...

Tive a bênção de conhecer dom Hélder Câmara e dom Pedro Casaldáliga, bispos identificados com o ser humano, em seus plenitudes materiais, e agora voltei a encontrar dom Pedro já bem idoso e admirar de juntinho o vigor que a sua figura emana na primazia de são. Felix do araguaya. Nem a doença consegue quebrar o seu brilho.

Na TV não vemos a notícia ou a informação. Vemos aquilo que interessa ao poder do império e dos seus sendo (careçam). 


A reflexão é necessária, vemos nos meios de comunicação os problemas no médio oriente, em particular na faixa de Gaza, onde um povo retirado de suas casas foi confinado em uma prisão a céu aberto. Não há como não ficar posicionado quando se vê crianças, mães, jovens a pedras aos soldados, como o jovem David tentando eliminar um Golias de alta tecnologia, recursos e apoios.

Em 1965 um povo nacional, os Xavante (Akuen, a ' Uwe, akwe, awen, ou akwen) foram expulsos de suas terras desceram os rios do desespero, feitos escravos, depois o desterro sofrendo epidemias causadas pela má alimentação e privação. De liberdade... Já há muito que li em dee browm, em " Bury my. Heart at wounded knee ", com a grande caminhada, genocídio, também planejado, Norte-Americano, que depois de forma utilitária usou a língua delaware-Lakota como código militar para derrotar o Japão na guerra.


As terras xavantes foram "vendidas" e entregues ao latifundiários ariosto da Riva (Fazenda sua missú) pelo governador do Mato Grosso em 1950 apoiado, depois pelo regime militar de 1964 muito temerosos com a revolução cubana. Haverá isso ocorrido só por corrupção ou por uma ordem do império para criar uma "base camuflada" para sufocar qualquer rebelião nativa, como foi feito com o projeto jarry no Amapá? Para a história há tempo, mas os humanos não.

"Marãiwatsédé", em língua xavante, significa mata densa, que em português pode ser traduzido por " Mato Grosso " que dá nome ao estado. No Brasil sempre a corrupção anda ao lado da ignorância dos que mais foram para a escola.

Conviver alguns dias com alguns nativos brasileiros (Carajás, xinguanos ou xavantes), somente permite perceber que uma "Faixa de Gaza" não está dentro da tv no horário nobre das notícias, mas está mais dentro da nossa sala do que o próprio aparelho. Como ação de doutrina e controle.

A nossa educação, em todos os níveis, não permite conhecer a realidade, apenas a fantasia alienadora dos meios de comunicação. Um candidato a governo do estado disse em alto e com tom, que " os seres humanos de povos nativos ou adventícios que chegaram contra a sua vontade como escravos são a pior coisa que há na sociedade local e nacional." está é a formação universitária nacional. .

Esquecemos o primeiro indígena Deputado Federal Mario Juruna. Esquecemos a gravação da banda de heavy metal " sepultura ", de " raízes " com eles na campanha contra a fome. Nem sabemos quem foi o John Carter e a sua doação em comida...

Mas a resistência venceu o ódio. Hoje os xavantes depois de muita luta e sofrimento retornam para casa reconquistaram seu território, sem árvores, totalmente devastados sem caça, sem peixes, suficientemente envenenado por uma agricultura predadora pelo agronegócio, mas com a esperança de subir o rio para voltar para suas casas.




Nas aldeias de seus ancestrais, onde permanecem vibrando suas divindades e depois, as matas voltarão a sorrir e chorar ao vento, e o tambor dos pés na terra ecoarão nas aldeias.

O Promotor Federal cumpriu a constituição e cobra uma punição ao governo por 60 anos de exílio confinamento e desmoralização e genocídio cultural. Na Vila Etewauwe do cacique Davi, filho de tiburcio e sobrinho da Januário encontrei tantas crianças, que trazem a esperança que depois eles vão estar em boas escolas étnicas harmonizando as tamanhos de sua cultura e identidade nacional. Também me deixou feliz nessa subida do araguaya é saber que eles, na retomada, estão produzindo alimentos para as outras aldeias: Solidariedade e fraternidade. Isso está no seu sangue e espiritualidade.

Descobriu-se que o povo nativo karatiana não sofre de hepatite (porque no soro de seu sangue há anticorpo ao vírus), então seu sangue passou a ser procurado pelos gambusinos da biotecnologia (genoma humano). O estudo genético de 2015 conclui que as origens dos karitiana, xavantes e paiter-Surui têm ancestrais em populações da australásia, ilhas andaman, nova Guiné e Austrália.

Os cientistas especulam as suas relações com a "população e ", de onde ambos os grupos divergiran entre 15.000 e 30.000 anos atrás e migrarão rumo ao norte até chegar ao interior do " Marãiwatsédé " e dar nome a um estado.

A esperança em ver jovens que, hermanadamente promovem e organizam a recoleta de sementes, a sua distribuição e sementeira para fixar os gases do efeito de estufa no solo e na selva que tempos onde antes só havia a devastação da pecuária do agronegócio promovida pelo agronegócio. Mesmo governo inepto do "Waradzu" (branco). A obra da primazia é fantástica, merece receber o Nobel da paz pelas suas ações diversificadas em favor dos mais humildes.

Subindo o araguaya vou cantando a música do jangadero (os fronteiriços, Argentina): " Rio abaixo, Rio abaixo vou levando está jangada...". se, com consciência vou satisfeito por ter recebido a mão do guardião do tempo. Pelo menos uma das nossas " Cintas de Gaza ", está com os seus dias contados, antes de chegar à nascente destruiremos todas as " Cintas de Gaza ". E a luta segue e segue na construção do biopoder caipira, Zapata vive. E vive nas águas do araguaya... Enquanto faço os cromas de huminas, pois a técnica está mais próxima.
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*Escritor, ambientalistas e engenheiro agrônomo e florestal.

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