Marilena Chaui em Janelas da alma, Espelho do Mundo, apresentou uma reflexão antropológica, etimológica e filosófica no sentido de ver a visão como potencializador da produção do conhecimento. Seu olhar serve com referência questionadora contemporânea sobre a visão diante da realidade. Romper com a suposta naturalidade que as imagens podem sugerir, é a principal proposição da autora quando questiona: “Não é o olhar alheio fonte de alienação?” (CHAUI, 1988:33). Essencialmente se interpreta na ideia de que, na teoria da questão do olhar, existem diversas formas de ver. O olhar é plural – dentro e fora; – parte pelo sentido da percepção e, em outro nível, pelo operacional que depende dos olhos para ver. Nesse aspecto, admitimos que não podemos nos alienar pela imagem, achando que a representação que a realidade, por meio daquilo que os olhos nos apresenta, seja algo natural. Tudo depende, nessa perspectiva, da capacidade de olhar e da habilidade de analisar as imagens.
Fonte:
CHAUI, Marilena. Janela da alma, espelho do mundo. In: Novaes, Adauto (Org.). O olhar. São Paulo, Companhia das Letras, 1988. p.31-63.
Fotos:
3 primeiras: Letícia Jesus
Última: Rei Santos
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