Bicicletas - Cultura, Economia e Humanização

Massa Crítica: cultura sobre 2 rodas 

Ao ouvir ontem, e ler hoje, a notícia de que GDF entrega 300 bicicletas a estudantes da rede pública no Recanto das Emas , fiquei bastante entusiasmado. É uma demonstração que os governos, de um modo ou outro, começam a despertar mais atenção ao uso dos veículos não-poluentes para uma mobilidade melhor e de mais baixo custo entre as cidades. Ainda que seja uma experiência em locais semi-urbanos, é exemplar para ser transportada para outras regiões. Igualmente, a proposta de estímulo ao turismo com bicicleta difundida na Argentina, demonstra que essa tendência é internacional e em áreas distintas. De fato, já não é novidade que em cidades de diversas regiões de Brasil a bicicleta tem sido, por décadas, um precioso veículo de transporte para o trabalho – como é o caso das tele-entregas, correios, e até mesmo, vigilância policial. Em Porto Alegre, o movimento Massa Crítica (Imagem) expressa uma tendência crescente do uso desse veículo como prática cultural de socialização e lazer noturno. Sempre imaginei como ideal de organização para uma cidade a contemplação máxima de toda a sua diversidade geocultural. Em termos de transporte e mobilidade, isso implica em um planejamento urbano que se ajuste às condições históricas, às necessidades ambientais, às perspectivas turísticas e às demandas sociais de sua população, tudo isso sob uma orientação de sustentabilidade e humanização do espaço urbano. A bicicleta, em todos esses casos, é uma ótima e equilibrada alternativa.