Estava ontem, em um momento informal, conversado com alguns colegas sobre essa nova tecnologia que tem permitido recolocar um artista já falecido de novo no palco. Se produz um holograma, com imagem, som e vibrações próximas do real, como se ele ali estivesse ressuscitado o artista. Foi o caso do happer norte-americano Tupac Coachella, que recentemente fez um show desse nívelnaquele País, em dueto com outro happer (Vídeo abaixo). O impactante resultado anuncia outras possibilidades. Mas, voltando ao papo, isso me encasquitou em algumas coisas com relação a essa distância cada vez mais confusae entre o real e o virtual, e me leva a algumas problematizações existenciais. Se a vida pode em tantos aspectos se eternizar por meio tantos sentidos (olfato, visão, audição...), o que é de fato a morte... o fim da vida parece cada vez mais complexo. Eu mesmo penso, intimamente, que as pessoas não morrem. Não gosto dessa palavra e nem da ideia de morte. Prefiro pensar que quem é realmente importante para nós, se dissolve no nosso ser. Já no caso das celebriddes, há um culto em seu entorno. E a maioria dos fãs de um ídolos, me atrevo a dizer, adoram mais sua imagem do que o próprio – reparo que não é o meu caso, especialmente porque me recuso a se enquadrar na condição de “fã” de alguém, mas no máximo de sua criação. Mas não isso não me impede de enxergar problematiza cada vez mais o valor da vida. Esse papo pode e deve ir mais longe. Uma boa pauta para o final da tarde de sexta, na mesa de um bar. De preferência, sem dirigir depois, porque imagens virtuais, sem corpos lúcidos, não problematizam nada, muito menos no palco.
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