A prática de um jornalismo mais plural e alinhado à diversidade brasileira é uma das metas do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Lançado em 2011, a premiação oferece 35 mil reais distribuídos em sete categorias (mídia impressa, rádio, televisão, fotografia, mídia alternativa ou comunitária, internet e especial de gênero) para jornalistas que se dedicarem a dar visibilidade aos problemas que afetam a população negra no Brasil. As inscrições estão abertas e se encerram no dia 31 de julho. Regulamento e outras informações aqui.
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Ilustração: informaçãocontábil.blogspot.com |
É interessante para o País essa nova Lei da Transparência, que está tendo efeito cascata (embore já se Note as resistências e iniciativas para o retrocesso nisso por parte de quem tem a temer, como se vê na nota divulgada ontem de que Câmara estuda projeto que suspende divulgação de salários). O conhecimento e difusão dos salários dos agentes públicos é algo que interessa a todos e deve moralizar mais a gestão dos recursos públicos. E tanto acho positivo, que vou mais longe: por que não estendê-la também a iniciativa privada, já que empresários nesse País também recebem salários absurdamente alto ante a miséria que pagam aos seus trabalhadores, muitas vezes desrespeitando a legislação vigente? O que interessa a todos é a dimensão pública dos recursos, o que é privado é de cada um, que tem liberdade para ter o que quer e pode, dentro da lei – me dirão muitos identificados, direta ou indiretamente com a ideologia neo/liberal. Pois eu retruco: em um País de um capitalismo selvagem como o nosso, onde se costuma socializar os prejuízos e privatizar os lucros – vide as políticas de incentivos fiscais, créditos de milhões ao agronegócio e isenções de diversos níveis para grandes empresários – é, sim, de interesse de todos saber quanto ganha os que se beneficiam desses recursos públicos. É, sobretudo, interessante ao trabalhador, por mais insignificante que pareça (apenas pareça) a sua função, saber o que leva seu patrão lá do topo no processo de produção/circulação/serviços no qual ele faz parte. Acredito que, só assim, com uma sociedade plenamente transparente, começaremos a enxergar melhor nossa própria realidade, e assim, compreender a dimensão das desigualdades em que vivemos. E quem sabe, por aí, impulsionar de fato a tão almejada emancipação social. Que tal a Mídia Graúda, que fala tanto em moralidade, assumir essa bandeira? Ou será que os barões da imprensa tem muito que temer nesse sentido? (só uma piada).
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