domingo, 30 de setembro de 2012

No RJ há (muita) vida na Periferia, e reinvenção dela também

Uma experiência de criatividade, debate e reflexão.
A dica é de Luciane de Mello, do perfil do Face Movimento Cidades invisíveis


Ontem foi o encerramento do Ateliê Galeria de Vivências Poéticas, em Realengo. Um banho de arte no imaginário de todos. Encontros e descobertas que ainda vão reverberar por essa cidade. Dos cinco meses de atuação ficam algumas proposições que pedem outros encontros:

- As periferias possuem suas histórias, seus contextos, mas não possuem uma identidade. Elas estão se inventando.
- É preciso avançar nessa ideia de que, nos espaços populares, só se faz manifestação cultural. Existem sim as festas, as celebrações, as manifestações culturais, e são muito bem vindas, mas também existe pesquisa, preocupação com questões contemporâneas, mergulho nas singularidades de cada artista.
- Qualquer pesquisa ligada às artes contemporâneas ou outra área qualquer precisa de continuidade. Isso se traduz através de espaços permanentes que recebam investimentos para se equiparem com materiais e infraestrutura de qualidade. Porque nas periferias seria diferente?
- A convivência dentro de um ateliê, entre crianças e adultos, também é uma maneira de aprender e ensinar. As crianças também podem desenvolver poéticas e questões ligadas às suas singularidades, e não somente responder às propostas oferecidas pelos educadores. O que está em jogo nessa forma de produção artística é o acesso livre aos materiais e a atenção e seriedade com que o adulto trata essa produção.
- A rua é espaço de encontro, de potência, de política, de devir. Devanear pela rua com olhar atento é algo aconselhável a todos.
- Não existe lugar perigoso. Só existe lugar perigoso. “Viver é muito perigoso".

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