A dica é de Luciane de Mello, do perfil do Face Movimento Cidades invisíveis
Ontem foi o encerramento do
Ateliê Galeria de Vivências Poéticas, em Realengo. Um banho de arte no
imaginário de todos. Encontros e descobertas que ainda vão reverberar por essa
cidade. Dos cinco meses de atuação ficam algumas proposições que pedem outros encontros:
- As periferias possuem
suas histórias, seus contextos, mas não possuem uma identidade. Elas estão se
inventando.
- É preciso avançar nessa
ideia de que, nos espaços populares, só se faz manifestação cultural. Existem
sim as festas, as celebrações, as manifestações culturais, e são muito bem
vindas, mas também existe pesquisa, preocupação com questões contemporâneas, mergulho
nas singularidades de cada artista.
- Qualquer pesquisa ligada
às artes contemporâneas ou outra área qualquer precisa de continuidade. Isso se
traduz através de espaços permanentes que recebam investimentos para se
equiparem com materiais e infraestrutura de qualidade. Porque nas periferias
seria diferente?
- A convivência dentro de
um ateliê, entre crianças e adultos, também é uma maneira de aprender e
ensinar. As crianças também podem desenvolver poéticas e questões ligadas às
suas singularidades, e não somente responder às propostas oferecidas pelos
educadores. O que está em jogo nessa forma de produção artística é o acesso
livre aos materiais e a atenção e seriedade com que o adulto trata essa
produção.
- A rua é espaço de
encontro, de potência, de política, de devir. Devanear pela rua com olhar
atento é algo aconselhável a todos.
- Não existe lugar
perigoso. Só existe lugar perigoso. “Viver é muito perigoso".
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