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Ilustração: http://www.filosoficamente.es/estimado-individualismo/ |
Ocorreu-me por esses
dias, a respeito do necessário vínculo social do ser humano para se sentir
existente, que o intenso e complexo curso de mudanças que se desenvolvem nos
comportamentos humanos está enfatizando um novo paradigma sociológico: o do
"indivíduo-estrutura". Ao longo da história da humanidade, as
análises sociais tiveram como centro totalidades como "Deus",
"Civilizações" e
"Estado" - em seus modos de ser e operar. A partir delas,
mesmo a sociologia ainda se aprofundou limitadamente no que tange a esfera do
ser individual. Precisamente essa dimensão da existência parece estar tendo
agora uma transformação inovadora, determinada pela potencialização da tecnologia
e da diversificação das identidades. E nesse novo cenário de “Sociedade Hipermoderna”,
no conceito do filósofo Gilles Lipovetsky, que vejo como fértil para o desenvolvimento
desse indivíduo-autônomo. Ao assistir ontem reportagem sobre o crescimento do número de pessoas que moram sozinhas no País - percebo que estamos
formando uma geração cada vez mais dispersa e complexa para lidar em todos os
sentidos. A educação, nesse cenário, precisa se transformar urgentemente. Da
Família, já nem falo, pois é uma instância que sofre o pleno impacto disso há
décadas. Mas no âmbito da escola, as políticas públicas têm que estar muito bem
ajustadas a esse novo indivíduo. É parte do desafio de quem se propõe a atuar
pelas coletividades.
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