Domingo de serração, sinal de sol brilhante. Mais um dia ótimo para muitas coisas, de viajar para muitos lugares, inclusive ao nosso universo interior. Viajar no mesmo lugar. O interior de nosso pequeno universo diário. Durante esta semana, estive com a equipe de trabalho por perto de um rio, que todos conhecem na cidade, mas poucos se aventuram em explorar no sentido poético. Na ocasião, enquanto nos apresentava alguns pontos desse lugar, mesmo sem parar o carro, o condutor recordava de momentos lindos de sua infância, quando nadava naquele lugar. Próximo dali, um trilho de trem de carga contribuía para acrescentar um tempero diferenciado e bucólico à essa parte da cidade, mais conhecida pelo movimento dos carros em uma BR federal. Quando comentava sobre seu passado, inquiri ao motorista se esses rios eram navegáveis. Na realidade, o local pelo qual passamos envolve um delta, em que se soma adiante ao encontro de mais dois. Ele não apenas confirmou como chegou a convidar-me para qualquer dia dar um giro de barco por ali com uns amigos que conhece. Eu aceitei de cara e já começo a ter umas ideias mais ambiciosas com relação ao assunto. Lembrei, rapidamente, que um dos rios ao qual esse se encontra, foi visitado por mim em outras ocasiões recentes, e em algumas muito remotas. Ele fez parte de minha infância. E hoje, sua popularidade quase se resume a ser um dos mais poluídos rios do País. Gravataí se chama ele. Vários morreram em suas cabeceiras, muitos cresceram felizes em suas margens. Há pouco mais de um ano, encontrei no Youtube um vídeo de um explorador desse maltratado rio, que me deixou simplesmente encantado, o qual reproduzo outra vez (abaixo). De qualquer forma, a partir desse bate-papo e dessas experiências episódicas e superficiais, percebo que a vida e a cidade podem se tornar mais interessantes para nós sem necessariamente sairmos para tão longe de onde estamos. E um rio, mesmo poluído e quase abandonado, pode ter muito a ver com isso.
****************************************************************
Os valores e a visão médica predominante nos sistemas de saúde brasileiro - público e privado - precisam de um banho de humanitarismo urgente, e a experiência e referências da medicina cubana fariam muito bem nesse propósito.
"O único médico de Santa Maria das Barreiras é graduado pelo ISCM-VC (Instituto Superior de Ciências Médicas de Villa Clara), em Cuba, com o qual a Faculdade de Medicina da UNESP de Botucatu-SP mantém convênio desde 2002. Dr. Perini ressalta que o conceito de priorizar o atendimento às regiões carentes foi uma das coisas que aprendeu no curso". O PROBLEMA DA MÁ DISTRIBUIÇÃO DOS MÉDICOS NO BRASIL.Ver artigo completo aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário