Quebrei hoje pelo meio dia mais uma vez a minha dieta de consumo de carne, graças a um atraente mocotó que me ofereceram para provar durante o almoço. Estou seguro que não vai demorar muito tempo para que eu atinja esse objetivo de deixar de consumir carne e outros produtos de procedência animal, é uma questão de disciplina, motivado por um interesse pessoal, que acaba se tornando hábito. Assim mesmo, tenho dito, que essa não é uma opção dogmática, mas filosófica, e quero que flua para além das obrigações de consciência, por livre e satisfatória vontade.
O momento das refeições tem acompanhado o ritmo da vida tencnologizada, especialmente nas profissões que envolvem o constante uso de computadores. É preciso mesmo um certo policiamento para preservar uma disciplina no ato de se alimentar saudavelmente. Eu, por exemplo, ultimamente tenho sido meio desleixado nisso, mas persigo uma mudança de hábito. Os hábitos, no que se refere a necessidades diárias, tem a ver com uma atribuição de valor ao que se faz, em primeiro lugar. Como tudo na vida. Mas é fato que o ser humano tem uma tendência a subvalorizar algumas necessidades próprias em detrimento de outras, especialmente quando está mergulhado muito determinadamente em algum objetivo. Nesses casos, quando há desatenção aos limites do corpo, o stress, a pressa e a ansiedade fatalmente tende a prejudicar o sono, e obviamente, os hábitos alimentares.
A respeito dessa dependência, aparentemente fugaz, mas essencialmente vital, que temos com os alimentos em nossas refeições diárias, tenho me dado conta o quanto é certo aquela máxima que diz que somos o que comemos. Eu iria mais longe, afirmando que somos também o como comemos e como descartamos as sobras disso. Em uma sociedade industrial estamos sempre cercados de facilidades para tudo, desde as necessidades básicas, como higiene e alimentação, quanto as de outros níveis, como lazer e leitura. Mas, especificamente sobre os alimentos, noto que tem sido cada vez mais comum as doenças decorrentes da obesidade e também por outras causas relacionadas ao precário armazenamento, preparo, cozimento, ingestão ou, até mesmo, descarte dos alimentos. O ritmo diário intenso que vivemos nos ambientes urbanos facilmente pode conduzir a isso quem depende de fazer sua própria alimentação e deixa de tomar os devidos cuidados em cada etapa do processo. E isso tem muito a ver com saúde. A outra questão, essa pervertida a risca na sociedade contemporânea é a de que "O que é bom não necessariamente faz bem". Ando, ultimamente perseguindo esse "faz bem", de modo a vinculá-lo em um nível satisfatório ao "é bom". A reprodução de algumas receitas veganas por aqui tem a ver com isso. Aceito sugestões.
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