Estava escutando e lendo o “Livro Negro da WWF” (Schwarzbuch WWF, Negócios Sujos através do Panda) que baixei grátis em pdf, sem surpresa, fascínio ou estupefação exceto pela foto do genitor de sua alteza real britânica posando diante de uma fileira de tigres chacinados como muitos jovens nas vielas das favelas do Rio de Janeiro, São Paulo, Buenos Aires, México ou alhures. Não há originalidade comparar jovens a tigres, mas quem o fez foi Bernard Shaw, já a quase um século para encontrar o objeto de uma violência sujeito.
Violência sujeito é meu tema predileto, principalmente
quando todos estão enfronhados na “toada” polarizada dos transgênicos.
Logo percebi não ser permitido pioneirismo desde a
periferia, ainda mais na condição de autodidata consciente, sem berço, estirpe,
eira ou beira. A Cartilha dos Transgênicos e a gravação de três horas na Radio
Universidad da UNAM em 1998 foram instrumentos de revolução social, que para
alguns continua atual, infelizmente, bem manipulados por WWF, GIZ, JICA, USAID
et caterva, que consolido na invocação: O laureado poeta Rudyard Kipling
negou-se por 3 vezes a receber o título de “Sir do Império Britânico”, pior,
depois aceitou ser o primeiro inglês a receber o Premio Nobel de Literatura em
1907.
Talvez o tenha feito não por seus “genes de alta estirpe”
britânica, mas pelo “meio ambiente”, “fenótipo”, ou modernamente, “proteômico”
de selvas, de tigres, elefantes e uma diversidade sócio-cultural de mais de
2.500 anos impregnada em seu desenvolvimento, a Índia.
Ao ler o New Yorker Times de hoje fiquei perplexo com as
notícias de veteranos que retornam à casa desde o Iraque/Afeganistão e não
suportam a hipocrisia de sua realidade e se suicidam. A violência coletiva
desencadeada como um negócio tão negro quanto os da WWF e outras citadas, mas
que se transformam em uma reação e solução individual desesperada.
Mais sábios, os maias cultuavam o Infra-Mundo como prevenção
a um arrependimento impossível. Já os cultos de alta estirpe “eurocentrista”
antecipam o purgatório lendo Dante Alighieri...
No The N.Y. Times referido há cenas de Musa Qala (2008) onde
o 7º Regimento de Marines promoveu ações impossíveis de serem facilmente
esquecidas por quem delas participou. Por isso os índices autopunição pelas
atrocidades assustam as autoridades, especialistas, e agora os companheiros de
farda.
O poema “Epítetos da Guerra”, do primeiro Prêmio Nobel de
Literatura inglês é preciso e consta no comentário sobre a matéria
jornalística:
If any question why we died, (Se alguém perguntar por que
morremos)
Tell them because our fathers lied (Conte que foi pelas
mentiras de nossos pais)
Em meio à hipocrisia dos governos fantoches, mas
sanguinários derrocados por razões financeiras que impõem à televisão as
imagens de levas de desesperados (induzidos, manipulados, conduzidos) formando
a “Cruzada Muçulmana” para alcançar a redenção no novo império em seu
nascimento.
Vimos essas cenas em menor escala faz quase vinte anos com os albaneses invadindo os portos do sul da Itália. Quantos ficaram? Quantos voltaram atrás? Qual é a próxima jogada?
No debate dos postulantes a candidato republicano, na CNN
mostrou por que a ação desesperadora começa a deixar de ser individual e passa
a ter um componente coletivo crescente, onde a mentira é o alicerce do império
que soçobra.
Afinal a “Companhia das Índias Orientais”, exemplo de empreendedorismo liberal, foi fundada com o botim de prata roubado de um galeão espanhol por corsários (piratas oficiais do reino). Na construção do biopoder camponês precisamos, apenas e tão somente de memória e uma escala de valores que perpassam o Infra-Mundo na ética de respeito ao próximo, pois a crise será longa, dura e catastrófica.
Consta no Livro Negro da WWF: O presidente da WWF, Príncipe
Philip em entrevista à Deutsche Press Agentur - DPA, em 1988 afirmou:»Im Falle
meiner Reinkarnation würde ich gerne als tödliches Virus zurückkehren, um etwas
zur Lösung des Problems der Überbevölkerung beizutragen.« (Em caso de minha
reincarnação eu gostaria de retornar como um vírus mortal para solucionar os
problemas de superpopulação).
Sim, o ambiente (fenótipo, proteoma, metagenômica) é tudo,
mas não pode ser mercantilizado. Esse é o alicerce do BIOPODER muito além do
Estado.
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Engenheiro Agrônomo e Florestal, Ambientalista e escritor.
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