segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sobre a farinha de rocha e o solo metaproteômico


A condição de ancião me dá a liberdade de tratar certos temas técnicos de forma carbonária. No tocante as “farinhas de rocha” vinte anos antes que criassem o neologismo “rochagem” ou inventassem a consigna “rocks for crops” e sua “agrogeologia” começamos a recuperar terras de populações tradicionais de quilombolas no interior da Bahia, o que pode ser constatado através do cromatograma de Pfeiffer.




Quando alguém propõe aquecer ou tratar uma rocha com agentes físicos ou químicos para liberação mais rápida de sua energia eu fico observando que essa pessoa por culpa de sua alma mater foi levado a pensar de forma reducionista e tendenciosa, para quem desde sempre fomos loucos, mas com o passar do tempo excêntricos e por fim avatar de um conhecimento exótico que pode ser apropriado e incorporado à realidade através da “modernização conservadora” como se isso dissesse algo além de filosofia. Na Espanha foi cunhado o termo heteronomia, que alerto não significa o antônimo de homonomia, mas a liberdade de executar a ausência de autonomia.


Farinhas de rocha são instrumentos de biotecnologia de ponta para a construção do BIOPODER CAMPONES. Obviamente que grupos e indivíduos heteronômicos pretender constituir “poder exótico” com legislações, regras e etc. com respeito à “rochagem”, seguindo a senda da agricultura moderna em upgrade no agora denominado “agronegócios”.


Para que se entenda plenamente o acento por mim adotado sou obrigado ao parêntese. - O neologismo agribusiness foi traduzido pelo “adelantado” Ney Bitencourt de Araújo diretor da empresa do Grupo Rockefeller “Agroceres” (R.I.P.) ignorando a função ultrassocial humana na produção de alimentos. É ultrassocial, pois não existe agri (agir)+cultura na natureza como pode ser encontrado em W. J von Goethe ou von Humboldt. Logo ela é fruto do trabalho árduo, o que contradiz o termo agronegócios, negação do ócio na agricultura, um contra senso econômico.- Fecho o parêntese.


A evolução de um solo, meteorização de rochas, no tempo espaço na natureza tem no elemento estratégico que são os micróbios e suas populações através do tempo, contudo a cupidez de von Liebig tenha pretendido negar sua importância em 1842.

Os trabalhos de Winogradsky ficaram em terceiro plano aos micróbios de Pasteur na área de saúde pública. Isto permanecerá até os trabalhos de Fleming na segunda década do Século XX, mas somente o microbiologista de solos Selman Waksman conseguirá produzir para o esforço de guerra no Pacifico os antibióticos extraídos, também dos solos.

Contudo, seu livro, a exemplo de outro de Julius Hensel, “Pães de Pedra” também tenham ficado escondido por mais de 80 anos para não contrarias os interesses do Grupo Rockefeller que doou 30 milhões de dólares ao governo Roosevelt para as infraestruturas na Bacia do Mississipi-Missouri, cujo retorno anualmente é superior a 9 bilhões de dólares em royalties, patentes, serviços e tecnologia de fertilizantes solúveis.


Com a mudança da matriz tecnológica da química industrial para a biossintese , aquela realidade retorna a um patamar anterior onde a tecnologia dos micróbios são a parte essencial. O triste é que von Liebig foi bolsista na França quando a Alemanha não possuía conhecimento de química, mas já na França napoleônica a produção de pólvora para a guerra era obtida por fermentação de excrementos humanos e animais (nitratos) anterior à época de Lavoisier.


As ações de recuperação de solos degradados por poluição encontraram que as populações de micróbios era muito mais complexa, pois a grande maioria sequer podia ser identificada e menos ainda isolada. A Biologia Molecular permitiu encontrar “cluster” de ADN e ARN localizando-os na cadeia evolutiva como fungos, bactérias etc que levavam à sua dedução. Hoje é sabido que conhecemos menos de 0,1% dos 1x10 na potencia 40 dos microrganismos existentes no solo. É o novo campo científico da metagenômica do solo.



No trabalho com farinhas de rochas (rochagem) da agrogeologia há a possibilidade de restaurar ou recuperar micróbios antes desconhecidos ou considerados “extintos” pela nossa degradação-poluição no manejo do solo na matriz tecnológica anterior. Isso permite construir aqui entre nós a ecopoiesis que a NASA estudou para a colonização de Marte já na década de 70 com Carl Sagan e Lynn Margoulis. Obviamente que seres serviçais preocupam-se prioritariamente em construir “poder” através da restrição legal a evitar o livre uso das farinhas de rochas para o acumulo de conhecimento e consequente submissão aos interesses das corporações, governos e organismos multilaterais.


Nosso trabalho tem sido desde a publicação do livro MB-4, não usar o insumo biotecnológico “pó de rocha” como um substituto dos fertilizantes químicos solúveis de von Liebig, Yara ou Grupo Rockefeller em transição para a nova matriz tecnológica, mas reenfocar a visão da Vida no sentido do Imperador Ashoka, von Goethe, von Humboldt e Erwin Schrödinger e para isso criamos a subversão dos campos de metagenômica camponesa, onde o camponês pode entender a importância de restaurar a vida no seu solo sem a necessidade de compra de micróbios melhorados das grandes corporações antes de agrotóxicos, agora da biotecnologia de microrganismos patenteados e comercializados através de serviços ao bel prazer dos interesses multilaterais e da OMC, como “Biochar” ou “Carbono Orgânico.


Acreditamos piamente que os camponeses têm a condição de construir seu solo metaproteômico único, mesmo sem conhecer as comunidades e populações que o habitam, em um salto quântico impedindo que o não-saber do consumismo o distancie do BIOPODER ULTRASSOCIAL que dele emana e irradia.


Isso é bem mais que a retórica de ONGs a serviço de disfarces por ausência de políticas públicas de governos...

Redução de danos - Crack e outras drogas


Os vídeos produzidos por esse psicólogo são bem esclarecedores para quem tem interesse em entender melhor os vários aspectos dessa e de outras drogas; sua abordagem é a da redução de danos, muito longe de repressões, preconceitos ou simplificações (como algumas políticas públicas e projetos midiáticos por aí). Recomendo a todos.


domingo, 14 de maio de 2017

Provocações do Tião: La borbuja de realidad del Sur Maravilla

La expresión “borbuja de realidad” es muy interesante, principalmente cuando se habla de Agroecología en el Hemisferio Sur, por la gran diferencia o distância entre el “discurso y la práctica” y lo "real" del "ideal".

La sospecha mayor es que eso se debe a las Fundaciones aglutinadas en el Council on Foreign Relations (CFR) de los EEUU o sus similares en la Unión Europea. De otra parte, en Brasil es casi proibida la crítica, igualmente en los temas que envuelvan ideologias y partidos.

No tengo miedo, pues, solo hago autocrítica para mi sanación de forma pedagógica y concreta.

Mi gente, retorno de una gira por el Noreste de Brasil, al cumplir un año del golpe (CFR, Federación de las Industrias y Mass-Média) compartido con mucho de ingenuidad-incompeténcia. ¿Bien, es posible que no sepas lo que es y hace el CFR?

Vamos empezar por la educación: ¿Porqué México adopta la carrera de Ingeniería Agroecológica, que ya tiene registro hace 25 años y nosotros la licenciatura, Bachillerato?



Observen que ellos utilizan la misma estructura y profesores de sus Universidades Autonomas junto a los cursos tradicionales haciendo una transición suave e indolor, mientras aqui nosotros creamos escuelas em locales aislados y sin condiciones de laboratórios o infraestructuras condicentes con las necesidades del curso.

¿Será para hacer de cuenta satisfaciendo el Banco Mundial - CFR, pero sin crear incomodos al Agronegócios?

Ortega y Gasset dice: “La juventud raramente tiene razón en las cosas que niega, pero siempre tiene razón en las cosas que afirma”. Por todo el país tengo oído reclamos de las condiciones del curso y desilusión de los alumnos.

Es muy raro que se consiga êxito en la Agroecología sin una grade académica con suficiente Cálculo Matemático, Estadística, Física, Biologia, Fitogeografia, Botánica, Química, Bioquímica y Fitoquímica, Fisiologia, Etnologia, Pedagogia y Filosofía.

Es necesario ser repetitivo: Agricultura es un sustantivo compuesto de agir (agri) + cultura. Eso es el médio ultrasocial fruto de la transformación del espacio naturaleza en un tiempo ultrasocial con resultado sistémico civilizatório, más allá de la cultura.


El resultado de la cupidez del capitalismo en la agricultura industrial moderna impuso el termino banquero “Sustentabilidad”, que en economia significa manutención de stock de capital y la creación del neologismo Agribusiness, urbi et orbi traducido como “agronegócios”, um termino muy contradictorio pues, como no hay agricultura en la naturaleza, ella es resultado del trabajo ultrasocial, entonces tampoco puede haber ócio en ella y es donde más se roba “más valia” a través de la esclavitud, servidumbre y salario.


Por lo que el agronegócios nacional pasa a significar la sustentabilidad sin solución de continuidad para el abasto-suministro al mundo de commodities subsidiadas por el hambriento pueblo brasileño que debe abastecerse por médio de la transformación de la industria para que las quedas internacionales de precios garanticen los negócios a través del consumo interno.

Nadie quiere darse cuenta que la acción ultrasocial es cotidianamente transferida del campesino hacia la industria de alimentos.

De outra parte, la importacion de servicios quita el valor a los productos y hace los países centrales através de uma docena de empresas monopolizar el comercio internacional de alimentos de calidad, con Alemania sendo la mayor productora de orgánicos-agroecológicos, sin embargo tenga solamente 3% de su Producto interno Bruto generado en la agricultura, pesca y forestería, además de allá la palabra agroecologia ser extraña internamente en su academia, política y economia pero importante e comercio exterior.

En Brasil, vimos el artículo Wiley Agrarian Change de 3 de Enero de 2017 (Agribusiness, peasants, lefts-wings goverment on the State in Latin America: An review and theoritical relfections, de L. Vergara-Camus y Cristóbal Kay).

Pueblo, es imperioso leer este artículo y discutir sobre él en todos los ambientes agroecologicos, pues induce desviaciones ideológicas.

Por ejemplo, cual es el país latinoamericano que estuvo en el “poder”, ellos administrarón el gobierno, cumpliendo los intereses de la elite atendiendo los intereses del CFR, Federación de los Bancos, Multinacionales, Industrias y Terratenientes, muy lejos de ser un “poder de izquierda”. Podría terminar aqui, pero vuelvo a la educación y mi roteiro por el Noreste de Brasil.

En los últimos 30 años (desde Itamar Franco) no hay inversiones, ni construcción en educación, salud, seguridad, agricultura y alimentos. Y el artículo citado es contundente: “El patente paradoja de la mobilización (popular) con propuestas a la retórica de las acciones virtuales con mucha propaganda y publicidad inconsecuentes”.

Algunas ONGs que hacian trabajo con migajas de la indulgencia del pueblo comunitário europeo pasarón a tener dezenas de millones de dólares para ejecutar lo arriba expuesto como si fueran políticas públicas.

En el Sur maravilla, una OSCIP de um prócer del gobierno recebió 2,5 millones de reales, mientra s los encargados de un departamento de economia solidaria de una incubadora universitaria disponia de 150 mil. Al mismo tiempo que un diputado conquistó para su grupo de apoyo 500 mil reales... Eso se repetió en todas las latitudes y longitudes nacionales y ultramar.

Tuve la oportunidad de visitar uma ONG y ella pasó a tener la extructura de un organo federal, con más de 80 monitores de computador, automobiles, mientras la municipalidad local quedaba avergonzada y con atraso en el repase de sus recursos.

Ahora los veo rebajados, llorando que dos tercios de su personal fue despedido por los cortes en la dotaciones. No hay humildad, ni autocrítica en decir: por el gobierno desviamos propuestas y propósitos sociales e ideológicos inherentes al pueblo, bien aprovechado por los golpistas del CFR, Industrias y Agronegócios. Hicimos um deservicio al Biopoder Campesino.

Mi triste conclusión es que la agroecologia es um espejo virtual de la realidad del interes de la industria de alimentos, que ya está escondida por detrás del espejo aguardando el orden para reflectir su imagen sostenible vacía de poder tan arrogante y prepotente cuanto la agricultura moderna de la dictadura, pero con el humano aún peor formado.

Sin embargo las decepciones y desiluciones, ni todo está perdido. Hay que denunciar el preparo para los técnicos nacionales e internacionales de las grandes empresas, actuando en agroecología para Nestlé, Coca Cola, Cargill, Pepsi Cola y otras con desenvoltura en “upgrade” del agronegócios ecológico.

Lo que me deja atônito no es la falta de laboratórios y prácticas verdaderamente agroecológica en el Hemisferio Sur, sino que su extensión-agroecológica este sendo gestada em facultades de educación, en um país que nunca, jamás, en tiempo algún aplico políticas públicas de Paulo Freire con poder (y biopoder campesino), pero solamente con gobiernos caricatos y desposeidos.

¿Será que estamos preparando el ambiente publicitário para que la extensión asuma la función ultrasocial campesina? Donde la biotecnologia escoltada por los neo-agronomos utilicen la interface de los insumos agroecológicos de la industria de alimentos?

Me quede avergonzado, no con esa realidad, pero con la ausência de un nacional en la bibliografia del diversionista articulo referido, que impide o induce el lector de ver la burbuja de realidad virtual de la agroecología. Callar seria ser complice o comparsa.

No tengan miedo, en los años 80 recibimos en el Sur maravilla três especialistas alemanes en agricultura orgânica. Lo raro es que ellos tenián cinco años de estúdios en la Escuela de la multinacional de agrotóxicos Hoechst y un curso de 3 meses para poder hacer agricultura orgánica.

Con lo que vieron, uno retornó en una semana con fuerte chock cultural. La otra, de la misma forma, retorno en três meses. El último se quedo muy molesto con la campañas contra los agrotóxicos de su Alma Mater y de la “borbuja virtual” del CFR ...

quarta-feira, 10 de maio de 2017

ELIKA TAKIMOTO: SOBRE LIBERDADE DE EXPRESSÃO, RACISMO E JUSTIÇAMENTO

Independente de minha concordância ou não com os argumentos aqui expostos [vide todo o processo que gerou as controvérsias dessa questão, e o seu desfecho até aqui] esse é um material precioso para um debate sobre relações étnico-raciais no Brasil em tempos de redes virtuais e de novas visibilidades e sobre jornalismo, ou seja, sobre seres humanos.

O último vídeo, em que a autora procura se explicar, pode ser conferido aqui.

O primeiro texto da autora Contando sobre as Cotas, e o segundo, Até um dia, Facebook.

*********************************************

Ainda sobre a aparente crise na intelectualidade brasileira, vale a pena ler também outro texto atual, do jornalista Raphael Tsavkko Garcia: Neo-Lombrosianos: Como Justiceiros Sociais prejudicam a esquerda e suas próprias pautas. "Os guardiões supremos da correção e da ética na internet estão conseguindo aquilo que a direita não conseguia: silenciar as vozes liberais e de esquerda". (e.f)

**************************
Acho que vale a pena também uma olhada no texto Linchando Elika, do professor Wilson Gomes, que este publicou em seu perfil.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Muito Além da Geografia

Retornei há pouco da Sala Redenção, onde assisti, com uma amiga, o documentário Milton Santos - por uma outra globalização, do cineasta Sílvio Tendler, dentro da mostra realizada na UFRGS sobre a obra daquele diretor. Milton foi um geógrafo singular, muito além dos mais de 40 livros e vários títulos Honoris Causas que recebeu pelo mundo. Foi um pensador que problematizou a Geografia em bases humanas, relacionando o espaço, tempo e sociedade, naquilo que tem a ver com as disparidades econômicas que o nosso mundo carrega há séculos, e sobre o qual os países subdesenvolvidos pagam, historicamente, a uma dívida pesada. Tendler, no seu estilo de contar com múltiplas vozes anônimas, enriquece esse trabalho a partir da metalinguagem, já que, nele, entram em cena também outros documentaristas. Dos vários cantos do País, desde uma aldeia indígena a uma favela, as falas de Milton Santos são intercaladas com depoimentos sobre fatos seminais nas transformações políticas dos países da América Latina e da África, entre as três grandes globalizações, desde o (re) descobrimento (ou invasão) deste lado do Atlântico. A complexidade da modernidade selvagem que estamos inseridos nesta quase segunda década do século XXI é melhor compreendida com a linguagem simples, ácida e sintética desse geógrafo notável. Tendler, por sua vez, foi feliz na articulação e na dosagem das fontes para apresentar esse autor no nível e no contexto que ele merece.