domingo, 15 de outubro de 2023

Israelenses e Palestinos e o contexto geopolítico

                    

Daniel Wanderlinde Luiz*

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O conflito entre israelenses e palestinos se propaga com o passar dos anos. Este impasse entre estes dois povos, vem desde os primórdios da Guerra dos Seis Dias, em 1967

Os israelenses venceram a guerra travada com alguns países árabes, resultando com isso a anexação das Colinas de Golã, território que pertencia a Síria.  Anexou também as Fazendas de Shebaa, território libanês e, por fim, a CISJORDÂNIA, FAIXA DE GAZA e JERUSALÉM  ORIENTAL, territórios  pertencente ao povo palestino.   

O Egito até que teve a sua situação favorável, pois conseguiu nacionalizar o Canal de Suez, devido a estratégia de seu líder político, presidente Egípcio GAMAL ABDEL NASSER. Consequentemente, algumas décadas após a Guerra dos Seis Dias, então, mais precisamente em 1987 foi criado em território palestino, com intuito  de resolver as consequências danosas para a PALESTINA, um braço armado denominado HAMAS. 

O HAMAS, que  é um grupo palestino muçulmano sunita, tem como intenção, através de ataques,  serem ouvidos sobre a situação caótica de seu povo árabe, pois através do diálogo não houve uma resposta satisfatória. 

Nesta conjuntura, este braço armado muçulmano sunita, que foi criado em 1987, tem como ideologia o Nacionalismo palestino, o islamismo, o  antissionismo e a Solução do Estado Único e, certamente,   tem como lema  atacar fortemente o Estado de Israel, Estado no qual é liderado pelo seu primeiro-ministro BENJAMIN NETANYHU.  Obviamente, nestes últimos dias,  foi um ataque surpresa para os  sionistas. 

Naturalmente, devido a estes episódios conflituosos, então, o  grupo muçulmano sunita  HAMAS  foi acusado pelo Ocidente como terroristas, pelo fato de matar civis e ter  feito inúmeros reféns, reféns os quais, possivelmente, serão trocados por prisioneiros palestinos que estão em cárceres de Israel. 

Será que são terroristas mesmo ou será apenas um título pejorativo citado pelos os ocidentais? 

Não dá para afirmar com precisão neste STATUS QUO  se tem mocinho ou bandido nesta guerra.  Nós ocidentais temos que entender que a criação do Estado de Israel foi oficializada em 14 de maio de 1948 e quem teve a proposta de criá-lo foi a ONU.   

Então, as Nações Unidas lançaram a proposta de dividir a Palestina em duas nações ISRAEL e PALESTINA. Sabe-se que o Estado de Israel surgiu devido a um movimento  denominado sionista, movimento o qual, pregava a defesa de um Estado Judaico na Palestina. 

No entanto, atualmente, muitos consideram que os palestinos vivem em um regime de apartheid, pois são tratados como cidadãos de segunda categoria, não possuem um Estado Nacional nem um território  estabelecido, simplesmente, porque os judeus não respeitaram as linhas de delimitações da Palestina, elaboradas pela ONU. 

Isto é, através da Guerra de Seis Dias, em 1967 anexaram a Faixa de Gaza, a Ciosjordânia e Jerusalém Oriental, áreas  que  as Nações Unidas já tinham estabelecidas como da Palestina.  

Nesse contexto geopolítico, surgiram algumas lideranças que querem fazer uma mediação para o final deste conflito. Comumentemente, neste aspecto como mediadora está a TURQUIA, pois o presidente turco RecepTayyip Erdogan relatou que é contra ações indiscriminadas contra os  judeus, mas também é contra a perseguição dos palestinos pelas forças isralenses ou pelos colonos sionistas

Nesse sentido, o presidente ERDOGAN conversou com o presidente da Autoridade Palestina, MAHMOUD ABBAS  e, com o presidente israelense ISAAC HERZOG, pois almeja com isso um acordo de paz.   

Há dois pesos na balança neste conflito entre árabes e israelenses, pois os árabes querem o seu territórios que foram tomados e, além disso, que  sejam  tratados com dignidade  e, comumentemente, não como cidadãos de segunda classe. E, pelo outro lado, os judeus  querem que os palestinos parem com os ataques liderados pelos grupo sunita muçulmano HAMAS.  Nesta atual conjuntura, só nos resta torcer que este conflito não se amplie com extrema profundidade.

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*Contador – CRS/RS:055696/0. Bacharel em Ciências Contábeis (FAPA) e acadêmico em Direito (UnilaSalle), Canoas-RS 

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