O feriadão, quente aqui pelo sul, deixa a região metropolitana com sensação de vazio. Parece que cada um sai à procura de suas raízes, ambiente de "retorno", ou coisa que o valha. O ser humano, nesse ritmo alucinado de viver para o trabalho, tem essa necessidade de compensação diária/semanal/anual. Não é apenas descanso, mas uma espécie de segunda vida. Em outras palavras, uma fuga da vida que se leva. Na realidade, penso que uma boa explicação para isso - apenas para dar um tom mais reflexivo a uma questão aparentemente banal - é nossa origem histórica migracionista. Sim, somos seres migrantes, assim entendo. Assim viviam nossos ancestrais no estágio "pré-civilizatório". Até que um dia, a descoberta do fogo, da agricultura e da criação de animais entre cercados, os povos começaram a se tornar mais sedentários. Porém, parece que essa marca permanece através dos séculos no espírito dos povos - viajar. E, de preferência, de modo cada vez menos "preciso".
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