A despeito das conquista e avanços de raros modelos, com nobres exceções, a escola prossegue sendo um espaço conservador e uma estrutura resistente a mudanças estruturais. A moral, por meio da religião e da política, ainda perpetua repressões e reducionismos seculares nesse espaço, que deveria ser o solo para o cultivo do pensamento livre e das potencialidades plenas. Há poucas semanas, por meio de alguns depoimentos que ouvi sobre a infância de colegas de 20 e poucos anos, durante o primário que fizeram em cidades interioranas do sul do Brasil, fiquei estarrecido ao tomar conhecimento que os mesmos ainda eram castigados com joelho no milho e reguadas.
Se nas escolas públicas a estrutura é predoninantemente controlada por direções reacionárias, que traduzem e refletem vontades de governos retrógrados, nas privadas o deus mercado reduz o ensino ao pacote pasteurizado da "boa educação", convertendo as crianças em marionetes de experiências de "boa conduta" para o agrado das "boas famílias", ou, pior que isso, em mero objeto de publicidade. A venda, nesse caso, se faz difundidamente no dicurso fácil da "segurança de seu filho", porque "educação não tem preço".
A violência, nesse contexto, é a bola da vez. Cinicamente construída, e reforçada na mídia, como signo do mal, deslocada de sua dimensão social, essa questão é explorada simplificada e generalizadamente, em um enfoque que se traduz em preconceito e mais exclusão. Paralelamente a isso, se confunde educação com instrução, em uma sociedade onde a irresponsabilidade pela atenção às crianças no âmbito familiar, somada a complexidade do ato de ensinar em um século que "é impossível ensinar alguém" (P. Freire), resulta a manutenção da essência repressora da escola, há séculos.
Longe de superar isso, nas universidades os cursos de pedagogia ainda tem a tendência de tratar o ensino e a aprendizagem como uma questão reduzida a didáticas e formas, deslocando o exercício de educar daquilo que deveria ser o seu foco central: a formação integral, vinculada a vida e a sociedade, em direção a construção de mentes emancipadas e corações sensíveis às transformações, dramas e conquistas humanas.
Nesse cenário, é triste constatar que, guardadas as superficiais adaptações de época, a leitura dessa banda britânica sobre essa estrutura básica de formação de caráter também permanece viva e atual.
Se nas escolas públicas a estrutura é predoninantemente controlada por direções reacionárias, que traduzem e refletem vontades de governos retrógrados, nas privadas o deus mercado reduz o ensino ao pacote pasteurizado da "boa educação", convertendo as crianças em marionetes de experiências de "boa conduta" para o agrado das "boas famílias", ou, pior que isso, em mero objeto de publicidade. A venda, nesse caso, se faz difundidamente no dicurso fácil da "segurança de seu filho", porque "educação não tem preço".
A violência, nesse contexto, é a bola da vez. Cinicamente construída, e reforçada na mídia, como signo do mal, deslocada de sua dimensão social, essa questão é explorada simplificada e generalizadamente, em um enfoque que se traduz em preconceito e mais exclusão. Paralelamente a isso, se confunde educação com instrução, em uma sociedade onde a irresponsabilidade pela atenção às crianças no âmbito familiar, somada a complexidade do ato de ensinar em um século que "é impossível ensinar alguém" (P. Freire), resulta a manutenção da essência repressora da escola, há séculos.
Longe de superar isso, nas universidades os cursos de pedagogia ainda tem a tendência de tratar o ensino e a aprendizagem como uma questão reduzida a didáticas e formas, deslocando o exercício de educar daquilo que deveria ser o seu foco central: a formação integral, vinculada a vida e a sociedade, em direção a construção de mentes emancipadas e corações sensíveis às transformações, dramas e conquistas humanas.
Nesse cenário, é triste constatar que, guardadas as superficiais adaptações de época, a leitura dessa banda britânica sobre essa estrutura básica de formação de caráter também permanece viva e atual.
TRADUÇÃO
Outro Tijolo Na Parede
Papai voou do oceano
Deixando só uma memória
Uma foto no álbum de família
Papai o que mais você deixou pra mim?
Papai o que você deixou lá trás pra mim?
De qualquer maneira era só um tijolo na parede
De qualquer maneira tudo era só tijolos na parede
Nós não precisamos de educação
Nós não precisamos de controle de pensamento
Sem sarcasmo sombrio na sala de aula
Professores deixem as crianças em paz
Hey professores! Deixem as crianças em paz
De qualquer maneira você era só mais um tijolo na parede
De qualquer maneira você é só mais um tijolo na parede
Nós não precisamos de educação
Nós não precisamos de controle de pensamento
Sem sarcasmo sombrio na sala de aula
Professores deixem as crianças em paz
Hey professores! Deixem as crianças em paz
De qualquer maneira você era só um tijolo na parede
De qualquer maneira você é só outro tijolo na parede
Não preciso de braços ao meu redor
Não preciso de drogas pra me acalmar
Eu vi as escrituras na parede
Não acho que eu preciso de algo
Não, não acho que eu preciso de de algo
De qualquer maneira eram só mais tijolos na parede
De qualquer maneira eram só mais tijolos na parede
Adeus mundo cruel
Estou te deixando hoje
Adeus, adeus, adeus
Adeus todas as pessoas
Não há nada que você possa dizer
Me faça perder a cabeça
Adeus
UMA BIOGRAFIA
Origem: Cambridge, Inglaterra
Início da carreira: 1965
Hoje: Em atividade
Formação atual:
David Gilmour (voz, guitarra), Nick Mason (bateria).
Links: http://www.pinkfloyd.com/
Estilo: Progressivo, Rock
Considerada uma das mais importantes bandas de Rock Progressivo. O abuso de drogas acaba afetando o vocalista, Syd Barrett. Em 1968 entra David Gilmour como segundo guitarrista e vocalista. Barrett deixa o grupo.
Após grande sucesso comercial nos anos 70, as divergências pessoais causam a saída do baixista e principal compositor, Roger Waters, em 1981. Desde então o músico segue em carreira solo. Em 07 de julho de 2006 Syd Barrett morreu vítima de um câncer no pâncreas.
Waters voltou a se reunir com o grupo em 2005, para uma apresentação no festival Live 8. Apesar de muitos rumores sobre uma possível volta dele para o grupo, isso não aconteceu.
O tecladista Richard Wright morreu em setembro de 2008 vítima de câncer
Após grande sucesso comercial nos anos 70, as divergências pessoais causam a saída do baixista e principal compositor, Roger Waters, em 1981. Desde então o músico segue em carreira solo. Em 07 de julho de 2006 Syd Barrett morreu vítima de um câncer no pâncreas.
Waters voltou a se reunir com o grupo em 2005, para uma apresentação no festival Live 8. Apesar de muitos rumores sobre uma possível volta dele para o grupo, isso não aconteceu.
O tecladista Richard Wright morreu em setembro de 2008 vítima de câncer
Reproduzido do Territorio da Musica.