Sim, a rapidez das coisas impõe a ação; mas a ânsia e o desejo pela descoberta e pelo prazer insere outras expectativas. Conciliar ambas dimensões da vida é uma arte. No caso da infância, a urgência é brincar (que todos nós temos dentro de si), muito alienadamente dos anseios por uma certa “preparação para o futuro”, ou pelo domínio de novas tecnologias. A fantasia e a imaginação está na simplicidade. Um dado interessante, a respeito disso foi a pesquisa realizada a partir do Programa pelo Direito de Ser Criança, da empresa Omo, que apontou dados interessasntes com relação ao que tem sido priorizado nas escolas brasileiras que diagnosticou os materiais mais utilizados nas brincadeiras escolares das crianças.
De acordo com esse levantamento, entre as unidades de educação infantil, 81% usam sucata e 75% utilizam brinquedos confeccionados pelas próprias crianças na hora do brincar - ambos foram os recursos mais lembrados. O computador, como recurso, foi novamente pouco utilizado: 23% das escolas o citaram. Já nas escolas de ensino fundamental, apesar de o brinquedo mais citado ser o jogo pedagógico - lembrado por 80% das escolas - as sucatas diversas também aparecem com força, em 78% dos colégios. Em 36% das escolas consultadas, o computador, a televisão, o vídeo e o som aparecem como item fundamental na brincadeira.
São números apenas. Mas convidam a uma reflexão sobre o que representa realmente a modernidade o desenvolvimento em se tratando de ser criança.
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