Estamos em tempos de mudanças, não há dúvidas; mas há alguns momentos da vida de todos que existe um processo de mudança independente. Não falo das mudanças naturais do tempo, regulares, e sim daquelas mais intensas, que ocorrem em fases de transformações internas. Entendo que há apenas uns quatro momentos em que isso ocorre – nas fase dos 15 anos próximos aos 30, próximo aos 40 anos e, finalmente nos 60, que é a grande mudança definitiva para a fase, que costuma se chamar “Idosa”. Talvez, em uma avaliação mais profunda, exista ainda o momento da morte em sí, como uma mudança definitiva. Mas de minha experiência, digo que mudar próximo aos 40 em nossos dias tem a ver com espiritualidade, entre outras coisas. Trata-se de rever o passado, presente e futuro, em uma perspectiva de superar erros e amadurecer, sem se tornar refém dos próprios planos. Tem a ver com viver o ainda possível, sem machucar quem está a sua volta, mas de um modo autêntico e intenso. Tem também muito a ver com paz. Acredito que há momentos, como esse que vivo, que almejamos isso, porque precisamos mais disso. Uma paz consciente e responsável, não alienada, mas que permita uma vida organizada em um nível harmônico. Talvez seja mesmo um tempo de reencontro. Em meio ao século da velocidade da informação, saber o essencial e dominar o estratégico é uma arte diária. E insubsituível na vida de cada um. Que venham os próximos anos!!!
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