Por problemas de saúde, deixei de realizar meu post diário neste espaço ontem. Um mal estar prolongado pelo fim de semana me deixou imobilizado. Como ainda não aderi a nenhum plano de saúde privada, dependo do SUS. E, assim, fui nesta segunda pela manhã na Unidade de Pronto Atendimento de minha Região (UPA). Mais uma vez me convenci, pessoalmente, que a qualificação da saúde está, entre outras coisas, na descentralização. Diferente de ocasião anterior, em que acompanhei outra pessoa por várias horas em um hospital público, neste posto em que estive fui atendido em menos de uma hora. Uma febre forte, que já havia se convertido em tontura. Mesmo assim, tive um atendimento razoavelmente rápido, a partir de um critério de seletivo do nível de urgência. Em um momento em que se discute novas formas de financiamento para a saúde pública, e que coincide, casualmente, os médicos dos Planos de Saúde se mobilizam por melhores condições e valorização profissional, me fortalece a convicção na necessidade de se investir na qualidade da saúde pública. O atendimento que o SUS oferece, do acolhimento humanizado à alta complexidade, é modelo para vários Países. É lógico que ainda temos falhas e disparidades na saúde pública, por conta de desvios de finalidade, falta de recursos, problemas de gerenciamento e insuficiente consciência de muitos trabalhadores em saúde. Mas quem disse que isso não existe na saúde privada? Por outro lado, como se quer a partir do controle social, a saúde pública é um bem a ser apropriado por todos. Todos são responsáveis por sua qualidade. Portanto, todos – usuários, médicos e trabalhadores, gestores e conselhereiros de saúde - devem fiscalizar os serviços do SUS. Do satisfatório acolhimento, passando pela qualidade do atendimento médico até a disposição de recursos. Essa é a particularidade da saúde pública gratuita: dar oportunidade a uma atitude cidadã, que está vinculada aos interesses diretos e concreto de seus usuários e familiares. No meu caso, saí satisfeito, diagnosticado, com receita em mão e também com os dois medicamentos, que retirei na farmácia da própria UPA, logo ao lado do local que fui atendido. Situações como essa me fazem crer que vale muito a pena, sim, que existam impostos destinados ao SUS. E assegurar que esse destino seja adequadamente direcionada e competentemente gerenciado depende de cada cidadão, governante ou não.
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