domingo, 23 de junho de 2013

HÁ UMA ENCRUZILHADA NO HORIZONTE DO BRASIL (II)

A ESTRATÉGIA DO “NACIONALISMO INOCENTE E VERDE AMARELO” PODERIA DAR CERTO... SE NÃO FOSSEM ESSES VÍRUS VERMELHO, PRETO E BRANCO...
Na realidade, o discurso reacionário e retrógrado nunca foi completamente superado na cultura brasileira. Se perpertuou no pós-abertura, por meio de expedientes legais, e está pulsante na violência simbólica da vida social. Nota-se sua presença, por exemplo: na vigilância permanente pelas normas morais vigentes; nos silêncios impostos nas salas de aula por meio do medo; no abafamento das torturas socialmente toleradas e naturalizadas pelos “comentaristas de polícia” e no marketing economicista do crescimento empresarial como sinônimo de interesse público.
Quando as espinhas dorsais de tais estruturas são minimamente ameaçadas por políticas públicas inclusivas, a partir de um Estado que olha para diferentes lados, e que tem o apoio institucional de um novo jogo de forças, as elites sofrem um desgaste em suas mais representantivas siglas partidárias, particularmente naquele histórico propósito de privatizar o Estado para o seu exclusivo bem. Então, os herdeiros da Casa Grande decidem agir diferente. A estratégia agora é infiltrar-se nos movimentos que legitimamente lutam pelo aprofundamento dessas frestas de luz emancipatórias entre os segmentos excluídos. É a perversão do protesto como ato essencialmente libertário.
A TFP já havia usado isso outrora; a novidade, talvez, seja agora a sua difusão e inserção entre os contingentes com diferentes bandeiras.  Mas bandeiras podem prejudicar o objetivo maior. Então, o foco vira impedir a identificação política dos autores de qualquer avanço social. E aí, surgem aliados da hora – confundir-se entre as manifestações patrióticas e o anarcoativismo se torna jogo fácil nessa multidão colorida. Isso foi mais facilitado ainda com um alinhamento político midiático nacional, via telinha.
O fator que talvez tenha sido ignorado nessa orientação é que a própria essência massificadora do capitalismo levou à perversão da estrutura excludente das novas tecnologias. E, com isso, há armas simbólicas nas mãos de todos. E, nesse cenário, a transparência pode não ser uma aliado interessante...


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Independente da vida social, que está agitada pelo País no âmbito político, há outras dimensões da vida de cada um que não param. E é bom que assim seja. Na realidade, somos também produto de nosso tempo, e toda essa miscelânea de anseios que se misturam por várias vozes também tem a complexidade do tempo em que vivemos, em que há quem queira curar inclusive a doença do amor. No fundo, quem precisa de cura é a própria sociedade.
O Brasil que precisa de cura envolve o coração e a mente de gerações de brasileiros que permitiram se adoentar por vícios morais e políticos introjetados em nossa cultura. Estas, certamente começam a se situar bem antes de problemáticas como corrupção de políticos profissionais e mazelas sociais delas decorrentes. E vão além, bem além dos períodos eleitorais.

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Lembrando o projeto de Cura Gay, do estupido InFeliciano, abaixo vai uma história com várias questões pertinentes entre adolescência de nossos dias.



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SOBRE OS PONTOS VITAIS DO FENÔMENO. Boa sacada do Emir Sader, via Andrea de Freitas (Face).: As idéias de que agora é que o pais acordou e de que é preciso estar "contra isso tudo que está ai" buscam apagar todos os avanços da ultima década, e deslocar o foco dos verdadeiros eixos do poder economico e midiático assim como apagar a existencia do povo - classe trabalhadora, sem terra, povão - reivindicando-se eles o país e seu futuro.

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"Confundir a atuação dos anarquistas com provocadores de direita (historicamente) é uma prática stalinista.", disse um analista que respeito.

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Há quem esteja observando, com bons fundamentos, que a cor do sorrisinho do Anonymus é verde-oliva.

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