Sexta-feira, dia de finais e começos, e tempo também de reflexões, para alguns de prosseguimento de passeatas nas ruas. Essas passeatas contagiam por vários motivos os mais jovens, e não deixam de trazer identificações e referências para os de idade mais avançada. Participei de muitas manifestações em minha vida - movimentos estudantis, partidários e comunitários. De certa forma, estou também nas ruas. Discordo absolutamente que estar fisicamente nas ruas é a única forma de se pronunciar e agir. A ação de variáveis de materialização. Por outro lado, há um processo em curso que mobiliza por motivações absurdamente heterogêneas. E não necessariamente se identificamos com todas.
Diante das conotações violentas, por meio de depredações do patrimônio público, a quem questione, a mobilização perdeu o rumo? Não exatamente, até porque um rumo definido nunca enxerguei. Mas, dada a dimensão, os segmentos e os atos que incorporou em sua condução, há de inserirmos nessa questão o debate da democracia como questão necessária. Bem entendido que democracia no sentido pleno é uma utopia. Mas é justamente a sua parcialidade, por hora, que está garantindo o que ocorre no Brasil. Se quer mais. Mas o respeito a alguns códigos é necessário para se garantir esse avanço.
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Muita coisa ainda deve ser realizada, produzida e avaliada nas manifestações ora em curso pelo País. Mas para que se salve a dimensão saudável desse processo, é saudável que, paralelo às ações, exista a compreensão e reflexão de seus efeitos e dimensões. Esse material dá conta limitadamente do que ocorre pelo País, mas contribui interessantemente, em uma linguagem jovem, para se entender.
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