Tempo escasso para escrever, como sempre, diz minha amiga que a vida estraga a arte, já refleti sobre isso antes. Acho mesmo que a missão maior da vida é tornar a vida uma arte.
Segundo dia de férias em casa. Para a segunda semana, tenho programa de viagem, não para essa. Mas ficar em casa, para quem cumpre rotina diária de trabalho, equivale a uma quebra bem interessante. Descontando ainda o fato de uma atividade doméstica programada, é um outro ritmo. Acompanho pelos meios, impressionado a dimensão que assumiu esse movimento da ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre e o modo como o grupo tem lidado com a imprensa - radical, mas perturbante. É uma espécie de ruptura com a possibilidade de falarem as mídias convencionais, sob a explicação de que tais sempre apresentaram os movimentos de forma distorcida e criminalizante, salvo raras exceções - que, em geral em emissoras públicas. É, é de fato, uma postura forte. Mas, como se diz, as fontes tem a posição de quererem ser ouvidas ou não. Há meios, de fato, fechados também no Estado formal. E os jornalistas se habituaram a conviver com isso. Reuniões de governo e assembleias militares, por exemplo. Os manifestantes, nesse caso, estão linkando em tempo real os acontecimentos por mídias alternativas. De ocultamente não se pode, em nenhuma hipótese, reclamar. Então, é uma problematização que fazem mesmo ao modelo corporativo das coberturas. De qualquer modo, independente do alcance disso, é notório que esse movimento já marca um diferencial histórico no formato e nas estratégias de mobilizações civis na história do RS, e quiçá, do País.
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O fervido da noite: cabochan, couve-flor, brócolis, batata
inglesa, bata-doce, beterraba, cenoura, tempero verde, milho, tomate, vagem e
massa conchinha.
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16 OBRAS DE NIETZSCHE EM PORTUGUÊS (PDF)
Aqui.
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Curso do professor Enrique Dussel sobre filosofia política, no qual ele conta a caminhada da história humana desde o leste. Dussel desconstrói a forma como se estuda a história no mundo ocidental. Reproduzido de Instituto de Estudos Latino-Americanoas - ILEA
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Boa análise sobre essa suposta aversão a teoria, que na prática, insere o enfraquecimento da construção de um conhecimento democratizado e crítico, em troca de uma base teórico-política ao sistema vigente. é sobre jornalismo, mas claro que se aplica a outras áreas. O texto é de Wladymir Ungaretti, tirei de seu perfil no Face.
Escutei um relato muito interessante - agora pela manhã - sobre o processo de reformulação do currículo de jornalismo da Famecos (PUC/RS). O curso que era, essencialmente, técnico está passando a ser mais "teórico", voltado para a discussão das diversas linguagens do jornalismo. Diversas disciplinas (técnicas) já desapareceram. Em sentido inverno, a última reformulação do currículo do curso de jornalismo da Fabico (UFRGS/ensino público) priorizou - quase que ao infinito - o ensino das técnicas, inclusive havendo até a proposta da separação de áreas (jornalismo, rp e publicidade), o que possibilitaria ainda mais a priorização deste aspectos (das técnicas). Isto é o que está acontecendo. Qual é o pano de fundo? Com o fim do diploma, os cursos das federais assumiram o papel de formação (técnica) dos profissionais. Ou seja o ensino público a serviço do privado. Não por acaso o curso recebeu todos os recursos para se tornar moderno, em termos de equipamentos. Assinou, inclusive, um acordo de cooperação com o PRBS. E o curso das privadas, que já não estavam investindo em equipamentos, estão passando a valorizar a formação de "pensadores em comunicologia", ou seja um curso caro, que será cada vez mais elitizado, deverá formar os "pensadores". Tudo isso está dentro de uma lógica. É a nova lógica do mercado. Ao que a elite precisa nesse momento. E toda a rede de conivências corporativas( incluindo o Sindicato), faz de conta que o problema é a ausência do diploma e a democratização dos meios, propositadamente desviando a atenção ao que, de fato, está acontecendo. E tem professores que ainda se fazem passar pelos grandes teóricos e promotores destes "novíssimos" cursos de showrnalismo, tanto das privadas como públicas. Perfumarias à serviço da elite. Faturam prestígio. Santo deus!! Aguardo, ansiosamente, minha aposentadoria. Não tenho nada a haver com isso.
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O cantor Tom Zé acaba de lançar uma nova música inspirado pelos protestos que acontecem pelo país. “Povo Novo” foi disponibilizado online nesta terça (25) e é uma parceria com Marcelo Segreto.
Reproduzido de Revista Ogrito
Entrevista: “Trocaria tudo o que fiz pro “Ai Se Eu Te Pego”"
Tom Zé ainda credita Marília Moscou. “75% da música foi praticamente orientação do site dela. As estrofes ‘quero gritar na próxima esquina’ e ‘olha, menino, que a direita já se azeita’. De forma que se ela me cobrar direitos autorais na Justiça não terei muito como me defender.”, disse ao lançar a faixa.
A canção ainda teve colaboração do jornalista Marcus Preto e Paula Mirhan. A letra fala diretamente aos acontecimentos da última semana. Ouça abaixo:
Tom Zé lançou recentemente um EP Tribunal do Feicebuqui, gratuitamente na web. Foi uma resposta às críticas de fãs que reclamaram de sua participação no comercial da Coca-Cola. O músico acabou doando o cachê de 80 mil reais a uma associação de músicos depois de toda a polêmica.
Ouça aqui.
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