Sobre a questão da liberdade, falsa, que imaginamos dispor, é sempre quando estamos em uma situação em que esta se encontra ameaçada que enxergamos seus limites. Não falo nem dos limites impostos a liberdade pelos recursos financeiros, que esses são evidentes; ou pelos limites culturais - de leituras, viagens, idiomas e tal - pois esses também se tem noção de melhor maneira. Me refiro àqueles limites que o Estado impõe, de forma totalitária, mas que se torna visível sempre que há uma transgressão indevida, considera ilegal. Hoje pela manhã, por exemplo, ouvi no rádio sobre a situação de uma jornalista brasileira nos Eua que teve uma visita do FBI por ter apresentado um comportamento suspeito. Motivo? Comprou um panela de pressão, entre outras atitudes que a enquadrariam como suspeita de terrorismo. No caso do cercamento policial a alguém, em determinadas circunstâncias suspeitas, é curioso notar como as pessoas se tornam individualistas em se identificar com uma vítima. Em geral, a primeira coisa que se cobra é se o fulano é ou não trabalhador. Como se isso fosse um pré-requisito para a cidadania, logo em um País onde há tanto desemprego.
O caso do sumiço do operário Amarildo no RJ sintetiza uma situação extrema da violência do Estado, que há tempos deixou de ser novidade para todos. Denúncias de abusos de autoridade, torturas e até execuções tem se tornado comuns nas últimas décadas. Mas em um momento em que a sociedade brasileira está a flor da pele em torno do cenário político regionais e nacionais, um caso como esse se potencializa e ganha lente de aumento. É bom que esse debate se aprofunde. É mais do que hora de repensar a militarização das polícias, treinada para eliminar o "inimigo", ao invés de assegurar a Paz social em contexto de exercício da cidadania (e não de censura).
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VISÕES DO BELO NO HORIZONTE
Da Feira ao Mercado, das vias aos parques, do Centro aos
bairros, Belo Horizonte é um encanto de ruas e sorrisos largos.
PARA ALÉM DOS PALCOS, O CLIMA DO FESTIVAL DE C. LAFAIETE
(MG) CONTAGIOU AS RUAS E PRAÇAS.
Na categoria alternativo / Rua, a atuação dos
personagens Zeca das Pitombas e João das Ventas renderam a Gladston Ramos e
Arthur Fernandes, respectivamente, as indicações para melhor ator e melhor ator
coadjuvante com O Cabra que amava Roberto Carlos, do grupo Gatos Pingados
(Canoas, RS).
Memória de OURO para consciência de PRETO e de outras cores
Pedra sabão trabalhada nutre a arte do artesão / cachaça,
licor ou vinho anima a festa e o coração / e o queijo saliva nas bocas e nas
ladeiras da perdição
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Lafaietes
Para baixo do horizonte belo, há um lugar menos urbano, de
gente de sorriso fácil. Não é o ouro, preto ou branco, que brilha por essas
bandas; ali, mais ou menos ao sudeste das Gerais, inconfidentes são os atores.
Nesses cantos de altos e baixos, vez por ano uns bolos de gente se encontram
para trocar imaginações: Tá feito a magia em um clima de passado, em que muito
do futuro se enxerga.
Uma parceria entre o portal Domínio Público e o Núcleo de
Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística (Nupill), da Universidade
Federal de Santa Catarina, sistematizou, revisou e disponibilizou on-line a
Coleção Digital Machado de Assis, reunindo a obra completa do autor para
download. Além dos romances, “Ressurreição” (1872), “A Mão e a Luva” (1874),
“Helena” (1876), “Iaiá Garcia” (1878), “Memórias Póstumas de Brás Cubas”
(1881), “Casa Velha” (1885), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899), “Esaú
e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908),
a coleção engloba sua obra em conto, poesia, crônica, teatro, crítica e
tradução. O projeto, que foi criado em 2008, também disponibiliza teses,
dissertações e estudos críticos, e traz um vídeo sobre a vida do autor e sobre
o contexto histórico em que ele viveu. Confira aqui.
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