"O HAMAS, que é um grupo palestino muçulmano sunita, tem como intenção, através de ataques, serem ouvidos sobre a situação caótica de seu povo árabe, pois através do diálogo não houve uma resposta satisfatória."
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Para além dos prés
Estava a pensar ontem o quanto faz diferença em nossa vida o prefixo "Pre". Pela instabilidade financeira ou outras razões de ordem espiritual, tendemos a se precipitar à vida, deixando na maioria das vezes de desfrutá-la. Uma pre-existência, baseada em comportamentos de pre-ocupação, pre-caução, pre-visão, pre-paração, entre outras. Precisamos, por vezes, viver mesmo é o presente, antes que ele nos escape. E isso tem sido uma máxima ultimamente para mim. Todavia, entre afirmar essa possibilidade e se emancipar de vez com essa perturbação no futuro há uma distância importante. Que nunca deve ser menosprezada.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Sobre para onde vamos e a consciência disso
Após um fim de semana bem intenso de trabalho extra, retornando a labuta ordinária. Precisamos mesmo cuidar para que esse ritmo diário não sufoque demais o motivo todo de desenvolver tudo isso. A liberdade de fazer com prazer, sublinhe-se.
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"Compersão - É um termo usado por pessoas que tem relacionamentos livres,
abertos, ou poliamorosos.
Compersão é o sentimento oposto ao ciúme. É quando a gente
fica feliz de ver feliz a pessoa que a gente ama sendo amada ou amando outras
pessoas, ou simplesmente curtindo as novas relações. É componente do amor, não do modelo de relação… Até porque
os relacionamentos abertos nem sempre tem esse componente presente mas ele é
fundamental para virar a pagina do ciúme. Mas só sentimos compersão quando compreendemos a
multiplicidade de experiências do outro como enriquecedora para nós mesmos e
respeitamos sua autonomia em procurar satisfação de formas diferentes das
nossas."
Texto e Imagem reproduzidos do blog Relações Livres, de onde pode ser achado outros conceitos sobre o tema, confira aqui.
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DIVERSIDADE SOCIAL
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Outro dia, e mais um
Retomando o ritmo que sempre foi mantido, um pouco mais de silêncio talvez. Mas sempre com as cruéis dúvidas. No entanto, o que seria a vida sem elas? Tendo a crer que são, sim, as dúvidas o combustível de tudo. Inclusive dos sonhos.
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Mulheres, idosos ou crianças. Ninguém está imune à revista humilhante que acontece nos presídios nos dias de visita. Com o pretexto de impedir a entrada de celulares e drogas, os parentes dos presos são submetidos à nudez e a um exame de seus órgãos genitais. Para discutir essa prática inaceitável, a Conectas e parceiros organizam um seminário latino-americano no dia 28 de outubro em São Paulo. Saiba mais: http://bit.ly/1cTDa2X
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Mulheres, idosos ou crianças. Ninguém está imune à revista humilhante que acontece nos presídios nos dias de visita. Com o pretexto de impedir a entrada de celulares e drogas, os parentes dos presos são submetidos à nudez e a um exame de seus órgãos genitais. Para discutir essa prática inaceitável, a Conectas e parceiros organizam um seminário latino-americano no dia 28 de outubro em São Paulo. Saiba mais: http://bit.ly/1cTDa2X
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DIREITO COM JUSTIÇA
domingo, 20 de outubro de 2013
Sobre essa onda que vem e vai
Acordei hoje mais pensativo sobre essa situação de dispersão que tem dominado a vida das pessoas nesses tempo de tudo ser possível, mas nada praticável - se carecermos de foco. Os papagaios ainda cantam, nas árvores altas do bairro, embora prossiga indiscriminadamente a decepação de galhos pelos vizinhos que se incomodam com as árvores. Ontem, uma experiência de reencontro com o amigo antropólogo de Manuas me deu algumas pistas a mais sobre o funcionamento todo dessa máquina engolidora de subjetividades, que se chama internet. Tudo bem, ela disponibiliza ações positivas. Mas temo que a vida possa estar se perdendo demais nesse âmbito virtual. Em outro âmbito, o tempo é outro. Há quem viva e aproveite o simples. É assim que poderia ser a vida. O suficiente para viver intensamente, e solidariamente, a felicidade - essa invenção diária que o ser humano pode e deveria se empenhar e construir permanentemente.
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Devaneios,
TEATRO TRANSFORMADOR
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Para as crianças comerem melhor e sobre outros alimentos nem tão saudáveis para o espirito
Ando pensando seriamente sobre essa ideia de estabilidade da vida. Relativizar a noção de que segurança é uma prioridade absoluta com o passar dos anos é preciso. Tendo a crer que entre as estruturas que criamos ao nosso redor como pate da ideia ilusória de felicidades, a construção invisível de subjetividades aprisionantes por meio da prostituição do próprio sentido de fazer, no lugar de criar, é menos uma saída do que uma prisão a mais.
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Como estimular nossas crianças a valorizar os alimentos orgânicos?
Essa cartilha da série Horta & Liça pode ajudar.
Baixe a cartilha aqui. Saudações Agroecológicas!
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BIODIVERSIDADE,
COMER CONSCIENTE
domingo, 13 de outubro de 2013
A CISTERNA DE PLÁSTICO NO SERTÃO, EM LONGO PRAZO SERÁ UM
GENOCIDIO AO CUBO?
Tem coisas que os amigos pedem, são difíceis, mas precisam
ser atendidas. Fui consultado sobre as cisternas de plástico para o sertão.
Refugie-me no meu congá. Bati o tambor de bambu gambá junto a uma peneira com
massa puba e “Terra Preta de Índio” invoquei a Linha da Mata. Logo chegaram
“Caninana” & “Três Flexas”. Ao saber que o problema envolvia pouca água
eles pediram a batida do Kultrun (mapuche) e teponaztli (azteca). Chegaram os
iluminados Siete Cueros e Nezahualcoyotl acostumados com o deserto, o primeiro
mascando pétalas de arrayan e o segundo palitando os dentes com espinho de
cactos. Em seguida eles pediram o canto da “Linha do Oriente” e três velas e
incenso, chegaram dois mascates kafre da Serra da Barriga e São Francisco.
Ajoelhado esclareci desnecessariamente o problema, também meu. Oxé que senti um
calafrio, vixe um cheiro de bolinho de bacalhau & chopinho, misturado com
perfume de lavanda e pólvora queimada inundou meu congá e todos riram. Eram
dois velhos conhecidos, o amigo Lutz e Maria Bonita. Sem cerimônias começou a
faina, cada um falava a continuação do outro como em um jogral rotineiro ou
filarmônica com excelsa regência.
“Um dos temas mais diabólicos das últimas duas décadas é a
destruição da agricultura sertaneja. Isto fez este antigo estudioso das Ligas
Camponesas usar a aritmética, pois a catástrofe agora será um milhão de vezes
pior que a da Revolução Verde (que atingiu muito mais o Sul e fez desaparecer o
agricultor organizado, e agora tem o pequeno produtor familiar que tenta sobreviver,
mas vem sendo tratado como reserva de mercado & contrapartida para a
produção de alimentos naturais como matérias primas certificadas e garantida
para a integração nas grandes marcas como Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé,
Cargill-Seara e outros de interesse da Fundação Rockefeller. É só esperar, tudo
que está sendo manipulado e induzido para esse destino.
Os riscos das cisternas de plástico para a saúde da família
camponesa hoje e amanhã. A resposta seria muito simples e fora da lógica dos
doutores de universidades e institutos. As cisternas de plástico não foram
projetadas para armazenar água da chuva, o foram para depositar água tratada
com um período de residência mínimo onde a liberação de substancias tóxicas do
plástico ficam inferiores a 1 x 10-9 ou 0,000.000.001 grama/Litro, onde somente
as moléculas ultra-tóxicas, por exemplo DIOXINAS & FURANOS HALOGENADOS
causam danos.
Quando se coleta a água da chuva, não é preciso dizer que
ela é resultado da evaporação do mar e que não contem sais minerais é água
destilada e não mata a sede, por não ter minerais, e, para todos os seres vivos
a presença de sais minerais, sua diversidade e quantidade determinam a evolução
de cada espécie, metabolismo e qualidade de vida. Logo o consumo de água sem
minerais seria um problema muito sério. Mais eis que a “mão divina” fez que a
organização camponesa, como a Fênix começasse a fazer as cisternas de placas. A
água da chuva, pura em contato com a parede da cisterna solubiliza quantidades
mínimas dos minerais presentes no cimento (Si, Ca. Mg, Fe, Zn, Nióbio, Terras
Raras etc.). Essa dissolução ao longo de 12 a 24 meses (tempo de residência)
deixa a água com uma concentração sub-ideal para os seres humanos da região
sertaneja cujo solo é bastante rico em sais minerais e permite com uma boa
agricultura (sem agrotóxicos ou adubos químicos solúveis) produzir alimentos
altamente mineralizados que compensam harmoniosamente os minerais da água.
Recordem que eu sempre recomendei fazer o que fazíamos em casa colocar uma
pedra de Enxofre de aproximadamente três quilos por cisterna de placas a cada
dois anos ou quando aquelas desaparecessem. Com a cisterna de placas o
sertanejo antes de tomar a água mineral de Deus equilibrada com sua agricultura
camponesa, ele se organiza e resgata o valor do mutirão. É isto que se quer
destruir para sua diáspora como mão de obra aviltada na construção civil do
sudeste.
Com a cisterna de plástico que água ele vai tomar? Água
destilada de laboratório com a liberação de substancias química conhecidas e desconhecidas
(DIOXINAS E FURANOS HALOGENADOS) que são formadas na água pelo contato, calor e
tempo de residência (armazenamento). Substancias, muitas delas são
mimetizadoras hormonais. Isto é conhecido e denunciado há mais de 25 anos pelo
livro “Our stolen Future” de Colburn e outros que foi traduzido no Brasil
(1995) pela Cooperativa Ecológica Coolméia (depois fechada pelo governo por
dever 165.000 reais ao INSS) e com uma edição pela L&PM Editores (vendido
pela internet): “NOSSO FUTURO ROUBADO” ou “FUTURO ROUBADO”.
Os principais contaminantes das cisternas de plástico são:
METAIS PESADOS (Arsênico, Cádmio, Mercúrio, Chumbo, Cromo,
Zinco, Estanho, Manganês,) são acumulativos daninhos ao sistema nervoso.
Os resíduos químicos tóxicos são: PVC Vinylchlorid;
Polystyrol; Polyhydroxy ether de Bisphenol A; PolyUrethane; Isothiocyanate;
Dietilhexylphthalate; Acrylnitril e causam câncer de mama, próstata, estomago,
pulmão, bexiga, linfático, leucemia, mas devido as interações com os metais
pesados e entre eles os principais danos são nascimentos de bebes deformados e
a infertilidade devido a feminilização masculina, impotência e alteração
hormonal nas mulheres.
Substancias complexas que potencializadas (sinergizadas) com
bebidas alcoólicas, cigarro, resíduos de agrotóxicos e outros formando outras
substancias muitíssimo mais perigosas que raríssimos laboratórios têm condições
de analisar, mas são impossíveis de diagnosticar ou avaliar toxicologicamente.
Se a realidade tem essa cara e tamanho, por que então se quer
usar a cisterna de plástico? A constituição garante minha opinião. - A cisterna
de plástico precisa eliminar o poder de organização camponês (que nos últimos
trinta e cinco anos fez mais que os governos ou organismos multilaterais (FAO,
OMS, UNEP, UNIDO, OMC) para enraizar com dignidade o agricultor autônomo e
livre no Sertão.
Quando em 1981 comecei a ver o dinheiro de entidades
européias chegar ao Brasil no mesmo momento que a Extensão Rural (Rockefeller)
diminuía suas ações fiz questão de colocar no ERAA de Cruz das Almas que devia
ser feita uma projeção onde aquilo ia terminar, pois ninguém dá dinheiro a
ninguém de graça.... Quando vimos o dinheiro internacional para o 1 milhão de
cisternas conversamos com o pessoal para que abrissem os olhos com a mesma
projeção.
O que devemos entender é que só existe governo autônomo ou
autêntico quando ele tem dinheiro dele e não necessita de empréstimos de
bancos. O Banco Mundial usa a dependência como instrumento de submissão dos
governos carentes.
Assim qualquer governo, por mais comprometido e identificado
com seu povo fica impedido de atender as demandas ou obrigado a atender as
manipuladas, induzidas ou planejadas por ele. O negócio funciona assim: O
assessor 34 do Banco Mundial telefona para o Gabinete da Presidência do país
pobre e diz: “Avisa o chefe que os empréstimos para saúde, educação,
infra-estrutura estão pronto para a assinatura, mas o que está travando é essa
organização de cisternas, que não interessa a um grupo grande corporações. É
bom fazer uma substituição pelas de plástico”.
Com o governo mesmo percebendo o ardil e precisando cumprir
prioridades, quem irá pagar o pato? Isto não é fraqueza nossa, nem privilégio.
Em qualquer país do mundo, seja na União Européia, América, Ásia ou África e
isso que ocorre e não há imprensa (T. Turner, Rupert Murdoch) que denuncie ou
acadêmico que abra a discussão e debate sincero.
Lembro que gravamos uma reportagem onde foi dito que, a
questão da água para o sertanejo não era uma questão de cisterna, mas de
crédito para habitação rural para se poder, como na Austrália captar mais água
para melhorar a infra-estrutura do sertão. Onde há mais Sol será feita a
agricultura natural do amanhã e permitir autonomia à família sertaneja, que
necessita mais de 60 metros cúbicos de água e só pode captar com um telhado de
qualidade e pelo menos com 200 metros quadrados. Jamais se deve coletar água da
chuva sobre plástico (lona preta) que é mais perigoso que o incolor, pela
presença de pigmentos que contém metais pesados.
Outro aspecto do plástico é que ele é menos durável que a
cisterna de placas por ser facilmente oxidado pela luz ultravioleta que no
sertão não é pouca, ficando quebradiço e liberando moléculas halogenadas de
baixo peso molecular. Jamais uma cisterna de plástico conseguirá nas condições
sertanejas de luminosidade e calor superar oito anos de idade. Não há em nosso
país estudos técnico-científicos sobre a formação de novas substancias pela luz
ultravioleta e pelo calor e seu comportamento toxicológico na água depositada
por longo tempo nessas cisternas.
Se o pessoal dos organismos multilaterais das Nações Unidas,
Banco Mundial e governos fossem mais inteligentes criaria no crédito de
instalação habitacional-cisterna de placas a obrigação de recuperação das micro
bacias hidrográficas re-vegetação/reflorestamento com algodão arbóreo, ou
árvores frutíferas sertanejas ou de múltiplos propósitos como quebra-vento em
uma “silvicultura social” como fazem os indianos há pelo menos três milênios
para a dinâmica do ciclo da água.
Minhas sugestões para as organizações nordestinas:
1. Consigam
o Livro Futuro Roubado ou Nosso Futuro Roubado (é um só com dois títulos);
2. Leiam e
discutam-no e preparem um cordel;
3. Encenem
uma peça teatral com os movimentos sociais;
4. Criem um
Núcleo de Debate com estudantes secundários para multiplicarem o entendimento
social;
5. Apoio as
paróquias para que os párocos usem essa leitura em suas ações evangelizadoras;
6. Levem aos
interessados subsídios para que eles conjuntamente transformem em vetores de
políticas públicas regionais.
Para a elite acadêmica: Este texto é elaborado em
contraponto à “Teoria Matemática da Tecnologia” da Max Mason e Warren Weaver
(reservado da Rockefeller Foundation, 1949) & Plano America 2050 da mesma
fundação (1996), que pode ser lido em inglês no site do NEA/ITCP UFRGS.
Quando estávamos terminando as obrigações e se preparavam
baixou o esculápio Cipriano Barata, circunspecto, sem cerimônias e taciturno
determinou: Vocês não disseram, mas a pior ameaça é de próprios candidatos do
governo que já estão instalando cisternas de plástico até em brejo, nem tão
prioritário (São Sebastião da Roça/PB) e isso vai se alastrar desmoralizando o
Sertão e prostituindo os sertanejos. Sorridente e experiente assinalou: Essa
luta é missão em Aruanda.
Ele puxou o último canto:
“Com licença de Oxalá é Vovó Roza que vai saravá”
“Com licença de Oxalá é Vovó Roza que vai saravá”.
O perfume de Alfazema inundou o congá.
sábado, 12 de outubro de 2013
Um sábado sem sol nem chuva... mas muitas ideias
Dizem que vai chover, mais nem uma gota. Sol, nem pensar. Tanto faz, devo ficar em casa por esse sábado, se nada ocorrer de inesperado. Introspecção é necessária.
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Le ballon rouge
Além de plasticamente lindo, o filme é uma viagem no tempo, sob o imaginário da criança, em contraste com da descolorida vida adulta. O menino parece mesmo dar vida ao balão, em um diálogo surreal de identificação recíproca: travesso, livre, rebelde, fiel e puramente solidário - inclusive na descoberta da diferença e do perigo. Um texto poeticamente visual, em 30 min de magia intensa. Uma Ode ao belo por meio do espírito sensível para animar o inanimado, e por ele atingir a própria transcendência ao mundo dos sonhos. Me senti cruamente contemplado nas minhas "descobertas" e proibições de infância. Achado precioso de Wladymir Ungaretti (Face).
"Le Ballon
rouge is a 1956 fantasy featurette directed by French filmmaker Albert
Lamorisse. The 34 minute short, which follows the adventures of a young boy who
one day finds a sentient, mute, red balloon, was filmed in the Ménilmontant
neighborhood of Paris, France. It won numerous awards, including an Oscar for
Lamorisse for writing the best original screenplay in 1956 and the Palme d'Or
for short films at the 1956 Cannes Film Festival." - Via Youtube.
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Filmes sobre Gêneros
Escolhemos uma lista de 15 filmes que consideramos
ilustrativos para a formação de feministas (ou simplesmente pessoas que gostam
de bom conteúdo cinematográfico), quase todos com links para que as leitoras
possam assistí-los gratuitamente, em sites que desponibilizam o serviço. A
lista é composta por alguns filmes amplamente conhecidos, e outros nem tanto,
realizados por mulheres (e feministas) ou que contenham temas abordados em
textos do MAÇÃS PODRES. Também deixamos aberto um espaço para que as demais maçãs
podres possam dar sugestões de outros filmes. Aqui.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Temperaturas
Dias quentes começaram para valer, mesmo com intervalos de baixas temperaturas, como é comum no clima sulista. Muda a temperatura muda nossos humores, ou não - para quem administra a vida sob algum equilíbrio. O fato é que a sociedade, seus modos de vidas e hábitos estão vinculados fortemente ao estado natural do Planeta. Daí porque falar no tempo é algo que se tornou tão importante. Para mim, ultimamente, importa mesmo o clima interior. Sem querer ser piegas, nunca isso tinha sido tão importante em minha vida como por esses tempos que vivo. Que venha o Sol, a cada dia mais brilhoso, lá de dentro. E se a chuva tiver que sair pelos meus olhos, que seja para brilhar no amanhã um verão mais poético e cheio de realizações, a cada dia.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
As corporações
Vejo na TV na primeira hora da manhã que uma “Grande Rede de
Supermercados” contrata em cargos de relativa importância e paga “até R$ 800,00”.
Pela localidade, dá para concluir qual é a Rede, realmente gigantesca. Qual o
motivo do anonimato, o salário, tão alto, certamente não deveria motivar isso. O documentário The Corporation aborda a dimensão viva que adquirem essas organizações, a ponto de se tornarem uma espécie de organismo vivo, com dinâmica, imagem, estilo e métodos. Nota-se, a partir de fatos como esse anonimato referido, que a falsidade também é uma dessas qualidades humanas adquiridas pelas corporações.
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Poema para uma ativista, por Tau Golin.
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Poema para uma ativista, por Tau Golin.
ANA PAULA
Ana Paula solitariamente numa jaula,
no circo da magistratura da Rússia
enlutou meu coração desencantado,
feriu meu silêncio, agrediu minha culpa,
estar distante, confortavelmente abrigado,
acordando feliz com o canto dos sabiás;
enquanto Ana Paula, bichana meiga
e delicada, exposta à sandice bárbara
da repressão dos herdeiros da KGB.
Ana Paula não pode sentir meu hálito
com palavras estaiadas em seu gesto
simples de quem cuida nossa maloca
planetária, em busca do habite-se
em um ecossistema sustentável.
Ana Paula não pode ver meus olhos,
minhas lágrimas envergonhadas;
sofro apenas ameaças de punguistas,
pequenos golpes no troco das compras,
sequer o colapso de amor não correspondido,
ou o atropelamento de motorista desvalido.
Teme-se uma gripe no Rio Grande do Sul
pela mudança de temperatura, vento encanado,
enquanto Ana Paula, presa em uma jaula na Rússia,
esbofeteia com seu toque de pluma
o acomodamento classe média do mundo,
o consumo conivente dos eunucos da vida.
Queria abraçá-la com a ternura inversa
dos sádicos que postulam quebrá-la
no confinamento e no vexame criminoso.
Amo-a como o vento adora sua Pirata
da liberdade, a brisa a sua borboleta
de arco-íris, a lua como o orvalho
sereno adornado em sua pele lúdica,
o horizonte seu olhar de plenitude,
as flores as manhãs de primavera.
Desde meus sete palmos de segurança
projeto-me para a tela dos olhos fixos
de Ana Paula, sem ser uma imagem,
apenas a água da vida para umedecê-los
com o beijo de minha saliva solidária,
o encanto do meu coração experimentado,
o antídoto da cegueira pestilenta da terra.
Ana Paula está exposta em uma jaula
na Rússia, no Japão, no Congo, em Cuba,
em Passo Fundo e em Porto Alegre,
os verdugos ejaculam as babas das bestas.
Mas, misteriosamente, Ana Paula está só
e resiste em sua fortaleza delicada e humana,
vertical, como a flor que criou cerne
de madeira de lei encravada na pampa;
olhar das imensidões, enraizado em pétalas.
Estava só, abstratamente filosófico,
teórico e contemplativo no reduto da alma.
Ana Paula deu-me o sopro da vida cotidiana,
Reascendeu em mim a poética da existência
as energias de Hefesto e Ogum, deuses da forja,
para lançar-me contra as barras de ferro da jaula
que aprisionam a pirata enclausurada Ana Paula.
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terça-feira, 8 de outubro de 2013
Questões de Mídia e Democracia
Enquanto as novas configurações eleitorais
confundem os mais leigos sobre o significado de ser Esquerda ou Direita hoje -
antagonismo cuja falácia de superação só é equivalente a da imparcialidade da
Mídia - surgem algumas pistas para a revelação dos disfarces discursivos nessa
dicotomia. É fácil notá-las a partir da observação das opções, relações e
agregações entre atores, empresas e partidos.
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MARCO REGULATÓRIO NA MÍDIA, TÁ AÍ UMA BANDEIRA QUE MERECIA SER ASSUMIDA. Todavia, para concretizar essa conquista é preciso uma ampla aliança de forças democrático-populares que garantam e sustentem um modelo que substitua essas máquinas capitalistas de comunicação em prol de um
sistema democrático, plural e monitorado pela sociedade civil. Enquanto isso
deixa de ocorrer, prossegue o círculo vicioso entre microfones, câmeras e
palanques.
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MARCO REGULATÓRIO NA MÍDIA, TÁ AÍ UMA BANDEIRA QUE MERECIA SER ASSUMIDA. Todavia, para concretizar essa conquista é preciso uma ampla aliança de forças democrático-populares que garantam e sustentem um modelo que substitua essas máquinas
"Em entrevista, o jurista Fábio Konder Comparato fala sobre a
necessidade de efetivação dos mecanismos de participação direta, os entraves
para a democratização da comunicação no Brasil e o poder das oligarquias na
sociedade brasileira. Na entrevista, o jurista é enfático ao defender um marco
regulatório urgente para a comunicação no Brasil". Texto e imagem do FNDC. Reportagem completa aqui.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Vidas e Rumos e Sementes
Estamos sempre sob mudança, ainda que geralmente pouco se damos conta disso. Mas tem vezes que há mudanças mais radicais que se operam, as que parte de nosso íntimo e tem a ver com a transformação estrutural de hábitos e atitudes, em prol de uma forma mais saudável de vida (assim se crê). Já passei algumas vezes por esses momentos. E acredito que estou agora novamente o enfrentando. Coincide isso, noto claro, com uma transformação operada também no País, no sentido de ampliar sua sensibilidade contra o preconceito gratuito e de se indignar contra as injustiças em voga. Isso tem ocorrido, é fato. Mas algumas transformações tem apenas cara de mudança, e no fundo pouco ou nada representam, apenas a face de uma mesma coisa. É o caso da entrada da ex-ministra Marina Silva no PSB. Ela, que se mostrava como uma alternativa a política tradicional, ao ingressar em um partido de caciques, cai em uma brutal contradição. Veremos o que dá nisso. De minha parte, a minha transformação, íntima, acredito por mais profunda, ou pelo menos sincera.
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A Rede de Sementes do Xingu é "uma rede de trocas e encomendas de sementes de árvores e outras plantas nativas da região do Xingu, Araguaia e Teles Pires, e promovemos os conhecimentos locais sobre uso e recuperação das florestas e cerrados do Mato Grosso". Confira o site dessa organização aqui.
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A Rede de Sementes do Xingu é "uma rede de trocas e encomendas de sementes de árvores e outras plantas nativas da região do Xingu, Araguaia e Teles Pires, e promovemos os conhecimentos locais sobre uso e recuperação das florestas e cerrados do Mato Grosso". Confira o site dessa organização aqui.
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domingo, 6 de outubro de 2013
Mais literatura libertária
Baixe grátis dezenas de livros anarquistas e obras libertárias de
diversos autores, como:
- Leon Tolstói
- Errico Malatesta
- Buenaventura Durruti
- Emile Henry
- Mikhail Bakunin
- José Oiticica
- Emma Goldman
- Daniel Guérin
- Voltairine de Cleyre
- Pierre Joseph
Proudhon
- Guy Debord
- Piotr Kropotkin
- George Woodcock
- Aldous Huxley
- George Orwell
- Rob Sparrow
- Domingo Passos(O Bakunin brasileiro)
- Hakim Bey
- Paulo Freire
- Foucault
- Etienne de la Boétie
- Herbert Read
- Henri Thoreau
- Noam Chomsky
- Eduardo Galeano
- Avelino Fóscolo
- Murray Bookchin
Reproduzido do perfil Anarquismo - Liberdade, via Sociedade Sem Prisões (Face).
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EDUCAÇÃO LIBERTADORA,
Livro
sábado, 5 de outubro de 2013
Sobre greves e seus atores
A GREVE ABALA A TODOS, DIARIAMENTE. MAS É PRECISO CLAREZA
SOBRE AS RAÍZES DA QUESTÃO QUE ESTÁ PARA MUITO ALÉM DOS TRABALHADORES. UMA
SOLIDARIEDADE CONSTRUTIVA, SERIA MAIS SAUDÁVEL QUE O EGOÍSMO APRESSADO,
ACREDITO EU, QUE NÃO SOU BANCÁRIO.
"O trabalho bancário, tal qual como
está estruturado é uma máquina de moer carne, destruindo não apenas tendões e
túneis de carpo, mas e principalmente, a saúde psíquica do trabalhador
bancário. Medo, desencorajamento, desinteresse pela vida, pânico, angústia,
tristeza profunda, são apenas alguns nexos que se iniciam na moagem do cérebro
e que culminam na somatização de doenças várias que se manifestam no corpo do
trabalhador bancário. Hoje, os bancos não querem mais apenas o corpo do
bancário, mas buscam apossar-se de suas mentes, extraindo mais valia braçal e
também psíquica (Trecho de Teatro de Sombras - Relatório da violência no
trabalho e apropriação da saúde do trabalhador bancário, lançado em 2011 pelo
Sindibancáirios, P. Alegre. A obra está disponível para baixar aqui.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Horta Orgânica
Curso Horta Orgânica
Reproduzido do Arquitetura Sustentável
"Nada melhor do que aprender a fazer as coisas com suas próprias mãos (e ferramentas). Se essa atividade ainda deixar sua vida e a de sua família mais saudável, fica ainda melhor. O pessoal da Borellistudio disponibilizou em seu canal no youtube um curso com 10 lições que mostram como plantar, cultivar e colher verduras e legumes de uma horta que você pode fazer em casa.
Reproduzido do Arquitetura Sustentável
"Nada melhor do que aprender a fazer as coisas com suas próprias mãos (e ferramentas). Se essa atividade ainda deixar sua vida e a de sua família mais saudável, fica ainda melhor. O pessoal da Borellistudio disponibilizou em seu canal no youtube um curso com 10 lições que mostram como plantar, cultivar e colher verduras e legumes de uma horta que você pode fazer em casa.
As hortas em espaços pequenos tem se tornado cada vez mais comuns e vem ganhando espaço nos grandes centros. A população está adotando hábitos mais sustentáveis e saudáveis e a tendência é aumentar. Cada aula, com duração de 30 minutos tira todas as suas dúvidas sobre como deixar sua vida mais saudável e sua casa mais verde de forma simples e prática. Tudo isso sem sair de casa!
Assista às aulas que estão disponibilizadas aqui mesmo no Arquitetura Sustentável e deixe seu curtir!"
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COMER CONSCIENTE
Novas redes, estranhas pessoas
As chamadas "Redes de Relacionamento" poderiam se chamar, mais adequadamente "Redes de Distanciamento", considerando o avançado nível de dispersão e indiferença com que seus usuários exploram as relações sociais nesses espaços virtuais.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Arte e Vida, duas pontas do mesmo existir
Tenho uma colega de trabalho que costuma dizer que a vida estraga, ou prejudica a arte. Tenho uma tese semelhante, mas um pouco mais complexa: a arte e a vida se confundem - por que a arte é a vida em representação e a vida é a arte de perseguir-se.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Papagaios em voos rasos
Ao transitar próximo a minha residência, noto os papagaios em árvores baixas. Mal sinal. Os João de Barro também andam se acumulando em árvores vulneráveis a ação de caçadores, que pegam aves para comercializar. Ontem mesmo vi um eucalipito sendo decepado por conta de uma poda irregular. Temo que a rica biodiversidade e aves que há por aqui seja comprometida em pouco tempo pela ignorância ou egoísmo (dá no mesmo). Os humanos tem dificuldade de conviver com a diferença, pelo menos sob a cultura hegemônica que vivemos.
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JÁ HAVIA ASSISTIDO VÁRIOS FILMES SOBRE O CHILE PRÉ E PÓS
ALLENDE, mas Machuca apresente o mundo de sombras que cercou aquele País nos
anos 70 de uma forma especialmente lírica e sutil: Pelo olhar da infância,
convida-nos a uma viagem de memórias e reencontros com nosso próprio passado
(?!). Um belo filme para compreendermos um pouco mais as contradições que ainda
vicejam nessa subjetividade de medo e covardia que sustenta o autoritarismo -
entre o Estado e os Indivíduos. Parabéns ao Comitê Latino Americano pela
iniciativa do filme-debate.
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terça-feira, 1 de outubro de 2013
Nascimentos
Nascer, já li em algum lugar, é mais do que vir ao mundo. Pode ser também uma descoberta ou re-descoberta de si, por meio de um caminho novo que se abre. Desconfio que esse momento anda passando em minha vida.
Por outro lado, é também confirmativo que morrer pode ser muitas variadas forma de inexistir, para além da questão física. Deixar de acreditar em sí, por exemplo, é um tipo de morte. Outra é optar por ignorar as possibilidades abertas em meio ao clima de sombra que nos circula.
Em ambos casos, viver ou morrer é um caminho de muitos interlocutores e ambiente, mas que cuja a decisão final depende estritamente do impulsionamento que CADA UM, pessoalmente, dá a sua existência. *******************************************************
"eles compartilham o desejo de permanecer no Brasil e de não trabalhar na costura.".
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ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS AO COLAPSO.
Por outro lado, é também confirmativo que morrer pode ser muitas variadas forma de inexistir, para além da questão física. Deixar de acreditar em sí, por exemplo, é um tipo de morte. Outra é optar por ignorar as possibilidades abertas em meio ao clima de sombra que nos circula.
Em ambos casos, viver ou morrer é um caminho de muitos interlocutores e ambiente, mas que cuja a decisão final depende estritamente do impulsionamento que CADA UM, pessoalmente, dá a sua existência. *******************************************************
"eles compartilham o desejo de permanecer no Brasil e de não trabalhar na costura.".
"A Pastoral do Imigrante estima que a população de bolivianos
em São Paulo esteja entre 50 e 200 mil habitantes (dado que não pode ser
comprovado porque muitos estão em situação irregular). A grande maioria
trabalha em oficinas de costura existentes em toda a cidade, mas que se
concentram em bairros centrais como Brás e Bom Retiro. A comunidade boliviana é
tida como a maior comunidade de latino-americanos residentes no Brasil. Em
2010, quando o Governo Lula concedeu anistia aos imigrantes ilegais do país, dos
42 mil pedidos de naturalização, mais de 17 mil eram de cidadãos bolivianos." - Trecho da reportagem "100% Boliviano, Mano", no Brasil de Fato.
ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS AO COLAPSO.
Foto e Texto da Carta Capital.
"Ao escrever, na semana passada, sobre o sistema chinês
de trens de alta velocidade, a correspondente do New York Times, Keith
Bradsher, não escondeu sua admiração. Apenas cinco anos depois de inaugurada,
relatou, a rede já tem quase dez mil quilômetros. Serve mais de cem cidades. O
número de passageiros transportados — 54 milhões por mês — já é duas vezes
maior que o de usuários dos aviões. As viagens são confortáveis, silenciosas,
extremamente pontuais. O serviço atrai tanto executivos quanto operários. O
preço das passagens não oscila ao sabor do mercado: políticas públicas
definiram que elas deveriam custar, desde o início, no máximo metade das
tarifas aéreas. Não sofreram reajustes, desde então. Como os salários
industriais duplicaram, o serviço tornou-se cada vez mais popular. Os trens
trafegam quase sem assentos vazios. Em Changsha, metrópole emergente no sudeste
do país, de onde a repórter escreveu, a estação já tem 16 plataformas, e está
sendo duplicada."
Leia a íntegra de "Crise global: a alternativa da China
e o que ela diz ao Brasil", novo texto de Antonio Martins para o OutrasPalavras.
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