quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Novas relações de poder e expressão

Entrevista da ex-colega Angélica Freitas à TPM, sobre seu livro O útero é do tamanho de um punho. Aqui.
********************************
Estive ontem a noite cobrindo a plenária de abertura da 1.ª Rodada do OP Canoas 2012, no bairro Rio Branco. O modelo da cidade é considerado referência no País pelo maior índice de participação entre os 320 municípios que o adotam. A matéria que fiz está disponível aqui.
*************************
Foto: Felipe Lause - SECOM/PMC
Quando participo de eventos como estes, onde está nos olhos das pessoas a confiança e entusiasmo com as decisões dos entes públicos, me convenço cada vez mais que democracia entre quatro e quatro anos - como propõe o modelo liberal está longe do que o País precisa. Essa moral cínica, que costuma criticar o totalitarismo em Cuba - que é um mantra na imprensa de longo alcance - ignora que aqui a maioria das pessoas votam e esquecem até mesmo do nome de quem votaram. Mas os modelos de democracia direta começam a me fazer acreditar em uma luz no fim do túnel.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sobre a impressionante raça humana em seu potencial de atentar contra a vida

Quando leio algo desse tipo, não posso deixar de me assustar com a racionalidade selvagem que domina a humanidade.
 
Médico que auxilia vitimas de estupro no Congo sofre tentativa de assassinato 

Do Sul 21 - Com informações da BBC

Denis Mukwege | Foto: Radio Okapi/WikiMedia Commons

Da Redação

Denis Mukwege, ginecologista congolês reconhecido por seu trabalho em auxílio a vítimas de estupro, foi atacado por atiradores desconhecidos nesta semana. Os quatro homens armados invadiram a residência de Mukwege e esperaram seu retorno, disse a PMU, uma organização sueca que trabalha com o Hospital Panzi, fundada pelo médico. Os invasores então atiraram, errando por pouco o alvo, e fugiram em um carro, abandonado logo depois.

Quando perguntado se havia se tornado alvo por causa de seu trabalho, o médico lembrou que seus algozes não pediram por dinheiro. Um dos guarda-costas de Mukwege foi atingido e morreu no ataque, ocorrido na cidade de Bukavu, Congo.

Grupos defensores dos direitos humanos acusaram grupos armados que operam no leste do congo de usarem o estupro como arma de guerra. Na semana passada, um hospital da região informou ter registrado 5 mil casos de estupro este ano. Em 2010, representante especial da ONU para assuntos de violência sexual em conflitos, Margot Wallstrom, disse que o Congo é “a capital do estupro no mundo”.

“Eles se revoltam quando denunciamos seus crimes”, disse o médico à BBC África. Numerosos grupos armados têm operado no leste congolês por quase 20 anos. A última disputa entre rivais aconteceu em abril e forçou 500 mil pessoas a deixarem seus lares.
 
CURTAS **********************

* Estive em Pelotas por esse fim de semana em atividade de apoio ao candidato Marroni, que não se elegeu, mas demonstrou força política e reconhecimento a sua gestão. A cidade, por outro lado, está precisando um choque mais estrutural de mudanças; veremos se Eduardo, o jovem tucano eleito terá competência e disposição de prosseguir isso.

* Quanto ao resto do País, descontando SP, a surpresa foi predominantemente negativa - com destaque para o retorno da dinastia ACM a prefeitura de Salvador.
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Olhares sobre a Vida e a cultura do Medo

Vendo esta imagem do pequeno de minha amiga Daniela Oliveira, desde Antônio Padro, não pude deixar de lembrar da minha infância e pensar que a vida é bem maior que certas ambições. É preciso mais reflexões sobre os efeitos que produzem na infância esses modelos de vida baseados no medo e na higienização, predominantes nas "Florestas de Concreto".


*********************************************
Retorno à classificação natural do ser humano como medida de controle do crime, propõe o tucanato... Paulistanos, livrar-se dessas ideias socialmente nocivas é mais que uma necessidade, uma contribuição à reafirmação do desenvolvimento civilizatório.

Ver: "Serra propõe parceria com antiga Febem para tratar alunos com “potencial criminoso”

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

No México, informar mata

Reproduzido de Carta Maior

Cidade Juarez - A noticia da semana passada na Província de Chihuahua, fronteira com os Estados Unidos, foi o assassinato do jornalista local Abel López. Poucos dias antes, o fato que dominou as manchetes locais tinha sido a morte “num tiroteio com militares da Marinha” de El Lazca, chefe dos Zetas, o cartel formado por desertores do exército e provavelmente o mais temido pelos repórteres. 

“Desde que começou o confronto aberto entre militares e narcotraficantes, e dos narcotraficantes entre si, há 6 anos, a guerra é nosso tema central, temos um quadro onde anotamos quantos mortos há por semana; é a estatística da ignomínia”, relata Rocio Gallego Rodríguez, jornalista do El Diario, de Cidade Juárez, o epicentro da violência em Chihuahua. “Os jornalistas foram acostumados a conviver com o risco, porque informar pode implicar a vida. E isso não ocorre somente nesta cidade, particularmente insegura, e em nosso estado, estou para te dizer que o pior é o quadro (no estado de) Tamaulipas, para fazer jornalismo sério, veraz, sem ceder à pressão dos traficantes, da política e dos militares; é uma profissão perigosa em todo o norte mexicano”. 

“E a população vive uma situação ambígua: por um lado as pessoas estão aterrorizadas e, por outro, foram se acostumando a sair de suas casas aceitando que podem morrer num tiroteio quando levam seus filhos para a escola ou vão ao supermercado”. 

Rocio Gallego Rodríguez me recebe em seu escritório da editoria do El Diario, um dos veículos mais assediados pelas máfias que dominam Chihuahua, por onde se envia boa parte da cocaína consumida no mercado estadunidense e por onde ingressam, via contrabando, fuzis e armas antiaéreas procedentes do Texas ou da Califórnia. 

Os Zetas e o Cartel de Sinaloa “estão combatendo pelo controle deste lugar estratégico que é Cidade Juárez. Na linha de frente há sicários terríveis, eles matam até por gosto de se exibirem e serem temidos, andam em suas super caminhonetes, vestindo roupas caras, escutam seus "narcocorridos". Ao redor de tudo isso há uma cultura com códigos. Você os vê e diz ‘aqui está um atirador’ ou atiradora, que também existem”. 

É certo que a presença do tráfico pode se sentir em cada canto de Cidade Juárez, onde brotam ilhas de prosperidade kitsch financiadas por narcodólares. A uma quadra da sede do El Diario, na Avenida Paseo del Triunfo de la Republica, encontra-se o Hospital público de vários andares que anos atrás era uma das tantas propriedades de um traficante ‘e as autoridades depois de expropriarem-na, optaram por instalar ali um centro médico para que o capo não pudesse recuperá-lo”, conta Adolfo Castro Giménez, da Comissão de Direitos Humanos de Chihuahua. 

No pequeno aeroporto de Cidade Juárez, cercado de colinas desérticas e sob custódia militar, as estantes de sua única loja de conveniência exibem livros como “México Narco”, “Cartel dos Sapos”, “Os Senhores do Narco”. 

Diego Osorio é oriundo de Monterrey, outra das capitais do norte devoradas pela barbárie, e autor de “A guerra dos Zetas”, um livro que, segundo revelou numa entrevista publicada ontem (20/10) “escrevi porque tinha muito medo e minha forma de controlar o meu medo é fazer jornalismo. A gente vive coisas espantosas...depois d uma matança que deixa 49 torsos humanos nos arredores de Monterrey eu não posso viver minha vida de maneira normal”. 

“O jornalismo é um jogo, mas nesta região é um jogo de vida ou morte, e a morte vem ganhando...creio que o jornalismo dessa região (norte) é mais nobre, porque não se rendeu”, sustenta Osorio. 

Rocio Gallego Rodríguez vai na mesma linha, quando observa que “aqui, seguimos lutando para poder escrever notícias da guerra, sabendo que não podemos nos expor em demasia: algumas histórias não são assinadas, algumas fotos tampouco publicam o nome do fotojornalista”. “Aprendemos que, quando te é feita uma ameaça, é coisa séria. Nesta redação temos dois companheiros assassinados: Armando Rodriguez, em novembro de 2008 e Luis Carlos Santiago Orozco, em setembro de 2010. Até agora os dois assassinatos seguem impunes. E outro companheiro, Carlos Sánchez, sobreviveu depois que o carro em que estava foi alvejado por dezenas de tiros”. 

Desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón, um conservador extremista, assumiu o poder, cedeu aos militares a segurança interna do país, nos moldes ditados por Washington. Foram assassinados, desde então, 67 jornalistas. Essa cifra chega a 95 assassinatos e 15 desaparecimentos, caso a contagem comece no ano 2000. Chihuahua e Tamaulipas com 13 mortos, cada uma em 12, são as províncias mais violentas. 

Rocio acaba de voltar de Chiapas, a província sulina que foi cenário do levante zapatista em 1994, onde participou de um encontro com outros jornalistas com experiência de cobertura de guerras. 

“Um dos temas que sempre analisamos com os colegas é como se deforma a informação, os enfrentamentos que não se publicam, as desaparições que ninguém registra, porque não são denunciadas. Há que se receber as estatísticas de vítimas desse conflito com desconfiança, porque as autoridades te ocultam e mentem, e este governo não é uma fonte confiável”. 

Mais: polícias e militares, cada vez mais corrompidos, frequentemente operam como informantes, quando não como matadores, a serviço dos cartéis. Por isso, “a última coisa que fazemos quando recebemos uma ameaça é dar parte às autoridades; fazer isso seria como dar um aviso aos narcos. Nossa forma de nos proteger é armando uma rede telefônica entre nós, e cuidarmos uns dos outros. Os narcos e, muitas vezes, a polícia, são nossa ameaça”. 

Tradução: Katarina Peixoto

sábado, 20 de outubro de 2012

A autonomia do indivíduo, questão coletiva

Ilustração:
http://www.filosoficamente.es/estimado-individualismo/

Ocorreu-me por esses dias, a respeito do necessário vínculo social do ser humano para se sentir existente, que o intenso e complexo curso de mudanças que se desenvolvem nos comportamentos humanos está enfatizando um novo paradigma sociológico: o do "indivíduo-estrutura". Ao longo da história da humanidade, as análises sociais tiveram como centro totalidades como "Deus", "Civilizações" e  "Estado" - em seus modos de ser e operar. A partir delas, mesmo a sociologia ainda se aprofundou limitadamente no que tange a esfera do ser individual. Precisamente essa dimensão da existência parece estar tendo agora uma transformação inovadora, determinada pela potencialização da tecnologia e da diversificação das identidades. E nesse novo cenário de “Sociedade Hipermoderna”, no conceito do filósofo Gilles Lipovetsky, que vejo como fértil para o desenvolvimento desse indivíduo-autônomo. Ao assistir ontem reportagem sobre o crescimento do número de pessoas que moram sozinhas no País - percebo que estamos formando uma geração cada vez mais dispersa e complexa para lidar em todos os sentidos. A educação, nesse cenário, precisa se transformar urgentemente. Da Família, já nem falo, pois é uma instância que sofre o pleno impacto disso há décadas. Mas no âmbito da escola, as políticas públicas têm que estar muito bem ajustadas a esse novo indivíduo. É parte do desafio de quem se propõe a atuar pelas coletividades.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Estudiantes de Chiapas se solidarizan con alumnos normalistas de Michoacàn


Aqui estão conceitos chaves para a construção de um modelo educativo moderno e de qualidade, o resto é academicismo e publicidade a serviço do Capitalismo.



“Toma de Facultad de Ciencias Sociales en SCLC, acción que dio inicio a las 7:00 a.m. y tendrá una duración de 13 horas con el objetivo evidenciar y denunciar la ...ola represiva de las autoridades federales, estatales y de las autoridades educativas hacia la organización estudiantil.”

San Cristóbal de Las Casas, Chiapas, a 18 de octubre de 2012.

A LOS MEDIOS DE COMUNICIACIÓN

A LOS DEFENSORES DE LOS DERECHOS HUMANOS

A LA COMUNIDAD UNIVERSITARIA

AL PUEBLO DE MÉXICO.

La represión a los movimientos populares en nuestro país se ha concretizado como respuesta del Estado Mexicano para acallar las distintas voces disidentes a las políticas neoliberales que aceleran el proceso de privatización de los bienes nacionales y de los servicios públicos, dentro de los cuales tenemos la educación.

El sexenio del gobierno pro-oligarca de Felipe Calderón Hinojosa se caracterizó por llevar a los poderes legislativos reformas que de facto golpean las conquistas de los trabajadores y que han beneficiado más a los intereses particulares y de grupos financieros nacionales y trasnacionales.

Una clara muestra es la reciente reforma laboral que anula todos los derechos conquistados por los trabajadores en décadas atrás, logros obtenidos por las luchas sindicales democráticas y de los trabajadores de los distintos sectores de la población. Reforma impuesta por quienes detentan el poder económico y político de nuestro país para someter y controlar por vías jurídicas a la clase trabajadora pero sin tocar siquiera los intereses de los líderes charros sindicales.

En el mismo sentido, las políticas neoliberales aplicadas a la Educación aceleran la privatización de la educación pública en nuestro país dejando en manos de la iniciativa privada el funcionamiento y control de la educación, pretendiendo deslindar al Estado mexicano de toda responsabilidad que le confiere de garantizar la educación pública, laica y gratuita.

El bajo presupuesto y el nulo interés de las autoridades federales y estales provocan que en muchas instituciones públicas se incrementen las cuotas de inscripción con el pretexto de no contar con suficiente presupuesto económico. En muchas de estas instituciones las condiciones en infraestructuras y académicas se encuentran en condiciones deplorables lo que no permite el desarrollo de una buena educación. Así también se recortan matriculas con el fin de reducir el ingreso de miles de jóvenes a la educación pública.

En este sentido, ante la represión contra los jóvenes “rechazados” que mantenían la huelga en la Universidad michoacana por exigir tener un cupo dentro de la universidad, el intento de desalojo que padecieron los estudiantes de la Universidad Autónoma de la Ciudad de México, el desalojo con armas de fuego por parte de los porros en contra de los estudiantes de la UABJO en Oaxaca. Todas estas represiones fueron encabezadas por grupos de porros que utilizaron a los estudiantes “inconformes” para confrontar y desalojar a quienes mantenían la huelga, utilizando el falso discurso de “querer tener clases” olvidando por completo que las huelgas y tomas de Universidades se dan por las condiciones deplorables que existe en cada una de las instituciones educativas. En estos actos se utilizó a estudiantes para desalojar a los paristas lo que provocó la intervención de la Seguridad pública estrategia planeada desde las autoridades educativas para disimular la violación de la Autonomía universitaria.

El desalojo que vivieron los estudiantes de las normales de Michoacán donde se utilizó la fuerza pública para agredir y detener a los estudiantes que mantenían su lucha al interior de sus escuelas. En este acto participaron miles de policías estatales, municipales y de las distintas coorporaciones policiacas, muchos de los cuales iban vestidos de civil; esta acción arrojó un saldo de centenares de heridos y alrededor de 200 detenidos entre padres de familia, estudiantes y menores de edad, así como la agresión y el hostigamiento de las que fueron objetos los comuneros de Cherán donde la policía incendió varios vehículos particulares.

Así también, la solidaridad con los estudiantes de la Universidad de Ciencias y Artes de Chiapas (UNICACH) que han venido levantando el movimiento estudiantil para exigir sus derechos.

Por estas razones y por toda la oleada de represión que estamos viviendo a nivel nacional estamos haciendo toma de esta Facultad de Ciencias Sociales, acción que dio inicio a las 7:00 a.m. y tendrá una duración de 13 horas con la cual tenemos como objetivo evidenciar y denunciar la ola represiva de las autoridades federales, estatales y de las autoridades educativas hacia la organización estudiantil.

Represión que se acrecentará con el reposicionamiento del PRI en el gobierno y con ello, la continuidad del paramilitarismo y de grupos de choque para agredir y desarticular la disidencia estudiantil donde claramente se observa la protección y promoción de los grupos de porros al interior de las instituciones educativas, quienes agreden y realizan actos policíacos de documentación y señalamiento de quienes participan en el movimiento estudiantil.

Hacemos un llamado a las organizaciones populares y democráticas, a las organizaciones sociales, a los centros de derechos humanos, al movimiento estudiantil en general y a todo el pueblo mexicano a manifestarse y solidarizarse para frenar esta oleada de represión que estamos padeciendo el conjunto del pueblo mexicano.

No permitamos más violencia y represión en contra de los luchadores sociales, ante esta represión todos a movilizarnos y no caer en el pesimismo, en la apatía y en el conformismo que sólo beneficia al Estado. A impulsar la organización estudiantil, a seguir luchando y consolidar la unidad de todo el pueblo mexicano.

ALTO A LA REPRESIÓN EN CONTRA DE LOS MOVIMIENTOS ESTUDIANTILES Y DE LAS LUCHAS POPULARES

ALTO A LA PRIVATIZACIÓN DE LA EDUCACIÓN

PRESENTACIÓN CON VIDA DE LOS DETENIDOS-DESAPARECIDOS POR CAUSAS POLÍTICAS Y SOCIALES

LIBERTAD A TODOS LOS PRESOS POLÍTICOS Y DE CONCIENCIA DE TODO EL PAÍS

POR UNA EDUCACIÓN GRATUITA, CIENTÍFICA, POPULAR Y LIBERTARIA

Núcleo Estudiantil en Resistencia y Rebeldía-FCS. Por la Otra Campaña

(Fuente: http://www.pozol.org/?p=7191 )

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Festival Internacional de Música Latinoamericana - "Sonhamos Latinoamerica"


Mais uma apoiada pelo resistente Comitê Latinoamericano.

En octubre, Uruguay es la sede de uno de los eventos más significativos de nuestras raíces.

 del 17 al 22 de octubre en Montevideo y Paysandú, artistas de Argentina, Bolivia, Colombia, Perú, Venezuela y Uruguay se dan cita en uno de los festivales que homenajea a la música latinoamericana: "Sonamos Latinoamérica".

Del 17 al 22 de octubre, "Sonamos Latinoamérica" se instala en Montevideo y Paysandú para dar protagonismo a la música regional. Desde el año 2006, este colectivo de músicos viene apostando a la generación de espacios de difusión y expresión del folclor con el desarrollo de charlas, talleres, conciertos, presentación de libros, clínicas, recitales didácticos, como parte de las actividades a desplegarse en cada localidad donde se instalan.

Las locaciones en Montevideo son: Sala Zitarrosa, Centro Cultural SACUDE, Sala Pedro Figari (UTU).

En el departamento de Paysandú: Sala Héctor Ferrari (Centro Universitario de Paysandú) y Club Casa Blanca (localidad de Casa Blanca).

Este festival ha sido declarado de interés cultural (MEC), turístico (MINTURD) y municipal (IMM). Cuenta con el apoyo de la Embajada de la República Argentina, Embajada de la República Bolivariana de Venezuela y del CETP- UTU.

PROGRAMACIÓN EN MONTEVIDEO: 
Miércoles 17:Sala Pedro Figari (UTU) Dirección: Gonzalo Ramírez 1675. ENTRADA LIBRE
 15 hs. Conferencia-taller: El cuatro y los géneros en la música venezolana. (Héctor Medina, Venezuela)
19 hs. Presentación del libro "De Curtina a La Haya" (Héctor Numa Moraes y Alfredo Escande, Uruguay)
 Jueves 18: Sala Pedro Figari (UTU) Dirección: Gonzalo Ramírez 1675. ENTRADA LIBRE
 15 hs. Conferencia-taller: La gran familia de los charangos (Oscar Gomítolo, Argentina)
19 hs. Conferencia-taller: Música Comunitaria Aymara (Paco Alanez, Bolivia)
Viernes 19: Sala Pedro Figari (UTU) Dirección: Gonzalo Ramírez 1675. ENTRADA LIBRE
 15 hs. Conferencia:La guitarra en la música criolla del Perú (Renzo Gil, Perú)
 Viernes 19: Sala Zitarrosa. ENTRADA POR INVITACIÓN
 14 hs. Concierto didáctico para alumnos de escuelas públicas: Oscar Gomítolo, Matías Marcipar y dúo Malosetti-Goldman
 Viernes 19: Sala Zitarrosa. ENTRADAS EN RED UTS
21 hs: Gran concierto de apertura:
Umbral, dúo de guitarras (Uruguay)
Oscar Gomítolo y Matías Marcipar (Argentina)
Renzo Gil (Perú)
Trío Nueva Colombia (Colombia)
Ensamble Guasak.4 (Venezuela) Sábado 20: Sala Zitarrosa. ENTRADAS EN RED UTS
 21 hs: Concierto gala del festival:
Héctor Numa Moraes (Uruguay)
Laura González Cabezudo (Uruguay)
Dúo Malosetti-Goldman (Argentina)
Trío de Ida y Vuelta (Colombia)
Las Voces Risueñas de Carayaca (Venezuela)
Domingo 21: Complejo Cultural SACUDE (Los Angeles 5340, Montevideo) Teléfono: 2226 0359 /2226 0149
ENTRADA LIBRE
 18 hs: Concierto Barrial: Renzo Gil (Perú), Las Voces Risueñas de Carayaca (Venezuela)

 PROGRAMACIÓN EN PAYSANDÚ: 
Los espectáculos en esta ciudad se reservan por los telèfonos: 091273175 / 47237546
 Quienes deseen presenciar los dos conciertos (Ciudad de Paysandú y Casa Blanca), contarán con un ómnibus a la salida del CUP que los trasladará de forma gratuita hasta Casa Blanca.
Viernes 19 Sala Héctor Ferrari del CUP  - ENTRADAS SOLAMENTE ANTICIPADAS en Leandro Gómez 1095, Paysandú.
20 hs: Concierto: Las Voces Risueñas de Carayaca (Venezuela)
Viernes 19 Club Casa Blanca, localidad de Casa Blanca, Paysandú. ENTRADAS SOLAMENTE ANTICIPADAS EN Leandro Gómez 1095, Paysandú. 
22 hs: Concierto: Trío de Ida y Vuelta (Colombia)
Sábado 20 Sala Héctor Ferrari del CUP  - ENTRADAS SOLAMENTE ANTICIPADAS en Leandro Gómez 1095, Paysandú.
20 hs:Concierto: Oscar Gomítolo y Matías Marcipar (Argentina), Trío Nueva Colombia (Colombia)
Sábado 20  Club Casa Blanca, localidad de Casa Blanca, Paysandú. ENTRADAS SOLAMENTE ANTICIPADAS EN Leandro Gómez 1095, Paysandú. 
22 hs: Concierto: Renzo Gil (Perú), Ensamble Guasak.4 (Venezuela)

Artistas que participan:
Argentina: Oscar Gomítolo y Matías Marcipar (charango y aerófonos) y Dúo Malosetti-Goldman (Premio Atahualpa 2011)
Colombia: Trío De ida y vuelta (ganadores del Festival Mono Núñez, Colombia 2011), Trío Nueva Colombia (con más de 25 años de trayectoria a nivel nacional e internacional)
Perú: Renzo Gil (música criolla del Perú)
Venezuela: Ensamble Guasak.4 y Las Voces Risueñas de Carayaca (declarados patrimonio cultural de Venezuela).
Uruguay: Héctor Numa Moraes (reconocido cantautor con más de 40 años de trayectoria), Laura González Cabezudo, y Dúo Umbral de guitarras.

Producción General: Laura González 
Prensa: Mariela Quiroga
cel.094048715
marielaq@adinet.com.uy
Montevideo - Uruguay

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pétalas de Vida

Uma flor necessária ao Planeta e à Natureza. (Do perfil Juventude Saudável).

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Globalização Milton Santos - O mundo global visto do lado de cá.



Plantar, uma forma de comunhão com a vida.


 
***************************************
Tendler mais uma vez nos brindando com produções de primeira, generosamente a disposição de uma causa. A dica é do perfil Espaço João Cândido (Face).

"O filme trata do processo de globalização com base no pensamento do geógrafo Milton Santos, que, por suas idéias e práticas, inspira o debate sobre a sociedade brasileira e a construção de um novo mundo.
Documentário do cineasta brasileiro Sílvio Tendler (Glauber - Labirinto do Brasil), que discute os problemas da globalização sob a perspectiva das periferias, seja o terceiro mundo, seja comunidades carentes. O filme é conduzido a partir de uma entrevista com o geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, gravada quatro meses antes de sua morte no ano de 2001.

Além das falas do próprio Milton Santos, o documentário conta com algumas outras entrevistas que contribuem com a discussão, levando o tema a questionamentos e afirmações cada vez mais lapidadas. Ainda, estão como narradores os atores Milton Gonçalves, Matheus Nachtergaele, Osmar Prado e Fernanda Montenegro.

Considerado um dos maiores pensadores brasileiros do século XX, Milton Santos não era contra a Globalização e sim contra o modelo de globalização perversa vigente no mundo, que ele chamava de globalitarismo. Analisando as contradições e os paradoxos deste modelo econômico e cultural, Milton enxergou a possibilidade de construção de uma outra realidade, mais justa e mais humana.

Encontro com Milton Santos é um dos documentários brasileiros mais premiados, ganhou no Festival de Cinema de Brasília (2006) como melhor filme pelo júri popular, no FestCine Goiânia 2007 como melhor roteiro e melhor montagem, no Cine'Eco 2007 - Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambientecomo melhor filme e no Festival Internacional de Documentários Santiago Álvarez in Memoriam (Cuba, 2008) como melhor filme também."


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CONSUMO DE CRIANÇAS - A comercialização da infância (2008) [ Leg Pt ] (CONSUMING KIDS)

Mais uma abordagem interessante sobre o mundo da infância e sua exploração comercial.




CONSUMING KIDS - The commercialization of childhood (EUA, 2008, 66min. Direção:Adriana Barbaro, Jeremy Earp)

CRÉDITOS:
Responsáveis pelo excelente documentário:
http://www.mediaed.org

Legendas: http://docverdade.blogspot.com
RRVISÕES E CORREÇÕES: Amhiro/ECOmantiqueira
_____________________
Assista também:
"A CORPORAÇÃO":
http://www.youtube.com/watch?v=vjNWusaRf14
___
Criança, a alma do negócio:
http://www.youtube.com/watch?v=ROS2U9cQJWQ
___
SURPLUS - Aterrorizado para consumir:
http://www.youtube.com/watch?v=XBgSS7ROi1c
___
Obsolescência programada:
http://www.youtube.com/watch?v=r3RTEknrabs

domingo, 14 de outubro de 2012

Um cinema especial em evidência

Assisti ontem estômago, para não variar, bem depois que foi lançado. Evito entrar nessa onda insana de ser o primeiro a ver um filme. A história é envolvente. Ainda que não fuja daquele lugar comum do nordestino que vem para o sudeste tentar a vida e tal, apresenta um "tempero" especial, ao inserir a questão da culinária entre o mundo da carceragem e do meretrício. Vale conferir; no youtube, tem completo. Aqui, o trailler:



************************************************************
Outra dica de cinema, esta para os cariocas e para os que lá andam.
Outras informações: http://www.encontrodecinemanegro.com.br/

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Em defesa da Alegria...


Dedico essa ao Movimento em Defesa Pública da Alegria..

Se amplia o movimento pela Alegria em Porto..


Existe várias maneiras de celebrar a infância, uma delas é refletir com / sobre o mundo infantil.



*********************************************************************
Mais um capítulo do grito da arte em um Porto que insiste em ser alegre contra a mercantilização do espaço urbano pelo medo, disfarçada no ícone do nobre animal tatu.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A dúvida, a memória e a resistência da Alegria

Uma dúvida é sempre uma forma de defesa, mesmo que possa relativamente nos atrasar. Já tive vários momentos de dúvida na vida, e me encontro em outros desses. Analisar e ter em conta todos aspectos possível antes de uma decisão segura é o mais acertado nessas horas. Mas o tempo, o implacável tempo nos ronda como um bicho-papão...

*****************************************************

E por falar em tempo, quem disse que ele deve ser motivo para o esquecimento... na Bolívia, pelo visto, não é.
 
Ordenan detener a militar que capturó al Che y planeó presunto complot contra Evo Morales  

teleSUR-EFE/kg – FC – Via Comitê Latino Americano (Face) 

Un juez boliviano ordenó este miércoles detener a cuatro personas acusadas de ser parte de un complot en 2009 contra el presidente de Bolivia, Evo Morales, entre ellas el general retirado Gary Prado Salmón, quien en 1967 capturó al líder revolucionario argentino-cubano, Ernesto Che Guevara. 

Sixto Fernández, juez que ordenó la detención, investiga la denuncia del presunto complot para asesinar a Morales en 2009. Un total de 39 personas han sido acusadas por sedición y terrorismo, incluidos el húngaro Elöd Tóaso y el croata-boliviano Mario Tadic, que fueron trasladados a la ciudad sureña de Tarija. 

Fernández declaró rebeldes ante la ley a Prado Salmón, a Lucio Añez, Adalberto Tórrez y Juan Carlos Santiesteban por no acudir a la audiencia del caso, que se reinstaló este martes en Tarija, informó Gary Prado Arauz, hijo y abogado del general retirado.  

Según los cuatro declarados en rebeldía, que residen en Santa Cruz (est e), no pudieron ir hacia Tarija por "motivos de salud", dijeron sus abogados. 

Asimismo, han alegado que el proceso debe continuar en Santa Cruz porque fue allí donde la policía hizo un operativo en abril de 2009 que desmanteló a un grupo terrorista, liderado por el húngaro-croata-boliviano Eduardo Rózsa. 

En esa operación policial murieron Rózsa, el rumano Magyarosi Arpak y el irlandés Dwayer Michael Martin, mientras que Tóásó y Tadic fueron detenidos y recluidos en prisión en La Paz (oeste). 

La audiencia se reanudará este 11 de octubre y los abogados defensores insistirán en que el juicio se traslade a Santa Cruz. 

El proceso no logró avanzar porque cada vez que se instala la primera audiencia se producen debates sobre donde debe seguir. Ya se han realizado en La Paz, Cochabamba (centro) y Tarija. 

La orden de captura de este miércoles coincide con los 45 años de la muerte del Che en una escuela del caserío de La Higuera, en Santa Cruz, un día después de haber sido detenido por Prado Salmón, ahora juzgado por el presunto complot contra el mandatario boliviano.  

Prado Salmón está lisiado desde 1981 y en silla de ruedas por un disparo supuestamente accidental de otro oficial en medio de una operación. Desde 2009, no puede salir de Bolivia y está en arresto domiciliario, aunque se le permite dar clases en la universidad.

********************************************************
Mais um movimento pela Alegria em Porto Alegre, apesar deles...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sementes, é o que somos e deixamos

Sementes de um País que se transforma por dentro e por fora. Concordo com a análise do jornalista Leandro Fortes, Lula reestabeleceu nesse País as bases republicanas que permitiram a maior transparência e controle social para que a população enxergasse o que se decide e como se decidem as coisas no poder público oficial. E por isso também pagou um preço.

A DIREITA QUE RI

Por Leandro Fortes

Tenho acompanhado nas redes sociais, desde cedo, e sem surpresa alguma, o êxtase subliterário de toda essa gente de direita que comemora a condenação de José Dirceu como um grande passo civilizatório da sociedade e do Judiciário brasileiro. Em muitos casos, essa exaltação beira a histeria ideológica, em outros, nada mais é do que uma possibilidade pessoal, física e moral, de se v
ingar desses tantos anos de ostracismo político imposto pelas sucessivas administrações do PT em nível federal. Não ganharam nada, não têm nada a comemorar, na verdade, mas se satisfazem com a desgraça do inimigo, tanto e de tal forma que nem percebem que todas essas graças vieram – só podiam vir – do mesmo sistema político que abominam, rejeitam e, por extensão, pretendem extinguir.

José Dirceu, como os demais condenados, foi tragado por uma circunstância criada exclusivamente pelo PT, a partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, data de reinauguração do Brasil como nação e república, propriamente dita. Uma das primeiras decisões de Lula foi a de dar caráter republicano à Polícia Federal, depois de anos nos quais a corporação, sobretudo durante o governo Fernando Henrique Cardoso, esteve reduzida ao papel de milícia de governo. Foi esta Polícia Federal, prestigiada e profissionalizada, que investigou o dito mensalão do PT.

Responsável pela denúncia na Procuradoria Geral da República, o ex-procurador-geral Antonio Fernando de Souza jamais teria chegado ao cargo no governo FHC. Foi Lula, do PT, que decidiu respeitar a vontade da maioria dos integrantes do Ministério Público Federal – cada vez mais uma tropa da elite branca e conservadora do País – e nomear o primeiro da lista montada pelos pares, em eleições internas. Na vez dos tucanos, por oito anos, FHC manteve na PGR o procurador Geraldo Brindeiro, de triste memória, eternizado pela alcunha de “engavetador-geral” por ter se submetido à missão humilhante e subalterna de arquivar toda e qualquer investigação que tocasse nas franjas do Executivo, a seu tempo. Aí incluída a compra de votos no Congresso Nacional, em 1998, para a reeleição de Fernando Henrique. Se hoje o procurador-geral Roberto Gurgel passeia em pesada desenvoltura pela mídia, a esbanjar trejeitos e opiniões temerárias, o faz por causa da mesma circunstância de Antonio Fernando. Gurgel, assim como seu antecessor, foi tutelado por uma política republicana do PT.

Dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, seis foram indicados por Lula, dois por Dilma Rousseff. A condenação de José Dirceu e demais acusados emanou da maioria destes ministros. Lula poderia, mas não quis, ter feito do STF um aparelho petista de alto nível, imensamente manipulável e pronto para absolver qualquer um ligado à máquina do partido. Podia, como FHC, ter deixado ao País uma triste herança como a da nomeação de Gilmar Mendes. Mas não fez. Indicou, por um misto de retidão e ingenuidade, os algozes de seus companheiros. Joaquim Barbosa, o irascível relator do mensalão, o “menino pobre que mudou o Brasil”, não teria chegado a lugar nenhum, muito menos, alegremente, à capa de um panfleto de subjornalismo de extrema-direita, se não fosse Lula, o único e verdadeiro menino pobre que mudou a realidade brasileira.

O fato é que José Dirceu foi condenado sem provas. Por isso, ao invés de ficar cacarejando ódio e ressentimento nas redes sociais, a direita nacional deveria projetar minimamente para o futuro as consequências dessas jurisprudências de ocasião. Jurisprudências nascidas neste Supremo visivelmente refém da opinião publicada por uma mídia tão velha quanto ultrapassada. Toda essa ladainha sobre a teoria do domínio do fato e de sentenças baseadas em impressões pessoais tende a se voltar, inexoravelmente, contra o Estado de Direito e as garantias individuais de todos os brasileiros. É esperar para ver.

As comemorações pela desgraça de Dirceu podem elevar umas tantas alminhas caricatas ao paraíso provisório da mesquinharia política. Mas vem aí o mensalão mineiro, do PSDB, origem de todo o mal, embora, assim como o mensalão do PT, não tenha sido mensalão algum, mas um esquema bandido de financiamento de campanha e distribuição de sobras.

Eu quero só ver se esse clima de festim diabólico vai ser mantido quando for a vez do inefável Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do PSDB, subir a esse patíbulo de novas jurisprudências montado apenas para agradar a audiência.


******************************************
E por falar em sementes...

Mais um ano chegando ao fim, alguns projetos concretizados, outros não, e aquela ansiedade por se liberar mais das atividades rotineiras ou obrigatórias para se dedicar ao que vale a pena de verdade. Uma delas, no meu caso é plantar. Atualmente, o espaço onde resido impede cultivar muito, mas já tenho planos para, em breve, ocupá-lo com alguma produção. Assim, esse projeto veiculado na revista do AS-PTA está bem de acordo com essa perspectiva. A ideia de morar distante, em uma comunidade alternativa, é sempre atraente aos sonhadores; mas precisamos ter em conta que a atualidade aponta para a necessidade de a maioria da população mundial ter que viver nas cidades urbanizadas. Por motivos de sobrevivência e outras necessidade, esse é o destino que se impõe. Então, se ajeitar por aqui mesmo, em uma vida saudável e e feliz, na medida do possível, parece ser o caminho mais convincente.


Saiba mais sobre esse programa aqui.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sakamoto: Que tal processar Tufão pela Lei Maria da Penha?

Detalhes Publicado em Terça, 09 Outubro 2012 17:02 

Leonardo Sakamoto
 
Eu era viciado em novelas – na época de Vamp... Hoje, prefiro dedicar a parte livre do meu tempo a reprises de House (que Deus o tenha), Big Bang Theory (nerd, eu?) ou Newsroom (sublime). Ontem, por acidente, acabei assistindo a um capítulo de Avenida Brasil, logo no momento em que o mocinho da novela sentava a mão na cara de Carminha – a megera. Desde então, protestos ganharam as redes sociais por conta da força simbólica de um homem traído agredir a sua companheira. 

Muitos telespectadores sentiram-se vingados com a vilã levando uns tabefes. Compadeciam-se de Tufão e acharam que a personagem de Adriana Esteves recebeu o que merecia. Mas o que passa pela cabeça do sujeito em casa, que cresceu em uma sociedade machista como a nossa, quando vê um dos heróis da trama empregando violência doméstica? Provavelmente, vê reafirmado o mesmo modelo de comportamento que conhece desde que era um mancebo e que vem sendo questionado pela sociedade a conta-gotas. Se o Murilo Benício, que é o cara, pode, por que eu não? 

Se fosse o vilão seria diferente? Em parte, sim, porque isso seria visto como uma ação ruim. Sei que a vida não é preto no branco – há muitos tons de cinza no meio do caminho. Mas esses folhetins televisivos são produzidos simplificando relações humanas, construindo um lado para que possamos torcer, acolher e nos identificar. 

Algumas pessoas vão afirmar que uma novela pode até ser baseada em situações da vida real, mas é uma peça de ficção, com a arte alimentando-se da vida. Sabemos, contudo, que o processo não é de mão única, mas circular. A arte também serve para organizar a vida, reafirmando elementos simbólicos, ensinando padrões de comportamento e estruturando o dia a dia. 

Esse sentimento de vingança que deve ter tomado parte dos telespectadores é semelhante – guardadas as devidas proporções – às cenas finais de Dogville, de Lars von Trier. Quando a personagem de Nicole Kidman comanda o massacre na pequena cidade que a humilhou, escravizou e estuprou durante todo o filme, matando homens, mulheres e crianças com requintes de crueldade, não foram poucas as pessoas no cinema que sentiram um calor percorrer o seu corpo. Acreditavam que era o sentimento de Justiça. Porém, pouco tempo depois, surgia, no lugar, um calafrio de vergonha ao perceber que não era Justiça, mas vingança em seu estado mais selvagem que as possuíra minutos antes. Com isso, o diretor conseguiu mostrar o quanto a parte mais bizarra de nossa programação ainda age em nós e como é longo o caminho para domá-la e desligá-la. Não individualmente, mas como coletivo, como sociedade. 

Somos programados, desde pequenos, para que homens sejam agressivos. Ganhamos armas de brinquedo, espadas, luvas de boxe. Raramente a nós é dado o direito de que consideremos normal oferecer carinho e afeto para outro amigo em público. Ou de chorar e se fechar diante da tristeza. Manifestar nossos sentimentos é coisa de mulherzinha. Ou, pior, de "bicha". De quem está fora do seu papel. Lavar a honra com sangue ou com porrada, pode. Bater em "vadia" pode. Em "bicha" pode. Em "maconheiro" pode. Em "mendigo" pode. E por que não em índio? Em vagabundo. Em sem-terra. Em sem-teto. 

As pessoas envolvidas em casos de violência contra mulheres colocam em prática o que devem ter ouvido a vida inteira: quem não se enquadra em um padrão moral que nos foi empurrado – e que não obedece à hegemonia masculina, heterossexual e cristã – é a corja da sociedade e age para corromper o nosso modo de vida e tornar a existência dos "cidadãos de bem" um inferno. Seres que nos ameaçam com sua liberdade, que não se encaixa nos padrões estabelecidos pelos "homens de bem". 

Quando uma mulher tem uma relação extraconjugal, o coletivo não a agride por ter rompido unilateralmente um acordo interno do casal, mas por ter desrespeitado uma regra social que todas as outras pessoas estão obrigadas a obedecer. Quem é ela para achar que pode ser melhor do que os outros? 

Uma amiga pediu a aplicação da Lei Maria da Penha para o Tufão. Em 1983, o ex-marido de Maria da Penha – o covarde Marco Antônio Herredia Viveiros – atirou nas costas da esposa e depois tentou eletrocutá-la. Não conseguiu matá-la, mas a deixou paraplégica. Muitos anos de impunidade depois, ele pegou seis anos de prisão, mas ficou pouco tempo atrás das grades. A sua busca por justiça tornou-a símbolo da luta contra a violência doméstica. E, em agosto de 2006, foi sancionada a lei 11.340, a Lei Maria da Penha, para combater crimes dessa natureza. O STF, posteriormente, ampliou as possibilidades da lei, afirmando que é desnecessária a denúncia da agredida para que o processo seja aberto. 

A caminhada que a lei teve que percorrer até aqui é dura e ingrata. Lembro de um juiz de Sete Lagoas (MG) que rejeitou uma série de pedidos de medidas, baseadas na Lei Maria da Penha, contra homens que agrediram e ameaçaram suas parceiras. Edilson Rodrigues afirmou em suas sentenças: "Para não se ver eventualmente envolvido nas armadilhas dessa lei absurda, o homem terá de se manter tolo, mole, no sentido de se ver na contingência de ter de ceder facilmente às pressões." E ainda: "A vingar esse conjunto de regras diabólicas, a família estará em perigo, como inclusive já está: desfacelada, os filhos sem regras, porque sem pais; o homem subjugado". 

Ainda bem que as decisões do Supremo sobre a interpretação da Constituição Federal visando à garantia de direitos humanos não são tomadas com base em pesquisas de opinião ou para onde sopra a opinião pública em determinado momento. Principalmente em finais de novela. 

Em uma sociedade que canta um "tapinha não dói" e se sente vingada quando alguém que teve uma relação extraconjugal apanha em rede nacional, a Lei Maria da Penha é uma lufada de ar fresco. Mais do que apenas punição, é didática. Mas, como já disse aqui, deixou uma manada de babacas irritadíssimos com uma suposta "interferência do Estado na vida privada". Afinal de contas, quem vocês pensam que são? Eu bato na minha mulher/filha/mãe/irmã na hora que quiser e com o objeto que quiser! 

A esses, o meu desprezo. Bem como ao mocinho (sic) da novela. 

Pela Vida, a Memória e a Alegria

Para os nortistas..


***********************************************
Uma homenagem.



****************************************************

E Porto Alegre não desiste de sorrir...


Quinta-feira, 18h, na Esquina Democrática. Outras informações, no Face.

Pela dignidade humana! Nossos corpos não são de plástico e nossa luta é com amor e indignação!

Nossa alegria não se cala frente as violações dos direitos humanos: privatização dos espaços públicos, remoções das comunidades pela copa 2014, violência do estado BM.

A ALEGRIA DOS NOSSOS CORPOS SEM VIOLAÇÕES.

ATIVIDADES ARTÍSTICAS ATÉ AGORA:
Cartazes
Fotos
Escracho: missa de 7 dia
Malabares
Músicas
Batucada
Alegria...

Venham de Preto, tragam velas, incensos, defumadores, flores, espadas de São Jorge, alegria, amor e rebeldia. Tragam brinquedos e livros para doações.

O ato que Porto Alegre não viu na TV:

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Contradições de um certo Jornalismo


O showrnalismo raivoso, preferido da elite pseudo-esclarecida do País, se contradiz até quando quer posar de democratico-racial.
 
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sobre balões super-protegidos, nostalgia e uma linda imagem

Sobre o balão da Coca-Cola furado no Largo Glênio Peres, coração do Centro Velho de Porto Alegre - história bem retratada no Sul 21 - e considerando o dia 12 que se aproxima, vale a pena lembrar a questão da publicidade Coca Cola e a infância, na reportagem No Reino Unido, especialistas criticam patrocínio da Olimpíada por McDonald’s e Coca-Cola.

*******************************************
 PQP! Essa foto do perfil Coisa Velha me fez viajar 30 anos atrás. Medo e Nostalgia. Isso até hoje me dá medo, esse cheiro de álcooll nos anos 70... talvez foi o que me afastou de beber. rs.



**********************************************
Do perfil do Uceff Faculdades (Face).