terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dias estranhos e apurados

Uma manhã fria novamente. E tarefas importantes a fazer, tempo curto como sempre. Mas vamos driblando. O que tem que ser, será, com as condições, as energias e o empenho dado.


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Mais um texto explosivo do furacão Sebastião Pinheiro.

Texto e foto reproduzido do perfil da Fundação Juquira Candiru, onde podem ser conferidos outros.


“TROCA-TROCA OU ESBULHO DE SEMENTES?
O momento é pródigo, permitam o prolegômenos. Há quinze anos FHC (que disse 03/X/94 “esqueçam tudo o que escrevi”. Essa expressão no original francês de 1845 “obubliez tout ce que j’écrit” é encontrável no Le Correspondant: religion-- philosophie-- politique-- histoire ..., Volume 11 atribuída à J. Drapier, Albert Léon Théophile Isnard de 1845.). FHC foi reeleito e a grande maioria depositou fé que seria o último governo da arcaica elite brasileira, nostálgica dos rapapés, cortesãs, alcoviteiros e corte do Império; ledo engano.

Tivemos oito anos de Lula e já estamos concluindo o atual. A constatação é que FHC está rebaixado à antepenúltimo, por enquanto, mas sejamos otimistas e inteligentes, não aceitemos a discussão induzida, pontual e periférica da Nova Ordem Mundial, que se alimenta de nossas informações, ações, estratégias e percepções para seu crescimento e desenvolvimento. Vejamos:

- Desde as “Diretas Já”, todos os presidentes engoliram seus discursos obrigados pelo sistema financeiro internacional e executaram suas ações ao pé da letra. E não será diferente com os próximos e isso não fica restrito ao Brasil ou América Latina. Por favor, leiam o “America 2050 Rockefeller Foundation Report” escrito à época do “obubliez tout ce que j’écrit” nacional e se verá porque há poderosas regiões metropolitanas em todos os países do mundo com um massacre cotidiano, a caminho de um genocídio.

- No pago, desde as lições de Sepé Tiaraju, Saint Hilaire, Balduino Rambo e Roessler o patrimônio natural foi construído como sujeito em uma consciência, muito além da crença ou ideologia. Na Nova Ordem vemos as mesmas bandeiras, campanhas, estratégias e até mesmo organizações e pessoas (mesmas) serem usadas, agora, como objeto de mercado e consumo, em nome de uma “economia sustentável”, sem qualquer questionamento, interrogação ou percepção sobre a transmutação. Uma visita a “Obras Completas I e II” de Ivan Illich é necessária; uma atualização sobre o seu desaparecimento, totalmente isolado permitirá entender o porquê de sua proscrição no “La vaca sagrada”.

É impossível avançar, chegar às sementes e entender a atualidade sem a leitura de “Admirável Mundo Novo” de Aldous Leonard Huxley (não me envergonho de fazê-lo pela terceira vez). Lembrem ali são sementes humanas e com igual “valor” que as atuais das grandes corporações.

Conheci, estudei e lutei contra a ideologia por trás dessas sementes nascida de Justus Von Liebig em 1842 e consolidada no cultivo industrial da banana do Grupo Rockefeller na América Central, do Sul e África; Ampliada pelo dono da Pioneer, então vice-presidente dos EUA, Henry Agard Wallace em 1930 para o México, onde o patrimônio de sementes nacionais e camponesas foi totalmente destruído, servindo para o trampolim da Revolução Verde. No Brasil, o monopólio pertencia ao Estado de São Paulo, mas o AGIPLAN foi criada e muitos funcionários do Ministério da Agricultura foram levados aos EUA para aprender a produzir sementes de transnacionais. Nenhum deles sabia que na cidade de Encruzilhada do Sul foi criada em 1938 a Primeira Estação Experimental para a produção de sementes forrageiras, complementação às sementes de trigo criadas para solos ácidos, lateríticos por Iwar Beckmann, Azzi e Papadakis. É triste, mas a grande maioria dos agrônomos não os conhecem. A primeira campanha contra o projeto de lei de proteção aos cultivares de Alysson Paulinelli (Geisel) foi detonado em plena ditadura com astúcia, habilidade e estratégia. Ele era o mesmo que tramitava na Argentina, apenas traduzido....

Na revolucionária Nicarágua testemunhei o troca-troca: O agricultor entregava um quilo da sua semente nativa e recebia dez quilos de sementes compradas à Reagan e o governo se dizia marxista, leninista e pior, “revolucionário”. O mesmo aconteceu na Guatemala com um governo de direita e no México. Qual é a novidade que está ocorrendo, agora no Brasil, que possui Lei de Proteção aos Cultivares?

Aqui a indução não é diferente. Há uma bela foto da “Comissão de Conservação do Solo” reunida com o Secretário Jardim (J.Soares) formalizando uma Cooperativa de Plantio Direto. É estratégia do inimigo agir como o câncer enganando o corpo nutrindo-se de suas forças. A resposta é negar-lhe alimento e levá-lo à inanição.

Eles escondem que trocar sementes camponesas pela deles é mais que estelionato, pois as sementes camponesas tem genes e ambiente em equilíbrio que gera o proteoma, que as das empresas não têm. E que hoje os agricultores norte-americanos, australianos e alguns argentinos já percebem o golpe que lhes aplicaram para roubar o genoma paara vender fertilizantes e agrotóxicos, e agora genes para roubar o proteoma. Consultem um biólogo molecular honesto com noção de evolução tecnológica que ele avalizará o raciocínio.

Muito dinheiro das campanhas contra agrotóxicos, transgênicos, segurança alimentar, agroecologia foram formatadas pelos Think Tanker da Rockefeller Foundation, Bill & M. Gattes Foundation e são generosamente doados pelas grandes corporações transnacionais (se inclui igrejas cristãs), mas, antes, passa pelos governos seus escudeiros e executores. Kofi Annan, ex-Secretario Geral das Nações Unidas é o homem forte (garoto de recados) da Aliança para a Revolução Verde na África de Rockefeller, Rotschield, Gates, Ford, Kellogs, Sazakawa e Bancos Suíços.


Minha gente, acorde! A questão de fundo não é sementes, agrotóxicos, soberania alimentar, solidariedade, sustentabilidade, voluntariado e outros apelidos do desenvolvimento e evolução do sistema bancário-financeiro. A questão posta é Eugenia Mercantil e isso aumenta a violência em todos os sentidos. Em veneto se diz: “Dimenticate tutto quello che ho detto”.



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7 feiras orgânicas onde você enche a dispensa com menos de R$ 50. Veja aqui.

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* Perturbante essa história de insubordinação do diplomata brasileiro em La Paz, e a denúncia de uma suposta articulação para retirar o senador oposicionista da Bolívia. É bem fato que constatei quando estive naquele País que o Paraíso das liberdades não bem a ele se ajusta. Todavia, em termos de hierarquia, é perturbador que tenham passado a perna na Dilma. 

* Assustador também me é essa história de sequestros e torturas em Recife. Se o governo não se mexer, realmente, fica difícil combater a denúncia de que tem desconhecimento do que ocorre.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Outro dia, outras emoções

Dia amanhece chuvoso hoje, mas já melhorei do breve mau-estar. Coisas de gula, já resolvido. O turbilhão de trabalho na segunda-feira às vezes nos deixa apreensivos no domingo. Na realidade, tudo é uma questão de controle. O dia vai passar, e o tempo não muda. Dentro da gente, portanto, tem que haver permanentemente aquela Paz: mais que necessária, indispensável para perseguir a felicidade.

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50 filmes para conhecer criticamente a História

Reproduzido do Outras Palavras


– 26 DE AGOSTO DE 2013
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Em produções memoráveis, cinema focou grandes conflitos sociais e humanos e como resultaram ou em libertação, ou em tragédia

Por Guilherme Antunes, em Cinetoscópio

Olá galera, preparei uma lista com alguns filmes para quem adora História. Um filme quando vai abordar algum contexto histórico ele utiliza recursos pedagógicos para uma maior aproximação, entretanto, é válido lembar das vinculações ideológicas em determinadas obras. Por vezes, um filme tem mais a dizer sobre o momento em que foi produzido do que a época que pretende retratar. Confira aqui.

domingo, 25 de agosto de 2013

Debilidades e reflexões

Dia de certo mal-estar, por algumas misturas indevidas, talvez. Nada que um chá de marcelha e um sono mais longo deixe de resolver. Impressionante, nessas condições, como notamos a velocidade do tempo de forma mais sensível. Amanhã eu creio que amanhã estarei mais forte. Mas me fez pensar também sobre a questão da alimentação. A gente persegue uma alimentação saudável, por meio de vegetais, mas as dificuldades parecem se ampliar por aí. Senão, vejamos: Onde encontramos alimentos da natureza sem agrotóxicos, a não ser em feiras ecológicas e restaurantes - sempre caros e distantes da maioria da população?

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Reproduzido do Juventude Sustentável (Face)


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"Hoje a situação dos agrotóxicos não está somente consolidada, está blindada pela OMC (Agronegócios), o hipopótamos submergiu e se sabe menos de toxicologia que em 1970, inclusive o governo. Na mídia como na ciência qualquer informação contra agrotóxicos perde a conta de publicidade ou bolsas de pesquisas. Hoje o agronegócio transforma induz e manipula agricultores, que vêem a preocupação ambiental como coisa de perdedores e concentrar a posse da terra é tudo o que interessa." - por Sebastiao Pinheiro, autor de A máfia dos alimentos no Brasil, Ladrões de Natureza, entre outras publicações.




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Grão de bico..

Reproduzido de Receitas Veganas, via Mylene Bachega Gomes Geron

Intestino preguiçoso? Grão de Bico nele: Cada 100g de grão-de-bico contém 6g de fibras, sendo em sua maioria fibras solúveis, ajuda o organismo a eliminar açúcares, gorduras e colesterol. O Homus é uma gostosura. Usei 250 g de Grão de Bico de molho por uns 30 minutos c agua morna, cozinhei por 20 min em pressão. Bati no liquidificador anda quente com um pouco da água do cozimento ( o suficiente para fazer a hélice girar) se por mt agua fica mole. 2 alhos, sal a gosto e fio de azeite. Depois de batido espremi 1 limão e usei 2 colheres de tahine. Misturar bem e decorar com fio de azeite e salsinha. Servir com pão ou acompanha as refeições. Bom, bom demais.


sábado, 24 de agosto de 2013

Dias assim, frio só na previsão do rádio

Tem dias que acordamos criativos e dispostos e ser melhores humanos. Esses são os melhores dias. E esse é o espírito a ser cultivado.

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Sobre o humor e outros demônios, belo texto de Alex Castro, completo no papo de homem.

"É muito mais difícil fazer humor sem usar esses estereótipos que confirmam e fortalecem as culturas assassinas do nosso país: a homofobia, o machismo, o racismo. Será que vocês conseguem? Será que conseguem, ao mesmo tempo, ser engraçados e não ser cúmplice dos assassinatos de mulheres, negros homossexuais. Sei que não é fácil. Se fosse fácil, eu não estaria pedindo. Se fosse fácil, eu não estaria propondo o desafio."


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Palavras em ação e omissão

Tem vezes que conseguimos adiar as coisas, tem vezes, que se a decisão e a ação deixam de se juntar, somos levados por forças completamente adversas o que queremos em nosso íntimo.

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os loucos, os normais e os outros

Me ocorreu hoje que vivemos em uma sociedade tão explicitamente doente - ainda que sob as mais diversas máscaras - que apontar com tranquilidade os sintomas dessa doença nos leva, pela maioria dos indivíduos, ao rótulos de doentes. O mais curioso é como se ludibria o argumento do "interesse público" junto a Mídia para justificar procedimentos de interesse midiático. O caso do repórter gaúcho que em uma situação de socorro a um doente optou por ficar se dedicando a cobertura matéria de falta de Samu é motivo de reflexão. O mais interessante é a repercussão sempre unilateral que é dada a casos desse tipo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Diferenças necessárias

Temos mesmo brigas de gigantes no qual, por vezes, os debaixo se beneficiam; é fato que isso é raro, que o mais comum é até mesmo os debaixo se ajustar a um clima ou padrão para curtir as benesses dos de cima - temos muitos capitães do mato por aí. Mas, vez por outra, ocorre uma guerra de inconformidades, movidas por interesses próprios, que por tabela, os mais oprimidos se beneficiam.
Acho mais que salutar, construtivo, quando setores da sociedade civil se mobilizam junto ao Estado para disputar, sobre prismas diferentes, demandas que lhe dizem respeito. O caso do ato médico, por exemplo, que a sociedade beneficiada pouca noção tem, de um modo geral, o que efetivamente muda na vida de cada um que depende do SUS, é um caso que merece debate, particularmente entre os pares.

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Como fazer leite vegetal



Artigo por Márcia Gonçalves em 02/07/2012 , na(s) categoria(s) Geral

Reproduzido do Menu Vegano

Leite de amêndoas, nozes, avelãs, sementes de abóbora, etc. Confira as alternativas!

Existem já no mercado alguns tipos de leite vegetal, sendo os mais populares o de soja, arroz, e aveia. Os leites feitos a partir de frutos secos (oleaginosas) estão a começar a ganhar alguns adeptos, e em Portugal já é possível encontrar nas lojas de produtos naturais o leite de amêndoa. Na minha opinião, este leite é um bocadinho caro comparado com os citados acima, mas eu acredito que se for feito em casa, está disponível para a população em geral. 

O leite feito a partir de oleaginosas é ideal para aqueles que querem deixar o leite animal, pois não contém gorduras saturadas nem colesterol, muito pelo contrário, têm elevados níveis de vitamina E e gorduras insaturadas. Também não contém lactose (açúcar do leite animal), nem caseína (uma proteína do leite animal), e também é aconselhado para aqueles que têm alergia à soja, só não é recomendado para quem sofre de alergia aos frutos secos.

Prosseguindo com a análise nutricional, a maioria das oleaginosas são ricas em minerais como o selénio (desempenha um papel importante na produção de antioxidantes, no sistema imunitário e na regulação da tiróide), manganês, magnésio, zinco, potássio, fósforo e cálcio, as concentrações variam consoante o tipo de semente ou fruto seco. Para além disto, o consumo frequente e moderado de oleaginosas está associado à redução do colesterol LDL e triglicerídeos e aumentando o HDL (bom colesterol), contribuindo desta forma para a prevenção do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

A melhor parte é que esta bebida natural pode ser feita em casa sem esforço nenhum e como é caseira não tem aditivos alimentares nem conservantes, mas deve ser armazenada no frigorífico para garantir a sua frescura, durante 3 a 4 dias.

Como fazer leite vegetal

Agora passo a explicar como é que se faz cerca de 1L de leite de oleaginosas.

Pode escolher qualquer um destes tipos de frutos secos: amêndoas, nozes, avelãs, cajus, macadamias, nozes do brazil, sementes de abóbora, de sésamo, cânhamo e girassol. O leite da fotografia é uma mistura de avelãs e amêndoas, o meu preferido. :)

1º – Demolhar os frutos secos (cerca de uma chávena*)

Assim como já expliquei no artigo sobre as leguminosas, quando comemos os frutos secos, também estamos a comer os inibidores das enzimas que levam à germinação dos mesmos frutos. Estes inibidores vão afectar a forma como digerimos os alimentos, pois vão influenciar a própria actividade enzimática na digestão, não permitindo que os alimentos sejam completamente degradados e por isso vão impedir a absorção de minerais e vitaminas. Por estas razões é importante demolhar os frutos secos, para estimular o processo de germinação nas oleaginosas, e o fruto ou semente desprender os nutrientes “para formar uma nova planta” (teoricamente, porque como só vão estar de molho algumas horas, apenas vão aumentar de tamanho). Para este processo ser iniciado, as oleaginosas devem estar demolho no mínimo entre 4 a 8h dependendo do tipo de fruto, cobertas com água pura.

2º  - Retire a pele às oleaginosas (opcional)

Este passo é completamente opcional, pois depende se vão utilizar a polpa remanescente. Mas habitualmente retiro a pele a algumas para utilizar a polpa para fazer bolachas e patés.

3º – Lave bem as oleaginosas e coloque-as num liquidificador com 4 chávenas de água. Para liquidificadores menos potentes talvez não seja má ideia triturar tudo com uma chávena de água e depois adicionar as restantes 3. 
  
4º – Filtre o leite num pano/saco fino de algodão, que permita reter a polpa e depois espremer para retirar o líquido remanescente para um jarro. Se não tiver nenhum pano ou saco prático para a execução deste passo, procure também : sacos para a coagulação de queijo, collants e até coadores de tinta. Na internet já é possível encontrar sacos para facilitar este processo, como este no amazon.

Nota: A polpa pode ser aproveitada, ainda não tenho receitas aqui no meu blog mas aconselho que visitem estes para tirar algumas ideias! Chessecake;Bolachas sem glúten de chocolate; Bolachinhas de baunilha; Bolachas de aveia com pepitas de chocolate; Crackers de linhaça e aveia (é o único link em Português); Hummus de polpa de oleaginosas; Pão de espelta


5º – Depois de filtrado o leite está pronto! Guarde o leite num jarro que seja possível fechar, pode permanecer no frigorífico durante 3 a 4 dias.

******************************************** Precioso material audiovisual, alguns na íntegra - aqui.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Encontros e ideias

Tirando, então, as teias de aranha desse espaço, volto a registrar minhas indignações, reflexões e informações diárias, visando contribuir - senão para ninguém - para mim mesmo nesse processo diário de reciclagem de ser e fazer.

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Eu que (in) comodo-se na mediana condição de negar, ao mesmo tempo, o ateísmo e as verdades absolutas, tenho por vezes lampejos de espiritualidade; assim foi na conversa de quase 2h que tive nesta noite (ontem) com um desses ícones do movimento ambientalista - história do RS, lutas rurais e urbanas e a questão do direito e da justiça esteve vivo no papo... desconfio que a presença de Tiaraju transitou naquele ambiente, para além daquela estatueta.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Vou dar um tempo...

Tendo acumulado algumas atividades além da conta, resolvi que vou dar um tempo nas postagens do blog. Na real, pesa na decisão o fato de sentir falta de algum retorno, via comentários, nas bobagens que aqui posto de vez em quanto. A gente precisa de um retorno, nem que seja para dizer que esse blog é uma bosta. Independente disso, sempre escrevi também como uma forma autonoma de refletir, quer dizer nada se perde. Eu retorno

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Reflexão, Tempo e Ação, operações sob um casamento respeitado, mas definitivo

A situação revela as pessoas. E a ação em circunstâncias adversas mostra bem melhor que em qualquer condição normal, a personalidade e valores de um indivíduo. Comprovo isso diariamente.
Paciência é fator precioso, mas não significa que dispense a ação conveniente. Sim, efetivamente, as coisas se transformam é mesmo na prática. Essa coisa de dar tempo ao tempo vale, desde que exista definições no horizonte. Vemos na política, por exemplo, como algumas atitudes tem transformado a vida de milhões. No caso das manifestações de junho, que ainda prosseguem - agora, convertida mais especialmente em ocupações de câmaras de vereadores, como a do RJ - ali houve ação. E reações, claro. Muitas violentas. Mas houve também retorno político, medidas que recuaram em aumentos de passagem, beneficiando muita gente, inclusive os que condenaram. Na vida particular vale isso também, precisamos pensar, refletir sobre atitudes. Mas o momento de decidir tem que chegar. E, de preferência, no tempo certo. Isso não é só mente e coração mãos e pernas também.

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Acesso livre: 35 filmes para questionar capitalismo



Um crítico português resenha e classifica obras críticas ao sistema que podem ser assistidas grátis. Em sua opinião, destaca-se “1900″, de Bernardo Bertolucci. Confira em Outras Mídias.

sábado, 10 de agosto de 2013

Climas de nós

É simples viver ter Paz. Basta o silêncio.
Em um mundo de tantas possibilidades às vezes me perturba porque temos tanta dificuldade de viver na simplicidade, mesmo sabendo que ali que está o segredo de tudo. Parar é preciso, claro. Mas com sentido é melhor.
Um dia chuvoso e frio. Inverno que desponta com tudo na Região Sul. Nesses dias assim há quem reclame de não ter o que fazer, de tudo ficar difícil de se fazer e tal. Para mim, um clima produtivo. É justamente quanto mais está adverso o clima externo, penso, que temos oportunidade de melhor se concentrar e criar a partir de nosso universo interno. Particularmente pela restrição de mobilidade e conveniência para a leitura, a reflexão e outras atividades relacionadas ao cérebro. Não que o prazer também fique fora de foco nessas circunstâncias.

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La Ciudad de los Fotografos


Durante el período de la dictadura de Pinochet, un grupo de chilenos fotografió las protestas y la sociedad chilena en sus más variadas facetas. En la calle, al ritmo de las protestas, estos fotógrafos se formaron y crearon un lenguaje político. Para ellos fotografiar fue una practica de libertad, un intento de supervivencia, una alternativa para poder seguir viviendo. ...




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Lixeira de Pneu, do Juventude Sustentável (Face)




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Quem roubou nosso tempo de leitura?

 Cena de Inglourious Basterds, de Quentin Tarantino, 2009


O tempo para leitura parece cada vez mais comprimido e isto não é uma perda apenas para a literatura.

Por Alan Bisset, no The Guardian - Imagem e texto reproduzido do Sul 21

(Traduzido por Milton Ribeiro para o Su l21)

Um súbito interesse renovado por Tolstói, causado pelo filme sobre seus últimos dias, A Última Estação, fez-me lembrar que há um ano atrás eu tinha prometido a mim mesmo reler Guerra e Paz. Fazia algum tempo que eu não enfrentava um romance de grandes proporções ou, para ser mais exato, qualquer coisa publicada antes do século XX. A releitura de Guerra e Paz iria me tranquilizar: minha resistência física e disponibilidade estavam intactas. Fui até a estante e descobri a página em que deixei o marcador –  ele estava na página 55 e eu sequer podia utilizar a desculpa de ter crianças pequenas.

O fato em si não teria me assustado — afinal, é Guerra e Paz — se não fosse a existência de outros marcadores abandonados em outros livros. Eu não estava terminando nenhum deles? Como é que eu, que adorava ficção o suficiente para estudá-la, ensiná-la e escrever a respeito, me tornara tão distraído?

O mundo dos meus tempos de estudante era fundamentalmente diferente do atual. Foi apenas no final da minha graduação que um amigo me mostrou uma maravilha chamada internet (Ele: “Há sites sobre qualquer assunto, tudo pode ser encontrado!”. Eu: “O que é um site?”). Nos anos 90, havia somente quatro canais de televisão. Cada família tinha um telefone, cujo uso era consecutivo. Poucos tinham jogos eletrônicos. Então, era muito mais fácil retirar-se completamente do mundo para a grande arquitetura do romance. Agora, o leitor está sob o ataque de centenas de canais de televisão, cinema 3D, há um negócio de jogos de computador tão florescente que faz com que Hollywood os imite em seus filmes, há os iPhones, o Wifi, o YouTube, o Facebook, há notícias 24h, uma cultura tola da celebridade — verdadeiras ou falsas — , acesso instantâneo a toda e qualquer música já registrada, temos o esporte onipresente, há caixas de DVDs com tudo o que gostamos. Os momentos de lazer que já eram preciosos foram engolidos pela lista anterior e também e-mails, torpedos e Facebook. Quase todas as pessoas com quem eu falo dizem amar os livros, mas que simplesmente não encontram mais tempo para lê-los. Bem, eles CERTAMENTE têm tempo, só que não conseguem gastá-lo de forma diferente.

Isto tem consequências desastrosas para nossa inteligência coletiva. Estamos sitiados pela indústria de entretenimento, a qual nos estimula apenas em determinadas direções. A sedução é sonora, visual e tátil. A concentração na palavra impressa, na profundidade de um argumento ou de uma narrativa ficcional, exige  uma postura que os dependentes dos meios visuais não têm condições de atender. Seus cérebros não se fixam na leitura ou, se leem, fazem-no rapidamente para voltar logo ao plin-plin. Ora, isso é um roubo de um espaço de pensamento que deveria ser recuperado.

Obviamente, os meios de comunicação como a Internet nos oferecem enormes benefícios (você não estaria lendo isto de outra forma), mas nos empurram facilmente para coisas bem superficiais que roubam nosso tempo. Você viu Avatar? Você viu o que eles podem fazer agora? Podem me chamar de melodramático, mas estou começando a me sentir como protagonista de alguma distopia (ou antiutopia) do gênero de 1984 ou Fahrenheit 451, tendo meus pensamentos apagados e, pior, gostando disso.

A Cultura mudou rapidamente nesta década. A leitura está sob ameaça como nunca antes. “Escrever e ler é uma forma de liberdade pessoal”, disse Don DeLillo em uma carta a Jonathan Franzen, que o questionara muito tempo antes da chegada da Internet. “A literatura nos liberta dos pensamentos comuns, de possuir a mesma identidade das pessoas que vemos em torno de nós. Nós, escritores, fundamentalmente, não escrevemos para sermos heróis de alguma subcultura, mas principalmente para nos salvar, para sobrevivermos como indivíduos.” Exatamente a mesma afirmação, penso eu, descreve a condição dos leitores sérios.


Deem-me o meu Tolstói. Agora é guerra.

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Uma lembrança, uma eterna presença.


Reprodução do perfil Coisa Velha - Face

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Rica bibliografia sobre a Ditadura no Brasil e no Chile, disponibilizados pelo Prof. Horacio Gutiérrez, da USP, na dica do professor Raphael Sebrian (Face). Confira aqui  e aqui .

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20 DICAS PARA ESCREVER BEM

Dica via José Ronaldo Fassheber foto de Luiz Renato Roble.

1. Evite repetir a mesma palavra, porque essa palavra vai se tornar uma palavra repetitiva e, assim, a repetição da palavra fará com que a palavra repetida diminua o valor do texto em que a palavra se encontre repetida!

2. Fuja ao máx. da utiliz. de abrev., pq elas tb empobrecem qquer. txt ou mensag. que vc. escrev.

3. Remember: Estrangeirismos never! Eles estão out! Já a palavra da língua portuguesa é very nice! Ok?

4. Você nunca deve estar usando o gerúndio! Porque, assim, vai estar deixando o texto desagradável para quem vai estar lendo o que você vai estar escrevendo. Por isso, deve estar prestando atenção, pois, caso contrário, quem vai estar recebendo a mensagem vai estar comentando que esse seu jeito de estar redigindo vai estar irritando todas as pessoas que vão estar lendo!

5. Não apele pra gíria, mano, ainda que pareça tipo assim, legal, da hora, sacou? Então joia. Valeu!

6. Abstraia-se, peremptoriamente, de grafar terminologias vernaculares classicizantes, pinçadas em alfarrábios de priscas eras e eivadas de preciosismos anacrônicos e esdrúxulos, inconciliáveis com o escopo colimado por qualquer escriba ou amanuense.

7. Jamais abuse de citações. Como alguém já disse: “Quem anda pela cabeça dos outros é piolho”. E “Todo aquele que cita os outros não tem ideias próprias”!

8. Lembre-se: o uso de parêntese (ainda que pareça ser necessário) prejudica a compreensão do texto (acaba truncando seu sentido) e (quase sempre) alonga desnecessariamente a frase.

9. Frases lacônicas, com apenas uma palavra? NUNCA!

10. Não use redundâncias, ou pleonasmos ou tautologias na redação. Isso significa que sua redação não precisa dizer a mesmíssima coisa de formas diferentes, ou seja, não deve repetir o mesmo argumento mais de uma vez. Isso que quer dizer, em outras palavras, que não se deve repetir a ideia que já foi transmitida anteriormente por palavras iguais, semelhantes ou equivalentes.

11. A hortografia meresse muinta atensão! Preciza ser corrijida ezatamente para não firir a lingúa portuguêza!

12. Não abuse das exclamações! Nunca!!! Jamais!!! Seu texto ficará intragável!!! Não se esqueça!!!

13. Evitar-se-á sempre a mesóclise. Daqui para frente, pôr-se-á cada dia mais na memória: “Mesóclise: evitá-la-ei”! Exclui-la-ei! Abominá-la-ei!”

14. Muita atenção para evitar a repetição de terminação que dê a sensação de poetização! Rima na prosa não se entrosa: é coisa desastrosa, além de horrorosa!

15. Fuja de todas e quaisquer generalizações. Na totalidade dos casos, todas as pessoas que generalizam, sem absolutamente qualquer exceção, criam situações de confusão total e geral.

16. A voz passiva deve ser evitada, para que a frase não seja passada de maneira não destacada junto ao público para o qual ela vai ser transmitida.

17. Seja específico: deixe o assunto mais ou menos definido, quase sem dúvida e até onde for possível, com umas poucas oscilações de posicionamento.

18. Como já repeti um milhão de vezes: evite o exagero. Ele prejudica a compreensão de todo o mundo!

19. Por fim, Lembre-se sempre: nunca deixe frases incompletas. Elas sempre dão margem a


JB Oliveira

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

O necessário e o prazeroso

A instabilidade só surge para quem nunca chegou a estar realmente seguro de sí. É bem verdade que estar seguro nesses tempos de transformações de meios e comportamentos, é uma questão de adaptação profunda. Mas quem disse que na vida podemos descartar a necessidade intrínseca dessa habilidade? Desde que nascemos, o próprio ato de vir ao mundo é um processo de adaptação. Nem sempre prazeroso, mas necessário.
E, a propósito, por que deixamos de fazer o necessário, em troca sempre do prazeroso? Talvez porque descartemos, provisoriamente, a consciência de que o necessário, invariavelmente, é parte central do prazeroso - aquela parte que diz respeito a tranquilidade pelo cumprimento da missão básica para a existência.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Mudanças

Tudo muda, todo mundo; o mudo, de muda, por todos os mundos. Está sendo mudado tudo, mesmo; inclusive a forma de mudar. Uma coisa não muda, a cara de pau de algumas pessoas, corporizadas (que assumem para si a imagem e a alma de uma instituição, como se não pessoas fossem). Pois é, acho que temos todos mesmos que ter posicionamento e se orientar por ideias, mas confundir isso com uma instituição - seja ela micro é macro - já é doença, vício, sei lá. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Dois passos a frente um passo atras

O passado é nada mais que o presente de poucos segundos, a experiência possível de refletirmos com ponderação, o cenário para avançar e construir, a partir de erros e acertos. Na verdade, nunca voltamos, mas temos sempre dentro de nós o que fomos um dia.
Se avaliarmos bem, portanto, estamos sempre no passado. Mas é um passado imaginado, baseado na memória sobre o que fomos (se é que deixamos de ser algo).
Agora, outra coisa é voltar efetivamente para onde vivemos, no ambiente em que vivemos. Isso requer uma postura que nos proteja de eventuais situações das quais já superamos. Muitos esquecem disso quando tomam uma atitude desse nível. Estar vacinado é a conta. Crescer, de fato, é um fato definitivo. Quem amadurece nunca mais repete os erros. Ou se repete, aprende a tirar proveito imediato desses para transformar positivamente a própria vida.
Voltar a um ambiente que vivíamos no passado pode ser necessário para avançar. É questão de avaliar se esse passo vai ou não comprometer aquilo conquistado até aqui. Mas se for para ampliar mais adiante a tão desejada liberdade, evidente que a decisão só pode ser acertada.

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 A Lei da Mídia Democrática, o Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações, será lançada nacionalmente no dia 22 de agosto, a partir das 9h, em Brasília. O evento será aberto ao público e contará com a presença de representantes de movimentos sociais, ativistas, personalidades públicas e políticos que apoiam a democratização da comunicação no Brasil.

Todos estão convidados! Participe!

Participe também do evento do lançamento no Facebook. 

Saiba mais aqui.


Reproduzido do perfil do FNDC.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Ação , transformação e reação

As pessoas são mesmo estranhas. Há uma tendência ao comportamento humano em agir por pressuposição, ou precariedade nas interações. Em geral, há também um individualismo que tende a se despreocupar com a reação das demais pessoas que estão fora do nosso foco de contato pessoal, no entanto, somos atingidos sensivelmente pela resposta dada aos nossos atos. 
Em outras palavras, agimos despreocupadamente em machucar ou não o outro, mas queremos exigir retorno satisfatório do que fizemos. É patético. Somos seres sociáveis, precisamos do outro, é fato. Mas se tornar escravo disso é tão fácil quanto perigoso. Há ainda o ritmo da rotina que nos sufoca.
Manter a serenidade ante ao turbilhão, eis o desafio diário. E a coragem, sempre necessária, é outro ingrediente que podemos ter que lançar mão para uma sobrevivência saudável. Porque agir sobre o mundo também é parte do jogo. Mesmo que estranha ao senso comum.
E a vida também é feita de situações inusitadas, aquilo que foge ao planejamento regular, que não cabe nas caixinhas de nossas perspectivas.
Surpresas é o que a vida nos traz repentinamente. E enxergá-las adequadamente, no devido estado de espírito e agir sobre ela no sentido e medida mais conveniente é do que depende nossas aberturas para a uma vida progressivamente mais livre. Mas toda surpresa tem, certamente uma razão de ser. A mente é que, também nesse caso, pesa em tudo.

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Entrevista histórica do Roda Viva, transmitida ontem, ao vivo, com o jornalista Bruno Torturra e o produtor cultural Pablo Capilé, ambos idealizadores do grupo Mídia Ninja. Precioso material para entender esses tempos de jornalismo multidirecional que vivemos. Coincidentemente, a exibição marcou a saída do apresentador Mário Sérgio Conti desse programa.



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Êdoctum: Hannah Arendt en persona. (Entrevista)



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Outro dia

Nada como a experiência de abrir os olhos para o dia para se energizar. Mais do que imaginar, precisamos, de fato, experimentar o ar puro e se abrir pela ação. Ela nos transforma. O caminho se faz a caminhar.
E daí que o sol está tímido, temos a capacidade de sorrir, além de muita imaginação.

sábado, 3 de agosto de 2013

O que nos falta

Tendo a crer que a maior e mais incidente carência nos tempos que vivemos para uma transformação paradigmática ativa na sociedade tem mais a ver com coragem do que propriamente criatividade. Esta nunca deixou de existir, penso, apenas está dissolvida em um cenário de sufocamento simbólico, que vicia as subjetividades. Já a coragem é um mais interior, e também mais poderoso. Ainda que carente atualmente.

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Documentário mostra um rio Gravataí cheio de vida e desconhecido pela população

Reproduzido do RS Urgente




O documentário Gravataí, um rio em minha vida será lançado oficialmente, dia 13 de agosto, no teatro do Sesc (rua Anápio Gomes, 1241), em Gravataí. Com 47 minutos de duração, o filme mostra um rio vivo e cheio de atrativos de lazer e esportes. A produção independente foi realizada pela Lead Filmes, com direção e roteiro do historiador Amon da Costa e do jornalista Andrei Fialho. Segundo os realizadores, o documentário faz o caminho inverso da opinião popular que vê o Gravataí como um rio totalmente poluído e repleto de lixo. E faz por meio de depoimentos de ribeirinhos, pescadores, ecologistas, agricultores e esportistas que mostram outra realidade desse rio com 80 quilômetros de extensão. A entrada é franca, e os ingressos devem ser solicitados pelo email umrioemminhavida@gmail.com.

Segundo os autores do documentário, apenas um terço do Gravataí está poluído, justamente nas regiões onde o rio cruza os perímetros urbanos de Gravataí, Alvorada, Cachoeirinha, Canoas e Porto Alegre até sua foz no Guaíba, por receber dos arroios e córregos vários tipos de esgoto. “Achava que iria ver um rio caótico, podre e mal cheiroso, mas vimos o rio levemente afetado, com alguns pontos com lixo. Apenas onde desemboca arroios como o do Passo da Areia – de Porto Alegre, Feijó – de Alvorada, e Barnabé de Gravataí, é que a coisa fica feia, mas em alguns metros tudo se dilui e o rio se mostra vivo novamente”, diz Amon da Costa. Entre os depoimentos, pescadores afirmam que o rio Gravataí é um dos melhores do Estado para pesca, apresentando uma grande variedade de peixes.

O documentário também trata dos canais de drenagem construídos nos anos 60 e 70 para secar os banhados Grande e dos Pachecos e utilizar essas áreas para agricultura. A construção desses canais acabou desregulando a vazão natural do rio. A trilha sonora conta com artistas como pianista Paulo Dorfmann, o músico Marcelo Delacroix e a banda Pata de Elefante. Além disso, o jornalista Andrei Fialho, que também é músico, compôs e gravou quatro trilhas para o documentário. Graças a uma parceria entre a Lead Filmes e o SESC-RS ocorrerão 10 exibições nas cidades que compõem a Bacia do Gravataí. Em todas elas, a entrada será franca. Também está prevista a realização de palestras e atividades educativas em empresas, universidades e escolas, especialmente nas comunidades que vivem em torno do rio.


Foto: Andrei Fialho

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FESTA CASSINO DO CHACRINHA, um dos muitos momentos de integração do festival de Lafaiete. Na ocasião, tive o prazer de conhecer melhor a atriz Letícia Muller, do elenco de Leo + Bia, espetáculo aplaudido várias vezes e que recebeu o Prêmio Especial do Júri. Merecido.



sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Lafaietes, as nossas prisões invisíveis e o Amarildo, um caso para avançar

Agora, o que é mais instigante é voar dentro de uma gaiola, ter o prazer de estar no ar, dando a impressão que estamos enjaulados. É a tal liberdade para dentro da cabeça.
Sobre a questão da liberdade, falsa, que imaginamos dispor, é sempre quando estamos em uma situação em que esta se encontra ameaçada que enxergamos seus limites. Não falo nem dos limites impostos a liberdade pelos recursos financeiros, que esses são evidentes; ou pelos limites culturais - de leituras, viagens, idiomas e tal - pois esses também se tem noção de melhor maneira. Me refiro àqueles limites que o Estado impõe, de forma totalitária, mas que se torna visível sempre que há uma transgressão indevida, considera ilegal. Hoje pela manhã, por exemplo, ouvi no rádio sobre a situação de uma jornalista brasileira nos Eua que teve uma visita do FBI por ter apresentado um comportamento suspeito. Motivo? Comprou um panela de pressão, entre outras atitudes que a enquadrariam como suspeita de terrorismo. No caso do cercamento policial a alguém, em determinadas circunstâncias suspeitas, é curioso notar como as pessoas se tornam individualistas em se identificar com uma vítima. Em geral, a primeira coisa que se cobra é se o fulano é ou não trabalhador. Como se isso fosse um pré-requisito para a cidadania, logo em um País onde há tanto desemprego.
O caso do sumiço do operário Amarildo no RJ sintetiza uma situação extrema da violência do Estado, que há tempos deixou de ser novidade para todos. Denúncias de abusos de autoridade, torturas e até execuções tem se tornado comuns nas últimas décadas. Mas em um momento em que a sociedade brasileira está a flor da pele em torno do cenário político regionais e nacionais, um caso como esse se potencializa e ganha lente de aumento. É bom que esse debate se aprofunde. É mais do que hora de repensar a militarização das polícias, treinada para eliminar o "inimigo", ao invés de assegurar a Paz social em contexto de exercício da cidadania (e não de censura).

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VISÕES DO BELO NO HORIZONTE
Da Feira ao Mercado, das vias aos parques, do Centro aos bairros, Belo Horizonte é um encanto de ruas e sorrisos largos.
























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PARA ALÉM DOS PALCOS, O CLIMA DO FESTIVAL DE C. LAFAIETE (MG) CONTAGIOU AS RUAS E PRAÇAS. 
Na categoria alternativo / Rua, a atuação dos personagens Zeca das Pitombas e João das Ventas renderam a Gladston Ramos e Arthur Fernandes, respectivamente, as indicações para melhor ator e melhor ator coadjuvante com O Cabra que amava Roberto Carlos, do grupo Gatos Pingados (Canoas, RS).


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Memória de OURO para consciência de PRETO e de outras cores

Pedra sabão trabalhada nutre a arte do artesão / cachaça, licor ou vinho anima a festa e o coração / e o queijo saliva nas bocas e nas ladeiras da perdição





















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Lafaietes


Para baixo do horizonte belo, há um lugar menos urbano, de gente de sorriso fácil. Não é o ouro, preto ou branco, que brilha por essas bandas; ali, mais ou menos ao sudeste das Gerais, inconfidentes são os atores. Nesses cantos de altos e baixos, vez por ano uns bolos de gente se encontram para trocar imaginações: Tá feito a magia em um clima de passado, em que muito do futuro se enxerga.











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Uma parceria entre o portal Domínio Público e o Núcleo de Pesquisa em Informática, Literatura e Linguística (Nupill), da Universidade Federal de Santa Catarina, sistematizou, revisou e disponibilizou on-line a Coleção Digital Machado de Assis, reunindo a obra completa do autor para download. Além dos romances, “Ressurreição” (1872), “A Mão e a Luva” (1874), “Helena” (1876), “Iaiá Garcia” (1878), “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), “Casa Velha” (1885), “Quincas Borba” (1891), “Dom Casmurro” (1899), “Esaú e Jacó” (1904) e “Memorial de Aires” (1908),  a coleção engloba sua obra em conto, poesia, crônica, teatro, crítica e tradução. O projeto, que foi criado em 2008, também disponibiliza teses, dissertações e estudos críticos, e traz um vídeo sobre a vida do autor e sobre o contexto histórico em que ele viveu.  Confira aqui.