quinta-feira, 31 de julho de 2014

Provocações do Tião - Insanidades Sanitárias

Sebastião Pinheiro*

Nosso poeta Mário Quintana ensinou que, “nesses tempos bicudos”, você liga o rádio/TV ou abre o jornal, angustiando receber notícias dignas e virtuosas, mas somente há propaganda subliminar, suja e corrupta. O deplorável é que a grande maioria das pessoas sequer sabe entender, interpretar, quanto mais projetar a informação no seu hoje e amanhã.


Na Globo News apareceu a cidade de Milagres no Maranhão onde 70% dos moradores esperam que a prefeitura faça uma latrina na sua casa. O governo federal mandou recursos para serem construídas 55 banheiros, a um custo de 5 mil reais cada um, mas o prefeito daquela cidade afirmou estar na dependência da vontade da empresa que ganhou a licitação...

Na entrevista, as pessoas locais, na sua ingênua ignorância, mostravam aonde iam: à Natureza; e a pobre repórter não fez qualquer correlação com saúde pública, animais soltos, epidemia, zoonose, etc. E os munícipes aguardavam que a prefeitura viesse construir o seu banheiro. Quem serão os privilegiados?

Houve uma época, nos EUA, onde os agentes de saúde distribuíam uma placa de concreto de cinco centímetros de altura, com uma área de aproximadamente um metro quadrado. No centro, havia dois buracos, como um oito, de aproximadamente 30 cm de diâmetro o maior, e o menor de aproximadamente 20 centímetros. Esses agentes avisavam as pessoas que elas deviam fazer um buraco de aproximadamente um metro, e que quando estivesse cheio, ou cheirando demasiado, era tapado, e a placa arrastada sobre outro buraco e assim sucessivamente. 


Naquelas circunstâncias, eram feitas visitas periódicas, e havia punições para os que não estivessem usando as latrinas em volta as placas. Isto chegou a ser trazido para o Brasil pela extensão rural (Rockefeller), e cada um fazia sua latrina com o que a natureza lhe oferecesse: palha de vegetais, madeira, plástico ou alvenaria. O custo é bem menor que cinco reais por placa.

A infelicidade está nos governantes só saberem manipular repasses sem iniciativa, competência para políticas públicas.


"Brigada da Merda"

Vendo a TV, lembrei em 1997, quando um grupo de cinqüenta estudantes (UFRGS) em ação de extensão universitária chegou ao Acampamento em transição para Assentamento da Reforma Agrária na Antiga Fazenda São Pedro, em Encruzilhada do Sul. Havia uma latrina que estava flutuando em fezes e para chegar a ela se era obrigado a atolar em uns dois centímetros de excremento.

Imediatamente convoquei os estudantes e acampados para construir mais três latrinas e solicitei ao então prefeito, Conceição Krusser (engenheiro agrônomo) que trouxesse as ferramentas que necessitávamos. Ninguém se mexeu, a exceção foram uma estudante de pedagogia, outro de veterinária e um jovem estudante visitante de Massachusetts (EUA) que viera unicamente para aquela ação à campo, e que eu apelidei de Green Bay pelo time de Futebol americano da região estar na final nacional e por ele estudar Agricultura Orgânica. Era um jovem muito agradável bem diferente dos gringos, e logo passou a nos intitular como a “Brigada da Merda”.

O solo era pedregoso e demoramos toda uma manhã para cavar os três buracos e colocar as tábuas com o buraco sobre o solo e as paredes, além de forrar duas delas com tela de barracas para dar mais privacidade às estudantes mulheres. Feito esse trabalho árduo, e todos tínhamos calos nas mãos. Então apareceu um estudante de arquitetura, daqueles do tipo “esquerdista de botequim”, batendo na barriga dizendo que ia inaugurar a obra. O jovem yankee, indignado, passou a mão no cabo da pá e virou para ele ameaçou: “Experimenta inaugurar. Na hora de cavar você não veio e agora quer tripudiar”. Use a outra que está nadando em merda que você merece. É gente, comodidade aliena.

Fomos até os acampados e levamos as ferramentas avisando as duas latrinas cobertas com as lonas são femininas só para as estudantes. A outra é dos estudantes. Vocês querem cavar algumas para vocês, as ferramentas estão aqui, dando a entender que não usassem a nossa. Ninguém se mexeu...


Milagres no MA

Vendo a matéria jornalística em Milagres/MA veio à memória a erosão acelerada das dignidades e virtudes nos brasileiros que não é privilegio dos com nenhuma ou pouca escolaridade. Somos a sétima economia do mundo, mas estamos no centésimo décimo segundo lugar em saneamento básico, componente do IDH onde somos o 79º.

O governo envia uma rubrica milionária para construção de 55 banheiros, que foram embolsados pela corrupção, e aparece na TV quando poderiam ensinar a fazer para todos com um pouco de mutirão.

Saúde pública é educação, e veio a notícia de uma fábrica que vai produzir o mosquitos transgênicos de combate à dengue. O mosquito macho é portador de um gene letal que impede os ovos da fêmea de eclodirem em novas larvas. 


O princípio não é novo. Foi desenvolvido um projeto milionário, ligado à propaganda do uso pacifico da energia nuclear para fazer desaparecer “moscas varejeiras” (blowflies), através de irradiação com radioisótopos. Isso foi nos EUA, nos anos 50 pelos Dr. R. Bushland e Dr. E. Knipling. Mas essa técnica não teve o mesmo êxito na mosca do Mediterrâneo ou na Mosca das Frutas ou em outros experimentos.

Agora, a técnica substitui a radiação pela introdução de gene. Lembro em um debate sobre OGMs quando um cientista perguntou se eu era contrário a uma vacina transgênica contra malária. Sabedor onde ele queria chegar respondi de chofre: Se ela for feita pela Bayer ou Syngenta eu sou contra, mas se for feita pelo Ministério da Saúde é política pública e o risco é tolerado e dividido por todos... O nível de informação hoje faz que se confunda ação publica com interesse privado e os meios de comunicação sentem-se sócios e esquecem que são concessões constitucionais.

Voltemos à Milagres no MA, onde faço uma aposta que há pessoas que já fizeram sua operação plástica (vaidosa) mas tem um dos piores IDH do país que, já superou os EUA em este tipo de atividade médica... 


Logo no início da epidemia de dengue, há aproximadamente trinta anos, procuramos, por meio do Ministério da Saúde com a OMS  - pelo amigo Al Benatto  - as cepas de Bacilllus sphaericus (foto) para a sua multiplicação e dispersão. Mas logo percebemos que a mesma mão invisível que impediu o uso do Bacullovirus na agricultura (foto) (que fizera cair o uso de veneno de 16
aplicações para uma na soja) era a mesma que balançava o berço do inseticida contra a dengue que levaria à expansão da epidemia de dengue por todo o país, e agora trás a nova solução, pois ela é um negócio altamente rentável. Educação e penalidades, nem pensar.




O pior é que o governo, que deveria ser o fiel da balança, é parte no negócio, pois arrecada com os impostos da venda do produto. 


Tentar explicar é “chover no molhado”. Já em 1998, os cientistas conscientes, através da Revista “Gene Exchange” alertaram que a transgenia de resistência a herbicidas aceleram as plantas mutantes resistentes aos herbicidas, que hoje já superam 150 biótipos (“espécies”) nos EUA e 40 no Brasil, ocupando uma área superior a 1 bilhão de hectares no mundo. 


Há um instituto mundial de fomento e respaldo informativo sobre o novo segmento de capital das corporações de transgenia para doutrinar pesquisadores, professores universitários e construir os monumentos de vaidade.

Logo, não é necessário afirmar que os mosquitos vão apresentar resistência a partir da segunda, terceira geração ou ... (Jacobina, BA- 2014) pela fuga de fêmeas e seu acasalamentos com não irradiados segregando mutantes transgênicos férteis. 
O que será ótimo para o laboratório que solucionará apenas mudando o gene de interesse e lançando o novo modelo como em uma montadora de automóveis. 


Deixamos de eliminar a causa para vender a solução sobre o efeito mesmo que isso crie um novo e mais grave problema a cada vez.


Quanto do combate à dengue, é algo além da ideologia e estrutura dos “mata mosquitos” do DDT da Fundação Rockefeller nos anos 50. Por que não se pode adotar a linha de Oswaldo Cruz aplicada ao Rio de Janeiro no início do Século passado.

É que lá havia Estado e aqui há Mercado. Lembro na época do Bacullovírus que muito pesquisador de elite levantava o problema para o uso pelo nosso desconhecimento das cabeças ativas do vírus e sua qualidade, quando na verdade eram instruídos pelas multinacionais para assim proceder corruptamente. Os mesmos fraudavam os ensaios do MPF aplicando o herbicida Paraquat, quando se testava para ver se a soja plantada era contrabandeada.

Outros, usavam o tema da “Revolta da Vacina” que o cientista teve de enfrentar, inclusive gente do colégio militar da Praia Vermelha/Realengo e também dos positivistas de plantão, contrários à vacinação, embora desconheçam a deusa indiana Sítala de exaltação às epidemias (foto). 


A ANVISA terá de autorizar a comercialização das partidas de mosquito. Como sempre ocorreu, ocorre e continuará ocorrendo no futuro não haverá controle de qualidade do número de fêmeas por partida distribuída no ambiente. 


Façam uma viagem à bela Jacobina baiana, afinal o filósofo Paul Virilio diz: Saber fazer não quer dizer que se saiba o que se está fazendo. É preciso saber o que se faz, mas par isso é necessário dignidade e virtude, por isso o livro sobre o mapeamento genético sobre o Bacullovirus (foto) que combate também o mosquito da dengue está hoje, trinta anos depois sobre o total controle das corporações de agrotóxicos, agora de biotecnologia, mas “eles passarão eu passarinho”

____________
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, escritor e ambientalista

Gaza é a Questão

Inadmissível e incompreensível que qualquer universidade (assim digna de ser chamada) ignore ou deixe de olhar com atenção hoje para a Questão de Gaza. Especialmente tratando-se das áreas das ciências Humanas e Sociais.

Tortura - uma realidade latente

Enquanto a Comissão da Verdade trabalha pela revelação das agressões aos direitos humanos nos anos 60 e 70, a tortura prossegue sendo prática solene em cárceres brasileiros, sob a conivência indireta do governantes regionais.

Pastoral Carcerária exige esclarecimento sobre violações e abusos em presídio feminino de Cuiabá 

Estados do Brasil: Mato Grosso



Reprodução: Jornal Brasil de Fato

Segundo o comunicado, os agentes pastorais tomaram conhecimento de irregularidades e situações vexatórias, que estariam ocorrendo com as presas, como castigos físicos e humilhações

30/07/2014

Por Adital

Em atenção à ampla divulgação nos meios de comunicação das denúncias apresentadas pela Pastoral Carcerária de Cuiabá à Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, acerca de possíveis abusos e violações de direitos ocorridos na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, na capital Cuiabá, a Pastoral, em nota assinada por seu coordenador Nacional, Padre Valdir João Silveira, e o assessor jurídico nacional, Paulo Cesar Malvezzi Filho, veio a público fazer alguns esclarecimentos.

Segundo o comunicado, os agentes pastorais tomaram conhecimento de irregularidades e situações vexatórias, que estariam ocorrendo com as presas da unidade, como o desnudamento forçado, castigos físicos e humilhações, especialmente após a morte da detenta Rosilda Pompeu de Oliveira, com 70% do corpo queimado, em circunstâncias ainda não esclarecidas publicamente.

"Sem meios para confirmar os relatos, já que, inclusive, a entrada da Pastoral Carcerária no local foi suspensa por um período e, após tal fato, seu acesso foi restringido a determinadas presas e espaços na penitenciária, em total desconformidade com a Resolução n.º 8/2011, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, optou-se por oficiar a Defensoria Pública para que as presas fossem ouvidas de forma reservada e adotadas todas as medidas necessárias para a garantia da integridade física e moral das mesmas, sendo este encaminhamento absolutamente regular e de acordo com a legislação vigente”, denuncia a Pastoral.

É considerada ainda completamente "descabida” a exigência da Pastoral Carcerária de Cuiabá uma postura diversa ou "comunicação prévia” à Secretária de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Mato Grosso, conforme chegou a ser ventilado na mídia, "mesmo por que os fatos relatados implicavam, por ação ou omissão, servidores do próprio órgão”.

Para a entidade, após a devida apuração, confirmadas ou não as denúncias relatadas, tais fatos, que também se repetem à exaustão em outras regiões do país, mais que evidenciam o caos no sistema penitenciário brasileiro, deteriorado pelo encarceramento em massa e ausente de mecanismos efetivos de fiscalização e controle social.

A Pastoral assinala que, nesse sentido, apesar da dificuldade para provar as denúncias de tortura e maus tratos na prisão, já que o seu ambiente estruturalmente violento inibe testemunhas e constrange os próprios denunciantes, seguirá atenta aos desdobramentos do caso, em estreita colaboração com seus agentes em Cuiabá e com as autoridades responsáveis.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Fazemos o que alcançamos, no mais, deixemos

Há mudanças que dependem de nós, algumas delas, precisam ser realizadas como prioridade, inclusive; há, porém, as que alcançamos somente até certo ponto, e como tais, assim devemos considerar. Somos limitados em certos nível, é preciso saber disso. Isso é, até mesmo, uma questão preventiva ao nível de saúde pessoal.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Gaza é um aviso

O genocídio sofrido por centenas de inocentes em Gaza reafirma ao Mundo a mensagem, incontestável, de que é o poder e os interesses econômicos dos estados mais equipados militarmente que decidem qual a população civil de um território merece vida e proteção, e em que medida; e que uma ética ou organização internacional que atenda efetivamente um apelo mundial contrário a uma ação covarde e cruel de um estado sobre outro é uma falácia diante dessa correlação de forças. Triste, mas evidente. Bem provável que esse fenômeno provoque novos efeitos sobre muitas avaliações de ditaduras ou de supostas democracias espalhadas pelos continentes. E, obviamente, isso terá novas implicações sobre o que até aqui conhecemos por democracia.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Iniciar todo dia

Uma semana começa. E pode ser uma vida também.

domingo, 27 de julho de 2014

Decisões acertadas

O erro ajuda a decidir melhor. Mas tem vezes em que acertar se torna uma necessidade preemente.

sábado, 26 de julho de 2014

Em Porto Alegre


O Ciclo

Nossa vida é um ciclo. Ilusão pensar que o passado nos deixou, ainda que dele precisamos nos livrar. Mas é fato também que tudo volta, transformado, mas volta. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sobre o Ouro Líquido

Momento Caminhos e Respostas com o engenheiro e secretário de Meio Ambiente, Carlos Todeschini, falando sobre a importância do uso racional da água e da preservação dos mananciais. Não perca, hoje (24), às 15h, na Rádio Canoas Online: www.radiocanoasonline.com.br. Ouça aqui.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Os massacres de ontem e hoje, e suas relações - Provocações de Tião

Por Sebastião Pinheiro*

Três jovens cidadãos de Israel foram seqüestrados e mortos. Não houve investigação ou julgamento. Em represália um jovem palestino (sem cidadania) foi queimado vivo (Lei de Talião). Essa violência na região onde nasceram as três mais importantes religiões soa a barbárie, que não existe entre as mais primitivas comunidades do Planeta.

Violência é o tipo de interação humana que ameaça indivíduos e sociedade do físico ao espiritual. Covardia é sua ação exacerbada e corrupta sobre sabedoria, introspecção, conhecimento e prudência. Toda e qualquer violência é aceita por quem a justifica e pratica, até a chegada do remorso, arrependimento.

Talvez este arrependimento tenha chegado a todos os doces e alegres holandeses quando seus soldados, sob a bandeira das Nações Unidas, se omitiram na matança de bósnios por sérvios, por tal agora condenados pelo Tribunal Internacional de Haia. Eles agora choram suas vítimas à bordo do avião (MH17) da Malásia Airlines derrubado sobre o leste da Ucrânia. 


Outros massacres
No passado, os massacres dos povos originais sejam exemplificados em: “La noche Triste”, Massacre Guarani, Wounded Knee e outros feitos pelos colonizadores não são enfocados com cuidado no modelo de educação, o que dificulta uma percepção de violência, covardia e responsabilidade, como na questão da escravidão negra, indígena atual e atropelos dos reiterados golpes e ditaduras.

Vivenciamos um massacre palestino com o máximo de estardalhaço, embora os meios de comunicação não usem o termo massacre, assim violentam a realidade com o termo disputa e conflito entre Israel e o Hamas, ignorando que por trás está o povo “filhos de Ismael” (palestino).

Não faz muito, 400 mil não-árabes foram chacinados em Darfur no Sudão do Sul, por reservas estratégicas de energia; Um pouco antes, na Bósnia (1992-1995), 200 mil foram mortos e 2 milhões expulsos por intolerância.

Concomitante, em Ruanda, mais de 700 mil Tutsies/Hutus foram chacinados, embora algumas cifras acusem o total de 1,2 milhões de vítimas dessa selvageria. 


O massacre mais intenso ocorreu entre os indonésios, com a perseguição e morte de 500 mil comunistas entre 1965 e 1967. O impacto foi tão grande na economia local, que o ditador Sukarno recebeu a compensação dos EUA/Grã Bretanha para ocupar o Timor Leste, antiga colônia portuguesa, onde foram sacrificadas mais 150 mil timorenses (Liquiçá), dos quais 20 mil foram queimados com Napalm. Na Indonésia mesmo os protestos pacíficos são tratados com extrema violência; por exemplo, 400 estudantes foram fuzilados dentro de um cemitério em 1999.

Sob a influência do fim da Guerra do Vietnã, no Camboja, entre 1975 e 1979, houve um massacre pelo Khmer Rouge de 1,7 milhão de concidadãos.

O Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial (120 milhões de vítimas) é o mais volumoso (6 milhões de vítimas), e seguiu um padrão de produção industrial pelo bestial, pelo, por muitos considerados, povo mais educado e culto do planeta, os alemães sob governo nazista (foto). Podemos incluir neste a caçada aos ciganos (Romanís, Porajmos) com 500 mil vítimas feita pelos mesmos autores.






O Exército Imperial japonês cometeu na China o Massacre de Nanquim com mais de 400 mil mortos (foto), uma grande maioria de prisioneiros que foram enterrados vivos. Em Harbin instalaram um campo de Extermínio onde 400 mil pessoas foram transformadas em cobaias e dissecadas vivas sob o mais variado tipo de tormentos. 




O genocídio ucraniano (Holomodor), perpetrado por Stalin para transformar camponeses das terras mais férteis do mundo em trabalhadores coletivistas, chacinou mais 300 mil vítimas. Contudo, no total, foram 3 milhões de pessoas.

O massacre dos circassianos, muçulmanos por ordem do czar russo eliminou 400 mil e exilou 1,2 milhões, fazendo desaparecer sua cultura e até idioma.

Outro massacre conhecido foi o genocídio dos armênios calculado entre 1 e 2 milhões de vítimas.

Na sua colônia A África do Sudoeste (hoje Namíbia) entre 1904 e 1907 o Império Alemão copiou os campos de concentração britânicos da Guerra dos Boers na vizinha África do Sul e os transformou em campos de extermínio de 65 mil Hererós e 10 mil Namakas


Covardia

Sendo o Estado de Israel formado pelas vítimas do mais hediondo holocausto desse planeta, e sendo infinitamente mais forte poderia revidar ou aplicar covardemente essas represálias? Jamais, pois isso demonstra imprudência e ignorância. Como foram os soldados holandeses na ONU, condenados no Tribunal de Haia, pela omissão na Bósnia.


Ademais, há o exemplo: muito antes da derrota no Vietnã, o Tribunal Bertrand Russel, que condenou os EUA pela guerra que custou mais de 6,5 milhões de vítimas sacrificados, onde depois eles foram derrotados e gigantescas repercussões sobre a sociedade mundial.

Por outro lado, o avião MH17 foi derrubado. Por quem, por quê, para quê? Infelizmente não sou ingênuo, mas tenho certeza que todos os exemplos anteriores de genocídio e massacres começaram como a Primeira Guerra Mundial (40 milhões de vítimas - aos quais se pode somar mais 40 milhões, pela gripe espanhola), cujo início vai cumprir cem anos na semana vindoura, com um pequeno ódio de pouco ou nenhum significado.

Lembro que no coração da Província de Buenos Aires há um departamento (município) de nome Benito Juarez, em homenagem a um menino das montanhas de Oaxaca (Gelatao) que ficou célebre, quando presidente do México por uma frase singela: “El respecto al derecho ajeno es la paz.”

____
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, escritor e ambientalista

Candelária, sensibilizar e mudar para nunca mais!

21 ANOS DA CHACINA DA CANDELÁRIA: 
NÃO ESQUECEREMOS!

Reproduzido de CEDERCA-RJ, via Paula Carvalho (Face).


Na madrugada de 23 de julho de 1993, em frente à Igreja da Candelária, policiais abriram fogo contra mais de 70 pessoas que estavam dormindo nas proximidades da Igreja. Era a “Chacina da Candelária”, quando 08 jovens foram barbaramente assassinados aos pés do centro comercial e religioso da cidade do Rio de Janeiro. Desde então, há 21 anos, o Movimento Candelária Nunca Mais!, formado por várias Instituições e segmentos da sociedade civil organizada comprometidos com a defesa dos direitos humanos de crianças e adolescentes, realiza essa manifestação.

Atualmente, temos uma triste e bárbara estatística: 22 jovens são assassinados por dia no Brasil!

A CAMINHADA EM DEFESA DA VIDA – CANDELÁRIA NUNCA MAIS! é um movimento de mobilização pela Vida, Paz, Liberdade, Respeito e Igualdade; mas também é um movimento de denúncia e repúdio a toda e qualquer forma de violência, intolerância, discriminação, crueldade e opressão, sem distinção de raça, classe, gênero ou credo.
NÃO à criminalização da pobreza e morte de nossas crianças e jovens!

Pela efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente!

Criança e Adolescente tem que ter prioridade absoluta nas Políticas Públicas e no Orçamento!

Seja você mais um a somar nessa luta por um mundo e civilização melhor para todos!

PROGRAMAÇÃO

DIA 22 DE JULHO
14:00H - Audiência Pública sobre Letalidade Infanto Juvenil de Crianças e Adolescentes no Estado do RJ (OAB) 18:00H - Vigília das Mães (em frente à Igreja da Candelária)
DIA 23 DE JULHO
11:30H – Missa e Culto Ecumênico (Igreja da Candelária)
12:30H – Caminhada em Defesa da Vida (Av. Rio Branco à Cinelândia)
13:30H – Ato Público e Ação Nacional de enfrentamento à situação de rua de crianças e adolescentes (Cinelândia)
Construíram essa história ao longo desses 21 Anos

Pastoral do Menor, Associação Beneficente São Martinho, Movimento Nacional de Meninos/as de Rua, Rede Rio Criança, Associação Beneficente AMAR, CHEIFA, Casa do Menor São Miguel Arcanjo, São Domingos Sávio, CEAP, Fórum DCA ERJ, Movimento Moleque, Rede Contra a Violência, REMER, Rede Criança Baixada, Entidade Judaica de DH B’nai Brith - Rio, CRP RJ, CEDECA RJ, CEDCA RJ, Se Essa Rua Fosse Minha, CDDHC/ALERJ, Pastoral do Menor (Regional Leste 1), Fórum DCA Niterói, Mov. Juvenil Sionista Socialista Habonim DROR, Fórum Estadual da Juventude, Anjos de Realengo, Conselho Estadual DH, Mulheres de São Gonçalo, Campanha Nac. Criança Não é de Rua, Fund. Xuxa Meneguel, Ballet de Santa Tereza, Pastoral das Favelas.

terça-feira, 22 de julho de 2014

M-U-D-A-N-Ç-A

O tempo deixa as máscaras transparentes, simples assim.

Um túnel de muitas saídas, de luz e de trevas

Assim vamos, enxergando luzes pelos lados, mas sempre caminhando nessa escuridão mais segura, muitas vezes, com medo que o caminho a tomar como fuga seja ainda mais lamacento. Há os que fecham os olhos e se jogam. Para a morte, ou para a vida, em plenitude.

Uma dica para os paranaenses e pelos demais que passam por Curitiba

Exposição Frida Kahlo - Museu Oscar Niemeyer, Curitiba/PR)



Imagem: Museu Oscar Niemeyer

O quê? Exposição "Frida Kahlo – As Suas Fotografias" apresenta a vida e obra de Frida Kahlo através de fotografias pessoais. 


Esta será a única passagem da mostra pela América do Sul, que irá voltar ao México e então seguir para Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos. A mostra conta com mais de 200 réplicas de fotos, escolhidas entre os quase 6500 arquivos descobertos entre vestidos, joias e objetos pessoais da artista há dez anos em um dos banheiros da Casa Azul, onde fica o Museu Frida Kahlo, no México.

Onde? Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999, sala 3, Centro Cívico, Curitiba (PR).

Quando? Até 2 de novembro, de terça a domingo, das 10h as 18h.

Quanto? R$ 6 e R$3 (meia-entrada).
Contato? www.museuoscarniemeyer.org.br

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vagão rosa, para não ser encoxada

O que faz das mulheres ainda hoje uma ameaça tão grande que, mesmo quando vítimas, são julgadas culpadas?

ELIANE BRUM 21 JUL 2014 - 10:27 BRT
Reproduzido do El País

Alô, mulheres. Se pegarem trem ou metrô em São Paulo, prestem atenção às orientações do sistema de som: “Se você estiver com vontade de ser violentada, ou ao menos receber uns apertões na bunda e nos peitos, siga para o vagão comum. Se estiver cansada, introspectiva, teve um dia difícil, está com TPM, vá para o rosa e viaje tranquila”. Uma excelente semana a todas.

Poderia ser uma piada ou um filme de horror futurista. Mas é sério e não é ficção distópica. Na prática, essa é a mensagem do projeto de lei aprovado em 4 de julho pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. De autoria do deputado Jorge Caruso (PMDB), ele cria um vagão exclusivo para mulheres no metrô e nos trens. Algo similar já existe no Rio de Janeiro. A lei poderá ser vetada ou sancionada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, nos próximos dias. Na sexta-feira (18), feministas reuniram-se no centro da capital paulista para um ato em protesto contra a criação do “vagão rosa”.

Não é muito, mas muito estranho mesmo?

Estamos em 2014, há uma mulher na presidência do Brasil. Mas acredita-se necessário criar um vagão só para mulheres nos trens de transporte público da cidade mais cosmopolita do país.

É bizarro. Diante de uma mulher, num espaço apertado, atulhado de gente, alguns homens sentem-se autorizados a abusar dela. Isso diz de cada indivíduo e, claro, diz também dessa sociedade. Seria importante escutar esses homens para entender qual é a questão de cada um com seu próprio pênis. Talvez vivam um sentimento de impotência avassaladora, para muito além da ereção que conseguem ou não ter. Mas é só uma hipótese para tantas que só podem ser compreendidas na história de cada um.

Mais bizarro do que o ato individual, porém, é o ato público. Mais perigosa é a “solução” que o poder público, nesse caso o parlamento paulista, deu para a violência. Comete-se violência sexual contra as mulheres nos trens, segrega-se as vítimas. Seguindo essa lógica, em breve poderia se propor que, nas ruas e espaços coletivos, as mulheres passassem a usar burca. Assim, os homens não seriam “tentados” a cometer crimes sexuais.

Se o “vagão rosa” (o apelido já é duro de aguentar!) vingar, é um retrocesso muito maior do que pode parecer a um primeiro olhar distraído. É alarmante que os protestos não sejam mais numerosos e barulhentos, dada a seriedade do que está em jogo. Em nome das supostas boas intenções de “proteger as mulheres”, o que se faz, de fato, é reforçar duas ideias do senso comum, interligadas, que persistem há séculos e estão na base da violência sexual.

A primeira delas é que a culpada é a vítima. Seja porque usou “roupas sensuais”, seja porque “se expôs” a uma situação potencialmente perigosa. Nesse caso, apenas por existir. Por ser mulher, precisa ser colocada num “vagão especial”. Sua condição, em si, despertaria sentimentos incontroláveis em alguns homens. Então, nada de ficar perto desses espécimes ou eles não poderão resistir e cometerão a violência. Como se esses homens não fossem responsáveis pelos seus atos, como se fossem incapazes de se controlar, como se fossem animais, eliminando a cultura da equação e deixando restar uma ideia tacanha de natureza.

No conceito do “vagão rosa” as mulheres são colocadas na posição de objetos de desejo ou objetos de posse. E os homens são vistos como vítimas do próprio desejo, sem a necessidade de se responsabilizar por ele. Acho curioso que homens não façam protestos contra o “vagão rosa”: a ideia nele embutida sobre o que é ser um homem é ofensiva ao extremo.

Se o “vagão rosa” virar lei, o próximo passo será: se uma mulher não quis ocupar o vagão especial e foi sexualmente abusada no comum, conclui-se o de sempre: “Ela pediu. Se não quisesse ser encoxada, apalpada, estuprada teria entrado no vagão dela”.

A outra ideia fincada no imaginário de homens (e também de mulheres) é mais interessante. As mulheres é que são a ameaça. (E não aqueles que abusam de seus corpos e de suas almas.) Confina-se, cobre-se, esconde-se aquilo que nos envergonha e aquilo que nos coloca em perigo. Quando se propõe – e se aprova – um vagão especial para as mulheres, o que se está fazendo, de fato, é isolar o elemento desestabilizador. Colocar em ambiente controlado quem teria o poder de revelar, expor algo que deve continuar oculto. O segredo, nesse caso, está naquele que esconde – e não naquela que é escondida.

O “vagão rosa” é mais uma tentativa de sujeitar os corpos femininos, ao determinar que só podem ser “transportados” em sistema de segregação. Uma prova de que, ainda hoje, a imagem social das mulheres difere pouco da visão medieval em que eram compreendidas como “más e impuras”. Não custa lembrar do recente linchamento de uma mulher como “bruxa”, no mesmo estado de São Paulo. (Escrevi sobre isso aqui).

O que há de tão ameaçador nas mulheres?

A buceta, ainda ela. O desembargador Francisco Batista de Abreu, da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ajuda a explicar. Em acórdão publicado no final de junho, ele expõe uma linha de raciocínio fascinante ao justificar por que o valor de 100 mil reais de indenização, determinado pela justiça de primeira instância, deveria ser reduzido para 5 mil reais, como de fato aconteceu no julgamento em segundo grau. O caso refere-se ao que tem sido chamado de “vingança pornô”.

Um homem e uma mulher namoraram, em cidades diferentes, por cerca de um ano. Depois do término da relação, ainda conversavam e trocavam imagens íntimas pela internet. Na descrição do desembargador, as dela eram “ginecológicas”. O ex-namorado, seguindo o roteiro bocejante dos imbecis, quebrou a confiança estabelecida entre eles e tornou público o que era privado. As imagens, que eram consensuais, foram expostas de forma não consensual. Um ato sujeito à punição legal, portanto.

O desembargador Abreu concluiu, porém, que esta seria uma oportunidade para fazer um julgamento moral da vítima, expondo a profundidade do seu entendimento sobre como uma mulher deve lidar com sua vagina e com seu corpo. Depois da divulgação do caso, o processo foi colocado em “segredo de justiça”, limitando o acesso aos autos. Mas o segredo de quem, àquela altura, deveria ser protegido? Da mulher, do homem ou do desembargador?

A seguir, alguns trechos do voto do desembargador Francisco Batista de Abreu publicados na imprensa:

“Quem ousa posar daquela forma e naquelas circunstâncias tem um conceito moral diferenciado, liberal. Dela não cuida. Irrelevantes para avaliação moral as ofertas modernas, virtuais, de exibição do corpo nu. A exposição do nu em frente a uma webcam é o mesmo que estar em público.”

“As fotos em momento algum foram sensuais. As fotos em posições ginecológicas que exibem a mais absoluta intimidade da mulher não são sensuais. Fotos sensuais são exibíveis, não agridem e não assustam. Fotos sensuais são aquelas que provocam a imaginação de como são as formas femininas. Em avaliação menos amarga, mais branda podem ser eróticas. São poses que não se tiram fotos. (...) São poses para um quarto fechado, no escuro, ainda que para um namorado, mas verdadeiro. Não para um ex-namorado por um curto período de um ano. Não para ex-namorado de um namoro de ano. Não foram fotos tiradas em momento íntimo de um casal ainda que namorados. E não vale afirmar quebra de confiança. O namoro foi curto e a distância. Passageiro. Nada sério.”

É possível desenvolver uma tese de doutorado na área de psicanálise e direito a partir do voto do desembargador mineiro. Mas, atendo-se a apenas um ponto de seu raciocínio, percebe-se o que é assustador para o magistrado: “As fotos em posições ginecológicas que exibem a mais absoluta intimidade da mulher não são sensuais. Fotos sensuais são exibíveis, não agridem e não assustam (...) São poses para um quarto fechado, no escuro, ainda que para um namorado, mas verdadeiro”.

Para o desembargador, a vagina não é sensual. O que é sensual, segundo ele, não agride nem assusta. É coerente depreender dessa afirmação que a imagem da vagina não só agride o magistrado, como também o assusta. Assim, só pode ser exibida “no escuro”, de forma que não possa ser vista. E para um namorado “verdadeiro”.

Quando o voto se tornou público, lamentou-se em alguns espaços da internet a escuridão em que vive o desembargador Abreu. E até a suposta indigência de sua vida sexual. Mas não se trata de julgá-lo. Como indivíduo, seu Abreu pode até ter medo da vagina. Pode achá-la feia e assustadora. Pode preferir só vê-la no escuro ou não vê-la nunca. É possível ter compaixão por seu Abreu, mas ninguém tem o direito de julgar como seu Abreu se relaciona com a sexualidade do outro e com a sua própria. Isso diz respeito só a ele.

O problema é com o desembargador Abreu, servidor público, investido da Lei. Com a sua pretensão de determinar, como verdade única e universal, registrada nos autos, o que é sensual, o que é erótico, o que é amor “verdadeiro” e quando, como e onde uma vagina pode ser exibida. Assim como determinar que uma mulher que mostra a sua vagina não tem autoestima. O problema é que, ao assim manifestar-se, o desembargador Abreu está representando a Justiça. Seu ato tem efeito direto sobre a vida da vítima – e também sobre as vidas na sociedade brasileira.

A tal “vingança pornô”, em que imagens feitas em âmbito privado são divulgadas contra a vontade de quem é retratado, num ato de quebra de confiança, já levou ao suicídio adolescentes brasileiras que não suportaram o julgamento moral da família, amigos e sociedade. Ao manifestar-se nesses termos, o desembargador está reeditando, para um fenômeno contemporâneo, ligado às novas tecnologias, o velho “ela pediu”. E isso é inadmissível.

O relator do caso, desembargador José Marcos Rodrigues Vieira, defendeu reduzir o valor da indenização dos 100 mil reais determinados em primeira instância para 75 mil reais. Afirmou em seu voto: “Isentar o réu de responsabilidades pelo ato da autora significaria, neste contexto, punir a vítima”. Seu colega, o desembargador Abreu, porém, preferiu julgar a “moral” da vítima, acompanhado pelo terceiro desembargador, Otávio de Abreu Portes. Ao final, determinou-se que 5 mil reais seria um valor suficiente. É possível concluir que, simbolicamente, essa já não é mais uma indenização, mas um pagamento.

O “doutor” enxergaria a vítima como uma “puta”. No sentido de que a prostituta, na sociedade brasileira – e esta é outra enorme violência – é vista como aquela que não tem direito nem ao próprio corpo, nem à Lei. Isso ficou de novo muito claro em junho, quando o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo inocentou um fazendeiro preso em flagrante ao estuprar uma menina de 13 anos. A justificativa: ela seria prostituta, o que teria levado o criminoso a errar sobre a sua idade. Em resumo: com prostituta se pode tudo. O que as coloca fora do corpo e fora da Lei, de várias e complexas maneiras, com consequências sempre aterradoras.

Como afirmam organizações de prostitutas, infelizmente muito pouco escutadas, não existe prostituição envolvendo menores de idade. Com crianças e adolescentes só existe estupro e abuso sexual. Mas esse não foi o entendimento dos desembargadores paulistas. Assim como, ao reduzir em 95 mil reais a indenização devida à mulher que teve imagens do seu corpo divulgadas contra a sua vontade, o que o tribunal mineiro fez foi: não mais determinar ao réu uma indenização pelo dano causado, mas dar um valor à mulher.

É o que se compreende da justificativa contida no voto, em especial nesse ponto: “Mas, de qualquer forma, e apesar de tudo isso, essas fotos talvez não fossem para divulgação. A imagem da autora na sua forma grosseira demonstra não ter ela amor-próprio e autoestima”. À vítima, que foi quem passou a ser julgada e enquadrada como alguém que não se dá valor, é concedido um valor aviltantemente mais baixo do que aquele determinado em primeira instância como indenização pelo ato do réu.

Mas qual é o valor de uma mulher? Como diz Renata Corrêa, em um texto bonito no Biscate Social Club:

“Por essa e por outras que para uma vida livre todas as mocinhas, garotas, meninas, mulheres, cidadãs do mundo não deveriam valer nada. Eu particularmente não valho um centavinho furado. Ninguém pode me medir, me pesar, me trocar ou me comprar: não tenho preço, código de barras, cifrão ou vírgula. Quem tem o direito de dar preço para minha alma? E pro meu corpinho? Nobody, baby. Não valho nada. Não me atribuo valor algum. Não tô a venda: tô vivendo sem conta, sem mercantilismo amoroso, fraterno ou sexual. E também não tô comprando. Mas isso é outra história”.

De volta ao “vagão rosa”, que leva as mulheres a uma viagem sem movimento algum, na qual estão estacionadas no mesmo lugar, para que não exista deslocamento nem nada se altere. O “vagão rosa”, destinado ao transporte das mulheres para que não sejam encoxadas, bolinadas ou até estupradas, é o mesmo lugar simbólico destinado à vagina em visões como a do desembargador mineiro. O corpo feminino, a vagina como sua máxima potência, deve ser oculto. Se for exposto, está subentendido que as mulheres assumirão o risco – e a responsabilidade – de serem violadas, de terem seus corpos (e suas almas) destruídos.

Resta se perguntar que vagão é esse, o que exatamente ele transporta de um lado a outro e qual é o seu destino.

Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes - o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos e do romance Uma Duas. Email: elianebrum.coluna@gmail.com . Twitter: @brumelianebrum


Uma tribo que transforma história em consciência

20/07/2014      19:25
Espetáculo sobre a vida de Marighella encanta canoenses no Guajuviras

Apresentação mobilizou dezenas e também marcou o encerramento da programação da "Residência Artística da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz em Canoas"

Foto Paula Vinhas - Secom - PMC
"O Amargo Santo da Purificação", espetáculo de produção coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, encantou um público expressivo na tarde deste domingo (20), no bairro Guajuviras.

"É um teatro de periferia, para um bairro de periferia. Tudo a ver. Maravilhoso!", disse o escritor Henrique de Freitas, coordenador do Ponto de Cultura Guajuviras Centro de Artes e um dos entusiastas do movimento cultural no bairro.

Encenada na lateral da Praça Antônio Carlos Vianna, a atividade mobilizou moradores e também destacou o encerramento da programação da "Residência Artística da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz em Canoas".

A programação marcou, ainda, a abertura do "Projeto Teatro e Memória - 50 anos do Golpe Militar", contemplado pelo edital "Desenvolvimento da Economia da Cultura Pró-cultura/RS". Com entrada franca, o projeto tem o apoio da Secretária Municipal de Cultura.

Risos, Memória e Reflexão

Rico de cores, músicas e metáforas sobre a história do Brasil, na segunda metade do século 20, o espetáculo conta a vida do guerrilheiro Carlos Marighella, que foi protagonista na resistência à ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar, nos anos 60. A história é apresentada dividido em 12 cenas, e tem um ritmo dinâmico que convida a plateia à caminhar com os atores.

O figurino e as músicas, marcadas por criações populares, por meio de composições críticas, divertiram, e ao mesmo tempo, convidavam todos à reflexão.

Segundo a ativista comunitária Maria Senilda Oliveira, o grupo trabalha com situações reais. Ela lembra que a Tribo esteve em Canoas durante a ocupação do Loteamento Santo Operário, nos anos 80, quando apresentaram o espetáculo ''A Saga de Canudos, o fez a gente se empoderar, conta ela, que integra o elenco de "Os Sinos da Candelária", exercício cênico de uma das oficinas que o grupo ministra dentro do projeto que a  em Canoas, por meio do projeto “O teatro como instrumento de discussão social”, e que deve estrear em breve.

Para Paulo Flores, que é atuador (designação dos integrantes da Tribo, cuja direção é coletiva e combina encenar e intervir politicamente) e um dos fundadores do Ói Nóis Aqui, atuar na periferia é parte da proposta e da linha de trabalho do grupo, que tem realizado apresentações constantes em bairros da Capital.

"Sempre tratamos de questões difíceis, de direitos humanos. Entre as oito cidades escolhidas para o projeto, o Guajuviras foi escolhido pela sua história e a relação que propomos no espetáculo. Ele é um painel do século XX, destacando o legado autoritário que o país viveu, a partir da história de Marighella", explica.

Outras intervenções

Além do Guajuviras, outras pontos da cidade receberam atividades, direta ou indiretamente ligadas ao teatro. Ainda na programação da residência artística do Ói Nóis Aqui Traveiz em Canoas foi realizado, no sábado pela manhã, a "Performance Onde? Ação Nº 2. Paralelamente, na Casa das Artes Villa Mimosa, era realizado mais um encontro semanal da terceira edição da oficina BECKETT-WE, coordenado pela atriz e pesquisadora teatral Luciana Tondo. Em dezembro do ano passado, o resultado desse trabalho foi apresentado no local.

No sábado a tarde, o Parque Getúlio Vargas recebeu outra atração, com as intervenções urbanas da Oficina de Experimentação Teatral - Experimentos Urbanos, resultado de trabalho desenvolvido pela Tainah Dadda, entre abril e julho deste ano. No sábado à noite, ocorreu a exibição do filme "Viúvas" - Performance sobre a ausência", outra atração da Residência Artística do Ói Nóis Aqui Traveiz em Canoas.

No domingo à tarde, os mediadores de leitura realizaram mais uma atividade no Parque Getúlio Vargas. Com foco no livo, os mediadores utilizam também recursos de teatro em suas intervenções.

Saiba mais sobre a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui no site do grupo.




Crédito da notícia: jornalista Ronaldo M. Botelho - MTE 9485

sábado, 19 de julho de 2014

No limite

Pensamos que tudo vai ser diferente, que estamos com o controle da situação. E aí, não mais que de repente, um fato, um encontro, um ato demonstra a força do acaso e o imprevisível das circunstâncias.

Brics e Unasul: Nova Ordem Mundial se construindo?

Fonte: Agência Brasil, via: Viomundo - Publicado em 18 de julho de 2014 às 21:11

Política

Emir Sader: Encontro de Brics e Unasul é o feito histórico mais importante desde a Guerra Fria


Os Brics e a Unasul exigem participação no Conselho de Segurança da ONU - Foto José Cruz/Agência Brasil

Encontro de Brics e Unasul é o feito histórico mais importante desde a Guerra Fria
Segundo o sociólogo Emir Sader, a situação dos países do centro do capitalismo – União Europeia e Estados Unidos – está na contramão do desenvolvimento com integração

por Redação RBA, publicado 17/07/2014 13:58, última modificação 17/07/2014 18:32

São Paulo – As reuniões entre os chefes de governo dos Brics, em Fortaleza, e entre esse bloco e o da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Brasília, são o acontecimento mais importante na geopolítica mundial desde o fim da Guerra Fria. “É uma semana histórica que está acontecendo no Brasil”, afirma Emir Sader em seu comentário hoje (17) na Rádio Brasil Atual.

“Eu diria até que é uma espécie de Bretton Woods do sul do mundo, que foi o acordo no final da Primeira Guerra Mundial pelas grandes potências capitalistas para controlar o sistema internacional, do qual surgiu o FMI”, ressalta. O cientista político avalia que a atual situação dos países do centro do capitalismo, União Europeia e Estados Unidos, está na contramão do desenvolvimento com integração, o slogan da reunião dos Brics e da criação de seu respectivo banco.

“Se eu fosse tipificar o que faz a Europa hoje com sua política de austeridade, é exatamente contrário: recessão com exclusão de direitos. Então, são dois mundos completamente opostos.” Para Sader, a eleição do ex-primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, como presidente da União Europeia, indica “claramente um contraponto” ao que fazem esses países e os Brics. Juncker é a favor do “paraíso fiscal” e é considerado um dos pais do programa de austeridade que provocou grande crise social na Grécia, em Portugal e na Espanha.

Segundo o sociólogo e colunista da RBA, a criação de bancos é um processo longo. “Um integrante da delegação chinesa disse que demoraria dois anos para o Banco dos Brics começar a funcionar”, ressalta, observando que não haveria ainda recursos disponíveis para ajudar a Argentina. O país tem duas semanas para se posicionar em relação à decisão judicial dos Estados Unidos que determinou que o pagamento da dívida com os credores que não participaram de acordo de renegociação.

“Apoio político ela tem, unanimemente. O problema é saber como se consegue brecar a decisão de um juiz que favorece 7%, quando 93% tinham aceitado a renegociação da dívida.” Sader aponta que é o mesmo mecanismo feito pelos Estados Unidos com países africanos. “É uma máfia que tem de ser quebrada”, afirma.

Unasul

Além da criação do Banco dos Brics, o bloco estabeleceu ontem (16) com a Unasul acordos políticos, como a defesa da presença de África e América do Sul no Conselho de Segurança da ONU. O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, propôs ainda que a Unasul crie um banco que tenha relações com o dos Brics. Sader considera o funcionamento da Unasul precário e que precisa se fortalecer para que a proposta seja viável.

Ouça o comentário completo na Rádio Brasil Atual.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Uma contradição

O preconceito se constrói com o tempo, mas pode ser reforçado por várias vias. Uma das mais em voga é a que se baseia na falsa defesa dos mais fracos, em troca da demonização dos supostamente culpados únicos por uma situação.

Uma questão de humanidade


quinta-feira, 17 de julho de 2014

A Agência da Boa Notícia Guajuviras, modelo para o País

Momento Caminhos e Respostas com a diretora de Políticas, Programas e Projetos da SENASP, Cristina Villanova, falando sobre o projeto da Agência da Boa Notícia no bairro Guajuviras. Ouça esta edição aqui.



Uma ordem mundial diferente é urgente e necessária

“Brasil vai defender que os movimentos sociais sejam ouvidos no âmbito do banco dos BRICS”



Carlos Cozendy (ao centro) respondeu questões dos movimentos sociais sobre funcionamento do banco dos BRICS

Publicado em 16 de julho de 2014 às 20:53
Reproduzido do Viomundo

Negociador brasileiro explica como vai funcionar o Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS

Embaixador Carlos Cozendy foi “sabatinado” durante debate promovido pela Rebrip

por  Isaías Dalle, de Fortaleza, no site da CUT

O nome escolhido para a instituição financeira criada pelos BRICS é  Novo Banco de Desenvolvimento. Já tem slogan: “Um Novo Banco para um Novo Desenvolvimento”.

A informação foi dada na manhã desta quarta, dia 16, pelo embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendy, o principal negociador brasileiro durante o processo de criação do banco.

Curiosamente, essa foi a única informação que ninguém havia pedido.

O embaixador esteve em debate promovido pela Rebrip (Rede Brasileira pela Integração dos Povos), em Fortaleza (CE), quando foi questionado sobre como o novo banco vai funcionar e se será, de fato, uma alternativa ao modelo financeiro internacional existente.

Ele diz que o banco pode, no longo prazo, produzir mudanças no sistema financeiro tradicional. “Mas que não se espere que isso vá ocorrer logo no primeiro dia”.

O banco terá um capital inicial de US$ 50 bilhões.

A seguir, os principais pontos explicados por Cozendy:

A China vai mandar no novo banco?

A sede será em Xangai. Cozendy explica que os cinco países terão cotas iguais (20%), ou seja, nenhum sócio será formalmente maior que o outro.

Para equilibrar o processo decisório, a China será o último a presidir o banco.

Primeira presidência caberá a Índia, depois, na sequência, Brasil, África do Sul e Rússia. O embaixador informa também que haverá um centro, uma espécie de subsede, na África do Sul. “A melhor solução para todos os pontos que precisaremos definir daqui para frente é que as vozes dos acionistas sejam devidamente ouvidas”.

O banco vai se financiar com recursos do sistema financeiro tradicional?

“Não há dois mercados financeiros oficiais no mundo. Então, vamos ter de recorrer ao único que existe. Então, vamos fazer captação de recursos globalmente. Vamos ter de decidir, caso a caso, se queremos, por exemplo, nos capitalizar com bônus dos EUA, por exemplo”, diz.

O sistema financeiro vai ditar as regras do banco?

“Ninguém quer ser sancionado pelo mercado dos EUA, por exemplo. Por isso, nossas operações terão, inicialmente, de considerar a lógica atual. Mas, sem dúvida, pelo nosso peso, teremos um poder de negociação junto ao mercado muito maior (…) Temos um potencial futuro de mudar o sistema financeiro, fazendo com novas práticas que até organismos como Banco Mundial e FMI mudem. Mas sem ilusão de que no primeiro dia tudo vai ser diferente”.

O banco vai poder realizar empréstimos e investimentos em outras moedas que não o dólar?

“Prevemos que vamos trabalhar com outras moedas. Depende de onde será o investimento. Se for no Brasil, por exemplo, podemos usar o real. O problema é que essas moedas, por causa das regras atuais, não são conversíveis no mercado internacional, o que é prevalência do dólar. Mas quando pudermos, vamos usar outras moedas em transações multilaterais”.

Só os cinco países poderão aderir ao banco?

“Só os cinco serão acionistas com direito a voto. Caso outros países queiram aderir, vamos sempre manter 55% do capital”.

Os empréstimos serão dirigidos apenas aos cinco países?

“Pretendemos cooperar com outros países em desenvolvimento”.

O banco vai impor condicionantes ambientais, sociais e trabalhistas aos empréstimos?

“Há uma fronteira tênue entre dar à instituição o poder de condicionar os empréstimos a certas exigências e não permitir que essa mesma instituição possa interferir na política interna dos países. Estes dois lados não são facilmente separáveis. A melhor solução aí é que as vozes dos acionistas sejam devidamente ouvidas (…) O Brasil vai defender sempre que as entidades da sociedade civil sejam ouvidas e consultadas, e que tenham poder propositivo. Daí a importância de os movimentos sociais pressionarem e proporem. Eu digo que o Brasil, independentemente dos demais, vai dialogar com os movimentos no âmbito do banco”.

Quais critérios serão usados para financiar empreendimentos e ao mesmo tempo considerar o meio ambiente?

“Nossa referência, e aí digo pelo banco como um todo, será a Rio + 20”.

A criação do banco vai livrar os países de órgãos como FMI e Banco Mundial?

“Continuaremos associados ao Banco Mundial e ao FMI. Mas cremos que com o tempo, nossa menor dependência e a construção de novas políticas levem os outros a caminhar em uma nova direção”.

Os BRICS também anunciaram a criação de um fundo de socorro aos países-membros. Isso dispensará a existência do FMI?



“Não está no horizonte de nenhum dos cinco países a necessidade de recorrer ao FMI. Mas na hipótese de isso ocorrer, esse fundo emprestará 30% do total que o país precisa, com condições diferenciadas. O restante terá de ser buscado no FMI. Mas esses 30% servirão como um colchão que dará ao país um outro poder de negociação com o FMI”.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

AGENDA MUSICAL DE PORTO ALEGRE

Por Juarez Fonseca

@ Roteiro de julho, com 21 atualizações em relação à postagem de quarta-feira passada. Certamente falta alguma coisa, pois não estou conseguindo me dedicar à Agenda como gostaria. Nas fotos, uma cena da ópera "Dido e Eneias", a nova banda Tratak e Caetano Veloso.



►QUARTA, 16 de JULHO
■ ALEXANDRE DOSSIN – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Recital solo do pianista gaúcho radicado nos Estados Unidos. Ele interpretará clássicos do piano em um programa variado, que inclui prelúdios de Rachmaninoff, “Bachianas Brasileiras” de Villa-Lobos e a “Rhapsody in Blue” de Gershwin. Com 15 gravações distribuídas globalmente pela Naxos e Schirmer, Dossin mantém uma carreira ativa como solista, músico de câmara, palestrante e pesquisador. Atualmente, é professor titular de piano na Universidade de Oregon. Ingressos de 30 a 80 reais à venda na bilheteria do teatro e pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555. Infos 3227-5100.
■ MORAES MOREIRA e DAVI MORAES – Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21 horas. Pai e filho voltam com o show comemorativo aos 40 anos do disco que foi trilha sonora de uma geração,“Acabou Chorare”, considerado uma das gravações mais importantes da história da música brasileira. Eles e banda reproduzem o álbum inteiro (“Preta Pretinha”, “Brasil Pandeiro”, “Besta é Tu”, “Swing de Campo Grande” etc) e ainda lembram sucessos da carreira solo de Moraes, como “Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira” e “Pombo Correio”. Ingressos de 60 a 120 reais na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, em www.ingressorapido.com.br (4003-1212) e Telentrega Ingresso Show 8401-0555.

►QUINTA, 17 de JULHO
■ CLUBE DO CHORO DE PORTO ALEGRE – Partenon Tênis Clube (Bento Gonçalves, 2018), às 20h30. Mais uma reunião do Clube em casa nova. Estarão lá Luiz Bastos “Cebolinha” no cavaquinho, Guaraci Gomes no bandolim, Arthur Sampaio no violão de seis cordas, Luiz Palmeira no violão de sete cordas, Runi Correa no surdo, André Rocha no pandeiro, Myriam Sampaio e Zé Carlos Silveira na voz. No repertório, sucessos do samba, choro, seresta e samba-canção. Em 2014 o Clube comemora 25 anos de atividade contínua, com encontros sempre às quintas-feiras. Ingresso 15 reais. Reservas 3339-0736.
■ SARAU DO CLUBE DA MPB – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Todas as quintas-feiras o Meme recebe amantes da música. Abertos para a participação de compositores, instrumentistas e cantores amadores ou profissionais, os encontros são conduzidos por Maíra Baumgarten e pelo músico Alexandre Rodrigues (violão), ao lado da banda do Clube. Gêneros como o samba de raiz, samba canção, bossa nova, choro e baladas servem como trilha sonora do espaço, aberto à participação do público. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2595.
■ O MAESTRO, O MALANDRO E O POETA – Bar Ocidente (João Telles, esquina Osvaldo Aranha), às 22 horas. Há sete anos, integrantes das bandas Roda Viva, Tribo Brasil e Carne de Panela uniram-se em torno do interesse comum de celebrar a música popular brasileira através de três figuras emblemáticas de nossa cultura: Tom Jobim, Chico Buarque e Vinicius de Moraes. O sucesso se mantém, lotando todos os lugares (inclusive o enorme Opinião). São 13 treze músicos no palco, utilizando naipes de cordas, vozes, ritmistas, piano e flauta. Ingresso 25 reais. Infos 3312-1347.
■ ESPECIAL RENATO RUSSO – Paraphernalia Bar (João Alfredo, 425), a partir das 22 horas. Lico Silveira & banda Louise prometem uma viagem “pelo universo messiânico de Renato Russo”. A banda Louise (uma homenagem ao nome da esposa de Jean Jacques Rousseau, filosofo predileto de Renato) tem Lico Silveira (voz, violão), Vini Cordeiro (baixo, violão, vocal), Marcelo Celoca (guitarra) Sandro Gi (guitarra, violão) e Eduardo Ventura (bateria). Ingresso 15 reais. Infos 3221-5225.

►SEXTA, 18 de JULHO
■ DIDO E ENEIAS – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Graças à grande repercussão da temporada de estreia, que obteve o Prêmio Açorianos de melhor espetáculo de 2012, retorna em palco maior a ópera do inglês Henry Purcell (1659-1695) com libreto do irlandês Nahum Tate (1652-1715). É a primeira encenação completa no RGS e a primeira ópera apresentada pela UFRGS. Os 60 componentes da montagem são alunos e professores dos departamentos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música, do Instituto de Artes. Tendo como base o épico “Eneida”, de Virgílio, a história de “Dido e Eneias” se passa durante a Guerra de Tróia, agregando, portanto, elementos das mitologias romana e grega. Coordenação de Alfredo Nicolaiewsky, direção cênica de Camile Bauer, direção musical de Lucia Carpena, regência de Diego Schuck Biasibetti. Nos papéis principais estão a soprano Cynthia Barcelos e o tenor Lucas Alves. Entrada franca, mediante entrega de 1kg. Apenas dois ingressos por pessoa. É bom correr para consegui-los. Infos 3227-5100. Em cartaz também amanhã e domingo.
■ LE GRAND CAFÉ – StudioClio (José do Patrocínio, 698), às 21 horas. O pianista Michel Dorfman e as cantoras Maria Claudia Sanchotene e Tássia Minuzzo voltam a apresentar o espetáculo que foi sucesso no Clio em 2013. As canções apresentadas recuperam o repertório dos cabarés ao longo dos tempos, com músicas do final do século 19 até os anos 1970. Bertold Brecht, Kurt Weill, George Gershwin, Carlos Gardel, Serge Gainsbourg e Chico Buarque são os protagonistas da atmosfera boemia proposta. Músicos convidados: Cláudio Levitan (voz, violão, banjo), Paulinho Goulart (acordeom) e Anjinho do Trompete. Direção cênica de Aloisio Dias. Ingressos de 30 a 50 reais em www.studioclio.com.br e no local. Infos 3254-7200.
■ GAFIEIRA.COM – Paraphernalia Bar (João Alfredo, 425), a partir das 22 horas. Chico Buarque, João Bosco, Dorival Caymmi, Jorge Ben Jor, Adoniram Barbosa e outros grandes da MPB em especiais, balanço e energia. Com Roberta Moura (voz), Tiago Souza (violão), Luisinho (baixo), Neco (trompete) e Carlos Kettz (Saxofone Tenor) e Estevão Zalazar (bateria). Ingresso 15 reais. Infos 3221-5225.

►SÁBADO, 19 de JULHO
■ TRATAK – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20 horas. Show de estreia da banda, que começou a ser formada em 2012 por músicos originários da OSPA. Fábio Mentz (piano, harmonium, fagote, voz), Guenther Andreas (cravina) Jorge Matte (bateria, percussão) e Vasco Piva (sax) prometem performances inusitadas. As composições são coletivas e têm como influência a música regional brasileira, indiana e afro-latina. Em cartaz também amanhã. Ingresso 20 reais. Infos 3019-2595.
■ DEAD FISH – Beco (Independência, 936), às 20 horas. Show da banda de hardcore melódico formada em 1991 em Vitória, ES. A projeção nacional veio em 2004 com o disco “Zero e Um” (são sete álbuns no total). Depois de muitas alterações, atualmente é composta por Rodrigo (vocal), Alyand (baixo), Marcos (bateria) e Ricardo Mastria (guitarra). Ingressos de 35 a 45 reais em www.ticketbrasil.com.br e nas lojas Mil Sons e Beatnik. Infos 3026-3602.
■ DIDO E ENEIAS – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Graças à grande repercussão da temporada de estreia, que obteve o Prêmio Açorianos de melhor espetáculo de 2012, retorna em palco maior a ópera do inglês Henry Purcell (1659-1695) com libreto do irlandês Nahum Tate (1652-1715). É a primeira encenação completa no RGS e a primeira ópera apresentada pela UFRGS. Os 60 componentes da montagem são alunos e professores dos departamentos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música, do Instituto de Artes. Tendo como base o épico “Eneida”, de Virgílio, a história de “Dido e Eneias” se passa durante a Guerra de Tróia, agregando, portanto, elementos das mitologias romana e grega. Coordenação de Alfredo Nicolaiewsky, direção cênica de Camile Bauer, direção musical de Lucia Carpena, regência de Diego Schuck Biasibetti. Nos papéis principais estão a soprano Cynthia Barcelos e o tenor Lucas Alves. Entrada franca, mediante entrega de 1kg. Apenas dois ingressos por pessoa. É bom correr para consegui-los. Infos 3227-5100. Em cartaz também amanhã, às 11 horas.
■ CAETANO VELOSO – Teatro do Sesi (Assis Brasil, 8787), às 21 horas. O compositor retorna com o show relativo ao álbum “Abraçaço”, que deu origem ao DVD “Multishow Ao Vivo - CaetanoVeloso – Abraçaço”. Segundo ele, é o último da trilogia com a Banca Ce (Pedro Sá, Ricardo Dias Gomes e Marcelo Callado). No roteiro, “A bossa nova é foda”, “Quero ser justo”, “Quando o galo cantou”, “Estou Triste”, “Um comunista” e a clássica “Triste Bahia”, do álbum “Transa” (1972). Diz Caetano: “Tenho muito orgulho de conseguir atenção e respeito por ‘Um comunista’, música que dura 10 minutos e tem na letra certas dicções meio didáticas algo irregulares”. Ingressos de 110 a 220 reais nas lojas Multisom. Infos 3455-0800.
■ ANITTA – Pepsi On Stage (Severo Dullius, 1995), às 21 horas. Um dos maiores fenômenos da música brasileira nos últimos tempos volta à cidade, agora com o show de lançamento do DVD “Meu Lugar”. Ao lado dela, um grande time de atores e bailarinos reproduzindo todos os detalhes do registro em vídeo. “Meu Lugar” brinca com a dualidade, por meio dos conceitos de céu e inferno. Para contar essa história, Anitta usou como inspiração o mito grego da Caixa de Pandora e os espetáculos do Cirque du Soleil. Para dar uma ideia da extensão do fenômeno, até janeiro de 2014 as músicas de Anitta somam 150 milhões de views no Youtube. Ingressos de 35 a 95 reais nas Lojas Multisom e em www.opiniaoingressos. Infos 3211-2838.
■ JORJÃO & BANDA – Paraphernália Bar (João Alfredo, 425), a partir das 22 horas. Um passeio por samba-rock, pop, soul, reggae e funk é diversão garantida quando eles se apresentam. Com arranjos próprios, Jorjão (voz, percussão), Amir Jaber (guitarra), Vini Silva (baixo) e Marcelo Drebel (bateria, percussão, vocal), mais trompete, trombone e teclado, tocam Simoninha, Chic, Tim Maia, Ed Motta, Jorge Ben, Seu Jorge, O Rappa, Djavan, James Brown, Bob Marley, Marvin Gaye, Kool And The Gang, KC And The Sunshine Band, Commodors e tal. Ingresso 15 reais. Infos 3221-5225.

►DOMINGO, 20 de JULHO
■ DIDO E ENEIAS – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 11 horas. Graças à grande repercussão da temporada de estreia, que obteve o Prêmio Açorianos de melhor espetáculo de 2012, retorna em palco maior a ópera do inglês Henry Purcell (1659-1695) com libreto do irlandês Nahum Tate (1652-1715). É a primeira encenação completa no RGS e a primeira ópera apresentada pela UFRGS. Os 60 componentes da montagem são alunos e professores dos departamentos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música, do Instituto de Artes. Tendo como base o épico “Eneida”, de Virgílio, a história de “Dido e Eneias” se passa durante a Guerra de Tróia, agregando, portanto, elementos das mitologias romana e grega. Coordenação de Alfredo Nicolaiewsky, direção cênica de Camile Bauer, direção musical de Lucia Carpena, regência de Diego Schuck Biasibetti. Nos papéis principais estão a soprano Cynthia Barcelos e o tenor Lucas Alves. Entrada franca, mediante entrega de 1kg. Apenas dois ingressos por pessoa. É bom correr para consegui-los. Infos 3227-5100.
■ KLEITON & KLEDIR e GRUPO THOLL – Teatro do Bourbon Country (shopping do mesmo nome), às 17 horas. Retorna “Par ou Ímpar”, o espetáculo infantil de Kleiton & Kledir que lotou duas vezes o teatro em 2012 e deu ao DVD respectivo o Prêmio Açorianos de Música. Ao lado do também premiadíssimo Grupo Tholl, a dupla faz um show exuberante, de pura magia e diversão, carregado de personagens exóticos como o Mágico Estrambólico, o Pirulito Esquisito, a Formiga Atômica, o Cão Salsicha. Tudo começa com a entrada no palco de um trem Maria Fumaça vivo, trazendo K&K à estação de Par ou Ímpar, onde tudo vai acontecer. A ideia de uma viagem remete a clássicos infantis como Alice no País das Maravilhas, O Mágico de Oz, Peter Pan e a Terra do Nunca. Para criar as canções K& K dizem que foi preciso “desenvelhecer um pouco até chegar àquele estado de pureza onde a fantasia se confunde com a realidade”. Ingressos de 50 a 100 reais em www.ingressorapido.com.br (ou 4003-1212), pela TelentregaIngressoShow 8401-0555 e na bilheteria do teatro.
■ JODY WILLIAMS – Santander Cultural (Siqueira Campos, 1125), às 18 horas. Nascido em 1935, Jody entrou recentemente no Blues Hall of Fame devido a sua grande colaboração na história do gênero. Ele tocou e gravou com nomes como Bo Diddley, Elmore James e Charles Brown. No fim da década de 1960 retirou-se do show business para dedicar-se aos estudos profissionais da eletrônica, formano-se como engenheiro técnico em máquinas de Xerox, aí atuando por 25 anos. Após a aposentadoria, voltou aos palcos, apresentando-se em 2000 no Chicago Blues Festival e gravando dois discos. Ingresso 10 reais. Infos 3287-5500.
■ ELISA FERNANDES e GUILHERME ROMAN – Casa da Música (Gonçalo de Carvalho, 22), às 19 horas. A série Despertando Talentos apresenta recital de canto com a harmonia musical da soprano e do baixo-barítono, acompanhados pelo pianista Daniel Vieira. Com experiências Brasil afora, os jovens Elisa e Guilherme são orientados pela soprano Cíntia de Los Santos e interpretarão um repertório com obras de dez dos maiores compositores dos séculos 18, 19 e 20, entre eles Händel, Mozart, Schubert e Marlos Nobre. Entrada franca.
■ MANDINHO – Salão de Atos da UFRGS (Paulo Gama, 110), às 19h30. O show infantil do cantor e compositor Leandro Maia abre o 31º Congresso Mundial de Educação Musical da ISME (International Society for Music Education). Participam do espetáculo, para somar ao repertório do CD “Mandinho” (Prêmio Açorianos de Música de Disco Infantil 2013), entre outros: Orquestra e Coro Infantil Villa-Lobos, Renato Borghetti e a Fábrica de Gaiteiros, Grupo Cuíca, PEPEU - Programa de Extensão em Percussão da UFPEL, Coro Juvenil Projeto Guri Santa Marcelina, Marília Vargas, Roberto Corrêa, André Mehmari, Simone Rasslan, Alvaro RosaCosta e Beto Chedid, mais banda formada por Felipe Karam (violino), Rogerio Constante (saxofone), Luke Faro (bateria), Miguel Tejera (baixo), Lígia Constante (cantora infantil) e o próprio diretor do espetáculo, Leandro Maia (voz e violão). Além das principais faixas de “Mandinho”, os convidados interpretarão clássicos como “Missioneiro” (Tio Bilia), “Engenho Novo” (folclore brasileiro/Ernani Braga), “Nesta Rua” (folclore brasileiro/Villa-Lobos), “Baião do Pé Rachado” (Roberto Corrêa), “Cuitelinho” (domínio público/Paulo Vanzolini), “João e Maria” (Sivuca/Chico Buarque) e “A Cidade Ideal” (Bardotti/Chico Buarque). Entrada franca.
■ TRATAK – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20 horas. Show de estreia da banda, que começou a ser formada em 2012 por músicos originários da OSPA. Fábio Mentz (piano, harmonium, fagote, voz), Guenther Andreas (cravina) Jorge Matte (bateria, percussão) e Vasco Piva (sax) prometem performances inusitadas. As composições são coletivas e têm como influência a música regional brasileira, indiana e afro-latina. Ingresso 20 reais. Infos 3019-2595.

►TERÇA, 22 de JULHO
■ TREM DE MINAS – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20 horas. Os músicos Rafael Romero (voz, violão) e Daniel Stringini (piano, teclado) criaram um show-tributo ao Clube da Esquina, movimento surgido em Belo Horizonte no início dos anos 1970 que projetou nacionalmente a música de compositores como Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Wagner Tiso, Fernando Brant, Ronaldo Bastos e Márcio Borges. No roteiro, dos clássicos aos lados B da turma. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2592.
■ ORQUESTRA SINFÔNICA DE PORTO ALEGRE – Salão de Atos da UFRGS (Paulo Gama, 110), às 20h30. No 10º Concerto Oficial da temporada 2014, a orquestra Sinfônica de Porto Alegre recebe o maestro Nicolas Rauss, suíço radicado na Argentina, para reger um repertório que combina as tradições da música de concerto brasileira e europeia. O programa começa com as “Bachianas Brasileiras nº 2”, de Villa-Lobos. Depois, a Ospa interpreta pela primeira vez o “Concerto para Noel Rosa”, para piano e orquestra, de Radamés Gnattali (1906-1988), tendo como solista o pianista mineiro radicado em Porto Alegre André Carrara. A peça de encerramento é a “Sinfonia nº 4”, de Robert Schumann. Ingresso 20 reais. Infos 3222-7387.
■ AUTORAL SOCIAL CLUBE – Clube Silêncio (João Alfredo, 449), às 21 horas. Os encontros do ASC têm superlotado o bar e vêm fazendo história ao mostrar o novo panorama da música feita em Porto Alegre. Desta vez as atrações são Tiago Rubens, Victorino, Marcelo Fruet, Andre Corrêa, Calvin, Sander Fróis e Raquel Leão. Confira a movimentação no Facebook. Ingressos 10 reais com nome na lista e 15 reais. Infos 9251-1525.

►QUARTA, 23 de JULHO
■ ANGELA DIEL e FERNANDO RAUBER – Pinacoteca Ruben Berta (Duque de Caxias, 973), às 18h30. Na série Clássicos na Pinacoteca, a mezzo-soprano e o pianista apresentam recital em homenagem aos 190 anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul, que se completam em 25 de julho. O repertório é dedicado a canções (lieder) de autores como Johann Sebastian Bach, Franz Schubert, Clara e Robert Schumann, Johannes Brahms e Richard Strauss. Diel e Rauber estão entre os principais nomes da música erudita no Estado. O projeto é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Cultura, com entrada franca. Infos 3289-8119.
■ FRONTEIRAS – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20 horas. Idealizado por Edgar Parobé, o projeto Fronteiras cria um intercâmbio entre artistas de países distintos em apresentações acústicas. Nessa edição, Edgar recebe a cantora e compositora norte-americana Myla Hardie, radicada em Porto Alegre. Os dois fazem uma prévia do show “Arte do Silêncio”, que será apresentado em agosto em Buenos Aires. Myla representa a música de raiz dos EUA. Filha do compositor e músico de blues Michael Hardie, ela cresceu em meio à efervescente cena musical de Austin, no Texas. Aos 17 anos foi morar em Nova York, onde formou uma banda com o baterista e percussionista gaúcho Duda Guedes, a Myla Hardie Band. Ingresso 15 reais. Infos 3019-2595.

►QUINTA, 24 de JULHO
■ O SOM DAS LETRAS – Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835, escadarias do viaduto), às 20 horas. Mas uma noitada do Projeto Música Autoral, promovido pelo jornal Vaia, tendo Delma Gonçalves e Mário Marmontel como as atrações principais. Muita gente passará pelo palco: Marco Farias, Marietti Fialho, Paulo Romeu, Vladimir Rodrigues, Djâmen Farias, Célia Sorriso, Anderson Corrêa, Joice Mara, Excer Antonio Sois, Janaína Pereira, Gilmar Jesus. Infos 3226-0242.
■ CLUBE DO CHORO DE PORTO ALEGRE – Partenon Tênis Clube (Bento Gonçalves, 2018), às 20h30. Mais uma reunião do Clube em casa nova. Estarão lá Luiz Bastos “Cebolinha” no cavaquinho, Guaraci Gomes no bandolim, Arthur Sampaio no violão de seis cordas, Luiz Palmeira no violão de sete cordas, Runi Correa no surdo, André Rocha no pandeiro, Myriam Sampaio e Zé Carlos Silveira na voz. No repertório, sucessos do samba, choro, seresta e samba-canção. Em 2014 o Clube comemora 25 anos de atividade contínua, com encontros sempre às quintas-feiras. Ingresso 15 reais. Reservas 3339-0736.
■ SARAU DO CLUBE DA MPB – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Todas as quintas-feiras o Meme recebe amantes da música. Abertos para a participação de compositores, instrumentistas e cantores amadores ou profissionais, os encontros são conduzidos por Maíra Baumgarten e pelo músico Alexandre Rodrigues (violão), ao lado da banda do Clube. Gêneros como o samba de raiz, samba canção, bossa nova, choro e baladas servem como trilha sonora do espaço, aberto à participação do público. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2595.

►SEXTA, 25 de JULHO
■ RICARDO PINOTTI – Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mário Quintana, às 20 horas. À frente da banda Oficina Brasil, Pinotti apresenta seu primeiro trabalho autoral, “Caminhos e Atalhos no Horizonte”. Baterista com mais de 38 anos de carreira, integrou banda Hálito de Funcho depois atuou na noite de São Paulo nos anos 80 e 90. No RS, acompanhou entre outros Adão Pinheiro e Ângela Jobim e atualmente toca na Zap Instrumental, Jottagá & Froide Explica e Orchestra Elétrica. Ele sobe ao palco com Amarildo na guitarra, Jua na bateria, Ci na percussão, Luis Valter no contrabaixo e João Maldonado nos teclados. Participações especiais de Telmo Martins, Jeferson, Luis Vagner e Zé Luis. Ingresso 20 reais.

►SÁBADO, 26 de JULHO
■ ORQUESTRA UNISINOS ANCHIETA – Centro Histórico-Cultural Santa Casa (Independência, 75), às 20 horas. Concerto da série Magis, com regência do maestro Evandro Matté, tendo como convidado o oboísta alemão Christoph Hartmann. No programa, a “Sinfonia n° 29 em La M, K.201”, de Mozart; o “Oboé Concerto in C, K.314”, também de Mozart; “Crisantemi, Elegia para orquestra de cordas”, de Puccini; o Prelúdio de “La Traviata”, de Verdi: e “Simpatici Ricordi della Traviata”, de Pasculli. Os ingressos, grátis, podem ser retirados a partir do dia 21. Infos 3590-8228.

►DOMINGO, 27 de JULHO
■ APANHADOR SÓ – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 18 horas. A banda Alexandre Kumpinski, Felipe Zancanaro, Fernão Agra e André Zinelli volta ao teatro com o show do álbum “Antes Que Tu Conte Outra”, Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) de melhor disco de 2013, e eleito pelo Júri do Guia da Folha de S. Paulo um dos melhores shows nacionais. Extrapolando o status de “banda gaúcha”, depois de chamar a atenção Brasil a fora, vem conquistando reconhecimento internacional com shows em países da América Latina. Infos 3227-5100.

►QUARTA, 30 de JULHO
■ TÃN TÃNGO – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Hique Gomez volta aos palcos com este belo show, vencedor do Prêmio Açorianos, com criações e recriações sonoras em forma de tango, que percorrem da sutileza agressiva de Piazzolla ao tropicalismo de Caetano Veloso. E desta vez prestando tributo a Nico Nicolaiewsky, parceiro de 30 anos. Com Hique (violino, voz), estão Carlitos Magallanes (bandoneon), Dúnia Elias (piano), Everson Vargas (baixo) e Filipe Lua (percussões eletrônicas, violão, harmônica, vocais. Infos 3227-5100.b

►QUINTA, 31 de JULHO
■ SARAU DO CLUBE DA MPB – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Todas as quintas-feiras o Meme recebe amantes da música. Abertos para a participação de compositores, instrumentistas e cantores amadores ou profissionais, os encontros são conduzidos por Maíra Baumgarten e pelo músico Alexandre Rodrigues (violão), ao lado da banda do Clube. Gêneros como o samba de raiz, samba canção, bossa nova, choro e baladas servem como trilha sonora do espaço, aberto à participação do público. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2595.

■ ZÉ DO BÊLO – Cult Pub (Comendador Caminha, 348), às 22 horas. Radicado desde o início do ano em João Pessoa, Paraíba, o cantor e compositor volta à cidade natal para o lançamento do terceiro álbum, “A moda chegando eu vou ver como é”, totalmente diferente dos anteriores. Zé do Bêlo desfaz o personagem de boné e cabelão fake que marcou sua atuação no início dos anos 2000 e investe em sua competência de intérprete, com um repertório de funda pesquisa na música brasileira do início do século 20, de autores como Almirante, Jararaca, João da Baiana, João de Barro, Mazinho Araújo. Noel Rosa e Henricão. O disco vem recebendo altos elogios da imprensa do Nordeste. Infos 3346-2257.