sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

PROVOCAÇÕES DO TIÃO: A carência de outros ensinamentos civilizatorios e uma trilha a encontrar


Sebastião Pinheiro*

A primeira pessoa que ouvi abordar o tema dos radicais livres foi o médico homeopata fluminense Radjalma Cabral Lima. Eu estava dando um curso no Assentamento na antiga Fazenda Normandia próximo a Carauru/PE . Ele apareceu e foi convidado a dar uma oficina sobre saúde. Ensinou como os indígenas consertam seus corações e problemas comuns a todos ao compassar a batida dos pés (de todos) no chão, meditação dinâmica extremamente profunda que deixa as meditações personalistas ou individualistas no chinelo. Isso foi no final do Século XX.

Ali, também conheci o famoso biólogo “Lula do Mel”, que conhece abelhas como poucos no país. Os alunos eram engenheiros agrônomos recém-contratados pelo antigo MIRAD/INCRA para atuar nos assentamentos. A quase totalidade, inexperiente, trazia o vício messianista da elite local, periodicamente expelidos em minoria revoltada de muitas universidades, vítimas da reciclagem do modelo. Tornam-se, posteriormente, expoentes na política local, e não raros com projeção na política nacional. Mantendo o status quo, confundindo revolta individual e rebeldia comunitária com oportunidade de ascensão social e futuro. Eles ficaram bem contrariados e os mais ousados externaram seu descontentamento.

Já se vão duas décadas e quanto mais envelheço, mais presente tenho os Brasis que muitos desconhecem. Os jornais alardeiam dois pataxós que se formaram médicos na UFMG; Ano passado foi uma Kaigang no RS. No Mato Grosso (do Norte), foto um grupo de brasileiros se formou em Pedagogia.


Imagino as reflexões dos amigos Dra. em filosofia Cristine Takuá, Prof. Maximino Rodrigues, e muitos que estavam no Seminário Internacional de Educação para o Campo, em Uberlândia, organizado pelo Dr. Prof. Antonio Claudio.

Relembro o já exposto que, anos antes, uma jovem indígena havia se formado em Direito e o pró-reitor estava muito exultante para trazê-la para uma palestra. Foi parado em seu consumismo exótico ao ser perguntado: Desde quando no Brasil há Faculdades de Direito Indígenas. Sim, é uma pergunta muito boa, quando teremos Universidades Indígenas para nos formarmos. Não se ofendam, o mundo está sinalizando, e a eleição de Trump é diagnóstico definitivo, que é preciso aprender éticas civilizatórias nativas, e o mesmo vale para outras populações tradicionais, pois os adventícios estão deixando muito a desejar, e a crise alastrasse tornar-se epidêmica, em um mundo confuso e mais perigoso que os radicais livres, que enunciava o Dr. Radjalma.

Agora, termino de reler um artigo dos tchecos sobre os radicais livres, metalothioneinas uso de agrotóxicos e riscos de câncer. Com o atual sistema ético na educação e manejo da tecnologia nos sistemas vivos, vamos necessitar, e muito, dos ensinamentos civilizatórios indígenas ou teremos, como disse a ministra presidente do STF: Guerra e não paz...

Traduzo parte do artigo dos tchecos:

“Os radicais livres, metalothioneinas são partículas químicas contendo um ou mais elétrons, não emparelhados, que podem ser parte da molécula. Eles fazem com que a molécula se torne altamente reativo. Os radicais livres (a) podem ser gerados durante a irradiação UV, raios X ou gama, (b) são produtos de reações catalisadas por metais, (c) estão presentes no ar como poluentes, (d) são produzidos por neutrófilos e Macrófagos durante a inflamação e (e) são subprodutos da cadeia respiratória mitocondrial. Radicais livres são conhecidos por desempenhar um papel duplo em sistemas biológicos, porque eles podem ser considerados benéficos ou deletérios. Os efeitos benéficos dos radicais livres estão na resposta imune à infecção e que eles são uma parte de muitos sistemas de sinalização celular. Em contraste, em altas concentrações de radicais livres, eles podem ser importantes mediadores de danos às estruturas celulares, incluindo lipídios e membranas, proteínas e ácidos nucleicos, quando ocorre estresse oxidativo.

Os efeitos nocivos dos radicais livres são equilibrados pela ação antioxidante de enzimas antioxidantes e antioxidantes não-enzimáticos [5]. Apesar da presença do sistema de defesa antioxidante, que protege as células dos danos oxidativos originados pelos radicais livres, os danos oxidativos acumulam-se durante o ciclo de vida e, com os radicais relacionados com danos de DNA, proteínas e lipídios, desempenha um papel chave no desenvolvimento de doenças, como câncer, aterosclerose, artrite e doenças neurodegenerativas . Os radicais livres mais importantes em organismos aeróbios são espécies reativas ao oxigênio (ROS) e espécies reativas ao nitrogênio (RNS). Uma síntese das espécies reativas mais importantes do oxigênio e do Nitrogênio está resumido em (Tabela 1) Foto.


Nesta revisão, nossa atenção está voltada para as relações mútuas de metalotioneína e íons de zinco (II).

As metalotioneínas (MTs) pertencem ao grupo de proteínas intracelulares ricas em cisteína, ligadas a metais que foram encontradas em bactérias, plantas, invertebrados e vertebrados.
Estas proteínas foram descobertas em 1957 como proteínas de ligação ao cádmio isoladas de rim de cavalo. Desde a sua descoberta, estas proteínas ricas em cisteína de baixo peso molecular têm sido continuamente estudadas em todas incluindo propriedades físicas, químicas e bioquímicas. Mamíferos MTs pode conter 61-68 aminoácidos, e entre eles 20 são cisteínas. Estas proteínas únicas estão envolvidas em diversas funções intracelulares [18], mas seu papel na desintoxicação de metais pesados e na manutenção da homeostase essencial de íons metálicos, que é devido à sua alta afinidade por esses metais, é principalmente investigados. Para os mamíferos, MTs ligam o zinco, mas com excesso de cobre ou cádmio, o zinco pode ser facilmente substituído por esses metais. Células que contêm quantidades excessivas de MTs são resistentes à toxicidade de cádmio, enquanto linhas celulares que não podem sintetizar MTs são sensíveis ao cádmio. Estudos genéticos usando modelos de camundongos transgênicos ou knockout são mais evidências do papel das MTs na proteção contra toxicidade de cádmio. Com base em modelos estruturais, pode-se supor que a molécula MT é composta por dois domínios de ligação, α e β, que são compostos por clusters de cisteína. A ligação covalente de átomos metálicos envolve resíduos de sulfídrico cisteína (Foto). A parte N-terminal do peptídeo é designada por domínio β e tem três locais de ligação para íons bivalentes, e a parte C-terminal (o domínio α) tem a capacidade de ligar quatro íons metálicos bivalentes.

O Dr. Prof. Volney Garrafa, em 1999 em Brasília, no Seminário sobre os Transgênicos no STJ mereceu o questionamento: “Quando o conhecimento na Biologia Molecular está subordinado ao mercantilismo imperial na Sociedade Industrial Moderna, qual é o poder da Bioética moderna (adventícia) para alterar esses rumos? Desde 1919, oficial e legalmente são conhecidos os danos dos agrotóxicos na saúde e natureza, mas eles continuam em ascenção...

Estes formandos tem uma tarefa gigantesca engrossar as fileiras para a retomada do caminho Ético na e com a Natureza. Valeu o pioneirismo grande mestre, médico homeopata Radjalma, já há uma trilha a encontrar.
________________________
*Engenheiro agrônomo e florestal, ambientalista e escritor

O pequeno empreendedor...


... mais do que uma força econômica de circulação de dinheiro, é também um circulador de ideias e anseios coletivos. E deve se apropriar disso, pois, senão o fizer, as entidades que o representam, o farão - sempre ligadas a interesses maiores, utilizam esse poder para apoiar grupos políticos, raramente em benefício desse trabalhador local. A hipocrisia da independência perante o cliente é tanto falsa, quanto perigosa.


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

O “Canchofanante”, o silêncio obsequioso da Ciência e a espera do Galo de Fogo



Amanhã é 28 de dezembro, o "dia dos santos inocentes", quando se diz a todos depois das brincadeiras, que a inocência te valha. Para aqueles que não sabem, mas eu sou do tempo dos paquidermes e na véspera de natal o "Chanchofante" não chocou-me. Nem a possibilidade de ser causado por agrotóxicos, pois isso é tão banal que já não choca ninguém, ainda mais quando naquela manhã passei em frente ao hospital do câncer infantil e eu pude ver muitos jovens e seus pais todos ansiosos para o ônibus da prefeitura Que os levaria a suas famílias para a festa religiosa e de final de ano. Que a inocência lhes valha!


Lembram-se da série de filmes italianos "Il Mondo Cane". Assim me sinto com o tema. Em pelo menos quatro dos jovens suas cicatrizes mostram operação no cérebro e tenho absoluta consciência que eram todos filhos de agricultores, vítimas da tecnologia e do agrobusiness. Voltar para casa melancólico, pois foram quarenta anos lutando ensandecido contra os agrotóxicos e eles a cada dia mais e mais consolidados como verdade científica do Complexo Militar-Agro-Industrial-Alimentar-Financeiro, que quer que pensemos que são os salvadores da humanidade. Que a inocência me valha!

Eu gosto de luta grossa, "barulho" como dizia o Cid, o campeador. Antigamente os paquidermes eram: Paca, pecari, porcos, javalis, antas, hipopótamos, rinocerontes e elefantes ou mamutes. Aprendi que isso está em desuso. Mas é estranho que o porquinho nascer com a carinha do proboscídeo elefante, maior que a do tapir (anta). Gostaria de conhecer o genoma de cada um deles e saber quanto são parecidos, similares e que mudou nas proteínas do "Chanchofante". Sim, seria algo interessante.


Eu esperei cinco dias e não achei nenhuma nova notícia publicada sobre o tema. Será que o assunto não interessa a ninguém? Não mereceria um levantamento das autoridades nacionais, Multilaterais, nem da ciência? Será que foi feito um estudo do genoma dos porquinhos natimuertos, em função da nova epigenética ou do Instituto de wave genetics do Dr. Piotr Garyaev?

Não há espaços para ilusões em acreditar que o "Chanchofante" causado por agrotóxicos é diferente do causado por micotoxinas, ou metais pesados, ou qualquer outra ocorrência ambiental ou falta de governo e responsabilidades sociais, pois inocência é diferente e ingenuidade.

No entanto, a situação é bem mais grave se causada pelo "Promotor 35 S RNA DO VÍRUS DO MOSAICO DA COUVE-flor" (camv) introduzido nas células de sementes transformadas geneticamente existentes na atualidade, como alertado da Nature, em Abril de 2000 pelo Joe Cummins, University of Western Ontario; mae-Wan Ho and Angela Ryan, department of Biological Sciences, Open University, Milton Keynes do Reino Unido.
Questionar, especular e sofismar são coisas muito diferentes, e nada ingênuas ou inocentes.

Depois, tivemos um silêncio além de obsequioso, quase sepulcral da ciência, bem compreensível, porque hoje em dia não existe mais estado forte ou entidade independentes no, nem ingenuidade grátis ou inocência útil, pois estão todos dependente exclusivamente do dinheiro que as empresas gastam. Os três, propostas com os interesses dele, e os rebeldes como o casamento prof. Puzstai, prof. André Carrasco (RIP) ou prof. Eric seralini correm o risco de a desmoralização.

A pergunta que não quer calar é: com o uso pela biologia molecular dos Non Ribossomal Peptides Sintethases (NRPSS) e as novas famílias de metallothioneinas (MPF) no uso acelerado como "Natural Resistence Associaited Macrophagus, NRAMP" apontam para os futuros waterings Exponenciais acordando genes atávicos?

Saudades do tempo em que a visão científica obrigava a um uma resposta ou satisfação à sociedade. Era uma época ingénua, inocente, saudável, sem medo, cumplicidade ou covardia e ninguém tinha medo do novo. Então feliz dia, feliz ano novo, até a chegada do Galo de Fogo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Dos tomates gigantes da vizinha solidária e algumas outras reflexões



Há pouco menos de 1h, bate alguém em minha porta, e quando atendo, sempre com o ressabiamento de quem não recebe visitas, sou surpreendido, com um a minha vizinha de condomínio com um prato, com que pareciam caquis, pelo volume, mas não demorei para perceber-se tratar-se de quatro grandes tomates. “Gostas? É orgânico”, disse ela, com um sorriso de quem sabe estar fazendo o bem. “Claro, e muito mais sendo assim”, respondi. Tratava-se de uma pequena amostra da colheita da horta das irmãs missionárias, da escola em que ela leciona. 

Mas, confesso, que meu contentamento, nesse caso, ainda que adore tomates orgânicos, estava mais além do que o mero presente, tinha a ver com a oportunidade de ter me dado conta o quanto é valioso cultivar a solidariedade, e como ter vizinhos – esses seres raros em nossos dias nos padrões de outrora – é uma oportunidade interessante para isso.

Lembrei-me, a partir dessa interação, de tantas vezes que tive no contato de pessoas que moravam próximas um apoio de informação, afetividade, ambientação e outras tantas formas de socialização saudável, entre as várias cidades que morei. No interior, dizia essa minha vizinha, quando matavam um animal, enquanto esquartejavam o bicho, iam citando que a parte tal era para fulano e a outra para cicrano, sendo as crianças responsáveis por distribuir esses pedaços à vizinhança. Ao comentar essa tradição com a minha mãe, que também cresceu no meio rural, ela confirmou isso, e até deu outros detalhes sobre essa cultura do compartilhamento.  

 A cultura da doação e da troca se empobreceu, de fato, em nosso meio, por várias razões. Uma delas, acredito, é o medo de perder o que se tem, materialmente falando, mesmo que dispensável isso o seja. As necessidades se multiplicam em uma cultura consumista, e ter pode tornar-se um valor por sí só, que facilmente leva ao acúmulo. Acumular o que não se precisa, como se o mais importante fosse o dinheiro e os objetos em sí, mas não aquilo que ele pode proporcionar, inclusive a partir de sua partilha.

A propósito disso, uma experiência que tive há poucas semanas, com um amigo, professor universitário de Brasília, ficou-me bem marcada. Em uma mesa de bar, na calçada da Andradas, onde passam várias pessoas que pedem dinheiro ou vendem coisas, um casal passou por nós vendendo balas. Diante de nossa recusa, o homem perguntou se poderíamos ajuda-lo para comer um lanche, ao que meio colega disse “Podem pedir”. O cara pediu o lanche, mas, educadamente, perguntou se podia pedir uma torrada, ao invés do salgado, e a reação de meu amigo foi mais enfática e ousada: “Vocês podem pedir o que quiser”.

Fiquei um pouco perturbado com aquilo, confesso, já que não sabia bem como o casal reagiria e, embora saiba que o salário de meu colega não é ruim, pensei que ambos pudessem abusar. Mas, pra minha/nossa surpresa, a única coisa fizeram foi pedir uma torrada um pouco maior. E na saída, após alimentados, rasgaram elogios e agradecimentos ao meu amigo. “Eu nunca vou me esquecer disso, foi um grande presente de Natal”. Essa experiência me marcou bastante a respeito dessa ideia que temos do dinheiro e a ambição, bem como sobre o que significa a liberdade de escolher para quem tem bem pouco.

Nesses tempos de grades, muros e cercas, em que o estranhamento e a desconfiança é a regra entre os seres humanos, acho que poderia ser bem positivo recuperarmos aquela cultura de troca de nossos antepassados. Há espaços e canais para isso hoje, muito mais que em outros tempos. A ideia que precisamos apenas possuir e acumular pode ser tão viciante e prejudicial quanto a noção arrogante de que não temos mais a aprender ou colocar em dúvidas nossas convicções. Nesse aspecto, o compartilhamento no plano material tem muito a ver com a partilha de ideias e dúvidas no plano do saber, e em ambas instâncias, recebemos satisfações e valores que não podem se medir monetariamente, exatamente por que são imensuráveis no que se refere ao desenvolvimento do espírito, seja sob que ótica religiosa ou filosófica esteja se situando.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Provocações do Tião: Lobrobó, os fins das descobertas químicas e o biopoder ultrasocial camponês




Sebastião Pinheiro*

A música é " Traição " e o tema " Sideróforos ", vocês já sabem seus significados. " recordar é viver". Um dos meus trabalhos mais interessantes como estudante florestal foi a " Produção de ácido cítrico", a partir do serragem de madeira, hidrolisada em Beta-glicose, pelos métodos de bergius e scholler-Tornesch (1932 ), que inoculado com aspergillus niger em, ventilação constante, nos idos de 1971, no Parque Pereyra Iraola, foi uma inovação. Sim, eu sei que não tinhas nascido, mas é importante que na época também não conheciam-se plantas C4 (1974) e menos ainda as do metabolismo do ácido crasulácio cam (1985), do meu querido cacto e amadas cactáceas, como O etnológico "Lobrobó ", apelidado pela igreja com o nome " Ora Pro Nobis", em seus santos óleos, para não se identificar com a comida dos escravos de um continente onde não existem cactos.

Nessa época, a enzima mais abundante no planeta, a rubisco, ainda era desconhecida, por favor, não riam (Foto).




Bem, até o fim da Primeira Guerra Mundial, o total de ácido cítrico era produto da Agricultura Italiana, em especial da Sicília, mas a indústria microbiológica norte-Americana o começou a obter, por fermentação, e depois, floco, toda a produção industrial, com um pacote de patentes poderosas.

Todos nós falamos da máfia e do Vesúvio, mas esquecemos dos milhares de hectares abandonadas pelo desemprego. Sim, eu gosto da tecno-Sociologia-Económica (Foto).



Em 1937, os estudos científicos sobre a importância da fermentação cítricas na respiração celular foram oferecidas com o prémio Nobel Szent-Györgyi, especificamente com relação ao ácido fumárico, peça chave nessa. Mas, somente em 1953 é que os estudos sobre o "Ciclo da Respiração Celular” serão completos, quando foi premiado com o Nobel de Fisiologia e Medicina Adolf Krebs e Fritz Lipmann, cientistas alemães "convidados" para a universidade de sheffield e aconteceu a ter o nome do primeiro.

O Ciclo de Krebs passou a ser conhecido como o Ciclo do Ácido Cítrico, e Depois, Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos). Trata-se de uma via metabólica e sucessão de reações químicas, que faz parte da respiração celular em todas as células anaeróbicas, onde é libertada energia armazenada, através da oxidação do acetil-coa derivado de carboidratos, gorduras e proteínas em dióxido de carbono e energia química em forma de trifosfato de adenosina (ATP). Em células eucariotas, ocorre na matriz mitocondrial. Nas procariotas, o Ciclo de Krebs é realizada no citoplasma. Com esses dados preliminares, vocês podem começar a entender o preâmbulo e então adentrar aos sideróforos.

Gostei muito do blog do Oliver branco, pelo sentido do biopoder camponês (Foto).


Conheci os sideróforos a partir do livro " Plants pathology and plants pathogens" de John Lucas, de 1998. No início, eu pensei que eles eram " anjinhos bons ", pois assim está posto naquele. Contudo, hoje se encontra, com o mesmo zelo, tanto sideróforos nos agentes patogénicos, quanto nos saprófitos, pois o que interessa é dominar seus mecanismos ("Nrpss", nonribossomal peptides sintethases; "Ros", reactive oxygen species; fenton reaction; "Fur ", ferric uptake regulation; " Zur"; stress oxidation etc. ) para introduzir os seus genes em plasmídeos, não só para o ferro, mas para todos os metais da tabela periódica, a fim de produzir serviços de saúde e produtos de biotecnologia, como, por exemplo, genes de hipersensibilidade e resistência a doenças. As ervas medicinais são todas ricas em "esses" Sideróforos pois refeitos um elo quebrado, mas a ganância procura a patente no sideróforo mutante (us 4479936 a ou na nrrl-B-12537) e milhares de outros detidos em Segredo Bio-Industrial.

De outro lado, para o biopoder camponês não interesse neste caminho, mas só de saber que existem estruturas evolucionarias na rizófora dos seres vivos onde muito complexas interfaces ultrasociales entre humanos, microrganismos, vegetais e minerais são estabelecidas para a construção dos "Sideróforos", e não como a biologia molecular está induzindo a acreditar que a "Quinta pata do gato" foi encontrada e tem de ser comprada (Foto).

Lembro a vocês que o primeiro laboratório de biologia molecular foi criado por Max Peretz, antes da Segunda Guerra Mundial, em Cambridge, Reino Unido. Depois, na Universidade (Rockefeller), de Chicago, em 1947, Leo szilard e Aaron Novicki criaram o segundo nos Estados Unidos.

Por isso que dou ênfase e peço relerem os dois parágrafos anteriores: "há estruturas evolucionarias na rizófora dos seres vivos onde muito complexas interfaces ultrasociales entre humanos, microrganismos, vegetais e minerais são estabelecidas para a construção civil dos" Metalofóros ". Eles são nada mais que a essência da energia em sintropía com a vida, é o que consta do trabalho "The Impact of transition metal on bacteriana plant disiease".

Gritamos em uma só voz: continua e continua ZV pelo biopoder ultrasocial camponês, feliz natal e paz a todos.


*Engenheiro agrônomo e florestal, ambientalista e escritor

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

PROVOCAÇÕES DO TIÃO: Condolências Cívicas


Ontem mandei mensagens para alguns amigos para as festas de final de ano. Infelizmente, não eram de parabéns ou parabéns, mas sim de condolências cívicas, religiosas e sociais, pois se eu tivesse que usar uma palavra para definir a actualidade mundial, nacional e local em todas as latitudes e longitudes, é ela: Perfídia.

Para muitos "Traição" é somente a letra imortal da música do compositor mexicano (México). Dominguez apagas, mas poucos se dão conta que a "Traição" é uma palavra do jargon militar com significado de falsidade, engano, traição, bem mais ampla.

Se pra mim isso está sendo o tempo que acaba ou a gente que começa pelo ângulo que você deseja ver. (Foto)


Procurando a "Quinta pata do gato", acrescentei a minha mensagem o estudo feito por o https://hendersonlefthook.wordpress.com/.../the-federal-reserve-cartel-a-financial-para... sobre o federal reserve system (Fed) dos EUA, dividido em quatro partes. É bem possível que mesmo nos EUA não é conhecido que o banco central, que imprime o u.s. dólar seja privatizado.

Ontem o presidente do banco central do Brasil usou de perfídia com o público sobre a situação das taxas de juros no país, enquanto nas ruas de minha cidade encontro conhecidos e amigos que contestam que os órgãos públicos estão sendo extintos de forma célere; mas nenhum deles vejo relacionar o feito com uma ordem superior emanado da autonomia do Fed, pelo que devemos aprovar leis heteronómicas para satisfazer seus objetivos.

O que me deixa mais envergonhado é que esses militantes ou não esquecem que os mesmos órgãos foram criados por ordem do próprio sistema (Fed) para atender os seus interesses em outras épocas que agora estão anacrónicas.
Para os desavisados, isso não é uma justificativa, mas aviso que o problema é duplo ou seja nas duas pontas. Acho que deixo para vocês o porquê de as condolências, quando me lembrei que amanhã 23 de dezembro faz 103 anos da privatização do banco central dos Estados Unidos. (foto)



Minha tristeza é que a quase totalidade dos meios de comunicação, organizações sociais sabem mas não questionam as táticas e estratégias do poder mundial, uma vez que anseiam por fazer parte da perfídia económico social.

Convido a todos para a reflexão rebelde ao cantar a música como o mesmo sentido dos cartoons, que são anteriores à criação do Fed ou as suas leis e governo heteronómicos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

PROVOCAÇÕES DO TIÃO: No buraco negro do capitalismo – tempos do Ferro


Sebastião Pinheiro*

Pavel expôs a matéria de " a jornada do campo ", mas antes de encontrá-la me trará com a foto e o texto: " o burguês, não conforme com possuir grandes tesouros dos que ninguém participa, em sua ganância insaciável, rouba O produto do seu trabalho ao trabalhador e ao peão, priva o índio da sua pequena propriedade e não satisfeito ainda, o insulta e bate fazendo alarde do apoio que lhe prestam os tribunais, porque o juiz, única esperança do fraco, tenha tido também ao serviço Da CANALHA " - Emiliano Zapata (1879-1919).

A leitura me aguzó a visão. Um século mais tarde, sem dúvidas chegamos ao centro do buraco negro do capitalismo internacional, onde o tempo não passa, pela enorme gravidade e todos os valores são esmagados pelo poder infinito do "Novo Ordo Seculorum".
A cidadania deixa de ser o Valor Supremo advindo da vida, voto universal e liberdade, para passar a ser o exercício do poder da riqueza na escravidão de todos e tudo ". Exemplificada na alocução latina " Jus Prima Nocte ", violência máxima à natureza e dignidade Humana.

A guerra na Bósnia entre a Sérvia e a ONU ou os escândalos "Wikileaks" que significam nessa ordem? Sim, a idade está a fazer-me taciturno, pois já não quero ouvir ninguém por medo da mediocridade da ordem imperial da nova máfia yankee-Brexit e suas estratégias diante da consumista opinião pública internacional induzida.

Minhas leituras recentes me levaram a Goethe, que disse que seus poemas e obra literária não eram tão importantes quanto os seus estudos sobre a luz, o que ampliou a minha ignorância. Não damos valor a luz, a não ser quando ficamos súbito sem ela na escuridão.

Na Floresta no sul da Patagônia, em 1971, em uma madrugada vislumbrei tons esverdeados raros no céu ao ver uma aurora austral. Não imaginei o que era, no entanto, fiquei fascinado. Fui saber o que tinha visto mais de trinta anos depois a ver uma foto e reconheci minha infelicidade ignorante (Foto). Agora, a reflexão me leva a constatação do poeta.


A Aurora é um incrível show de luz provocado pelas partículas elétricas originárias do sol quando entram na atmosfera terrestre e coliden com os gases e campo eletromagnético ao redor dos pólos em ocasiões muito especiais. Vocês se dão conta do risco que é não estar preparado para entender o que disse há um século pelo líder camponês mexicano, quando a TV, rádio e jornais entorpece o discernimento da cidadania. Sim, a violência é um produto comercial e consumido com satisfação e desespero.

Estive há duas semanas no País e, em onze dias, descobriram mais três cercas, com dezenas de corpos de jovens. Centenas de famílias em luto e dor, milhares de cidadãos em desespero, comoção como eu, um estranho, mas não mais ignorante sobre a beleza, origem e motivo das auroras ou as palavras de uma realidade.

Fernando pessoa cunhou: "estudar é preciso, viver não é". Agora, na agricultura é a vez do ferro (Fe), que é o quarto elemento mais abundante na crosta terrestre, que nem sempre é facilmente acessível, no entanto, um macro elemento Na Nutrição vegetal, que é por esse, muito escasso no mar. Muitos micro-organismos marinhos desenvolveram complexos orgânicos com ferro (III) chamados sideróforos - para sua absorção.
Tão logo a luz cai sobre os sideróforos, eles liberam íons de fé (II) em foto-Redução. Mas, muitos produtos finais do metabolismo da vida, tais como gás sulfídrico (h2s), huminas e ácidos húmicos, causam a redução química do Fe, o que determina a importância da atividade de formação constante de sideróforos, principalmente para evitar a multiplicação dos microrganismos Hospitalar, pois os saprófitos neutralizam a eficiência dos agentes patogénicos em conseguir produzir seus sideróforos pela disputa estratégica (Foto).




Moléculas como o glifosato, que sacrificaram o Fe na solução do solo impede a ação microbiana saprófita e expõe nas células mortas alimento para os agentes patogénicos formarem os seus e aumentar significativamente a incidência de doenças nas lavouras, microbiota do solo e humana.

Corri a procurar o livro: The origem, variation, immunity and breeding of cultivated plants editado com trechos selecionados de vavilov publicado onze anos após a sua morte (Foto).


A segunda parte é sobre os estudos de "Imunidad das plantas contra as doenças infecto-contagiosas", um livro que vavilov escreveu em 1919, e que foi atualizado com mais de 4.000 trabalhos científicos até 1934. São mais de 80 Páginas.

Fui pesquisar na internet bibliography of potatos disiease 1945-Miscellaneous publications n. 1162 u.s.d.a da página 167 até 171 há trabalhos científicos iniciados na Ucrânia depois de 1917 e sobre o tição da Papa (phytophtora infestans), feito por cientistas alemães, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, que chegam até depois da capitulação com aspectos inovadores como a " maior resistência adquirida "pelas batatas sobreviventes ao contato com o agente patogénico da epifítia, como uma " Vacinação vegetal ". É interessante observar como os títulos dos trabalhos mudam depois do fim Da Guerra e como uma nova ideologia ou abordagem passa a dominar os objetivos dos mesmos.

Em todo esse rolo, o metabolismo do ferro tem papel preponderante mas deixado de lado pela ânsia de ganhos com a biologia molecular, que agora procura isolar siderofóros e não a cultivá-las no chão e microbiota humana.
Os camponeses já sabem que as leveduras e lactobacillus não produzem sideróforos, pelo que a construção de campos de metaproteómica são estratégicos. Os adubos biológicos camponeses feitos com bacillus subtilis, megatério e outros são ricos em sideróforos diversos a diferença dos industrializados que não os tem por pasteurizaciones, regulação do PH e foto estabilizadores. O chegar é ir além das fitoalexinas ®, fitoanticipinas ®, anticorpos de toxinas patogênicas®, fagus® construindo o biopoder® camponês, pois a luta continua e continua zv.

_________________________
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, ambientalista e escritor

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Mudanças e Livros, dentro e fora das caixas


Iniciei na manhã de hoje a organização de minha 18ª mudança de minha vida. Cada uma renderia um livro.

Por acaso, comecei a arrumar as coisas pelos livros. Ansioso - porque mudança exige sempre certo prazo - me dispus a dedicar um tempo diário a essa organização, a fim de concluir em poucos dias, mas, com relação aos livros, logo quando me deparei com aquele cenário entre as prateleiras e as caixas vazias, já lembrei que as coisas podem ser um pouco mais complexas. Livros, como a Literatura e a vida - parodiando C.H. Cony, têm seus caprichos.

Então, organizar livros, como toda transformação que se opera em nossa vida, pode ser um processo. Tem seu tempo e atenção devida. Semelhante também à realidade que nos cerca, cada opção, em uma "caixa de oportunidades" apresenta espaços, dimensões, frestas, apertos e encaixes. Por outro lado, nesse curto espaço de contato entre um livro e nossos olhos, especialmente em se tratando de um livro guardado por muito tempo, há uma história que se reacende. Experiências que adquirimos e guardamos em algum canto (de nós) e que ficam lá, como esperando um momento mágico, em que são revistos e tocados, para voltar a despertar dentro de nós novas expectativas.

Daí, se acumulam nesse túnel escuro e infinito daquela prateleira de sonhos e histórias, que atravessamos um dia, energias particulares, com um poder específico de renovar nosso jeito de ser e amar. Sintetizado em cada capa, cada forma, cada desenho, cada textura, e até mesmo no amarelado que encobre suas superfícies, os livros expressam projetos, caminhos, necessidades, apuros, prazeres, enfim, tudo que possa conter em uma existência. E a caixa, ali vazia, como a vida que nos resta, ampla e multifacetada, espera ser ocupada com as devidas adequações.

Podemos, se quisermos, também rasgá-la, dispensá-la e seguir carregando os livros - escritos dentro de nós - sem ajustá-los em algum norte ou enquadramento estratégico. É uma opção respeitável, até mesmo nobre, desde que não perturbemos ninguém com o peso e a dispersão dessa autonomia. Mas se a perspectiva é concentrada em uma chegada, ainda que provisória, a caixa está ali, e exige ser preenchida com sensibilidade e certa maestria.

E são nesses segundos desse transporte do passado para um outro porvir, que cada livro nos apresenta, ou renova, escolhas, lembranças, ideias, e, claro, o ajuste necessário ao espaço que tempos para ocupá-las. Dentro de nós, ou dentro da caixa. Sempre no peso e no tamanho que consideramos caber, para uma nova e emocionante viagem.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

PROVOCAÇÕES DO TIÃO - Com Goethe, mergulhando no micro-organismo Mosanto


Sebastião Pinheiro*
O amigo e colega A. Piaia pauta-me sobre o merchandising da Monsanto, "os micro-organismos no futuro", relatado como ciência para incautos, subservientes ou ignorantes. Eu não pude atender imediatamente, pois estava lendo R. Steiner, o que me obrigou a ler " Teoria da natureza " de J. W. Von Goethe (1749-1832) e, por sorte, já tinha lido " Kosmos " De Von Humboldt (1767-1835).

Mas, me Obrigou a ir até Baruch Spinoza (1632-1677) em " Tratado da reforma do entendimento", e depois" ética demonstrada pela ordem geométrico", tenho horror a coisas místicas ou ocultas misturadas com espiritualidade, em que Agradeço muito a desidério Erasmo, que viveu em Rotterdam (1466-1536), e não gostava de ninguém. É com este espírito que atendo ao amigo em mister tão complexo.

- a faculdade, doente, doutrina alunos para tecnologias no mercado e cria a elite de post-graus para o que as transnacionais estão criando para as duas próximas décadas, e que deve ser consumida, sem solução de continuidade, na periferia. Então, alguns "Papers" avançados devem chegar para revoltar o marasmo e indicar existir uma alternativa ou luz na escuridão.

A tarefa do amigo e colega é difícil, pois eu estava concretizando a construção de minha compreensão sobre "Sideróforos camponeses", e tenho de voltar, não à leituras medievais, ou renascentistas, mas à pré-História da evolução da vida, onde acha-se a folha Rica em taninos, por acção das ferric-Sintetasas, que desencadearam os pré-Sideróforos, e que, nos animais, fez surgir as hemoglobinas como outros antigos sideróforos, que perdeu a função, mas manteve a sua acção não só no animal, mas muito antes nas leguminosas (Brady)-Rhizobium e actinorhizal por frankia SP. Nas fagales, casuarináceas e outras.

Esse racionamento não é simples, e obrigado aos meus professores, me permite diferenciar os microrganismos selvagens dos de laboratórios, criados de forma dirigida para substituir, com a mesma finalidade, mas mais lucros, aos agrotóxicos químicos, como o questionado por Angelo.

Posso garantir que os microrganismos de laboratórios são mais perigosos que os agrotóxicos químicos hoje existentes, pelos efeitos "Sóliton-Holográfico sobre o DNA". Ainda hoje, vemos os mesmos professores que adoravam os pesticidas idiotas (Foto) se transformarem em fanáticos consumidores de microrganismos, sem capacidade dedutiva sobre a diferença entre "o selvagem" do "de laboratório ".

Dão-se conta porque liguei para Erasmo de roterdão? Com ele, vocês irão se dar conta do benéfico que é um e o nefasto que é o outro. Mas onde a corrupção é instrumento de política pública, isso continuará a ser impossível, igualzinho na época da inquisição, com as mesmas torturas... ficou por aqui, e aproveito para apresentar a vocês, um trecho que deveria ser obrigatório antes da primeira aula de biologia No Ensino primário, secundário, médio, graduação e pós-graus, para evitar a quem servem (Foto) os doutores que hoje assustam quando abrem a boca sem o ponto eletrônico no ouvido, que funciona como o seu espírito.



A natureza, por Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)

Natureza! Por ela, estamos cercados e embrulhados, incapazes de sair dela e incapazes de penetrar mais fundo nele. Sem ser requerida, e sem avisar, nos arrasta no turbilhão da sua dança e se mexe com nós até que, cansados, caímos rendidos em seus braços. Acredite, eternamente novas formas; o que aqui está, antes não tinha ainda sido jamais; o que foi não volta a ser de novo. Tudo é novo e, no entanto, sempre antigo. Vivemos em seu seio e lhe somos estranhos. Fala continuamente conosco e não nos revela o seu segredo. Agimos constantemente sobre ela e, no entanto, não temos nenhum poder sobre ela. Parece ter orientado tudo sobre a individualidade e nada lhe importam os indivíduos. Construa sempre e sempre destrói, e a sua oficina é inacessível.

Vive toda nos seus filhos, mas a mãe onde está? É a artista única que, desde a matéria mais simples, alcança os maiores contrastes e sem aparência de esforço eleva-se a máxima perfeição - a mais rigorosa determinação, sempre impregnada de uma certa delicadeza -. Cada uma de suas obras tem Uma essência própria, cada uma de suas manifestações tem o conceito mais isolado e, no entanto, formam um todo único.

Ela recita um drama: Não sabemos se ela mesma o prevê e, no entanto, o recita para nós, telespectadores sentados num canto.

Nela, há vida eterna, um eterno devir, um perpétuo movimento e, no entanto, não dá passos para frente. Transforma-se eternamente e não há nela nem um momento de quietude. O parar não tem significado para ela, e a sua maldição pesa sobre a imobilidade. É forte. Seu passo é ponderado, suas exceções raras, as suas leis imutáveis. Já pensou e medita continuamente, mas não como um homem, mas como a natureza. Foi reservado um significado próprio omniabarcante, que ninguém pode captar.

Os homens estão todos nela e ela está em todos. Com todos, a natureza realiza um amigável jogo e se alegra tanto mais quanto mais você a vence. Com muitos, seu jogo é tão secreto que acabam antes de se darem conta dele.

Também o mais desnaturado é natureza, também o filisteísmo mais prosaico tem algo do seu gênio. Quem não a vê em todo lugar, não a vê em lado nenhum, de forma justa.

Ama a si mesma e tem fixos eternamente em si inúmeras olhos e corações. Separou-se em si mesma para se beneficiar. Faz nascer sempre outras criaturas que a beneficiem no insaciável desejo de se comunicar.

Se compraz na ilusão, e quem destrói esta ilusão em si e nos outros é punido pela natureza como pelo tirano mais severo. A quem a segue com confiança, o estreita como o seu filho contra o seu coração.

Seus filhos são inúmeros. Com nenhum deles, no geral, é muito correta, mas tem prediletos com os que se retirou muito e aos que sacrifica muito. O que é grande o tem sob sua proteção.

Faz brotar suas criaturas do nada, e não diz nem de onde vem, nem para onde vão. Só devem correr; ela sabe o caminho.

Tem poucos molas, mas nunca estão inertes, mas sempre que operam, multiformes sempre.

O seu drama é sempre novo, pois acredite, sempre novos espectadores. A vida é a sua descoberta mais belo, e a morte o seu estratagema para ter mais vida.

Envolve o homem no escuro e empurra-o para sempre para a luz. O torna dependente da terra, desastrada e grave, mas sempre de novo o faz ficar alerta. Levanta necessidades porque gosta do movimento; a maravilha é que obtenha tanto movimento com recursos tão limitados.

Cada necessidade é um benefício: tão logo satisfeita e tão cedo de novo volta a surgir. Constitui uma nova fonte de prazer fazer que isto dê de si o máximo, mas logo a natureza restaura o equilíbrio. Em cada momento seu olhar está estendida para o mais distante e em cada momento está na meta.

É a vaidade, mas não para nós, para quem se torna a coisa mais importante.

Deixa que as crianças se divirtam com ela, que os tolos fiquem acima dela, e que milhares de pessoas se darem de cara contra ela sem notar nada; mas de todos recebe sua alegria e com todos faz as contas.

A suas leis se obedece mesmo quando nos opomos a elas; se age com a natureza também quando quer agir contra ela.

Tudo o que dá o transforma em benefício próprio, pois ele faz isso de antemão indispensável. Induz a que se fantasie e foge para que nunca esteja satisfeito com ela. Não tem linguagem nem discurso, mas cria línguas e corações através dos quais sente e fala. A coroa é o amor. Só através do amor nos aproximamos dela. Cava abismos entre todos os seres, mas todos aspiram a se reunir. O isolou tudo, para tudo.

Com um par de copos da bebida do amor, recompensa o tormento de toda uma vida. É tudo. Se premia e pune ela mesma. Se alegra e se atormenta. Ela é dura e doce, gentil e horrível, fraco e onipotente. Tudo está sempre nela. Não conhece nem passado nem futuro. O presente é a sua eternidade. É benevolente. E eu a louvo com todas as suas obras. É sensata e silenciosa. Não lhe liga nenhuma explicação, nem dá nenhum presente se não é de forma voluntária. Ela é esperta, mas com bons fins, e o melhor é não perceber a sua astúcia. É um tudo, mas nunca está completa. O que faz hoje, pode fazê-lo sempre. A cada um lhe aparece de uma forma singular. Esconde-se sob mil nomes e palavras, mas é sempre a mesma. Assim como me trouxe à cena, vai cortar minha cabeça fora. Mas eu confio nela. Pode fazer comigo o que quiser. Não odiar sua própria obra. Eu não falo eu da natureza. Não, ela já disse o que é verdadeiro e o que é falso. Tudo é culpa dele, tudo é mérito seu (Foto).


_________________________
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, ambientalista e escritor

domingo, 11 de dezembro de 2016

PROVOCAÇÕES DO TIÃO - Pelo retorno a uma alimentação da Natureza


Sebastião Pinheiro*

O amigo Dr. Joel filártiga no Facebook (06 / XII / 16) fez-me lembrar: no final da década de noventa o baixinho menem mandava na Argentina e o "Acadêmico" Cardoso no Brasil, e a novidade eram as sementes transgénicas impostas por "colmeia" Clinton, apoiadas pelos organismos multilaterais de finanças e tecnologias. O publicado pelo doutor sobre a escola que leva o nome de seu filho " Joelito "envenenada pela delta pine com sementes de algodão" vencidas " (sem poder germinativa), tratadas com uma bactéria geneticamente alterada e seis inseticidas e fungicidas " me fez reviver coisas Felizes, tristes e com medo.

Em 11 de dezembro de 98, estive em Basiléia, na sede de uma entidade internacional de trabalhadores, na indústria da alimentação e agricultura, com quem estava trabalhando somente por ideologia social e política. A Diretora Inglesa ficou muito chateada quando me perguntou sobre a Argentina e o Brasil, no caminho liberal e eu, sarcástico, disse-lhe que em três anos ela ia ter sua resposta sobre a catástrofe. Eu errei por oito dias, pois o dia 19 de dezembro de 2001 Argentina conheceu o caos.

Pois em 19 de março de 99, fui chamado de urgência ao Paraguai para o atentado terrorista de Delta Pine, em Canto-í, e Canto Florido, no departamento de Paraguarí. Lá, conheci Ana Segovia, uma das pessoas que abraçou a população e lutou pela causa, correndo riscos de vida. Ela migrou para Espanha, onde vive agora. Sim, no mundo há muita estenderá " (Rupert Sheldrake).

Ao chegar em Assunção, fomos direto para o local do cancele tóxico de 600 toneladas de sementes, envenenadas por ordem do ing. Agr. Jones e Eric Lorenz, cidadãos norte-Americanos, e corrupção de seus subordinados nacionais. As pilhas de sementes, que cuidadosamente foram removidas de seus sacos para impedir a identificação, estavam por toda parte, e muito perto de uma escola com 276 alunos. Cauteloso, sem os conhecidos comportamentos temperamentais ou passionais latino-americanos, enchi uma garrafa de água mineral, lavada várias vezes, com as mesmas sementes envenenadas. Eu ia voltar imediatamente para trabalha nelas, e poder apresentar o meu documento para a entidade.

À noite, fomos jantar e conheci uma das maravilhas da cultura guarani o "Chipa" um pão de mandioca feito em uma frigideira com queijo. No regresso ao hotel, fui a uma manifestação, pois o partido colorado tinha convenção para seus candidatos à presidência da República, uma festa linda como todas as que existem no continente, mas sem futuro. Na madrugada, eu ia sair para o meu voo e não é bom passar na alfândega com material subversivo (amostras de sementes envenenadas), algo não muito difícil para quem viveu os anos 70 na Argentina e Brasil e conheceu o que foi a guerra fria na Europa.

Passei fácil, mas ficamos dentro do avião brasileiro mais de uma hora retidos, sem saber o porquê. Finalmente, o avião descolou e o comandante avisou que a retenção tinha sido pelo assassinado do candidato à presidência e vice-Presidente do Paraguai Luís Maria Argaña. Fiquei com medo, mas depois desembarcamos em Foz do Iguaçu.

Em sementes de cor azul tinha sem um conjunto de dois inseticidas fosforados, o mais perigoso deles o metamidophos, que desdoblase em t.e.p.p (TETRA ETIL PYRO PHOSPHATE) arma de guerra química além do bacillus subtilis patenteado, além de três fungicidas.

Em menos de 48 horas, encaminhei o documento para as providências. O livro de Carlos Amorin "sementes da morte" é rico em detalhes sobre o que aconteceu depois.

Hoje, o Dr. Filártiga diz :

- O ex-Ministro da Agricultura, Pedro Lino Morel Servian, em cumplicidade com o Ministro do Interior naquele tempo, Julio Cesar Fanego Arellano. Esta semente envenenada com agrotóxicos foi a causa do falecimento de três filhos e a Sra. do Secretário do meio ambiente dessa comunidade, Sr. João Paulo Baez. Produziu uma epidemia de casos de câncer e de morte de mais de uma centena de pessoas no período de mais de três décadas.

Não há tempo para ter vergonha. Sem ofender ninguém, eu tinha certeza que isso ia acontecer, e antecipei a quem com que colaboravam, e não gostaram nem um pouco. Eu tinha a minha prioridade, era enfrentar o "Contrabando oficial" de sementes transgénicas, desde a base da Monsanto-Nidera, e as elites brasileiras faziam de conta ser contrárias, e eu precisava entender o que estava sendo executado sobre o estado nacional e a ordem mundial, pois todos os Protocolos, convenções e tratados estavam sendo quebrados por uma empresa, com a mesma crueldade que a de Deltapine no Paraguai.

Dois meses depois, em Salvador, o Ministério Público Federal organizou um debate sobre sementes transgénicas com a participação da Embrapa, universidades e movimentos sociais, e eu compareci, por intervenção das colegas Lucedalva e Maria Higina. As pessoas da investigação enfeitavam exultavam, mas ficou muito chateada ao gritar que a biotecnologia era a mais antiga das tecnologias, e nada nova.

Mas algo que me deixou muito surpreso foi a presença no conclave do presidente da Associação Brasileira da indústria de alimentos (Abia), que teve uma confusão com o prof. Dr. R. O. Nodari, um dos poucos nacionais contrários aos desmandes com os transgênicos. Atônito com a grosseria e agressividade contra o professor universitário, passei a construir o meu entender pela razão da presença do lobby corporativo naquele recinto.

No Brasil, desde 11 de setembro de 1990, é o Código de Defesa do Consumidor que obriga os alimentos transgénicos a serem marcados. Toda e qualquer rótulo é a melhor forma de garantia de qualidade de produto, e sua identificação deve ser de interesse dos produtores e consumidores.

Já antes de Carral ou Suméria, superar a sazonalidade na produção de alimentos é procurada através da transformação e conservação, que fez nascer a indústria de alimentos.

É necessário salientar que o alimento humano, dia a dia, é menos encontrado em "a natureza " de von Goethe ou " Cosmos " De Von Humboldt, e cada vez mais no tempo " Ultra-Social " no espaço humano na natureza (Agricultura). Depois, o alimento é fruto do tempo "Ultra social" humano, naquele espaço natural, e a indústria de alimentos é a primeira indústria (Food Industry) da humanidade. Por isso, ela se autodefine na Wikipédia:

"a indústria alimentar é um complexo, um coletivo global de empresas diversas que abastecem a maioria dos alimentos consumidos pela população mundial. Só os agricultores de subsistência, os que sobrevivem com o que cultivam e os caçadores-coletores podem ser consideradas fora do alcance da indústria alimentar moderna e inclui:

Agricultura: Produção vegetal e criação de gado, e marisco; fabricação: Agroquímicos, construção agrícola, máquinas e insumos agrícolas, sementes, etc. Processamento de alimentos: Preparação de produtos frescos para o mercado e fabricação de produtos alimentícios preparados. Marketing: Promoção de produtos genéricos (por exemplo, painéis de leite), novos produtos, propagandas, campanhas de marketing, embalagens, relações públicas, etc.

Comércio por grosso e distribuição: Logística, transporte, armazenamento. Serviços na alimentação (que inclui catering); comestíveis, mercados de agricultores, mercados públicos e outros.

Regulamentação: Normas e regulamentos locais, regionais, nacionais e internacionais para a produção e venda de alimentos, incluindo a qualidade dos alimentos, a segurança alimentar, o marketing / publicidade e as actividades de lobby da indústria; Educação: Académica , consultoria, formação profissional, investigação e desenvolvimento: Tecnologia alimentar serviços financeiros: Crédito, seguros ".

Bem, não sobrou nada lá fora...

Por tudo o que disse acima, podemos compreender que a ideologia e dogmas da indústria de alimentos é ser hegemónica pelo seu poder em alterar a " Sazonalidade " e " regionalização " na produção de alimentos. Ela não sabe que não produz alimentos, somente os transforma, desvitalizando, parcial ou totalmente, uma vez que a produção será ad eternum, a transformação do sol em cadeias de carbono, nitrogênio, enxofre, hidrogênio, oxigênio, fósforo, silício e outros minerais que ela não tem Capacidade de fazer no tempo ultra social ou fora dél.

É impossível o sucesso de produto industrializado perante um natural fresco ou recém-colhido, mas seu valor aumenta de forma exponencial na ausência e controlado com habilidade pela propaganda pela exoticidad, que permite atingir outras latitudes. Leite em pó não substitui o leite humano dos escravos, nem leite materno. É fruto de uma política financeira, da mesma forma que as bananas, fruto natural valioso pela manipulação do final que excluísse a regra em um mundo onde mais de metade do que é produzido em campos é perdido pela transformação, manipulação e especulação financeira .

Com o fim da guerra fria, a política da fome perdeu discurso e hoje nos supermercados tem quase a mesma comida industrial para animais de estima que para pessoas, o que comprova a importância da atividade ultra social do biopoder camponês. Sem que tenhamos consciência que só comemos quatro cereais duas ou três tubérculos e dois ou três raízes e a fome oculta (hidden hunger) se esconde mais de ¾ partes da população mundial e ¼ tem obesidade doente e até mórbida e para ela

A Indústria de alimentos oferece suas pílulas de minerais de alta rentabilidade e para uma complementação nutricional culturas de single cell protein dos micróbios cultivados sobre águas negras ou servidos. Não fiquem nervosos, há orgânicas certificadas, são mais caras, é claro que são para os ricos.

Aqui terminamos com a contradição ideológica e dogmática da presença do presidente da Abia numa reunião contra as sementes transgénicas: pela primeira vez na sociedade industrial algo novo, mais tecnológico, científico: as sementes não eram destinadas aos mais ricos, nem Mais caras, muito pelo contrário, eram para ser distribuídas para os mais pobres e sem informação, contudo, produziam muito mais lucros, porque não podiam ser identificadas no rótulo, como dizia o Código de Defesa do Consumidor, o que foi alterado pela ação de um Congresso igual, ou pior, que os ex-Ministros criminosos citados pelo Dr. Filártiga.

O camponês que elaborava o chuño, hoje dia come "Cup noodles" - maruchan - e sardinhas acondicionadas pois perdeu o biopoder, mas a luta continua e continua zv.




_________________________
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, ambientalista e escritor