"Cabe aos movimentos sociais do campo se organizarem e lutarem agora, por um novo tipo de reforma agrária. Chamamos de reforma agrária popular. Além da desapropriação de grandes latifúndios improdutivos é preciso reorganizar a produção agrícola, com um novo modelo. Nós defendemos políticas que priorizem a produção de alimentos. Alimentos sadios, sem agrotóxicos. Uma combinação de distribuição de terras com agroindústrias nos assentamentos na forma cooperativa, voltada para o mercado interno. Implantando uma nova matriz tecnológica baseada nas técnicas agrícolas da agroecologia."
(João Pedro Stédile). Entrevista, na íntegra, em Carta Capital. Foto: Mauricio Lima/AFP
"O HAMAS, que é um grupo palestino muçulmano sunita, tem como intenção, através de ataques, serem ouvidos sobre a situação caótica de seu povo árabe, pois através do diálogo não houve uma resposta satisfatória."
domingo, 31 de julho de 2011
sábado, 30 de julho de 2011
Naqueles tempos do Castro - e da Blitz
Acorda, pega a pasta e te manda.. Anda... de bamba, conga ou kichute... Lute... pela linha na Americana... Cana.... na quadrilha que li no Correio... Creio... em poesia no grito do Américo... Histérico... orientando a confusão no sereno... Breno... a paciência no exercício... Suplício... da matemática sem coração... Tesão... sente a menina e se toca... Coca... é tri com pastelina.. Sina... do Sarnei, Lula e Brizola.. Bola... passa o Magrão ao retardado.. Tarado... pela marcinha nos corredores... Dores.. na saída, quando é não a resposta... Mostra... o poema para a amiga dela... Bela... que na noite vai ser opção... União..., Plhiper, Star ou Bailão... Não... até sábado é tormento... Vento... entre a 48 e outras ilhas... Milhas ... passeia um navio sem mastro... Castro.. na trajetória de quem se ausenta... Oitenta... a memória de uma Geração.
O poema acima, que fiz há alguns anos, teve a ver com a nostalgia em relação à década de 80, que marcou forte a minha juventude, mais precisamente pelos 12 aos 18 anos. Também veiculei o texto em uma comunidade que criei no Orkut, posteriormente apropriada por um de seus membros.Se refere à escola Castro Alves, onde estudei por esse período. Vários dos termos utilizados só são compreensíveis a quem conhece a cidade de Alvorada, ou viveu "Nqueles tempos do Castro". Pois bem, naquela década, entre outras baladas, a Blitz expressava um certo sinônimo de rebeldia. Lembrei disso hoje, ao ouvir no rádio que esse conjunto anda fazendo shows pela Capital. Os anos 80 marcaram por vários motivos. Era uma década em que a demcocracia brasileira começava a dar os primeiros sinais de vida, após vários anos de censura - os demais avanços até hoje vão se construindo. Mas essa banda também expressava, ao nível da cultura, um modo despojado de viver e amar. Tudo mudou e diversificou bastante de lá para cá. Mas a criatividade e a performance nas letras e shows daquele grupo marcaram um estilo próprio, que vale a pena recordar.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Bem estar animal exige "ética, lei e sanidade"
20:48 - quarta-feira, 27 de julho de 2011
Aproximadamente 200 pessoas - entre gestores municipais, lideranças civis ligadas a proteção aos animais e outros participantes lotaram o auditório do Colégio Ulbra Cristo Redentor, durante o 1º Seminário municipal de políticas públicas para o bem estar animal, realizado na noite desta quarta-feira, 27. “O amor aos animais é o que nos une. Há mesmo essa idéia de coisificação e mercantilização dos animais. Se indignar com isso é o primeiro ato de rebeldia, mas de construção de uma política pública, e isso passa pela sensibilização”, declarou o prefeito Jairo Jorge na abertura do evento. O seminário envolveu a exposição sobre aspectos de legais, éticos e sanitários, como controle populacional dos animais e cuidados necessários durante uma adoção, incluindo a posse responsável e a castração. “Eu não quero conhecer animais só conheço uma raça: SRD (Sem Raça Definida). Afinal, animal não é como carro, que se categoriza. Respeito o gosto pelo tipo de animais diferentes, mas não podemos permitir que a criança, estimulada por isso, descarte o animal após crescer. Animais não deve ser comercializado como mercadorias”. Declarou o vereador portoalegrense Adeli Sell, um dos palestrantes, recebendo aplausos da platéia. Realizado pela Prefeitura de Canoas, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, o seminário integra o processo de debates e construção de um Plano de Bem Estar Animal. “Esse é um momento histórico para a cidade de Canoas, e para que muitos municípios possam se espelhar em nós. Interagir, ouvir e saber das responsabilidades do poder público, da iniciativa privada e do cidadão faz esse momento especial”, avalia a secretária Beth Colombo. Para o coordenador da Ong SOS Animal, Rodrigo Campos, o seminário representa um avanço importante para Canoas. “O animal não é uma coisa é uma vida. Estamos aqui para discutir e planejar e já temos ações sendo tomadas”, reconhece. Nesse momento, faz uso da palavra o Alexandre Szekir, técnico da Unidade Municipal de Controle e Bem-Estar Animal.
Ronaldo M. Botelho
Direto Do 1º Seminário Municipal de Políticas Públicas para o Bem Estar Animal
Aproximadamente 200 pessoas - entre gestores municipais, lideranças civis ligadas a proteção aos animais e outros participantes lotaram o auditório do Colégio Ulbra Cristo Redentor, durante o 1º Seminário municipal de políticas públicas para o bem estar animal, realizado na noite desta quarta-feira, 27. “O amor aos animais é o que nos une. Há mesmo essa idéia de coisificação e mercantilização dos animais. Se indignar com isso é o primeiro ato de rebeldia, mas de construção de uma política pública, e isso passa pela sensibilização”, declarou o prefeito Jairo Jorge na abertura do evento. O seminário envolveu a exposição sobre aspectos de legais, éticos e sanitários, como controle populacional dos animais e cuidados necessários durante uma adoção, incluindo a posse responsável e a castração. “Eu não quero conhecer animais só conheço uma raça: SRD (Sem Raça Definida). Afinal, animal não é como carro, que se categoriza. Respeito o gosto pelo tipo de animais diferentes, mas não podemos permitir que a criança, estimulada por isso, descarte o animal após crescer. Animais não deve ser comercializado como mercadorias”. Declarou o vereador portoalegrense Adeli Sell, um dos palestrantes, recebendo aplausos da platéia. Realizado pela Prefeitura de Canoas, por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, o seminário integra o processo de debates e construção de um Plano de Bem Estar Animal. “Esse é um momento histórico para a cidade de Canoas, e para que muitos municípios possam se espelhar em nós. Interagir, ouvir e saber das responsabilidades do poder público, da iniciativa privada e do cidadão faz esse momento especial”, avalia a secretária Beth Colombo. Para o coordenador da Ong SOS Animal, Rodrigo Campos, o seminário representa um avanço importante para Canoas. “O animal não é uma coisa é uma vida. Estamos aqui para discutir e planejar e já temos ações sendo tomadas”, reconhece. Nesse momento, faz uso da palavra o Alexandre Szekir, técnico da Unidade Municipal de Controle e Bem-Estar Animal.
Ronaldo M. Botelho
Direto Do 1º Seminário Municipal de Políticas Públicas para o Bem Estar Animal
terça-feira, 26 de julho de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Ação social é obrigação moral de universitário
O projeto de lei 326/11, que propõe obrigar o recém-graduado das instituições públicas de educação superior brasileiras, mantidas pela União, a prestar serviço social profissional pelo prazo de pelo menos seis meses, sem remuneração salarial, é pedagogicamente estreito, institucionalmente injusto e politicamente alienante. Como egresso de uma universidade pública federal poderia se dizer, por desconhecimento e pressa, que tenho esta posição meramente em causa própria. Redondo engano. Já sou formado e não tenho nenhum interesse individual sobre o tema. Minha posição é de livre pensador. Mas mesmo que ainda estivesse nos bancos acadêmicos, observo que meu histórico de graduação foi fortemente marcado por atividades extensionistas junto a comunidades rurais urbanas, um ganho positivo de valor inestimável em minha formação, diga-se de passagem. Justamente esse aspecto social da formação superior, que já está em alguma medida - e deveria ser ampliado -nas universidades federais pode ser comprometido por uma proposta que institucionaliza isso como lei. É estreteita essa proposta precisamente nesse ponto: traz implícita a proposição de que o trabalho social deve ser uma “obrigação legal”, e não um dever social, pedagógico e político de todo universitário, seja ele público ou privado. Afinal, os universitários das instituições privadas também recebem diversas formas benefícios do estado. O Pró-Une, o Enen e os créditos educativos apenas ampliaram esses acessos, que já existiam sob outras formas. É esse, justamente, o ponto de injustiça intustitucional dessa proposta. Prevê uma “obrigação” apenas aos universitários das instituiçõe públicas, como se estes participassem menos de atividades dessa natureza. Como senão bastasse, incorpora, em si, a idéia de que quem prestar os tais seis meses está “liberado” perante a sociedade. Eis o ponto, finalmente, polticamente alienante: ao invés de se estimular, ampliar e fortalecer a atividade social nas instituições de ensino superior, como um caminho para uma formação mais edificante e madura, se legaliza esse tipo de ação, de modo a reduzir o que deveria ser um compromisso moral a uma obrigação por um certo período. Vejo, assim, que em vários sentido essa proposta nada contribui para uma formação mais integrada e humanitária nas universidades públicas. Mas pode ser, por outro lado, uma boa provocação para acender debates nas comunidades acadêmicas, que aliás, andam muito mansas ultimamente.
“A este nível espontâneo, o homem ao aproximar-se da realidade faz simplesmente a experiência da realidade na qual ele está e procura. Esta tomada de consciência não é ainda a conscientização, porque esta consiste no desenvolvimento crítico da tomada
de consciência. A conscientização implica, pois, que ultrapassemos a esfera espontânea de apreensão da realidade, para chegarmos a uma esfera crítica na qual a realidade se dá como objeto cognoscível e na qual o homem assume uma posição epistemológica.” (FREIRE,
1980:26)
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Brincando de Deus
O temor manifestado pela Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha sobre a possibilidade da criação de macacos falantes, a partir da introdução de muitas células cerebrais nesses animais, é sintomático sobre os alcances da ciência moderna e seus dilemas. O novo nisso, parece ser a origem dessas preocupações ter partido de uma comunidade acadêmica conceituada. Não há novidades nos problemas éticos novos criados em áreas como a genética, a física e as engenharias de um modo geral. A ciência, desde o espaço do monopólio da voz pela Religião, ocupou esse discurso sagrado de suposta “Verdade”. Mas mexer com estruturas naturais em um nível alem das condições de previsão e segurança, considerando os impactos sociais e ambientais, é um risco. Sempre foi. Nas últimas décadas, todavia, vemos que pouco tem havido de atenção a esses limites. O discurso do progresso científico parece justificar tudo. O ser humano cada vez mais se acha Deus, no sentido mais arrogante da expressão. Na realidade, deveríamos nos pensar nesse nível dentro de uma perspectiva integradora e harmônica com outros seres vivos e demais elementos da natureza; ao contrário, o que ocorre é a predominância de uma visão antropocêntrica da vida, onde tudo vale em prol do desenvolvimento de uma espécie sobre as outras.
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sexta-feira, 22 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Tempo de sí
O tempo,
de Mário Quintana
de Mário Quintana
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Abecedário Cosmonicante - Demônios / Dominação da mente/ Delírio maligno
O fenômeno pode existir mais ou menos assim: Há uma dor, e várias maneiras de encará-la. Na falta de compreensão, coragem ou autonomia, se transfere a origem do problema para um ente invisível. Nesse caso, dúzias de explicações sagradas auxiliam na escravidão mental. E a alma, é o pretexto e a fatura para a receita do suposto alívio. O restante é pago no restante da vida. Ou senão, há uma condição de felicidade e outros, ao entorno, que se incomodam com isso. E tentam fazer disso a razão de sua vida. Por conseqüência, criam seu próprio demônio. Finalmente, há uma terceira forma de existência desse fenômeno, que aquela potencialmente individual. O olhar negativo para tudo e todos constrói e atrai energias ruins. Por decorrência, não há oportunidade de sorrir que dê conta. O demônio nesse caso, é auto-gerado para si e se dilui na mente e no coração de quem deseja o ruim –para si ou outrem: uma espécie de morte diária em vida.
Sinopse - A História do Diabo - Vilém Flusser
Parodiando textos sagrados, Vilém Flusser faz neste livro um elogio do Diabo, 'príncipe tão glorioso' que a tantos entusiasmou no decorrer da história humana, em louvor do qual tantos enfrentaram as chamas 'com dedicação ardente'. Procura suspender os nossos preconceitos a respeito do Diabo para tentar reconhecer esse personagem que identificará com a própria História - 'É possível a afirmativa de que o tempo começou com o Diabo, que o seu surgir ou a sua queda representam o início do drama do tempo, e que diabo e história sejam dois aspectos do mesmo processo'. Chama de 'influência divina' tudo o que procure superar ou negar o tempo, e chama de 'influência diabólica' tudo o que procure preservar o mundo no tempo. Concebe o divino como aquilo que age dentro do mundo para dissolvê-lo e transformá-lo em puro Ser, logo, em intemporalidade. Por oposição, concebe o diabólico como aquilo que age dentro do mundo para preservá-lo, evitando que seja dissolvido. Do ponto de vista de Deus, o divino é o criador enquanto o diabólico é o aniquilador - mas do ponto de vista do homem no mundo o Diabo é o princípio conservador e Deus é o princípio destruidor. Cabe ao Diabo manter o mundo no tempo, o que nos força a simpatizarmos com ele - reconhecemos no Diabo espírito semelhante ao nosso, e talvez tão infeliz quanto o nosso.
Sinpose reproduzida do Skoob.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Tajabone
Ismael Lo - Este músico y pintor, nacido en Níger (1956), pasó la mayor parte de su infancia y juventud en Senegal, donde creció musicalmente escuchando mbalax y discos de Otis Redding, Wilson Pickett, o Jimi Hendrix, que encontraba en las colecciones de sus hermanos. La carrera musical de Ismaël Lo está salpicada de anécdotas, siendo la mas famosa aquella con la que se ganó el apodo de "hombre orquesta" al aparecer en televisión con una guitarra de una sola cuerda, creada con sus manos a partir de un trozo de madera y un hilo de pescar, una armónica, y su voz. Aquel joven quinceañero, al que pronto llamarían "el Bob Dylan africano",ya que había decidido que su vocación era la música. De origen muy humilde, actuó durante casi un año en el club Coco Loco, de la Playa del Inglés (Islas Canarias), donde también le dejaban colgar los cuadros que pintaba, antes de ser considerado uno de los grandes de la música de Africa. Ismaël se hizo notar, en los primeros años 80, militando en la clásica banda de Dakar "Super Diamono", y desde hace ya mas de una década, cuenta sus historias en solitario. En algunas ocasiones no necesita más que una guitarra acústica y una armónica. En otras, una sólida banda le anima la retaguardia. Ismaël Lo es un artista de la ciudad y sus canciones así lo reflejan, tanto en las letras como en la música. Es un trovador contemporáneo que canta a las cosas que le rodean y los sentimientos que le provocan, generalmente en francés, wolof u otros dialectos de su tierra. Su sonido es una mezcla de ritmos tradicionales actualizados y elementos mas propios de occidente, sobre los que destaca su voz, vital, sedosa, y emocionada, especialmente cuando canta baladas que son lo mas importante de su repertorio. El director de cine español Pedro Almodóvar eligió el tema Tajabone de su disco Jammu Africa. Es la única canción de autor que figura en la banda sonora de su película ganadora del Oscar "Todo sobre mi Madre". Formación: Ismaël Lo - Voz, guitarra y armónica El Hadj Malick Diouf - Guitarra Solista El Hadj Oumar Faye - Percusión Abib Reproduzido de: Músicas del mundo
O Povo Brasileiro
Primeira parte do documentário O Povo Brasileiro, baseado na obra célebre de Darcy Ribeiro.
domingo, 17 de julho de 2011
Prover necessidades, sim; consumir, jamais
Reproduzido de: Fabio Pereira |
No artigo Consumindo o outro; branquidade, educação e batatas fritas baratas, reproduzido no Mídia Indepente, Michael W. Apple faz uma interessante estudo de caso, onde contextualiza a dimensão do conceito de consumir.
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sexta-feira, 15 de julho de 2011
As memórias de Gregório Bezerra
Em Memórias, o líder comunista repassa sua impressionante trajetória de vida e resgata um período rico da história política brasileira. O depoimento abrange o período entre seu nascimento (1900) até a libertação da prisão em troca do embaixador americano sequestrado, em 1969, e termina com sua chegada à União Soviética, onde permaneceria até a Anistia, em 1979. No exílio começou a escrever sua autobiografia. Analfabeto até os 25 anos de idade e militante desde as primeiras movimentações de trabalhadores influenciados pela Revolução Russa de 1917, Bezerra teve papel de destaque em importantes momentos políticos da esquerda brasileira.
Reproduzido de: Carta Maior
Reproduzido de: Carta Maior
A transformação do mundo
"O Movimento altermundialista (altermundo = busca de outro mundo possível) nasce da contestação ao neoliberalismo. Ele se constitui no inicio dos anos 1980 nas lutas de resistência às políticas neoliberais."
Veja três artigos da edição de maio da Le Monde Diplomatique Brasil.
Veja três artigos da edição de maio da Le Monde Diplomatique Brasil.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Que bom se os jovens soubessem, que bom se os velhos pudessem
Ouvi há pouco no telejornal (acompanho a TV, na maioria das vezes, de costas para ela e de frente para o computador) sobre a tendência de um certo "apagão de mão de obra" no País. Na matéria, se diz que esse fenômeno tem levado as empresas de algumas áreas a atrairem de volta funcionários da velha guarda, já aposentados. O motivo seria falta de experiência, que formação tecno-acadêmica não estaria suprindo adequadamente. Fico feliz, por um lado, ao pensar que há ainda uma valorização da experiência, em meio a tanto deslumbramento com máquinas, tecnocracias e modismos administrativos. Pensei, inclusive, como seria se essa onda pegasse no jornalismo, onde há uma forte influência da tecnologia e da velocidade sobre a dinâmica diária. É claro que não quero esperar que um veterano Pé de chumbo seja imbuído da missão de ensinar operacionalização de redes sociais ou gestão de crises, via celular. Se bem que, mesmo à meninada que nasce com um chip no cérebro, se carece hoje de profissionais com habilidades específicas para lidar com esses novos meios e tirar deles o que realmente interessa, na hora que interessa. Mas há muitas outras qualidades, que se enfraqueceram nas redações - princípios morais, visão política, disposição para "ir para a rua" e trazer resultados concistentes - que os velhos jornalistas que conheci (mesmo que por livros, relatos e contatos fora das redações) poderiam contribuir muito em nossos dias. Um reencontro, portanto entre essa geração "to nem aí" com os grandes mestres, mesmo que para um período de convivência, dentro ou fora (de preferência fora, e bem longe das redações) poderia fazer bem. Essa turma "Super Homem", salvo raras e boas exceções (mas isso está muito aquém e além da universidade) sai dos bancos acadêmicos deslubrada com mil botões para apertar. No campo da interpretação das relações sociais e da dinâmica política do jogo do poder - central na imprensa - é predominante uma certa esterilidade ideológica. A marca da vez ainda é um cínico discurso sobre "imparcialidade", que campeia forte pelas faculdades. Ironicamente, reforçado pela presença e performance constante de "visitantes" advindos do mercado. Os leitores, ouvintes, telespectadores e navegadores iriam agradecer por um choque de humilidade, por meio de um reencontro do jornalismo com a essência de seu papel. Tenho certeza. Enquanto isso não ocorre, fiquemos com a palvras do mestre Gabo sobre um certo jornalismo com J.
Foto: Carta Capital |
A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO
Por Gabriel García Márquez
"Há uns cinqüenta anos não estavam na moda escolas de jornalismo. Aprendia-se nas redações, nas oficinas, no botequim do outro lado da rua, nas noitadas de sexta-feira. O jornal todo era uma fábrica que formava e informava sem equívocos e gerava opinião num ambiente de participação no qual a moral era conservada em seu lugar."
"Não haviam sido instituídas as reuniões de pauta, mas às cinco da tarde, sem convocação oficial, todo mundo fazia uma pausa para descansar das tensões do dia e confluía num lugar qualquer da redação para tomar café. Era uma tertúlia aberta em que se discutiam a quente os temas de cada seção e se davam os toques finais na edição do dia seguinte. Os que não aprendiam naquelas cátedras ambulantes e apaixonadas de vinte e quatro horas diárias, ou os que se aborreciam de tanto falar da mesma coisa, era porque queriam ou acreditavam ser jornalistas, mas na realidade não o eram."
"O jornal cabia então em três grandes seções: notícias, crônicas e reportagens, e notas editoriais. A seção mais delicada e de grande prestígio era a editorial. O cargo mais desvalido era o de repórter, que tinha ao mesmo tempo a conotação de aprendiz e de ajudante de pedreiro. O tempo e a profissão mesma demonstraram que o sistema nervoso do jornalismo circula na realidade em sentido contrário. Dou fé: aos 19 anos, sendo o pior dos estudantes de direito, comecei minha carreira como redator de notas editoriais e fui subindo pouco a pouco e com muito trabalho pelos degraus das diferentes seções, até o nível máximo de repórter raso.
A prática da profissão, ela própria, impunha a necessidade de se formar uma base cultural, e o ambiente de trabalho se encarregava de incentivar essa formação. A leitura era um vício profissional. Os autodidatas costumam ser ávidos e rápidos, e os daquele tempo o fomos de sobra para seguir abrindo caminho na vida para a melhor profissão do mundo - como nós a chamávamos. Alberto Lleras Camargo, que foi sempre jornalista e duas vezes presidente da Colômbia, não tinha sequer o curso secundário.
A criação posterior de escolas de jornalismo foi uma reação escolástica contra o fato consumado de que o ofício carecia de respaldo acadêmico. Agora as escolas existem não apenas para a imprensa escrita como para todos os meios inventados e por inventar. Mas em sua expansão varreram até o nome humilde que o ofício teve desde suas origens no século XV, e que agora não é mais jornalismo, mas Ciências da Comunicação ou Comunicação Social.
O resultado não é, em geral, alentador. Os jovens que saem desiludidos das escolas, com a vida pela frente, parecem desvinculados da realidade e de seus problemas vitais, e um afã de protagonismo prima sobre a vocação e as aptidões naturais. E em especial sobre as duas condições mais importantes: a criatividade e a prática.
Em sua maioria, os formados chegam com deficiências flagrantes, têm graves problemas de gramática e ortografia, e dificuldades para uma compreensão reflexiva dos textos. Alguns se gabam de poder ler de trás para frente um documento secreto no gabinete de um ministro, de gravar diálogos fortuitos sem prevenir o interlocutor, ou de usar como notícia uma conversa que de antemão se combinara confidencial.
O mais grave é que tais atentados contra a ética obedecem a uma noção intrépida da profissão, assumida conscientemente e orgulhosamente fundada na sacralização do furo a qualquer preço e acima de tudo. Seus autores não se comovem com a premissa de que a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor. Alguns, conscientes de suas deficiências, sentem-se fraudados pela faculdade onde estudaram e não lhes treme a voz quando culpam seus professores por não lhes terem inculcado as virtudes que agora lhes são requeridas, especialmente a curiosidade pela vida.
É certo que tais críticas valem para a educação geral, pervertida pela massificação de escolas que seguem a linha viciada do informativo ao invés do formativo. Mas no caso específico do jornalismo parece que, além disso, a profissão não conseguiu evoluir com a mesma velocidade que seus instrumentos e os jornalistas se extraviaram no labirinto de uma tecnologia disparada sem controle em direção ao futuro.
Quer dizer: as empresas empenharam-se a fundo na concorrência feroz da modernização material e deixaram para depois a formação de sua infantaria e os mecanismos de participação que no passado fortaleciam o espírito profissional. As redações são laboratórios assépticos para navegantes solitários, onde parece mais fácil comunicar-se com os fenômenos siderais do que com o coração dos leitores. A desumanização é galopante.
Não é fácil aceitar que o esplendor tecnológico e a vertigem das comunicações, que tanto desejávamos em nossos tempos, tenham servido para antecipar e agravar a agonia cotidiana do horário de fechamento.
Os principiantes queixam-se de que os editores lhes concedem três horas para uma tarefa que na hora da verdade é impossível em menos de seis, que lhes encomendam material para duas colunas e na hora da verdade lhes concedem apenas meia coluna, e no pânico do fechamento ninguém tem tempo nem ânimo para lhes explicar por que, e menos ainda para lhes dizer uma palavra de consolo.
"Nem sequer nos repreendem", diz um repórter novato ansioso por ter comunicação direta com seus chefes. Nada: o editor, que antes era um paizão sábio e compassivo, mal tem forças e tempo para sobreviver ele mesmo ao cativeiro da tecnologia.
A pressa e a restrição de espaço, creio, minimizaram a reportagem, que sempre tivemos na conta de gênero mais brilhante, mas que é também o que requer mais tempo, mais investigação, mais reflexão e um domínio certeiro da arte de escrever. É, na realidade, a reconstituição minuciosa e verídica do fato. Quer dizer: a notícia completa, tal como sucedeu na realidade, para que o leitor a conheça como se tivesse estado no local dos acontecimentos."
"O gravador é culpado pela glorificação viciosa da entrevista. O rádio e a televisão, por sua própria natureza, converteram-na em gênero supremo, mas também a imprensa escrita parece compartilhar a idéia equivocada de que a voz da verdade não é tanto a do jornalista que viu como a do entrevistado que declarou. Para muitos redatores de jornais, a transcrição é a prova de fogo: confundem o som das palavras, tropeçam na semântica, naufragam na ortografia e morrem de enfarte com a sintaxe.
Talvez a solução seja voltar ao velho bloco de anotações, para que o jornalista vá editando com sua inteligência à medida que escuta, e restitua o gravador a sua categoria verdadeira, que é a de testemunho inquestionável. De todo modo, é um consolo supor que muitas das transgressões da ética, e outras tantas que aviltam e envergonham o jornalismo de hoje, nem sempre se devem à imoralidade, mas igualmente à falta de domínio do ofício.
Talvez a desgraça das faculdades de Comunicação Social seja ensinar muitas coisas úteis para a profissão, porém muito pouco da profissão propriamente dita. Claro que devem persistir em seus programas humanísticos, embora menos ambiciosos e peremptórios, para ajudar a constituir a base cultural que os alunos não trazem do curso secundário.
Entretanto, toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro.
O objetivo final deveria ser o retorno ao sistema primário de ensino em oficinas práticas formadas por pequenos grupos, com um aproveitamento crítico das experiências históricas, e em seu marco original de serviço público. Quer dizer: resgatar para a aprendizagem o espírito de tertúlia das cinco da tarde.
Um grupo de jornalistas independentes estamos tratando de fazê-lo, em Cartagena de Indias, para toda a América Latina, com um sistema de oficinas experimentais e itinerantes que leva o nome nada modesto de Fundação do Novo Jornalismo Ibero-Americano. É uma experiência piloto com jornalistas novos para trabalhar em alguma especialidade - reportagem, edição, entrevistas de rádio e televisão e tantas outras - sob a direção de um veterano da profissão."
"A mídia faria bem em apoiar essa operação de resgate. Seja em suas redações, seja com cenários construídos intencionalmente, como os simuladores aéreos que reproduzem todos os incidentes de vôo, para que os estudantes aprendam a lidar com desastres antes que os encontrem de verdade atravessados em seu caminho. Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade.
Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
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terça-feira, 12 de julho de 2011
Poeta, militante, ou simplesmente, amante da vida
Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904 — Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934 — 1938) e no México.
“Confesso que vivi” - A obra, a única em prosa de Neruda, é considerada um clássico das letras espanholas. Editora: Bertrand Brasil – na estante virtual, por R$ 30.
Asa pesada
Eu queria poder voar seguro na solidez de minhas convicções
Reunir as várias partes que essa vida me dividiu
Mistura-las todas, transformando-lhes em uma massa concreta que modelasse um enorme pássaro.
Mas pássaros de concreto não voam.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Abecedário Cosmonicante - Ciúmes / Controle do coração do outro / Cadeado na mente / Condenação do que se entende por amor pelo que se sente por medo
Havia um jardim. Ele tinha vasos vazios; outros, com flores e espinhos. A jardineira que o adota passa a ser, simultaneamente, elemento da terra, que dá vida ao que nele existe, e parte dele, como uma flor que também precisa ser atendida em suas necessidades. Mas o jardim é aberto, e outros seres vivos interagem com ele, um dos segredos que podem explicar o belo e o melancólico em sua atmosfera. A jardineira, que está sistemicamente nesse ambiente, pode ser uma das principais fontes de vida do que há nesse pequeno universo. Mas nunca deve ignorar que já havia um jardim ali.
"Assucar": básico e estratégico
O açúcar, especiaria digna de atenção do colonizadores desde de o começo da apropriação comercial e religiosa nesse solo, se apresenta hoje no centro de um dilema interessante: o redimensionamento da exploração dos recursos naturais - particularmente a Terra - para servir a modelos energéticos, em geral, insustentáveis sem o devido amparo tecnológico. A produção agrícola nacional, que era em tempos remotos focalizada no abastecimento alimentar (privado ou coletivo), divide cada vez mais o solo com outros ramos do agribusiness. Tratam-se de segmentos que tem muito a ver com negócio, mas pouco contempla uma perspectiva ambientalmente social, para além do discurso (eucalipto, soja, pastagem). Vide, a respeito disso, o exemplo da reação articulada da classe ruralista contra as cláusulas ambientais no Novo Código Ambiental Brasileiro. O açúcar, nesse contexto, é uma cultura de duplo uso e significado estratégico. Tanto é energia, como é alimento. Mas é e foi muito mais que isso, pois confunde-com a própria história dos ciclos econômicos do Brasil e as culturas dos diversos povos neles inseridos.
Em 'Açúcar', o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre reúne, com uma erudição leve e saborosa, preciosas receitas de bolos e doces guardadas por tradicionais famílias nordestinas. Enfocando o açúcar como o elemento responsável pela liga entre diversos paladares e culturas, o autor demonstra a existência de uma arte do doce no país criada à sombra da escravidão. (Cia das Letras)
Em 'Açúcar', o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre reúne, com uma erudição leve e saborosa, preciosas receitas de bolos e doces guardadas por tradicionais famílias nordestinas. Enfocando o açúcar como o elemento responsável pela liga entre diversos paladares e culturas, o autor demonstra a existência de uma arte do doce no país criada à sombra da escravidão. (Cia das Letras)
sábado, 9 de julho de 2011
Latino e Caliente para bailar
Donato y Estéfano
Origen Cuba / Colombia
Donato
Nacido en Santiago de Cuba, Donato se trasladó con su familia a La Habana cuando apenas contaba dos años de edad. A los ocho años de edad ya tocaba la guitarra y cantaba, a pesar de la oposición de su padre que no consideraba el mundo artístico como una forma de vida honesta y viril. Pero Donato se mantuvo en su idea y, gracias a sus extraordinarias dotes musicales, el estado le garantiza la entrada en el conservatorio nacional. Su padre, por el contrario, decide inscribirle en una escuela militar para darle una formación más de acuerdo a sus ideas. En la escuela militar, Donato forma su propia banda de rock and roll, escuchando la música que, a través de las emisoras de radio en Miami, llegaba a la isla. Donato confiesa que, en aquélla época, odiaba la música cubana. Lo suyo era el rock and roll. Pero no fue el rock and roll lo que le llevó a recorrer el mundo y le permitió salir de Cuba con los permisos de las autoridades. Fue precisamente la música cubana, concretamente la Nueva Trova Cubana que, en aquéllos años, se daba a conocer en todo el mundo con inusitado éxito. Su presencia en un festival de música popular en La Habana, le había adscrito al movimiento, permitiéndole viajar España, Bélgica y México como embajador de la nueva música cubana. Mientras tanto acaba sus estudios de pedagogía y regala el título a su madre. En 1989 Donato viaja a Venezuela para quedarse. Allí conecta con Sony Music y la compañía lo firma como artista. Más tarde se traslada a vivir a Miami donde comienza a componer para intérpretes internacionales como Julio Iglesias, José Luis Rodríguez, Chayanne, Willie Chirino y Ana Torroja, entre otros. Un buen día conoce a otro músico recién llegado a Miami (Estéfano) que le pide unos teclados para una de sus composiciones, ese mismo día comienzan a hacer música juntos.
Estéfano
Nació en el seno de una familia amante de la música, una música que él llama de consumo , porque era la música que sonaba en la radio y que su madre cantaba por la casa. Su padre, de ve en cuando, seguía el ritmo con cualquier objeto que tuviera a mano. Nacido en Manizales y criado en Cali (Colombia), a los cuatro años soñaba que El Niño Dios le regalaría un guitarra, él ya tenía claro que lo suyo era el pop, la música popular que invitaba a vivir, a bailar y divertirse. A los 12 años hacía coros en grabaciones de otros artistas y a los 15 comenzó a componer sus propias. A los 16 años Estéfano se marchó a vivir a Bogotá. Allí comienza a cantar y a componer melodías para publicidad, hasta que un día le encargan un tema para una telenovela, de la cual acaba escribiendo toda la banda sonora. Dos años más tarde, es contratado por una compañía discográfica en Medellín con la que graba su primer disco y recorre el país presentándose en conciertos que el público no acaba de entender. La cultura musical del país, en aquéllos años, estaba reducida a la música folclórica y a unos cuantos nombres que llegaban de fuera. Con aquélla experiencia, Estéfano quedó convencido de que debía marcharse del país, si quería triunfar en lo que irreversiblemente era su vocación y, por elección, su profesión. Se marcha a Miami y recorre una por una toda las compañías discográficas sin conseguir nada concreto. Conoce a Emilio Estefan Jr. y éste elige algunas de sus canciones primero para el álbum de Gloria Estefan Mi Tierra , y después para el primer álbum de Jon Secada en español. Estos dos álbumes consiguieron sendos Premios Grammy en 1993 y 1995, respectivamente. Después vendría una larga lista de colaboraciones con intérpretes como Julio Iglesias, José Luis Rodríguez, Chayanne, Myriam Hernández, Azucar Moreno, Alejandro Fernández, Mercurio, Shakira y Laura Pausini, entre otros que, además de situar sus canciones en los primeros lugares de las listas en toda América Latina, España y Estados Unidos, han ido consolidando la reputación de Estéfano como el compositor joven más solicitado y prestigiado de la década. Su encuentro con Donato, además de impulsar sus ambiciones musicales, sirvió también para abrirle la percepción a una serie de ritmos y sonidos que, aunque procedentes del continente africano, evolucionaron en Cuba, dando paso a gran parte de los ritmos caribeños tal y como hoy los percibimos.
Texto de: http://www.paysandu.com/latinafm/biografias/donatoyestefano.htm
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Abecedário Cosmonicante - Barbarie / Bolo de Gente / Banalização da Vida
Muitas pessoas vivem como se mortas estivessem. Indiferentes à tudo que se refere ao outro, agem pelo interesse restrito ao próprio umbigo. A violência, e a morte ao seu redor, sob todas as suas formas de apresentação, não tocam nesses seres zumbis. Em coletividade, se constituem massas uniformes que andam veloz e em destino programado sob a rotina cortante das celas de seus próprios cérebros. Quando essa dinâmica se converte em modelo de sociedade, configura-se a barbárie como ideal de uma coletividade.
Não verás País nenhum - Romance apocalíptico, no sentido de contar uma história do fim dos tempos, Não Verás País Nenhum se desenrola em um futuro não determinado, mas cada vez mais presente na realidade do brasileiro. Uma época terrível, na qual a Amazônia se transformou em um deserto sem nenhuma árvore; onde "O lixo forma setenta e sete colinas que ondulam, habitadas, todas. E o sol, violento demais, corrói e apodrece a carne em poucas horas"; onde a carência de água impõe a reciclagem da urina, bebida pelas pessoas. A administração do país chegou ao caos. Governantes medíocres, cada vez mais afastados do povo, interessados apenas em vantagens pessoais, uma polícia corrupta e assustadora.
Não verás País nenhum - Romance apocalíptico, no sentido de contar uma história do fim dos tempos, Não Verás País Nenhum se desenrola em um futuro não determinado, mas cada vez mais presente na realidade do brasileiro. Uma época terrível, na qual a Amazônia se transformou em um deserto sem nenhuma árvore; onde "O lixo forma setenta e sete colinas que ondulam, habitadas, todas. E o sol, violento demais, corrói e apodrece a carne em poucas horas"; onde a carência de água impõe a reciclagem da urina, bebida pelas pessoas. A administração do país chegou ao caos. Governantes medíocres, cada vez mais afastados do povo, interessados apenas em vantagens pessoais, uma polícia corrupta e assustadora.
No meio desse mundo sombrio, uma história de amor, na qual o autor sugere que nem tudo está perdido, pelo menos enquanto o bicho-homem alimentar esperanças e for capaz de gestos de generosidade.
Editora: Global
Autor: IGNACIO DE LOYOLA BRANDAO
Ano: 2008
Edição: 27
Número de páginas: 384
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Germinar a vida e a cultura em sua essência
(...) Estava a mulher, agachada, cavoucando em busca de raízes, quando o sol entrou nela e fez-lhe um filho. Pachacamac (filho do Sol), ciumento, agarrou o recém-nascido e esquartejou-o. Mas em seguida arrependeu-se ou teve medo da cólera de seu pai, o sol, e regou pelo mundo os pedacinhos de seu irmão assassinado. Dos dentes do morto, brotou então o milho; e a mandioca de suas costelas e ossos. O sangue fez férteis as terras e da carne semeada surgiram árvores de fruta e sombra (...)
Eduardo Galeano, in Memorias del fuego - Nascimentos
Eduardo Galeano, in Memorias del fuego - Nascimentos
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Escrever é uma missão
Mais do que um prazer pessoal, colocar para fora idéias e sensações envolve uma missão de quem se dispõe a entender a comunicação como um modo de intensificar a vida, de ampliá-la. Me vejo, assim, nas palavras de C. Lispector, quando diz "Escrever é estender o tempo, é dividi-lo em partículas infinitamente pequenas, dando-lhes, a cada uma, uma vida insubstituível". Fico, ante isso, até mesmo tenso quando deixo de escrever o que desejo e quero. Mas, como diz outro escritor consagrado, Carlos Heitor Cony, "a literatura tem seus caprichos". Nesse meio termo, eu me encontro, procurando combinar a tensa rotina que envolve o cotidiano da escrita profissional, com vontade de fazer desse ofício uma forma de despertar consciência, e, consequentemente, um auto-despertar diário. Asim vamos, assim avançamos.
"O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição." (C. Lispector, A descoberta do mundo, ed. Rocco).
terça-feira, 5 de julho de 2011
Professora Amanda Gurgel se recusa a receber prêmio de empresários em SP
Da Carta Capital, 5 de julho de 2011 às 17:58h
A professora Amanda Gurgel, que ficou conhecida após fazer um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte a respeito da situação da educação no Estado – que resultou num vídeo acessado por mais de um milhão de internautas no YouTube – recusou, no sábado 2, receber um prêmio oferecido em sua homenagem pela associação Pensamento Nacional de Bases Empresariais.
Veja o vídeo neste link
A organização havia dedicado a ela o prêmio 2011 na categoria “educador de valor”. Em sua justificativa, a professora destacou que, “embora exista desde 1994, esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora”.
“Esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva. A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades”, justificou.
Amanda Gurgel, que em seu discurso na Assembleia se queixou do salário que recebe como professora e da situação do sistema de ensino no País, disse que seus projetos são “diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE”, grupo mantido por empresários paulistas e, segundo ela, comprometida apenas com “a economia de mercado”, “à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista”.
Entre as reivindicações da professora, manifestadas em seu site pessoal, estão a valorização do trabalho docente e a elevação para 10% da destinação do Produto Interno Bruto para a educação.
“Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal”, escreveu ela, antes de dizer que não poderia aceitar o prêmio.
A professora Amanda Gurgel, que ficou conhecida após fazer um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte a respeito da situação da educação no Estado – que resultou num vídeo acessado por mais de um milhão de internautas no YouTube – recusou, no sábado 2, receber um prêmio oferecido em sua homenagem pela associação Pensamento Nacional de Bases Empresariais.
Veja o vídeo neste link
A organização havia dedicado a ela o prêmio 2011 na categoria “educador de valor”. Em sua justificativa, a professora destacou que, “embora exista desde 1994, esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora”.
“Esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva. A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades”, justificou.
Amanda Gurgel, que em seu discurso na Assembleia se queixou do salário que recebe como professora e da situação do sistema de ensino no País, disse que seus projetos são “diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE”, grupo mantido por empresários paulistas e, segundo ela, comprometida apenas com “a economia de mercado”, “à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista”.
Entre as reivindicações da professora, manifestadas em seu site pessoal, estão a valorização do trabalho docente e a elevação para 10% da destinação do Produto Interno Bruto para a educação.
“Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal”, escreveu ela, antes de dizer que não poderia aceitar o prêmio.
domingo, 3 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Um Réquiem para a memória local, por meio da poesia
Editora: All Print, VALDIR DE CASTRO OLIVEIRA, 2011, Edição: 1, Número de páginas: 191
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