quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Rede de Biodiversidade

O Caminhos e Respostas desta quinta (30), aborda a questão do Plano de Biodiversidade desenvolvido por meio do Nucleo de inovação de Canoas. Ouça aqui.



http://www.agenciaradioweb.com.br/novosite4/canoas/audiogravado.php?id=198761

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Provocações do Tião - A fome, desde a mandioca, e algumas interrogações sobre a propriedade familiar


Sebastião Pinheiro*

A FAO ordenou a comemoração do Ano Internacional da Agricultura Familiar. Antes de cumprir é importante decifrar o porquê da comemoração para fazê-la como sujeito e não objeto.

A FAO é o organismo multilateral dos alimentos e agricultura. O que não significa um pleonasmo, mas a importância dos primeiros e sua vinculação visceral com a segunda, atividade econômica geradora de riqueza. Ela desde sua criação na Ordem do GATT se identifica com a FOME e a AGRICULTURA MODERNA, como sistema hegemônico de agricultura.



A história registra através dos tempos a imposição de FOME e DITADURA como instrumentos disciplinadores após conquistas, dominação, e depois na administração de colônias e neocoloniais. O óbvio é ignorado: Não existe vida sem alimentos e sua necessidade é essencial para a saúde e capacidade de trabalho. Contudo, em muitos países as crianças desde o fim do leite materno aprendem a conviver com a fome e escassez de alimento.

O pior que pensam que é sua culpa ou castigo e assim vivem, crescem e se multiplicam. Não há memória cívica e poucos lembram aquela mãe na Ilha da Pintada que fazia sopa de papelão para os seus filhos veiculado pela repetidora local de TV. A fome passa a fazer parte de seu inconsciente e cultura. Por revolta e não por lampejos de consciência, o ódio passa a fluir no sangue. O poder controla o nível de inanição para evitar a morte e manter todos obedientes e mansos.

A realidade maior é a obrigação de fugir da fome e miséria de qualquer modo. O que rouba para saciar sua fome não é criminoso aos olhos da lei, mas aos olhos da comunidade é no mínimo é vagabundo...

A principal roupagem da fome é a miséria, fase da pobreza degradada ao extremo. Em contraponto, a vitória com sabedoria usa a educação como ferramenta para o alcance da liberdade e autonomia, única forma de afugentar a fome, sua miséria e ditadura desde o individuo à comunidade.

Somos uma colônia, onde na história da nutrição brasileira vemos que a mandioca (aipim) é nossa herança indígena e primeiro alimento junto ao milho grande fontes de Carbono, junto a outros produtos da natureza, onde a chegada dos africanos enriqueceu o cardápio com seu arroz e feijão, mas os escravos africanos não foram trazidos para alimentar a casa grande com a produção da agricultura familiar. Eles foram trazidos para a produção de minérios, manufatoras e trabalho no charque, cana de açúcar, cacau, algodão e outros para o acúmulo de riqueza. Após o fim da escravidão foram substituídos por colonizadores, que receberam terras, negadas a eles com a abolição. Novos alimentos enriqueceram o cardápio.

O caso do trigo é paradigmático para se entender a agricultura familiar comemorada pela FAO. Nossos primeiros colonizadores já haviam trazido o trigo como base alimentar cultural e tentaram cultivá-lo, mas conseguiram, apenas para o consumo próprio. Os novos colonos conseguiram para abastecer a comunidade o que viabilizou a pequena propriedade rural diversificada, que passou a ser sinônimo de sucesso ultra-social e o trigo base alimentar aristocrática. Ele vai permitir que o RS seja o maior produtor de mandioca do país não para o consumo exclusivo, mas para o mercado como farinha.

Em 1930 há uma revolução e o novo poder passa a oferecer infra-estrutura e incentivar o cultivo trigo como alimento sofisticado perante os miseráveis mandioca e milho de subsistência. Assim é substituído o cultivo da mandioca, milho, batata doce e cará na alimentação de todo o Brasil, pelo consumo de trigo que somente é produzido no extremo sul do país na agora viabilizada, Pequena Propriedade Familiar, apelido dos latifundiários que entendiam que terra é poder. A Pequena Propriedade Rural irá elevar-se e industrializar-se...

Em pouco tempo a demanda por trigo passa a exigir sua importação e ele é extremamente caro, pelo qual todos os países priorizam produzi-lo. Entre nós o importante é a cadeia econômica criada por seu consumo fora da agricultura. Não há cidade minúscula desse país que não tenha uma padaria e são raríssimas as pessoas que nelas encontra a “broa” de milho ou confeitos de mandioca. Uma jovem prendada aprendia então fazer com mandioca de cinqüenta a setenta pratos diferentes, pois esta era sua credencial para a base familiar, pois mandioca não se compra, se cultiva e era a sobrevivência, mas trigo vai suplantá-la a cultura e fortalecer a economia com uma cadeia produtiva de alto poder.

Vejamos o exemplo da agricultura nordestina, tanto de “vazante” como sertaneja, onde as pessoas eram deixadas em paz por não ser possível a produção para o acumulo de capital, floresceu a agricultura de base familiar que a FAO incentiva comemorar em convívio com as vicissitudes da natureza e clima.

Um dos sistemas mais inteligentes no sertão nordestino é o sistema Mocó-Seridó, onde o cultivo de milho, abóbora, feijão de corda, mandioca, inhame e outros aproveitava o esterco do gado, palhas e produzia uma quantidade de alimentos anual superior a trinta toneladas/Ha. É só ver Guimarães Duque e sua “Agrologia” e Vasconcelos Sobrinho no inicio do Século XX, embora isso tenha sido subversão após 64 e hoje seja antiquado.

Em 1860 em função das grandes revoltas na Índia e Guerra Civil nos EUA capitalistas ingleses norte-americanos trouxeram o algodão arbóreo para cultivo na região nordeste, para garantir matéria prima aos teares na Europa e o sistema Mocó Seridó expandiu-se, com a possibilidade acumular capital pela matéria prima, que Delmiro Gouveia subversivamente industrializou em sua manufatora de linhas, tecidos e confecções no município de Pedra/AL. O algodão arbóreo foi chamado de “ouro branco” e muitas bandeiras municipais tinham um capulho pela importância, que até nos anos sessenta e serviu de base para a organização das Ligas Camponesas.

Há mais de duas dezenas de agrônomos nordestinos perguntei sobre esse cultivo e a totalidade deles afirmavam jamais existir tal cultivo e que algodão era o herbáceo (paulistinha) fazendo chacota do “meu desconhecimento”... Gostaria de reencontrá-los para ver seu preparo para a comemoração do Ano Internacional Mundial da Agricultura Familiar da FAO.

No Sul maravilha, a política do trigo contou com infra-estrutura ferroviária, cooperativas de crédito, as de trigo, feijão e milho, além dos moinhos coloniais onde se trocava o serviço de moagem por parte da produção permitia a produção suína, leite e aves.

A partir do Golpe de 1964, os interesses do grupo Rockefeller em consorcio com Cargill, Bunge y Born e outros começa a corrida para a substituição do trigo, cultivo estatal protegido pela soja de interesse industrial com preços controlados pela Bolsa de Chicago e seu sistema especulativo internacional. De lá para cá a posse da terra no Sul foi ficando cada vez mais concentrada e levas de agricultores familiares foram expulsos para a colonização do PR, MS, MT. BA, TO, RO, AM, PA, PI, MA e Santa Cruz de La Sierra e Paraguai. Os que ficaram se transformaram em “produtores rurais”.

Durante os 45 anos da ordem imperialista do GATT as corporações industriais e financeiras submeteram a agricultura aos seus interesses, buscando o gigantismo e centralismo causando a desestruturação extrativista e manufatora dos produtos da natureza e solo para a futura instalação do império e sua total sucumbência à nova Ordem gestada na Rodada Uruguai de 1986 a 1994. A adoção da “agricultura moderna” contou com o autoritarismo, a ciência tecnológica (pacotes tecnológicos), extensão rural, comunicação, ensino e políticas públicas multilaterais e nacionais avassaladoras através de créditos e indução desenvolvimentista.

Em paralelo à implantação das monoculturas, êxodo rural e devastação acelerada do solo, meio ambiente e natureza foi planejado pela inteligência financeira dos países industriais, a resistência de uma minoria, com ousadia de “inocentes úteis” e ONGs subvencionadas para a lenta e gradual restauração da visão romântica, idílica e até mesmo sacralizada da agricultura, como a conquista do paraíso terrestre. Alguns oportunistas aproveitaram a onda para enraizar suas propostas partidárias ou religiosas.

No sul restaram uns poucos agricultores familiares obrigados a integrarem-se nas cadeias do fumo, lácteos, aves, suínos, peixes e “hortifrutigranjeiros” como empresários de alta capacidade de inversão e manejo de capital, distantes do conceito de agricultura familiar tradicional, pois são integrados como nas linhas de montagem do “taylorismo” e “fordismo” do modelo da agricultura norte-americana, da União Européia e Japão. As antigas cooperativas foram substituídas pelas cooperativas de serviços e consumo, intimamente ligadas à empresas de tecnologia, logística e insumos. Repetimos, onde o risco de exclusão é afastado através da obrigação de inversão continua e crescente de capital.

Com a consolidação da Organização Mundial do Comércio os instrumentos do imperialismo FOME e DITADURA são obsoletos e substituídos por controle de mercado como sói ser sob império.

O triste é que muitos não percebem que a fome imperialista transmutou. Muitos festejam a comida distribuída, da mesma forma como festejaram a chegada do “trigo comprado” substituindo o milho e mandioca caseiro no passado. Vejam o mapa da fome em 2014. Ela existe, onde ainda há imperialismo, mas não mais onde há o império.

No último debate da corrida presidencial um candidato reclamou a paternidade do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Todos sabem que sua criação foi uma ordem imperial da OMC através da FAO acatada pelo presidente em 1995 e visou que a desregulamentação legal não provocasse uma tragédia na estrutura agrária do Brasil Meridional. Contudo, na época 85% dos contratos do PRONAF foram assinados com fumicultores, subsidiando a indústria fumageira com dinheiro público.

Posteriormente a ordem foi ampliada e diversificada e o nome oficial passou a ser Programa Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar, sem mudar o escopo.
Sobre o PRONAF senti-me envergonhado, traído ao ver na noite anterior às eleições, no Jornal Nacional a denúncia de “agricultores familiares” obrigados a pagar dois contratos tendo recebido somente um e o outro desviado em mais de um milhão de reais para duas pessoas. Desrespeito!

Em Manágua Daniel Ortega fez instalar uma centena de outdoors iluminados, com a consigna: “Arriba los pobres del mundo”. O louvor e identidade aos pobres só partem de quem se crê casta ou classe superior.



Em 1974, ao ditador Geisel foi determinado o PROCAL, onde todo agricultor ao comprar adubos e calcário receberia 40% de reembolso em sua conta no banco. A grande maioria comprava um saco e pedia a nota fiscal de 10 sacos. Isso ficou conhecido como o Escândalo do Adubo Papel. O que as corporações do GATT queriam era o consumo disciplinado de adubo para garantir uma maior fatia na produção da soja.

A FOME do “imperialismo” transmutou e agora no “império” a ordem é glorificar a Propriedade Familiar para disfarçar as intenções das corporações da indústria de alimentos e Agronegócios de tirar do camponês a condição de produtor de alimentos. No império ele só produz matérias primas que a indústria transforma em alimentos e é oferecido ao consumidor após passar na caixa registradora, tanto faz com “cartão magnético” ou dinheiro vivo.

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*Engenheiro Agrônomo e Floresta, ambientalista e escritor

Provocações de Tião - Vizinhos estranhos

Sebastião Pinheiro*

Duas eleições presidenciais entre vizinhos, mas diametralmente antagônicas. Uma alegre, cheia de bandeiras às janelas e automóveis identificados em ambiente cordial de festa cidadã; Na outra há silencio, vergonha e raríssimas bandeiras às janelas ou nas ruas e poucos carros identificados, ambiente de velório cívico e escaramuças mercenárias.

Por que isso, se em ambos os países a mesma ideologia está no poder há mais de uma década? É que em um deles grassa denúncias de corrupção, com tal intensidade que, grande parcela da população consciente titubeia e “deseja mudança”, mesmo quando essa solução é o retorno da encardida elite de outrora de tratamento privilegiado aos bem nascidos.

Não há como comparar o nível de cidadania entre a minúscula “Suíça da América do Sul” e o da poderosa oitava economia do planeta que se orgulha de ter um quarto de população ou cinco Uruguai vivendo de “bolsa social” e planeja ampliar o número de beneficiados, sem construir cidadania, apenas consumidores.

O esdrúxulo é a ameaça com a opção inesperada ou a intranqüilidade com o resultado almejado, pois paira sobre a cidadania a mácula de contaminação do governo. Turbulência comprometedora em momento de crise internacional muito além da estabilidade econômica e de grande repercussão social.

Felizmente, eu tenho “complexo de vira-lata” e vou sufragar do fundo do coração: Tabaré Vasquez para consolidar a obra do presidente José Mujica que, depois de quinze anos de torturas na prisão, não defraudou nos quatro anos de governo nem em um segundo seus correligionários e compatriotas opositores.

É minha gente, dignidade e competência não se adquirem em farmácias ou supermercados.





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Engenheiro Agrônomo e Florestal, ambientalista e escritor

Provocações do Tião - Debates, vazios e distância do Central

Sebastião Pinheiro*

Cansado da leitura de “Poison Spring” de E. G. Vallianatos, em busca de notícias liguei a TV. A opção mais sadia aos animadores de ocorrências policiais (Datena e Marcelo Resende) era o “Chaves”. Foi quando, por casualidade, topei com o segundo debate entre os candidatos. Madonna Acheropita: “Briga de Bugio nada, aquilo era contenda de gorilas com cólera.

Nas salas, seguramente as vovós, constrangidas e recatadas, pensaram: “deprimente”; os adultos: “indignante”; os jovens: “ultrajante”; e as crianças, “ingênuas torcedoras”, acolheram um ou outro como o vencedor de sua simpatia.

Nisso fomos transformados todos pelos marqueteiros de um e outro lado, pois é o modelo de debate dos meios de comunicações do império e não disputa eleitoral de representação e exercício de poder.

Sim, é um “Fla-Flu”, “Gre-nal”, “Ba-Vi”, no seio da nação para que os mais humildes não superem a situação de ingenuidade infantil e decidam destino e sociedade com ódio e rancor medieval.

Ficaram de lado os programas, propostas ou até as análises críticas de incompatibilidade entre discurso e ação. A formatação imposta pela mídia é de pergunta de um minuto, resposta de outro e treplica de outro o que impede um debate condizente com o nível de responsabilidade e necessidade facilitando agressões e baixo nível.

A nova Ordem Econômica formatada na Rodada Uruguai legou a OMC e o imperialismo começou a transformar-se em Império.

No império não há impedimentos à: liberdade, religião, ideologia, raça, comportamentos ou outros, pois ele não é disciplinador - como foi o imperialismo, que usava Fome, Ditadura, Segurança (Ideológica) do Estado Nacional, raça e outros como seus instrumentos de desenvolvimento identificados com o modernismo. Por exemplo, não foi permitido eleger Salvador Allende democraticamente em 1971, hoje é trivial eleger Chávez, Morales, Mujica, Bachelet na nova Ordem, pois o império é, apenas, controlador – sem lugar para as ferramentas multilaterais ou das elites nacionais.

Contudo, a mudança de imperialismo para império não é por passe de mágica, logo há circunstancias que precisam de tempo para ser removidas ou superadas, pois o império é pós-moderno, calcado na biopolítica e biopoder o que não é nada fácil entre populações que vivem desde o Século XI até o Século XXI em um mesmo tempo sideral, por exemplo, estudiosos alemães dizem que a justiça brasileira é muito parecida à justiça alemã antes da adoção do direito romano.

No inicio da OMC nós já éramos a 9º economia e tínhamos um IDH de 0,443, para a implantação do império foi determinado através de créditos a adoção de medidas pós-imperialismo de conteúdo social (Bolsas Sociais, Um milhão de cisternas etc.). O assustador é que não se fez uma leitura da proliferação de ONGs (OSCIPs) sustentadas por dinheiro de “benemerência” de um lado diminuindo e enfraquecendo o Estado e de outro “virtualizando” a economia dos países industriais.

Passados vinte anos, somos a 7ª economia do Império, onde mais de um quarto da população sobrevive de “Bolsas Sociais, mas continuamos ocupando a 112ª posição em Saneamento Básico e 79ª em Índice de Desenvolvimento Humano de 0,749, ocupamos o decepcionante 8º lugar na América Latina e Caribe. E para arrematar somos o primeiro consumidor de agrotóxicos do mundo, desde 2004, atrás dos Estados Unidos que possui uma agricultura três vezes maior que a nossa o que é uma execração mundial.

Depois de vinte anos, há um processo racial de eugenia descarado onde morrem mais jovens assassinados que em qualquer guerra declarada. A construção de presídios superou em muito a construção de escolas e hospitais.

Falta muito para chegarmos a “súditos do império”, ainda estamos patinando na realidade do imperialismo, todos como torcedores, acólitos ou “estipendiados” (do latim Stipendium) sem geração intelectual decente, posse e alteridade cidadã.

Envergonhado, assisti a uma farsa e não um debate de postulantes presidenciais, apenas a escolha do “capitão de mato da Casa Grande” em guerra de bugios.

O verdadeiramente importante, reitero, é que o voto sufragado foi resposta linear à medida social determinada pelo império, mantendo o status imperialista, e não em nova biopolítica do império. Caricato é que tanto de um lado como de outro propale a necessidade de “mudança”. Nesse ponto, sinceramente, ambos têm razão.



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*Engenheiro Agrônomo e Florestal, ambientalista e escritor

domingo, 26 de outubro de 2014

DEMOCRATIZAR A DEMOCRACIA EM TODAS AS DIREÇÕES, EIS UM DESAFIO QUE SE IMPÕE

Finalizada a eleição, a vitória de Dilma reitera o desejo dos brasileiros de prosseguir com um governo que privilegia o desenvolvimento integrado, para além de números e retóricas, mas que deixa também um aviso em suas entrelinhas: a melhoria das condições de vida, com a ascensão das maiorias à um outro patamar social, não se traduz, instantaneamente, em um novo patamar de politização desses segmentos. Por vezes, pelo contrário.

Entre os que se beneficiaram pela chuva de políticas sociais que marcaram esse primeiro mandato de Dilma, há camadas da sociedade que se fecham ao discernimento para relacionar os efeitos das políticas públicas sobre suas vidas, e que também se recusam em buscar na memória uma reflexão comparativa entre o que era o País de década e meia atrás e o que nos tornamos, em termos de conquistas internas e projeção internacional.

Esse fenômeno, a propósito, torna dezenas de milhões de brasileiros vulneráveis às mentiras e promessas de última hora, ou de opiniões influentes entre uma novela e outra. Fica por outro lado, diante de um Congresso reacionariamente povoado, a necessidade da presidenta estabelecer, nesse segundo mandato, relações mais fortalecidas os movimentos socais, ampliando na sociedade civil seu apoio, de fora para dentro do Poder Legislativo. Poderá, dessa forma, sedimentar as pontes, já alicerçadas, entre o seu projeto de País para todos e a base da pirâmide social - hoje mais influente, mas ainda estratificadamente situada – garantindo um apoio orgânico, consciente e ativo.

A Reforma Política, anunciada há pouco como compromisso da nova presidenta, é um passo certeiro nesse sentido; um outro, deseja-se, é a tão ansiada democratização dos meios de comunicação, por meio da facilitação de um debate nacional sobre essa questão, com pluralidade, mas também com a necessária firmeza. São apenas dois passos, mas que são base para diversos outros no sentido de avançarmos seguros para democratizar a democracia.

Quem viver verá, muito mais que já viu. É o que continuaremos acreditando e colaborando, para o benefício de todos os brasileiros.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O Banco de Oportunidades

No Caminhos e Respostas de hoje o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico Mario Cardoso, explica como surgiu o Projeto Banco de Oportunidades e apresenta seus primeiros resultados.
Ouça às 15h na Rádio Canoas Online: www.radiocanoasonline.com.


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Canoas será mais uma vez a capital nacional do jazz

"O Canoas Jazz tem na sua programação shows nas estações da Trensurb, entre os dias 20 e 27 de novembro, e shows em palco ao ar livre, no Parque Municipal Getúlio Vargas, nos dias 28 e 29 de novembro".

Saiba mais aqui.

domingo, 19 de outubro de 2014

AS PALAVRAS E AS COISAS

"Social" andou fortemente pela boca de Sarney nos anos 80, mas teve seu sentido contaminado após o saldo excludente de seu governo; Nos anos 90, "Renovação" foi o mote da campanha de Collor. Com a revelação desastrosa de quem era realmente o Caçador de Marajás, essa expressão se desgastou. Já, FHC, trabalhou sua imagem eleitoral em cima da "Competência", só omitiu a explicação de que esta seria aplicada privilegiadamente no sucateamento do patrimônio público e de seus agentes - por consequência, prejudicando a todos brasileiros que destes dependiam. Agora, "Mudança" é a palavra do mais novo Salvador da Pátria, que se diz inventor de tudo de bom que está aí; porém, de quebra, revela um currículo de governo regional contestado pelos trabalhadores do serviço público, denúncias sérias sobre suas gestões, ainda inexplicadas, e agrega uma pilha de apoiadores do mais extremo reacionarismo, que assusta. Vai ser preciso um dicionário especial para as novas gerações entenderem o sentido real das palavras verbalizadas pelos políticos em cada eleição brasileira. Um conjunto de termos de fácil assimilação, mas com os seus significados prostituídos pelas contradições entre os históricos, os discursos e os feitos que o concederam esses atores públicos.

sábado, 18 de outubro de 2014

Provocações do Tião - Império e conflitos menores

Sebastião Pinheiro*

Cansado da leitura de “Silent Poison” de E. G. Vallianatos, em busca de notícias liguei a TV, a opção mais sadia aos animadores de ocorrências policiais (Datena e Marcelo Resende) era o “Chaves”. Foi quando, por casualidade topei com o segundo debate entre os candidatos. Madonna Acheropita: “Guerra de Bugio nada, aquilo era contenda de gorilas com cólera.

Nas salas, seguramente as vovós constrangidas e recatadas pensaram: “deprimente”; os adultos: “indignante”; os jovens: “ultrajante”; e as crianças “ingênuas torcedoras” acolheram um ou outro como o vencedor de sua simpatia ou indução familiar.

Nisso fomos transformados todos pelos marqueteiros de um e outro lado, pois é o modelo de debate dos meios de comunicações do império e não disputa eleitoral de representação e exercício de poder.
Sim, é um “Fla-Flu”, “Gre-nal”, “Ba-Vi”, no seio da nação para que os mais humildes não superem a situação de ingenuidade infantil e decidam destino e sociedade com ódio e rancor medieval.

Ficaram de lado os programas, propostas ou até as análises críticas de incompatibilidade entre discurso e ação. A formatação imposta pela mídia é de pergunta de um minuto, resposta de outro e treplica de outro o que impede um debate condizente com o nível de responsabilidade e necessidade facilitando agressões e baixo nível.

A nova Ordem Econômica formatada na Rodada Uruguai legou a OMC e o imperialismo começou a transformar-se em Império.

No império não há impedimentos à: liberdade, religião, ideologia, raça, comportamentos ou outros, pois ele não é disciplinador - como foi o imperialismo, que usava Fome, Ditadura, Segurança Ideológico do Estado Nacional e outros como seus instrumentos de desenvolvimento identificados com o modernismo. Por exemplo, não foi permitido eleger Salvador Allende democraticamente em 1971, hoje é trivial eleger Chávez/Morales/Mujica na nova Ordem, pois o império é, apenas, controlador – sem lugar para as ferramentas multilaterais ou das elites nacionais.

Contudo, a mudança de imperialismo para império não é por passe de mágica, logo há circunstancias que precisam de tempo para ser removidas ou superadas.

No inicio da OMC nós já éramos a 9º economia e tínhamos um IDH de 0,443, para a implantação do império foi “determinada a adoção de medidas pós-imperialismo de conteúdo social (Bolsas Sociais, Um milhão de cisternas etc.). O assustador é que não se fez uma leitura da proliferação de ONGs sustentadas por dinheiro de “benemerência” de um lado diminuindo e enfraquecendo o Estado e de outro “virtualizando” a economia dos países industriais.

Passados vinte anos somos a 7ª economia do Império, onde mais de um quarto da população sobrevive de “Bolsas Sociais, mas continuamos ocupando a 112ª posição em Saneamento Básico e 79ª em Índice de Desenvolvimento Humano com 0,749, mas ocupamos o decepcionante 8º lugar na América Latina e Caribe. E para arrematar somos o primeiro consumidor de agrotóxicos do mundo, desde 2004, atrás dos Estados Unidos que possui ma agricultura três vezes maior que a nossa o que é uma execração mundial.

Depois de vinte anos há um processo racial de eugenia descarado onde morrem mais jovens assassinados que em qualquer guerra declarada. A construção de presídios superou em muito a construção de escolas e hospitais.

Falta muito para chegarmos a “súditos do império”, ainda estamos patinando na realidade do imperialismo, todos como torcedores, acólitos ou “estipendiados” (do latim Stipendium) sem geração intelectual decente, posse e alteridade cidadã.


Envergonhado assisti à uma farsa e não um debate de postulantes presidenciais, apenas a escolha do “capitão de mato da Casa Grande” em guerra de bugios.

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*Engenheiro Agrônomo e Florestal, escritor e ambientalista

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Música em Porto Alegre, por Juarez Fonseca

AGENDA MUSICAL DE PORTO ALEGRE
@ Roteiro de outubro, com dez atualizações. Nas fotos, Bebeto Alves, Vanessa Longoni (by César Dutra), John Primer e Ná Ozzetti.

►SEGUNDA, 20 de OUTUBRO
■ BROTHERS ORCHESTRA – InSano Pub (Lima e Silva, 601), às 22 horas. Atração fixa das segundas-feiras no InSano, a big band criada pelo trompetista Anjinho vai comemorar quatro anos de atividade em setembro. Jazz, música grasileira e internacional em geral, para ouvir e dançar. Apresentação do jornalista Paulo Moreira, o DJ da “Sessão Jazz” diariamente na FM Cultura. Ingressos 15 reais antecipados com nome na lista, 15 reais +15 de consumação, ou 25 reais. Infos 3286-6940.

►TERÇA, 21 de OUTUBRO
■ SARAU DA ALICE – Amadeus/Bar do Marinho (Otávio Corrêa, 39), a partir das 19h30. Com apresentações musicais do Batuque de Cordas, formado pelos violonistas Vinícius Correa e Claudio Veiga, e dos músicos Cristino Hanssen e Nivaldo José, a Alice promove o pré-lançamento do “Risco – Festa das artes gráficas de Porto Alegre”, uma homenagem ao cartunista Bier e a abertura da exposição da série “Cinco Clássicos” (que reúne cinco obras de cartunistas gaúchos a cada mês e já destacou os desenhistas Canini, Moa, Rafael Correa e Edgar Vasques). A Alice é uma organização não- governamental sem fins lucrativos que desenvolve projetos autogeridos de comunicação, formando leitores críticos e contribuindo para democratizar a informação no Brasil. Entre os trabalhos realizados destacam-se o jornal Boca de Rua – feito e vendido por moradores de rua de Porto Alegre há 14 anos – e o Direito à Memória e à Verdade, que resgata fatos históricos do período da Ditadura Militar. Ingresso 12 reais. Infos 9964.9220.
■ BEBETO ALVES e OS BLACKBGUALNEGOVÉIO – Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835, altos do viaduto), às 20 horas. Show de lançamento do DVD do filme “Mais Uma Canção” (dirigido por Rene Goya), do clipe da “Música Milonga OrientaO” (dirigido por Daniel Dode, com fotografia de Lucas Cunha) e comemoração dos 60 anos de Bebeto. O show “Milonga OrientaO”, fez um circuito pelo SESC em abril deste ano e aportou no Teatro do CIEE, em Porto Alegre, em maio, celebrando o lançamento do disco homônimo. Os Blackbagualnegovéio são Marcelo Corsetti (guitarras), Rodrigo Reinheimer (baixo) e Luke Faro (bateria). A cereja do bolo do show é a participação especial dos 3 Plantados, ou seja: Jimi Joe, King Jim e... Bebeto. Ingresso 30 reais. Infos 3226-0242. Em cartaz também quarta e quinta.
■ JOHN PRIMER – Opinião (José do Patrocínio, 834), às 22 horas. O lendário bluesman chega a Porto Alegre com a turnê nacional “The Real Deal”, na qual é acompanhado pela banda gaúcha Uranius Blues. O show integra o projeto Eisenbahn Jazz’n’Blues. Primer faz parte da história do gênero, pois integrou a banda de Muddy Waters na década de 80, além da All Stars Blues Band de Willie Dixon e da Teardrops, com Magic Slim. A partir dos anos 90, consolidou sua carreira solo já tendo gravado 14 álbuns, e é um dos artistas mais ativos do blues tradicional. Participou do Festival de Jazz de Montreaux em 2012 e no ano seguinte entrou para o Blues Hall of Fame. A Urânius Blues é formada por Urânio Laureano (sax), Tiago D’Andrea (piano), Rafael Salib (guitarra), Samuel Moraes (baixo) e Paulo Barros (bateria). Show de abertura com o Gabriel Guedes Combo, banda do guitarrista e ex-integrante da Pata de Elefante. Ingressos de 40 a 60 reais nas lojas Youcom dos shoppings Bourbon Wallig, Praia de Belas, Bourbon Ipiranga e BarraShoppingSul e em www.minhaentrada.com.br/opiniao. Infos 3211-2838.
■ ORGÂNICA MENTE – Paraphernália Bar (João Alfredo, 425), a partir das 22 horas. A banda da Zona Sul de Porto Alegre chega ao Paraphernália com seu show autoral que passeia entre reggae, MPB e surf music. Ingresso 12 reais. Infos 3221-5225.

►QUARTA, 22 de OUTUBRO
■ NÁ OZZETTI e NEI LISBOA – Sala Fahrion da Reitoria da Ufrgs (Paulo Gama, 110), às 16 horas. Mais um encontro do Núcleo da Canção, antecipando o espetáculo de quinta-feira (veja mais adiante). A cantora paulista conversa com o público sobre a obra do compositor gaúcho. Entrada franca.
■ VANESSA LONGONI – Solar dos Câmara (Duque de Caxias, 968), às 18h30. Há bastante tempo sem fazer show solo em Porto Alegre, a cantora radicada no Rio desde 2011 é a atração desta semana no Sarau no Solar. Acompanhada por Ângelo Primon ao violão, ela vai interpretar canções como “Folia do Divino”(Marcelo Delacroix/Rubem Penz), “Espinho na Roseira” (André Abujamra) e “Hojas de Tilo” (Ana Prada). Também atriz, com 15 anos de palco, Vanessa tem dois álbuns lançados “A Mulher de Oslo” (2008) e “Canção para Voar” (2014), este produzido pelos manos Antonio e Gastão Villeroy. Produzido por Arthur de Faria, o primeiro CD ganhou quatro troféus Açorianos. Entrada franca. Infos 321-2934.
■ BEBETO ALVES e OS BLACKBGUALNEGOVÉIO – Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835, altos do viaduto), às 20 horas. Show de lançamento do DVD do filme “Mais Uma Canção” (dirigido por Rene Goya), do clipe da “Música Milonga OrientaO” (dirigido por Daniel Dode, com fotografia de Lucas Cunha) e comemoração dos 60 anos de Bebeto. O show “Milonga OrientaO”, fez um circuito pelo SESC em abril deste ano e aportou no Teatro do CIEE, em Porto Alegre, em maio, celebrando o lançamento do disco homônimo. Os Blackbagualnegovéio são Marcelo Corsetti (guitarras), Rodrigo Reinheimer (baixo) e Luke Faro (bateria). A cereja do bolo do show é a participação especial dos 3 Plantados, ou seja: Jimi Joe, King Jim e... Bebeto. Ingresso 30 reais. Infos 3226-0242. Em cartaz também amanhã.
■ SANTO REMÉDIO – Paraphernália Bar (João Alfredo, 425), às 22 horas. O grupo formado em 2013 alimenta o novo projeto Quarta In Samba Paraphernália com o clima das verdadeiras rodas de samba. No roteiro, músicas de Cartola, Candeia, Nelson Cavaquinho, Jovelina Pérola Negra, João Nogueira, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Martinho da Vila e outros. Ingresso 12 reais. Indos 3221-5225.

►QUINTA, 23 de OUTUBRO
■ NÁ OZZETTI CANTA NEI LISBOA – Salão de Atos da Ufrgs (Paulo Gama, 110), às 20 horas. Show em homenagem a Nei Lisboa, terceiro da série “Compositores – A Cidade e a Música” do Projeto Unimúsica 2014. A cantora paulista Na Ozzetti será acompanhada pela Camerata Unimúsica, formada integrada e dirigida pelo violinista Vagner Cunha (também o autor dos arranjos), com Milene Aliverti, Tiago Neske, João Campos Neto (violinos), Tita Sartor (flauta), Luiz Mauro Filho (piano) e Diego Silveira (percussão). Como escreveu Luís Augusto Fischer no texto para o livro-programa do Unimúsica, “Nei Lisboa é parte central da trilha sonora da vida diária da cidade”. A série “Compositores – A Cidade e a Música” celebra os 80 anos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul com espetáculos sobre a obra de sete importantes compositores gaúchos. Já foram enfocados Radamés Gnattali e Octavio Dutra. Os próximos serão Armando Albuquerque, Vitor Ramil, Lupicínio Rodrigues e Barbosa Lessa. Entrada franca. Retirada de senhas mediante troca por 1kg de alimento a partir de 20 de outubro, das 9h às 18h, no mezanino do Salão de Atos da UFRGS ou pelo site www.difusaocultural.ufrgs.br. Infos 3308-3034.
■ BEBETO ALVES e OS BLACKBGUALNEGOVÉIO – Teatro de Arena (Borges de Medeiros, 835, altos do viaduto), às 20 horas. Show de lançamento do DVD do filme “Mais Uma Canção” (dirigido por Rene Goya), do clipe da “Música Milonga OrientaO” (dirigido por Daniel Dode, com fotografia de Lucas Cunha) e comemoração dos 60 anos de Bebeto. O show “Milonga OrientaO”, fez um circuito pelo SESC em abril deste ano e aportou no Teatro do CIEE, em Porto Alegre, em maio, celebrando o lançamento do disco homônimo. Os Blackbagualnegovéio são Marcelo Corsetti (guitarras), Rodrigo Reinheimer (baixo) e Luke Faro (bateria). A cereja do bolo do show é a participação especial dos 3 Plantados, ou seja: Jimi Joe, King Jim e... Bebeto. Ingresso 30 reais. Infos 3226-0242.
■ SARAU DO CLUBE DA MPB – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Todas as quintas-feiras o Meme recebe amantes da música. Abertos para a participação de compositores, instrumentistas e cantores amadores ou profissionais, os encontros são conduzidos por Maíra Baumgarten e pelo músico Alexandre Rodrigues (violão), ao lado da banda do Clube. Gêneros como o samba de raiz, samba canção, bossa nova, choro e baladas servem como trilha sonora do espaço, aberto à participação do público. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2595.
■ PEPPINO DI CAPRI – Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21 horas. Depois de muitos anos sem se apresentar na cidade o astro italiano com 75 anos de idade e 26 de carreira retorna com seu show tradicional, cantando principalmente os sucessos dos anos 60 e 70, quando liderou paradas ao redor do mundo. Peppino foi um dos primeiro a gravar rock na Itália e recriou clássicos napolitanos em versões modernas. Entre seus hits aparecem “I Te Vurria Vasa”, “Voce e Notte”, “Luna Caprese”, “Parlami d”Amore, Mariù”, “Roberta” e “Champagne”. Ingressos de 150 a 480 reais na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555 e em www.ingressorapido.com.br (4003-1212).

►SEXTA, 24 de OUTUBRO
■ MARMOTA JAZZ – StudioClio (José do Patrocínio,698), às 21 horas. Estreia do projeto “Jazz Subterrâneo”, com a banda formada por Leonardo Bittencourt (piano), Pedro Moser (guitarra), André Mendonça (contrabaixo) e Bruno Braga (bateria), destaque expressivo na atual cena do jazz na cidade. Participação especial do bandolinista Caetano Maschio. No roteiro, standards do jazz e composições próprias que estarão no primeiro disco do grupo, com lançamento previsto para o fim do ano. Ingressos de 40 a 60 reais. Infos 3254-7200.

►SÁBADO, 25 de OUTUBRO
■ IRA! – Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21 horas. Com o sucesso da apresentação em agosto, a banda paulista volta a Porto Alegre com o show da turnê “Núcleo Base”, que marca o retorno do vocalista O vocalista Nasi e o fim de um recesso de sete anos e tem esgotado ingressos pelo país. O roteiro inclui clássicos dos 13 álbuns de estúdio do grupo, além de algumas músicas inéditas. Ingressos de 50 a 150 reais na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555 e em www.ingressorapido.com.br (4003-1212).
■ CPM 22 – Opinião (José do Patrocínio, 834), a partir das 21 horas. Depois de um bom tempo sem se apresentar por aqui, a banda paulista liderada pelo vocalista Badauí reaparece com a turnê relativa ao CD “Acústico”. É um show totalmente desplugado, mas com a mesma energia de sempre e toda aquela coleção de hits. No roteiro, canções como “Regina Let’s Go”, “Irreversível”, “O Mundo Dá Voltas”, “Dias Atrás e “Um Minuto para o Fim do Mundo” aparecerão repaginadas. Ingressos de 50 a 70 reais nas Lojas Multisom e em www.opiniaoingressos.como.br. Infos 3211-1838.

►DOMINGO, 26 de OUTUBRO
■ PAULO FREIRE – Santander Cultural (Siqueira Campos, 1125), às 18 horas. O músico e escritor paulistano é um dos maiores violeiros e contadores de história do país. Já formado em violão erudito, e tendo como mestre Seu Manelim, ele aprendeu a tocar viola caipira em Urucuia, sertão de Minas Gerais, região que inspirou Guimarães Rosa a escrever “Grande Sertão: Veredas”. Além de temas caipiras tradicionais, Freire vai tocar seus sucessos, as músicas do novo disco, o maravilhoso “Alto Grande”, e contar causos. Ingresso 10 reais. Infos 3287-5500.

►SEGUNDA, 27 de OUTUBRO
■ BROTHERS ORCHESTRA – InSano Pub (Lima e Silva, 601), às 22 horas. Atração fixa das segundas-feiras no InSano, a big band criada pelo trompetista Anjinho vai comemorar quatro anos de atividade em setembro. Jazz, música grasileira e internacional em geral, para ouvir e dançar. Apresentação do jornalista Paulo Moreira, o DJ da “Sessão Jazz” diariamente na FM Cultura. Ingressos 15 reais antecipados com nome na lista, 15 reais +15 de consumação, ou 25 reais. Infos 3286-6940.

►TERÇA, 28 de OUTUBRO
■ BIANCA OBINO e PAOLA MATOS – Teatro Renascença (Erido Veríssimo, 307), a partir das 20 horas. A nova geração da MPB gaúcha faz esta edição do projeto Sons da Cidade. Bianca e Paola têm em comum a influência de diferentes vertentes da MPB e a boa repercussão de seus álbuns de estreia, ambos de 2013. No último Prêmio Açorianos, o CD “Artesã” garantiu a Bianca indicações aos troféus de Revelação e Instrumentista, e “Brasileirice” deu a Paola o prêmio de Revelação. Porto-alegrense, Bianca é cantora, compositora e violonista. Vem investindo na trajetória internacional, com estudos e atuações em países como Austrália, Itália, Inglaterra, Estados Unidos e China. Seu próximo disco está em fase de pré-produção na Inglaterra. Pelotense radicada em Santa Maria, Paola participou de festivais da música regional antes de “entrar” na MPB. O projeto Sons da Cidade é realizado pela Secretaria Municipal da Cultura. Entrada franca. Infos 3289-8066.
■ ALEXANDRE MOICA – Teatro Carlos Carvalho da Casa de Cultura Mario Quintana, às 20 horas. Show solo do guitarrista da banda Acústicos & Valvulados. Moica (voz, violão, guitarra) apresenta seu trabalho autoral acompanhado de Gabriel Guedes (baixo), Alexandre ‘Papel’ Loureiro (percussão, vocais de apoio, bateria), Ale Cereja (bateria) e Gustavo ‘Prego’ Telles (vocais de apoio). Produção da Let’s Go! Music. Ingressos 15 reais. Infos 8470-6384.

►QUARTA, 29 de OUTUBRO
■ BIBIANA PETEK – Biblioteca do Sicredi (Assis Brasil, 3940), às 13 horas. O projeto Quarta Cultural apresenta show da cantora e compositora com músicas de seu primeiro disco,“Dengo”. Bibiana é uma das revelações da nova cena musical de Porto Alegre. Entrada franca.
■ APOCALYPSE – Salão de Atos da Ufrgs (Paulo Gama, 110), às 20 horas. O projeto Som no Salão apresenta a banda progressiva que há mais de um ano não faz show em Porto Alegre. E vai aproveitar o espaço para a gravação ao vivo do novo DVD. O roteiro privilegia músicas do último álbum, “2012 Light Years from Home”, além de composições novas e sucessos mais antigos. O show marca também a estreia do novo integrante, Daniel Motta (baixo), que se soma a Eloy Fritsch (teclados), Ruy Fritsch (guitarra) Gustavo Demarchi (vocal, flauta) e Rainer Steiner (bateria). Formado em 1983 em Caxias do Sul, o Apocalypse têm 12 CDs três DVDs lançados no Brasil, Europa e EUA. Em março de 2012, a banda recebeu o Prêmio Açorianos de Música pela sua contribuição ao cenário musical gaúcho. No mesmo ano, fez o show de abertura da banda inglesa Yes no Araújo Vianna. Em 2014, produziu o primeiro videoclip gaúcho 360º e interativo, disponível em: www.apocalypseband.com. Um quilo de alimento vale o ingresso. Infos 3308-3058.

►QUINTA, 30 de OUTUBRO
■ SARAU DO CLUBE DA MPB – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Todas as quintas-feiras o Meme recebe amantes da música. Abertos para a participação de compositores, instrumentistas e cantores amadores ou profissionais, os encontros são conduzidos por Maíra Baumgarten e pelo músico Alexandre Rodrigues (violão), ao lado da banda do Clube. Gêneros como o samba de raiz, samba canção, bossa nova, choro e baladas servem como trilha sonora do espaço, aberto à participação do público. Ingresso 12 reais. Infos 3019-2595.
■ ORFEU – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Estreia a encenação da ópera de Cláudio Monteverdi e Alessandro Striggio, de 1607, por professores e alunos dos departamentos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música do Instituto de Artes da UFRGS, integrando as comemorações dos 80 anos da Universidade UFRGS. Produzida na Itália no final do período renascentista e no início do período barroco, “Orfeu” é a primeira peça teatral em que os personagens cantam todas as suas falas do começo ao final da apresentação, e também a primeira ópera de Monteverdi. A montagem deste clássico do barroco italiano tem como desafio trazer o Orfeu de 1607 para o público de hoje, respeitando os princípios da composição original, mas acrescentando novos elementos cênicos para atualizar a ópera. Direção geral de Alfredo Nicolaiewsky, regência do maestro Diego Schuck Biasibetti. Entrada franca, mediante doação de alimentos, a partir do dia 17. Infos 3227-5100. Em cartaz também nos dias 31 de outubro, 1º e 2 de novembro.
■ RICK WAKEMAN – Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21 horas. Chega novamente ao Brasil o lendário tecladista inglês, um dos maiores nomes do rock progressivo, ex-integrante da banda Yes. Com o Yes, Wakeman gravou álbuns como “Fragile” (1972) e “Close to the Edge” (1972). Em seus dois primeiros trabalhos solo, “The Six Wives of Henry VIII” (1973) e “Journey to the Centre of the Earth” (1974, que o trouxe pela primeira vez a Porto Alegre), deu início à exploração seu gosto pela mistura do rock com a música erudita, e transformou ambos em clássicos de sua discografia. Já lançou dezenas de discos, sendo o último “In The Nick of Time”, de 2012. Ingressos de 90 a 200 reais na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555 e em www.ingressorapido.com.br (4003-1212).
Amanhã, show com a Orquestra Unisinos Anchieta e coral, ao lado dos quais interpretará na íntegra o álbum “Journey to the Center of the Earth”. Veja nota abaixo.

►SEXTA, 31 de OUTUBRO
■ TÁSSIA MINUZZO – Meme Santo de Casa (Lopo Gonçalves, 176), às 20h30. Último dia da nova temporada do show “Mar Azul”. No repertório da cantora predomina o embalo dos jazzistas George Gerswhin, Cole Porter e Nat King Cole, com a delicadeza brasileira da bossa nova. Músicas que se eternizaram na voz de Wanda Sá e Elis Regina, e outras assinadas por Baden Powell, Tom Jobim, Francis Hime e Edu Lobo. Com Michel Dorfman (piano), Jorge Dorfman (baixo) e Mano Gomes (bateria). Algumas das canções interpretações letra em francês, para combinar com as chansons de Michel Legrand. Ingressos 12$50 e 20 reais. Infos 3019-2595.
■ RICHARD CLAYDERMAN – Teatro do Bourbon Country (Shopping Bourbon Country), às 21 horas. O cantor francês tornou-se uma estrela internacional graças a um estilo único de tocar melodias românticas com seu piano de formação clássica e fortes influências da música pop. Desde os anos 1970, vendeu mais de 150 milhões de álbuns. Ele vem com a turnê “Romantique”, baseada no CD que comemora seus 60 anos de vida e que pode ser considerada como a sua turnê de repertório mais popular. Ingressos de 200 a 280 reais na bilheteria do teatro, pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555 e em www.ingressorapido.com.br (4003-1212).
■ RICK WAKEMAN e ORQUESTRA UNISINOS – Auditório Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685), às 21 horas. Segundo show do tecladista inglês, este com a Orquestra Unisinos Anchieta e coral, ao lado dos quais interpretará na íntegra o álbum “Journey to the Center of the Earth”, de 1974, que seguiu a trilha de sucesso da mistura de rock com música erudita – e que o trouxe pela primeira vez a Porto Alegre, tocando no Gigantinho com a Ospa regida por Isaac Karabtchewsky. Ingressos de 110 a 220 reais na bilheteria do Teatro do Bourbon Country, pela Telentrega Ingresso Show 8401-0555 e em www.ingressorapido.com.br (4003-1212).
■ ORFEU – Theatro São Pedro (Praça da Matriz), às 21 horas. Segue a encenação da ópera de Cláudio Monteverdi e Alessandro Striggio, de 1607, por professores e alunos dos departamentos de Arte Dramática, Artes Visuais e Música do Instituto de Artes da UFRGS, integrando as comemorações dos 80 anos da Universidade UFRGS. Produzida na Itália no final do período renascentista e no início do período barroco, “Orfeu” é a primeira peça teatral em que os personagens cantam todas as suas falas do começo ao final da apresentação, e também a primeira ópera de Monteverdi. A montagem deste clássico do barroco italiano tem como desafio trazer o Orfeu de 1607 para o público de hoje, respeitando os princípios da composição original, mas acrescentando novos elementos cênicos para atualizar a ópera. Direção geral de Alfredo Nicolaiewsky, regência do maestro Diego Schuck Biasibetti. Entrada franca, mediante doação de alimentos, a partir do dia 17. Infos 3227-5100.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Projeto Bairro Melhor

Ouça aqui.


Provocações do Tião - Ebola, uma ponta do iceberg

Por Sebastião Pinheiro*

No início a situação era dramática pelo Ebola (EVD) na Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria, mas rapidamente a grande produtora de “petróleo light” saiu dos noticiários por haver resolvido seu problema.  

Serra Leoa ficou famosa pelos diamantes usados tanto pelo narcotráfico quanto terrorismo internacional e junto à Guiné e Libéria são conhecidas no mundo como a terra do bom cacau. A Libéria parece ter sido um sonho de um império temporão. Um pedaço de terra tomado como possessão (aproveitando a crise pós-Napoleão) em 1817 pelo governo norte-americano através da Sociedade de Colonização Americana, cuja função (futura) era repatriar escravos que assim desejassem principalmente a partir da 13ª Emenda constitucional. Sua capital tem o sugestivo nome homenagem, Monróvia, e depois do Panamá é a segunda maior marinha mercante.  

Antigamente se aprendia na escola que os EUA não têm marinha mercante por usar as bandeiras neutras (de conveniência) dos países citados, mas era época da Guerra Fria.

Quanto ao Ebola (EVD) é de imaginar, se duas enfermeiras uma do padrão europeu e outra do norte-americano se contaminaram em suas condições de trabalho (invejáveis), o que não se esperar nos países africanos pobres e de instalações de saúde precárias, aliás, parecidas às nacionais ou latino americanas. Se aqui temos pelo menos duas dúzias de acidentes fatais pela falta ou má formação nos profissionais de saúde, o que esperar lá com o Ebola que mata enfermeiras de alto padrão em biossegurança, pois ultrapassa a barreira até de roupa de astronauta.

O drama está em que a violência é outra. Uma das maiores preocupações dos países ricos sempre foi a taxa de reprodução dos pobres e miseráveis na “superpopulação do planeta”, mas o Malthusianismo não é coisa do passado ou reduzida a gueto de minorias desqualificadas. É um dos temas mais recorrentes nos ambientes de poder estratégico, seja industrial, financeiro ou econômico inclusive nos organismos multilaterais, muito além do neo-Malthusianismo, pois esconde interesses de Eugenia no formato pensado por Wallace, Spencer, Haeckel, barão Otto von Verscheur e Hitler.

Um jovem agrônomo recém formado foi para os EUA buscar a sorte e lá ficou por quase três anos. Em suas estripulias esteve em Fort Detrick, em Maryland, o maior instituto de armas biológicas e bioquímicas desse planeta externou que os estagiários que lá conheceu afirmavam que a AIDS era uma criação dos laboratórios deles.


 “Yo no creo en brujas”.., mas sou brasileiro. Pesquisando encontrei o livro “Emerging Viruses AIDS & Ebola Nature, Accident or Intentional? Escrito pelo médico Leonard. G. Horowitz, nada mais que com os seguntes títulos: D.M.D., M.D., Ph.D. O livro é prefaciado pelo médico, também Ph.D, W. John Martin. Sua leitura é asfixiante.


Por formação não temo leituras catastróficas, apocalípticas e sou vacinado sobre as “teorias da conspiração” e artifícios de desinformação do poder, aliás, meu deleite é analisar e separar o joio do trigo e me excita “buscar a quinta pata do gato”.

O livro do Dr. Leo Horowitz é vital para se entender o surgimento dos príons causadores do “Mal da Vaca Louca” e sua versão em humanos como Doença de Kreutzfeld-Jakob e a Doença da Caqueixa Crônica, (CWD, Chronicle Wasting Disease), que ataca alces, cervos, veados. No governo Bush mais 30.000 cervos, alces e veados foram sacrificados (metralhados por helicópteros y bombas) na América do Norte por contaminação com príones (Encefalites Espongiforme Transmissíveis). Ninguém fala mais sobre o Mal da Vaca Louca?  Por quê?

Na Guerra Fria foram realizadas excursões científicas para caçar (lentivírus) príones em Papua Nova Guiné com equipes de renomados cientistas das melhores universidades com finalidades militares. Gaydusek, laureado com o Premio Nobel foi autorizado a levar quarenta e oito crianças das tribos “Kuru” de hábitos antropófagos, por razões militares- humanitárias para os EUA. Posteriormente aquele cientista foi condenado como pedófilo, depois de uma sentença de 19 meses refugiou-se no seu país de origem e finalmente morreu na Noruega. Seria a leniência razões de Estado?

O livro relaciona o surto e proliferação da AIDS entre a comunidade gay e a campanha de vacinação contra a hepatite tipo B nos EUA e Canadá.  Em Vancouver há o memorial com mais de vinte metros (foto) com o nome das vítimas da epidemia. 


Entretanto o livro não relaciona a alta incidência da AIDS na parte sul da África em função das Guerras de Liberação de Angola, Namíbia e África do Sul. Uma das primeiras vítimas famosa da AIDS no Brasil foi o badalado costureiro Markito dos programas televisivos (1983).

A AIDS (SIDA) se transformou em segmento de pesquisa e depois em jogo de patentes industriais. Lembram que a diplomacia brasileira interveio energicamente para a quebra das patentes dos medicamentos para que os países pobres pudessem realizar políticas públicas de tratamento contrariando os interesses das empresas dos países industriais no final dos anos oitenta.  

O sarcástico é que George W. Bush contrario à medida, a adotou imediatamente com respeito aos remédios para tratar o Antrax, também arma de guerra produzida em larga escala na Guerra Irã-Iraque (foto) e que causou medo e terror nos EUA após o atentado às Torres Gêmeas do Rockefeller World Center.


 Ao ser postado no dia 10 de Outubro por um amigo jornalista É sombria, mas considerável na atual conjuntura internacional, a possibilidade de essa doença tornar-se a nova forma disfarçada de preconceito, xenofobia, e até mesmo, de extermínios...”  Imediatamente pedi que o livro em do Dr. Leo Horowitz, em pdf, fosse colocado à disposição no Blog Cosmonicar, pois estava viajando.  Embora o livro esteja em inglês sua leitura é imprescindível.

Informado sobre os meandros da Guerra de Angola e Namíbia (África do Sul) fica a interrogação: Há informações transversais de militares sul-africanos adequando vírus mortais à células humanas negra denunciada até mesmo com nomes e patentes militares do Apartheid.

Na série da TV “Walking Dead” é perceptível, em primeiro momento uma citação de Thomas Hobbs: “El miedo es la pasión mas efectiva”. No seriado “ficção” é explícito que a arma escapou dos Laboratórios de Atlanta (sede do Centro de Controle de Doenças (CDC), órgão central yankee para as questões de saúde), por isso simultaneamente pedimos que o livro “Império”, de M. Hardt & Antonio Negri, em espanhol e em pdf., fosse colocado no mesmo blog junto ao anterior.



A leitura de “Império” permite conjeturar: A primeira epidemia Ebola (cujo primeiro surto ocorreu em 1976 na região próxima a Angola em Shaba (ex-Katanga) no Congo durante a “Operação Carlota” dos cubanos, será casualidade?

Voltemos à aterrorizante série de TV. Os “mortos-vivos” na verdade é uma metáfora para a perda de decisão do cidadão do Estado Nacional e sua formal submissão à vontade de grandes corporações na instalação da soberania global, onde a vida e a morte passarão a ser uma questão de interesse e manejo igual que nas duas Guerras do Iraque e Afeganistão, sem imagens, sem medo, sem comoções ou aspectos negativos, da mesma forma como foi a pandemia de “Influenza”, com estatísticas manipuladas durante a Primeira Guerra Mundial.

A questão emerge: - Interesses econômicos das grandes corporações do império podem “provocar” epidemias por interesses econômicos? Por exemplo, fazer a reestruturação da produção, mineral e/ou agrícola (algodão, cacau) combinando objetivos econômicos & eugenia? Usar as ferramentas da biotecnologia, políticas multilaterais e mídia para criar rentáveis segmentos econômicos com amparo da ciência?

Quem disse, adeus às violências do imperialismo?
Bem Vindos súditos do Império, estudem todos a 14ª Emenda.  “Ave, Caesar, morituri te salutant”.

Quem tiver interesse em copiar o livro “Silent Poison”, de E. G Vallianatos (294 págs., em inglês e não digitalizado) contate. O livro traz a história secreta como o poder norte-americano amordaçou a Agencia de Proteção Ambiental (EPA).  Triste, quem faz aquilo com seu povo, o que não fará com estranhos, de outras raças e crenças...
______________
*Engenheiro Agrônomo e Florestal, especialista em agro-química, escritor e ambientalista


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Capas


Bem nota Wladymir Ungaretti :isenção falsa engana e debocha dos brasileiros, pois não há vírgula imparcial. Tornar claro ao leitor um posicionamento editorial é a diferença positiva. E rara. Sob o estrelismo das capas, em geral, há opções, ângulos e enfoques claramente privilegiadores de uma opinião, disfarçada de imparcial.



sábado, 11 de outubro de 2014

Revelação

Ao declarar a pronta disposição de apoio para Aécio pela simples ascendência genética daquele, o candidato do PMDB ao governo do RS, José Ivo Sartori, explicita sua identificação plena com a cultura conservadora, hereditária e patrimonialista que, por séculos, tem predominado em atrasados rincões brasileiros.

Alto funcionario militar de EE.UU. teme que el ébola llegue por la frontera mexicana

É sombria, mas considerável na atual conjuntura internacional, a possibilidade de essa doença tornar-se a nova forma disfarçada de preconceito, xenofobia, e até mesmo, de extermínios - em se tratando da fronteira mexicana, essa última hipótese é perigosamente plausível

Alto funcionario militar de EE.UU. teme que el ébola llegue por la frontera mexicana


Reproduzido do RT

El comandante del Comando Sur de EE.UU., general del Cuerpo de Infantería de Marina, John F. Kelly, se muestra preocupado ante la posibilidad de que inmigrantes procedentes de África Occidental puedan cruzar de manera ilegal la frontera mexicana.

A su juicio, el peligro es doble, ya que al hecho de que inmigrantes ilegales procedentes de África puedan entrar a EE.UU. sin someterse a ningún control, se une el peligro de que el ébola se extienda a Centroamérica, lo que podría desatar una nueva ola de inmigración ilegal a EE.UU., algo -según él- rebajaría la oleada de este verano a la categoría de "pequeño problema".

El general sostiene que si el virus del ébola se propaga en Haití o en América Central, esto abriría la puerta a la migración masiva de centroamericanos hacia Estados Unidos, informa 'The Washington Times'. 

Jeh Johnson, secretario de Seguridad Nacional de EE.UU., salió este jueves en defensa de las medidas que ha tomado hasta ahora, que pronto incluirán a los agentes de Aduanas y Protección Fronteriza, que van a realizar un escrutinio detallado en los cinco aeropuertos de Estados Unidos de los viajeros procedentes de los tres países de África Occidental más afectados. En concreto, medirán la temperatura a los viajeros, porque la fiebre es uno de los primeros síntomas de la enfermedad.

Según Johnson, cada día alrededor de 150 personas llegan procedentes de Liberia, Guinea y Sierra Leona, y más del 90% de ellos pasan por los cinco aeropuertos internacionales en Nueva Jersey, Nueva York, Virginia, Georgia e Illinois.

Sin embargo, los demócratas y los republicanos en el Capitolio coinciden en que aún queda mucho por hacer para prevenir la aparición del ébola mucho más allá de la frontera nacional y no encontrarse con el virus en los aeropuertos estadounidenses.    

El ébola ha causado ya 3,865 muertos en África occidental de los 8.033 casos registrados en cinco países (Sierra Leona, Guinea, Liberia, Nigeria y Senegal), según el último balance de la Organización Mundial de la Salud. En EE.UU. falleció esta semana el primer diagnosticado con ébola, un hombre liberiano de 42 años.

Texto completo aqui.

Sobre a estupidez e sua inutilidade


DECLARAÇÃO DE AVANÇADA LUCIDEZ DO Telmo Guerreiro em seu perfil no Facebook. Ando bem inclinado a seguir essa orientação. 

Acabei de excluir da minha lista de amigos uma pessoa que em outros tempos cabia lá (ou pelo menos eu acreditava que sim). Hoje não mais. Estou me sentindo muito bem por ter feito isso. Quem é condescendente com a injustiça, é injusto também. Não acho que o meu partido e os meus candidatos estejam acima de qualquer crítica. Longe disso.

Apenas vejo o que pessoas como este meu "amigo" se negam a enxergar: que este país evoluiu muito nessa última década, que pobres estão tendo acesso a coisas que antes não tinham e que as elites estão entrando em desespero. Isso pra mim é sinal mais do que suficiente pra acreditar que sim, esse governo está fazendo diferente, está fazendo melhor, está fazendo pra quem nunca antes teve vez.

Amizades - se as pessoas evoluírem - a gente recomeça um dia. Prejuízos sociais por conta de governos irresponsáveis são um assunto mais tenso. Não gosto da expressão "geração perdida". Lembro do meu pai e minha mãe, oriundos do campo, que estudaram só até a 4ª série. Depois, dê-lhe trabalhar pra prover o básico do básico. Nunca além disso. Me sinto parte de uma geração perdida também. Cresci em bairro pobre. Muitos dos meus amigos da infância caíram nas drogas, viraram bandidos, foram presos ou se resignaram a uma vida de trabalhador sem perspectivas (bem ao gosto das classes exploradoras que candidatos como Aécio representam). Faculdade, por exemplo, é coisa que nunca coube nos planos daqueles meus amigos da vila. 

Qual o interesse de dar informação e capacidade crítica a um mundaréu de gente que fica tão bem como massa de manobra, não? Buenas, isso está mudando. É essa mudança que quero pro futuro da minha filha. Acho justo querer isso. Não vivemos num sistema de castas pré-estabelecidas como o do Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Meus "amigos" direitosos com problemas de visão não têm o direito de perpetuar esse tipo de horror.

Então assim: foi aberto o precedente. Excluirei sem pestanejar qualquer amigo com mensagem "reaça" que surgir na minha time line. Faço isso por minha paz de espírito, mas também pelos negros, pelos sem-terra, pelos gays, pelos índios, pelos pobres, pelas mulheres que morrem nos abortos desesperados, pelas mulheres vítimas de violência doméstica, pelas crianças exploradas nas mais diversas situações, pelos mortos do narcotráfico e da polícia e por todos, enfim, que um bandido de gravata não hesitaria em colocar na sua lista de "tudo o que não presta".

Os que quiserem me excluir - por conta do "radicalismo" - devem mesmo fazê-lo. Não sou tolerante. Tolerância é uma palavra usada pra justificar muito cabresto e manutenção de injustiças por aí. As palavras que eu gosto são "justiça" e "ética".